GOOD FOR YOU
"Às vésperas de seu casamento, tudo o que Harry quer é uma última escapada de seu noivo monótono e basicamente sem graça. Sua chance de ouro surge quando sua melhor amiga lhe dá a despedida de solteiro dos sonhos, até que Louis, o noivo chato, resolve se meter..."
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Harry iria morrer.
Definitivamente.
O tédio mata e o pobre Styles seria sua primeira vítima. Mas ele tentava lutar com unhas e dentes enquanto sorria com suas covinhas adoráveis e balançava suas botas douradas de bico fino para frente e para trás, fingindo não estar morrendo por dentro ao que Louis insistia com a confeiteira que as flores de glacê do bolo estavam no tom errado de amarelo.
O que pra início de conversa nem era a cor que Harry tinha sugerido, mas Tomlinson, como a coisinha chata e meticulosa de sempre reclamou que rosa era uma cor muito clichê e que amarelo, este sim era o ideal. Harry revirou os olhos e acabou concordando, porque ele tinha muita preguiça e francamente, discutir sobre as cores das flores de glacê era uma puta perda de tempo e olha só onde eles se encontravam, às vésperas do bendito casamento deles.
Louis estava em pé, com as mãos espalmadas na bancada. Um vinco profundo entre suas sobrancelhas, os óculos de armação grossa e preta caindo pela ponte do nariz, os sapatos e calças sociais combinando no mesmo tom de cinza e a camisa de listras estava meio amassada após Styles puxa-la de dentro de suas calças porque isso já era passar dos limites, Harry só tinha vinte e quatro e parecia prestes a se casar com um senhor com o triplo de sua idade e não alguém apenas dois anos mais velho.
Porém Louis Tomlinson sempre foi assim, ele era velho, na alma, sabe? Não sei se faz sentido, mas ele era aquele tipo de pessoa que usava sapato social bem engraxados no lugar de ALL STAR encardidos como qualquer outro adolescente, preferindo estudar em seu quarto, recluso do mundo ao invés de sair e beber igual todo mundo. Ele era diferente e tinha várias manias e costumes esquisitos, pirava com bobagens e era muito nervoso, não do tipo furioso que sai arrancando portas e sim daqueles que ficam roendo unhas e tremendo como um pinscher. De alguma maneira aquele garoto pequeno e cafona que andava pelos corredores com o rosto enterrado nos livros chamou a atenção do cestinha do time de basquete depois de ter levado uma bolada acidental. No momento em que Harry correu para ajuda-lo, repetindo inúmeros pedidos de desculpas pelo óculos quebrado no chão, com a lente rachada que deixara um corte superficial no nariz de Louis foi que a magia aconteceu, ou qualquer baboseira que eles dizem quando o amor acontece.
Seus olhos se cruzaram e ambos coraram, ninguém prestou muita atenção na ocasião, contudo, um mês depois todos já sabiam que o impossível tinha acontecido e o garoto esquisito que ninguém sabia o nome estava namorando com o melhor jogador do time. Não foi uma aventura e não foi passageiro, durou o resto do colegial e sobreviveu a faculdade e há exatos dois anos eles viviam juntos e há oito meses estavam noivos e este estava sendo o momento de Louis, que só falava e pensava nisso.
Bom, Harry só precisava aparecer, esta era a sua única obrigação e estava okay pra ele.
Ele só se lamentava por não estar tão empolgado quanto achou que estaria quando o grande dia se aproximasse. Ao invés disso preferia contar as manchas escuras sobre o granito da bancada, sem dar palpite ou coisa alguma.
— Senhor Tomlinson, eu lhe dou a garantia de que este erro será reparado. — Bárbara dizia convicta do outro lado do balcão, apertando as mãos contra o peito, aparentando estar arrasada.
Louis correu os dedos pelos fios impecavelmente penteados para o lado direito. Ele tinha uma franja que raramente deixava despenteada, Harry sentia falta de agarra-la. Na verdade ele vinha sentindo falta de muita coisa, os arranjos para o casamento e o cargo de editor-chefe no jornal onde Tomlinson trabalhava vinham corroendo todo o seu tempo e não restava muito para o noivo.
Faziam dois meses que Louis chegava quando Harry já estava dormindo e eles simplesmente se abraçavam e cada um ia pra um lado na manhã seguinte. O amor não estava exatamente no ar, como deveria.
Mas é claro que eles se amavam, completamente. Se tratava apenas de divergências em suas agendas, embora Styles não se importaria em estar em outro lugar quando Louis fez questão de ressaltar:
— Certo, Barb, eu vou relevar só porque foi com você, mas estou desapontadissimo. Isso é muito importante para nós e o Harry quer tudo perfeito. — O cacheado franziu o cenho, não entendendo qual é a de Louis jogando isso pra ele, quando Styles não se importaria em ir a algum cartório logo de uma vez e resolver esse assunto. Louis colocou as mãos na cintura e respirou fundo — Nós só temos uma semana e eu vou confiar que farão um excelente trabalho.
Bárbara soltou a respiração que vinha segurando por muito tempo e suas ajudantes fizeram o mesmo.
— Lembrando que é amarelo-maracujá, não essa coisa néon terrível. Estamos entendidos?
— Sim, querido e mais uma vez me desculpe. — Pediu, apertando a mão dele e sorrindo para Harry quando ele se aproximou para lhe dar um abraço — Olhe só para você, parece que foi ontem que tinha seus quatorze anos e vinha bater aqui todos os dias atrás de um emprego.
— Eu fui o melhor funcionário que você já teve, pode confessar. — Murmurou abafado por conta dela o apertar contra seu cachecol macio.
— Er... Você sempre foi um bom menino, atrapalhado, mas ótimo. — Afagou seus cachos densos — Estou tão orgulhosa de poder fazer seu bolo.
Harry sorriu se afastando para poder encara-la.
— Sinto muito pelo...
— Não, amor, ele está apenas garantindo que seja tudo perfeito. Todos sabem o quão louco Louis é por você . Ele te ama, mais do que tudo!
Eles olham na direção do homem que implica com uma manchinha de nada na vitrine e tenta limpar com a manga da camisa.
Esquisito, mas amável.
— Eu tenho muita sorte!
— Você tem e em uma semana será um homem muito bem casado.
— Sim, eu serei muito bem casado. — Repetiu com uma sensação estranha subindo a boca do estômago.
Xx
Se ele amava Louis? Com toda a certeza, porém era tudo meio chato. Sem grandes aventuras ou emoções.
E os momentos que eles partilhavam raramente eram interessantes, mesmo que ele se esforçasse para apimentar as coisas, como no caminho de volta para a casa. Ainda era cedo e a estrada estava deserta, com Louis tamborilando os dedos no volante no ritmo de ABBA ele viu nesta a oportunidade excelente para ousar um pouco mais. Deslizando sua mão sobre a coxa de Louis e esgueirando seus dedos longos um pouco mais ao sul.
Antes que ele tocasse o que queria sentiu uma palma menor e quente agarrar seu pulso.
— Wow, o que está pensando? — Ele sorria bem humorado, pensando se tratar de alguma brincadeira. Harry era cheio dessas.
— Em pegar no seu pau. — Respondeu simples, arrastando-se de seu banco para mais próximo do outro que cerrou os olhos azuis, escurecendo em confusão.
— Não fale assim, querido. Esse linguajar vulgar não combina com você.
Harry se obrigou a não revirar os olhos. Na sua mente Harry Styles e vulgar eram sinônimos.
— Certo, então que tal, eu quero fazer amor com você. Aqui. Agora.
— Aqui? Agora?
O de olhos verdes assentiu devagar, algumas mechas encaracoladas caindo em seus olhos. Ainda era estranho os cabelos mais curtos depois de tantos anos usando-o longo, mas ele gostava da mudança, era um visual mais adequado ao futuro Harry Tomlinson.
— Yeah. — Harry mordeu os lábios cheios deslizando como uma serpente para o colo de Louis que tinha os olhos quase saltando das órbitas ao ver a posição na qual o noivo se encontrava com as coxas em cada lado de seu quadril e a camisa preta sendo vagarosamente desabotoada, botão por botão — Nós temos andado tão ocupados, eu sinto sua falta, falta dos seus beijos, dos seus toques, do seu corpo se enroscando no meu e de te ouvir gemer o meu nome.
Já podia se ter um vislumbre da borboleta no estômago de Styles quando o mais velho o segurou pela cintura balançando a cabeça várias vezes.
— Harry, por favor, quanta imprudência! — Suspirou desapontado — Estamos no meio do trânsito.
— Que trânsito, Louis? Literalmente não tem mais ninguém. — Grunhiu irritado, batendo nos ombros do outro.
— Sim, agora, mas um carro pode vir a qualquer momento e eu não quero que nenhum acidente aconteça, deus me livre! Ou que sejamos flagrados em atos imorais em plena luz do dia dentro de um carro, então, por favor, seja bonzinho e compreenda. — Tomlinson pediu com a voz branda, terminando de reabotoar a camisa de Harry até o pescoço o que o levou a bufar irritado — Não fique chateado comigo. — Abraçou com mais força a cintura do maior, apoiando a cabeça em seu peito.
Harry queria ficar bravo e fazer uma cena, porém ele não era disso. Apenas queria alguma intensidade, coisa que não ia rolar, sendo assim não tinha porque complicar mais as coisas e abraçou o pescoço de Louis.
— Tudo bem, eu fui bobo.
— Não, você não é bobo. Você é o amor da minha vida. — Diz erguendo o rosto para deixar um beijo suave nos lábios vermelhos, admirando de perto as orbes em um esverdeado vivo com nuances de azul quando a luz do sol os refletia — Eu não sei o que eu fiz pra merecer você.
Um par de covinhas se afundaram nas bochechas coradas do cacheado que se curvou para um novo beijo, sendo impedido de aprofunda-lo por conta do aperto significativo em seus quadris que o lembrava de que Louis não queria fazer aquilo agora.
Apesar daquele breve roçar de lábios não ter sido o ideal bastou, por hora.
— Então, casa? — Louis indagou assim que o noivo voltou ao seu assento passando o cinto pelo peito.
— Hum, na verdade eu queria dar um pulinho na Perrie.
— Tudo bem, eu vou ficar fora a tarde toda, não queria que você ficasse sozinho. — Harry sorriu e se inclinou rapidamente para dar um beijinho na bochecha de Louis.
O caminho foi tranquilo e silencioso. Louis não gostava de falar enquanto dirigia porque coisas terríveis aconteciam quando não se prestava atenção totalmente no caminho, até mesmo a respiração um pouco mais alta de Styles era repreendida.
Então foi um certo alívio ao que ele se despediu de Tomlinson e pode tocar a campainha da casa de Perrie. A loira surgiu a porta no segundo toque, ela era puro cachos, maquiagem impecável e roupas novas que provavelmente estouravam os limites do cartão de crédito de Zayn e o prejuízo seria ainda maior quando a garotinha dentro da barriga dela viesse ao mundo com os mesmos gostos caros da mãe.
— Oh, lembrou que eu existo?
— Desculpa, está sendo uma correria terrível. — Harry choramingou, fazendo beicinho na esperança de ser perdoado.
Por sorte, ela sempre se derretia toda por ele.
— Certo, só não faça mais isso. — Desmanchou a carranca, o aceitando em seus braços e estalando um beijo em sua bochecha. Harry sorriu antes de se abaixar para tocar a barriga que parecia em tempo de estourar, acariciando a afilhada — Oi, meu amor, eu senti tanto a sua falta!
— Eu também senti sua falta, sua vadia desaparecida! — O berro veio da sala de estar.
Harry se endireitou na hora, levando a Perrie uma expressão de terror, eles tiveram uma conversa silenciosa na qual Harry se virou em pânico para a sala gesticulando para a mesma e a loira confirmou com um olhar de lástima. Não havia para onde correr. Com passos hesitantes ele seguiu até o cômodo, encontrando Cara fumando na janela, está lhe deu um aceno breve e Dua estirada no sofá com uma Margarita na mão e o controle da televisão descansando em sua barriga.
— Oi. — Foi tudo o que ele disse ao se jogar na poltrona, sabendo que se suas três melhores amigas estavam reunidas era porque a coisa estava séria.
— Oi? É tudo o que tem pra dizer depois de quase dois meses fugindo de nós?
— Eu não estava fugindo de ninguém. — Murmurou aceitando uma Margarita dada por Perrie que se acomodou no mesmo sofá que Dua.
— Mentiroso! Você correu de mim no supermercado naquele dia. — Cara se manifestou da onde estava.
— Em minha defesa eu não te reconheci.
— Como você não conhece alguém que é sua amiga desde a segunda série?
— Calma, querida, todos nós sabemos o motivo do esconde-esconde, ele só não quer ninguém dando pitaco no casamento eminente dele com a mosca de padaria. — A morena terminou seu drinque num só gole, franzindo as sobrancelhas para a bebida intocada na mão de Styles — Não vai beber?
Harry baixou os olhos para o copo.
— Isso tem álcool. Louis não gosta que eu beba.
— Pau no cu do Louis!
— Dua! Pensei que nós tivemos conversado sobre isso, a decisão é do Harry e nós devemos respeitar e amá-lo, como sempre. — Perrie interveio com a voz da razão.
Lipa fechou a cara e bufando sonoramente completou:
— Eu só me preocupo.
— Não parece.
— Vocês duas parem de disputar pra ver quem é a alfa aqui, okay? — Delavigne terminou o cigarro e veio para junto de Harry, se jogando em seu colo como se não houvessem várias cadeiras e poltronas a sua disposição. Ela era assim... Estranha — Esse é o problema quando há um garotinho entre nós, nos tornamos superprotetoras. Mas você sabe que nós só queremos o seu bem, não é, Haz?
— Claro. — Ele sorriu sem mostrar os dentes, passando os dedos pelos longos cabelos loiros.
— Você ama ele? — Dua não pôde se conter.
— Obviamente.
— Mesmo ele sendo tão chato e cheio de mimimi?
— Ele não é chato!
Agora ele estava mentindo descaradamente e todas viam isso com clareza, não é como se elas não soubessem. Mulheres sabiam de tudo, o tempo todo. Harry tinha medo delas, mas sempre se manteve perto.
— O sexo tem que ser muito bom, então. — Ela suspirou, tocando a gargantilha preta e não deixando de notar o cacheado desviando o olhar — Para tudo! Vocês não transam?!
— O quê? De onde você tirou isso, garota? — Aquele tom de voz só o entregou ainda mais.
— Meu deus, Harry, ele nem te fode. Que bosta hein! — Cara gargalhou e ele não hesitou em empurrar seu corpo, a fazendo rolar pelo tapete — Seu ogro!
— Eu não entendo que merda é essa, mas quero que entendam de uma vez por todas que eu o amo. Ele é o homem da minha vida, com quem eu decidi casar e ter ao lado até o fim dos meus dias, se vocês fossem minhas amigas de verdade estariam felizes por mim e não se reunindo pra meter o pau no meu relacionamento. — Harry gritou, irritado com tamanha intrusão. Se colocando de pé, pronto para sair dali.
Perrie pigarreou, cutucando as cutículas casualmente.
— Na verdade estávamos falando sobre a sua despedida de solteiro.
Ouvir aquilo o fez se sentir culpado. Ele havia tirado conclusões precipitadas, gritado e até jogado Cara no chão, aí meu deus, ela ainda está lá jogada. Harry se ajoelhou, cheio de remorso, alisando a camisa da garota que olhava para o teto se fingindo de morta.
— Desculpe por ter sido uma idiota intrometida. — Dua pediu, brincando com seus dedos.
— Está perdoada.
— Eu não pedi seu perdão, pedi só pra me desculpar.
— Se estiver achando ruim eu posso te desperdoar agora mesmo. — Harry retrucou em tom de brincadeira.
Dua abriu a boca, chocada.
— Ora, sua vadiazinha.
— Do que você me chamou?
— V-A-D-I-A. — Soletrou corajosamante, mas gritando assim que Harry pulou em cima dela. Os dois se engalfinharam no sofá, Perrie achou melhor mudar de lugar antes de ganhar um chute.
Era típico deles agirem como dois pré-adolescentes, assim como era típico de Cara sair da sua casa pra ficar jogada no chão alheio como se isso fosse normal. Foi o que Zayn pensou ao entrar pela porta, se deparando com todas aquelas cenas, enquanto sua esposa enrolava uma mecha de cabelo, ele lhe deu um beijo e arriscou dar um oi para os amigos dela que tinham preocupações muito maiores, então subiu para o segundo andar os deixando a vontade.
— Um dia desses nós vamos nos mudar e não iremos contar a ninguém. — Perrie comentou, atraindo a atenção dos três. Cara se sentou e Dua e Harry voltaram a serem adultos, embora os cabelos bagunçados, bochechas vermelhas e as camisas amassadas revelassem outra coisa.
— Hora do drama. — Dua sussurrou no ouvido do cacheado que tinha a cabeça deitada em seu ombro e bem mais relaxado — Pezz, conta pra ele da sua idéia de despedida de solteiro.
— Lembrando que não pode ser nenhum bar ou clube de stripper, isso tá muito batido.
Todas as três concordaram.
A Sra. Malik se inclinou animada em direção a Harry.
— Harry, o que acha de ter uma última "aventura" antes de se tornar um lindo e bem comportado membro da família Tomlinson?
— Aventura? Que tipo de aventura seria essa? Oh, não, eu não quero saber de nenhum garoto de programa.
— Ele não é um garoto de programa.
— Yeah, respeite o Liam. — Cara interveio.
— Espera Liam? O Liam? Aquele da sua–
— Isso mesmo. — A mulher balançou a cabeça animada, Liam lhe proporcionou ótimas lembranças — Ele sabe como fazer alguém relaxar.
— Eu não sei como levar chicotadas vai me deixar relaxado.
— Acredite em mim, ele consegue. E o melhor é que ele tem um horário perfeito pra você amanhã.
— Espera, você já marcou?
— Uhum.
Styles estava incerto quanto aquilo, ele sabia que Liam não era nenhum garoto de programa e é claro que não haveria nenhum tipo de sexo entre eles, mas mesmo assim tinha dúvidas quanto a se deixar ser amarrado e dominado por um cara que para si era quase que completamente desconhecido.
— Faz tanto tempo desde que eu estive com ele. — Dua tinha um sorriso nostálgico, enquanto massageava o couro cabeludo do de olhos verdes — Nós podemos ir junto se estiver com medo, sabe, dar um apoio moral e–
— Ver o pau do Liam. — Delavigne terminou.
— Não, caso eu vá não vou transar com ele. De jeito nenhum.
As garotas se entreolharam, todas disseram a mesma coisa e bem, não foi o que aconteceu. No caso de Perrie, até alguns menáges envolvendo seu marido já haviam acontecido, então ela não fazia ideia de como Harry resistiria a um homem daqueles, principalmente por constratar tanto com seu noivo sem graça.
Louis era bacana, mas Liam estava à anos luz.
Sem comparação.
— Eu vou pensar. — Foi a resposta de Harry.
E ele realmente pensou. Pensou bastante até a sua cabeça doer e ele levar uma eternidade no banho, usando o tempo debaixo do chuveiro para pensar em todos os prós e contras que fazer aquilo traria. Louis não era mente aberta como Zayn, mas por outro lado era a sua despedida de solteiro onde ele tecnicamente tinha passe livre pra fazer o que quiser, mas ainda assim... Ele não sabia o que fazer.
Ir ou não ir, eis a questão.
Saiu do banho vestindo camisa e moletom e se arrastando até o sofá para assistir filmes repetidos na Netflix com o mesmo assunto martelando em sua cabeça. Ele esteve presente quando as suas amigas tiveram a sua sessão com Payne e okay, ele era muito gostoso e todo aquele porte e atitude de dominador o fizeram ficar com as pernas bambas só de olhar. Louis não usaria um chicote nele nem que ele implorasse de joelhos, qual é, Tomlinson não estava interessado em sexo baunilha quem dirá experimentar outras coisas.
Harry estava fadado a um casamento celibatário.
Ouviu o ranger da porta, seguida do barulho de chaves, os passos foram se aproximando e um beijo foi depositado em seus cabelos úmidos. Ele sorriu sabendo que Louis só o tocaria depois de tomar banho e passar muito álcool gel nas mãos. Germes matam.
Acabou pegando no sono mais cedo do que o esperado, Louis, que a essa altura já tinha seu banho tomado e roupas limpas e confortáveis iria perguntar o que ele gostaria para o jantar quando encontrou o noivo esparramado no sofá, quase caindo do mesmo. Ele envolveu os membros longos e moles dele em si e o carregou escada acima, o deitando cuidadosamente na cama e o cobrindo, por fim deixou um novo beijo em sua bochecha só pensando no quão sortudo era por estar casando com o próprio sol.
Harry era tão lindo e perfeito e seu...
O celular de Styles começou a vibrar na cabeceira, era um número desconhecido. Tomlinson resolveu atender só para o caso de ser algo importante, quando o homem na linha falou:
— Harry Styles? — Louis grunhiu um pois não? — Aqui é Liam Payne, o dom que você requisitou, gostaria de saber se você quer confirmar o horário para a amanhã. — Dom? Horário?
— Pode ser. — Murmurou receoso, dando alguns passos para fora do quarto, batendo a porta em seguida.
— Ótimo, então eu vou aproveitar que estamos em contato para confirmar algumas informações que me foram fornecidas pela Sra. Malik, okay? — É claro que a Perrie estava armando alguma, a questão era o quê? — Então estão proibidos qualquer tipo de asfixia, mordidas ou chupões, privações e sobre a parte da penetração, você quis dizer excluir apenas a penetração peniana ou qualquer tipo?
Penetração? Louis engasgou com o ar, começou a tossir, tossir muito até ficar sem fôlego e com o rosto vermelho. Um ruído semelhante a um grunhido foi ouvido do quarto e ele tomou uma distância maior para poder falar ao telefone, embora não soubesse o que fazer.
— Você é amante do Harry? — Foi fodidamente difícil fazer aquela pergunta.
Nunca pensou que o seu cachinhos pudesse fazer uma coisa daquelas com ele. Louis queria chorar.
— O quê? Não, espera, eu liguei para o número errado? — Liam disse confuso.
— Não, esse é o celular do Harry, eu sou o noivo dele.
— Ah, sim e você deve estar muito confuso agora. Bom, eu sou Liam e eu não sou um prostituto, nem amante de ninguém. Eu trabalho em um clube, sou dominador e pratico um BDSM água com açúcar para pessoas inexperientes como o seu noivo, é só para que eles possam ter um gostinho dessa dinâmica. É uma aventura de despedida de solteiro, nada mais que isso, você pode participar, se quiser.
— Eu? Participar?
— Claro. Basta me dizer como vai querer, já tem algo em mente?
Louis passou a mão pelos cabelos e voltou os olhos em direção a porta onde Styles se encontrava adormecido. Então, ele queria uma aventura? Talvez eles pudessem se aventurar juntos, mas não é como se Harry precisasse saber disso, afinal, ele não disse nada para Louis e todo casal tem seus segredos.
— Sim, Liam, eu tenho algo em mente.
૪
— Que tipo de lugar é esse? — Harry dobrou o pescoço para poder analisar melhor o local imenso, um balcão abandonado, inóspito e selvagem. Rústico demais para o seu gosto. Ele se encolheu em seu suéter que cobria suas mãos, um presente de Louis, tinha até o seu cheiro por ele usar principalmente nas noites em que dormiam agarradinhos.
O cheiro já estava fraco por fazer um bom tempo desde que tiveram um momento assim, mas o ajudava a se sentir seguro e perto do noivo, mesmo que estivesse agindo pelas suas costas.
Será que deixar alguém te dar umas palmadas conta como adultério?
Ele deveria ter checado antes.
— Eu gostei. — Dua continuou a revirar as ferramentas espalhadas por várias mesas de ferro, a graxa manchando sua superfície. Harry não gostava daquele lugar, era intimidante demais e nada parecido com os quartos de hotel elegantes que suas amigas estiveram. Cara não parecia gostar tanto assim do lugar, tal como ele e abraçou suas costas, escondendo o rosto em seu ombro, cochichando que sentia a presença de ratos pelo lugar.
— Olá, eu sou Adele e é um imenso prazer recebê-los hoje. — Uma mulher de cabelos castanhos e volumosos se apresentou, usando um terninho como se trabalhasse em um escritório executivo, nada parecido com isso aqui.
— Olá. — Disseram em uníssono.
— Creio que estejam estranhando o lugar, mas nós gostamos de ambientar cada cenário exclusivamente para o cliente, de alguma forma, Liam acredita que este seja o melhor cenário para a sua experiência, Sr. Styles.
— E aqui podemos ver que o Liam não me conhece nadinha.
Adele riu, juntando as mãos diante do corpo.
— Harry, peço que não se preocupe, ele é extremamente profissional e cuidadoso. Você estará em boas mãos e não sofrerá nenhum arranhão, bem, nenhum além daqueles que você permitiu. A partir do momento em que entrar naquela sala você se tornará um submisso e deverá obedecer às ordens do seu dom, sempre lembrando que em um nível muito mais leve, o seu bem estar e segurança estão em primeiro lugar.
— Segurança e bem estar são duas palavras que me brocham pra caralho. — Lipa sussurrou um pouco alto demais, trazendo constrangimento a todo o grupo.
— Bom, senhoritas, podem vir comigo.
Cara se apertou com mais força em Harry.
— Não podemos ficar na sala? Nas outras vezes nós ficamos juntos. Se nos separar nós morremos. — Perrie e Dua se juntaram na hora de se agarrar a Harry como um ursinho de pelúcia e ele precisava confessar que não queria sair dali.
— Desculpe, senhoras, foi uma exigência de Liam. Ele disse que será melhor para Harry, ele é um pouco tímido, não? — Assentiram chorosas - Seu amigo ficará bem. Nós estaremos na sala ao lado, de olho nas câmeras. Não vão perder um segundo.
— Ah, tudo bem então. — Perrie foi a primeira a se soltar, dando um tapinha no ombro de Harry e seguindo a mulher.
— Não se preocupe, amor, vou pedir o DVD para podermos assistir no telão do seu casamento. — Dua provocou e Cara levou mais uns três minutos agarrada a ele até finalmente soltar.
Antes de sair, Adele indicou que ele seguisse reto até uma porta vermelha.
Quando se viu só pela primeira vez um arrepio cortante atravessou sua espinha e ponderou pela milésima vez se aquela era uma boa ideia. Lembrar do quão gentil e atencioso Louis havia sido hoje pela manhã, trazendo seu café com um buquê de rosas, ele até mesmo escreveu um poema. Era demais, ele não podia.
Virou de costas e no mesmo instante a porta de ferro se abriu, um barulho alto ecoando quando se chocou com a parede. Harry podia sentir até os cabelinhos de sua nuca arrepiando.
Não havia ninguém esperando por ele na porta, mas uma voz de dentro o chamou. Ele já tinha vindo até aqui, não era hora de dar pra trás. Com um longo suspiro se pôs a andar, passando os olhos pelas paredes de tijolos esverdeados, os interruptores antigos, o chão escuro e a bendita porta aberta. Quando a adentrou estava em um novo corredor mal iluminado, a ponta dele se encontrava um homem que ele não podia ver perfeitamente, mas reconhecia a silhueta de Liam, os ombros largos cobertos por um suéter grosso de linho com as mangas arregaçadas, calças soltas em estilo militar, repletas de correntes que se agitavam conforme seus passos se aproximavam, os cuturnos martelavam o chão e haviam munhequeiras de couro em cada pulso. Liam estava todo em preto, o cabelo castanho mais curtos do que se lembrava a barba cobria toda sua mandíbula, a forma como andava exalava domínio e confiança, em seu punho, coberto por tatuagens havia um uma venda. Ótimo, ele ficaria no escuro.
Payne parou a alguns bons centímetros de distância dele, o medindo de cima a baixo e inconscientemente Styles achou que poderia ter dado uma caprichada no seu visual, já que um suéter café com leite de mangas longas que conseguia ser curto o bastante para expor boa parte de sua camisa branca, uma skinny que ele nem consegue se recordar de quando comprou e é claro, a boina. Boinas com certeza são muito sexy's, Harry seria o CDF mais sensual do colégio agora. Só que não.
Liam andou um pouco mais, ficando muito próximo de si. Mesmo sendo maior Harry recuou. Um sorriso convencido cresceu no rosto de seu dom.
— Como você está?
— Bem.
— Tomou café da manhã?
Até demais, Tomlinson tinha preparado um café tão reforçado como se ele fosse para a guerra e não ficar em casa como ele havia mentido para o noivo. Será que Louis pressentiu que ele iria precisar de energia ou algo assim?
— Sim... — Respondeu. Payne arqueou uma sobrancelha e Harry se apressou em completar — , senhor.
O outro sorriu satisfeito, estendendo uma mão e retirando sua boina, algumas mechas bagunçadas caíram por sua testa.
— Tire suas roupas. — Ordenou.
Harry engoliu em seco e por mais constrangido que estivesse fez o que foi mandado, tirando o suéter, a camisa, seguido das botas e dos jeans. Lançou um olhar questionador ao homem que assentiu para que ele também se desfizesse da cueca.
Quando se encontrava completamente nu, Liam passou a venda por seus olhos, o cegando temporariamente.
— Lembra-se da sua palavra de segurança? — O cacheado balançou a cabeça e logo se arrependeu de não usar palavras ao ter seu mamilo dolorosamente torcido pelas mãos ásperas — Palavras. Sempre use palavras, repita a senha pra mim.
Ele se encolheu um pouco, pensava que não precisaria usar sua senha e não a achava a mais maneira do mundo, mas não conseguia pensar em qualquer outra.
— É Lou, a minha senha é Lou, senhor.
— Ótimo. — A mão de Liam fez um carinho sobre o bico maltratado e o prendendo entre dois de seus dedos, apertando levemente para arrancar um suspiro do mais novo — Bom garoto. — De repente sentiu algo envolvendo seu pescoço, o que ao tatear, descobriu ser uma coleira. O dedo de Liam se enganchou no aro para a guia e puxou Harry que de primeira engasgou — Relaxe, babe, eu vou cuidar muito bem de você.
Ele o incitou a caminhar e Harry seguiu seus passos, totalmente a sua mercê, com seus pés tocando o chão frio e tendo sensações estranhas percorrendo sua pele. A mudança na temperatura e textura do piso indicavam que eles estavam em outro cômodo, seu braço esbarrou no que pareciam ser correntes pelo som que fizeram. De repente o homem estava apertando sua cintura e o colocando a sua frente, o que consequentemente fazia com que Liam estivesse as suas costas, com seu corpo pressionado ao seu. A respiração quente arranhando seu pescoço e ele não sabia o que fazer com as mãos.
— Tem uma cama bem na sua frente. Deite-se nela.
Styles tateou a procura da tal cama, a sentindo na ponta dos dedos, pressionou as palmas das mãos abertas contra, fazendo o colchão pouco confortável que rangia como couro afundar, ergueu o joelho caminhando-se para deitar, quando sentiu as mãos do outro agora em seus quadris, os puxando para trás, sua bunda ficando perfeitamente alinhada ao membro de Payne.
Mesmo sob o tecido pode sentir a ereção generosa já formada entre suas nádegas.
— Pode reconsiderar a parte do sexo a qualquer momento. — Ressaltou, soltando o garoto e permitindo que ele continuasse a deitar-se. Harry ficou de bruços, seus braços foram puxados, algemados no lastro de ferro. A cama de solteiro parecia ter sido feita a sua medida — Agora, não quero que dê uma única palavra.
- Sim, senhor. - Disse receoso, mas os passos de Payne estavam se afastando, como se ele estivesse indo embora. Até que voltou.
Os passos soavam diferentes, como se mudasse totalmente o seu modo de andar, mas não podia ser outro alguém. O cacheado esperou em silêncio, fechando suas pernas por reflexo quando dedos correram por suas coxas superficialmente, subindo pela curva do traseiro e deslizando pelas costas que se tornaram arqueadas no momento em que seu cabelo foi duramente puxado, sentia seu couro cabeludo latejar pelo ardor.
Liam aproximou seu rosto do seu, a boca roçando em seu nariz e logo se afastando, apertando mais seus cabelos e esfregando a ponta do chicote em sua bochecha macia. O toque do couro desceu para seus ombros e costas, tocando suas nádegas e coxas juntamente com a mão que lhe acariciava.
Harry estava quase ronronando pelo carinho agradável quando o primeiro golpe veio, sem aviso algum, apenas a ardência em sua nádega onde o chicote batera. Ele se sobressaltou e Liam agarrou um de seus glúteos, os separando e cuspindo diretamente em sua entrada, Harry se contraiu em surpresa e mais ainda pelos dedos quentes que se esfregaram ali. O carinho não durou muito e logo ele retornara a atingir sua bunda com um novo golpe, sempre devolvendo um carinho nos quadris, ou massageando sua cintura o que fazia Harry morder os lábios e instintivamente se oferecer para o toque, mesmo que viesse a ser punido logo em seguida.
O golpe seguinte não veio de chicote algum, mas sim da própria mão do homem. Está que não parecia mais tão áspera, era mais macia, mas nem por isso menos dolorosa. Novamente ouviu passos, o espaço tinha eco o que facilitava bastante para a sua audição que tentava a todo custo ambienta-lo como fosse. Liam estava do outro lado agora, o chicote voltara e corria por sua perna, assim como a boca em seu ombro. O beijando ao ponto de fazê-lo relaxar, sua respiração estava carregada e nenhuma palavra saia da sua boca.
Aqueles lábios em sua pele pareciam tão familiares.
A mão de seu dominador escorregou por sua espinha, e ele se contraiu em expectativa sentindo os dedos do homem entraram em contato com sua entrada. Afastou mais uma vez suas bochechas, o deixando totalmente exposto e então passou um dos braços por debaixo de seu corpo, puxando seus quadris para o alto.
Harry se apoiou nos joelhos e Payne aproveitou para voltar a esfregar seus dedos no buraco tão deliciosamente apertado que não parava de se contrair a cada pequeno toque, mesmo assim ele não parou, a estimulando, enquanto seu chicote dava leves batidinhas nos testículos cheios de Styles. A ponta de seu dedo afundou dentro dele e Harry mordeu o braço para não gemer.
Novos passos foram ouvidos.
O dedo foi se afundando cada vez mais, se empurrando com força para seu interior e com a outra mão suas bolas foram apertadas. Ele queria gritar, mas encontrou forças para resistir a vontade. Mas logo ele também se fez ausente, o deixando em agonia. As chicotadas voltaram com mais força, como se fosse uma punição por ter aceitado tão bem o dedo alheio.
Em meio as batidas seus joelhos cederam e seu membro duro ficou esmagado debaixo de seu corpo, ele queria começar a se esfregar ali mesmo e foi o que fez, estimulando sua glande no tecido fofo, sentindo a umidade em seu abdômen e dando leves reboladas que não passariam desapercebidas por seu dom. O homem o agarrou pela garganta, os dedos pressionando com força a pele pálida, sua mão caiu pesada contra a bunda do cacheado que desta vez choramingou, o que só o levou a repetir o tapa com mais força.
A boca de Harry se abriu, despejando um gemido involuntário ao que Liam lambeu seu rosto, arranhando sua abertura sem dó.
Então se voltando para sua área de maior interesse que era a entrada do mais novo, sempre a esfregando, tocando e estimulando. Seu maior prazer estava em excita-la e a deixar o mais acessa e necessitada possível para poder se afastar e deixar Harry frustrado. O dedo médio voltou a entrar nele, massageando suas paredes interiores e roçando na próstata do garoto, mas bastava Styles começar a se animar e mover-se de encontro ao dígito para ser censurado, recebendo tapas e apertos em suas coxas que já se encontravam avermelhadas e maltratadas.
Em outras vezes o golpe não precisava sequer ser direto. Harry já estava ficando tão amedrontado que bastava estalar o chicote contra o colchão para ele saltar e tremer como um gatinho.
E bem, ele descobriu que gostava disso.
Seu pau estava tão molhado e sua entrada tão desesperada. Ele nunca se sentiu assim antes. A questão era que alguém exercendo poder sobre si, o dominando e colocando na linha o deixava louco de tesão
Ah, se Louis fizesse isso com ele, as coisas seriam bem diferentes. Harry o amava tanto, mas se ele o fizesse o amaria ainda mais.
Com seus sentidos sensibilizados pela privação de outros ele saltou quando os lados do colchão afundaram. Sentiu o áspero dos coturnos de seu mestre tocando suas pernas, pelo que ouvia ele parecia estar soltando o cinto e não...
Styles estava prestes a gritar sua palavra de segurança quando o arranhar do que pareciam franjas de couro começaram a passar por suas costas e quadris. O cacheado estremeceu pela ardência dos golpes, que embora indiretos eram doloridos, ele imaginou que Liam poderia estar rodando o chicote no ar, por isso o segurou com uma das mãos, o puxando pelo cabelo, levando-o a se arquear, seu traseiro ficando mais evidente aos golpes e gemidos atrás de gemido rompendo de sua garganta.
Harry não queria, mas seu pênis estava tão duro e desesperado que ele não podia evitar de rebolar e estocar para frente. Ele estava tão perto.
Cada parte de seu corpo tremia e suava em antecipação a cada movimento inusitado que o outro daria.
De repente a sensação das franjas sumiram.
Restando apenas Liam.
Liam e seu corpo forte se pressionando as suas costas. Pelas ancas levantadas do mais novo, seus quadris se encaixavam perfeitamente e apenas os jeans impediam que Payne se afundasse no interior macio e caloroso do outro. Mas isso não o impedia de simular violentas estocadas contra o corpo abaixo do seu, ele apertou o cabelo de Harry com mais força e sua boca explorou seu pescoço longo, chupando e mordendo como bem queria, fazendo um conjunto de marcas avermelhadas por toda a pele leitosa e descendo para suas costas.
Harry queria pedir para parar. Marcas definitivamente atrairiam a atenção de Tomlinson e ele estaria fodidamente encrencado, porém ele difícil raciocinar quando se está amarrado, excitado e tendo um homem como aquele encima de você.
Porra, Liam era sim gostoso demais.
E a sensação de pele com pele entregava que ele havia tirado a camisa, seus músculos firmes deslizavam pelas costas de Harry e o mesmo só sabia gemer e revirar os olhos por debaixo da venda.
Seus beijos foram descendo e seus dedos firmes agarraram cada lado das nadégas de Harry, abrindo-as para si, ele puxou seu pênis entre as coxas e sugou suas bolas subindo para o buraco suficientemente molhado, mas isso não o impediu de devora-lo mais ainda com a língua e os lábios. Harry gritou contra o colchão, se contorcendo em agonia.
Ele queria, não, precisava de algo o preenchendo o quanto antes.
Uma pitada de arrependimento coçou em sua garganta pelo fato de não incluir o sexo na sessão. Talvez ele pudesse...
Três dedos de Liam mergulharam dentro dele. Cavando espaço suficiente até sua próstata e o tesourando para ter ainda mais.
Sua boca se abriu em um novo gemido, mas está também foi invadida pela língua de alguém. Quente e molhada, com um sabor tão conhecido que o deixava tonto, ela subjulgou a sua e mãos deslizaram para a parte de trás de sua cabeça puxando a venda.
Sem esperar por aquilo piscou diversas vezes atordoado. Primeiro sem entender quem o havia beijado e segundo porque estava sem venda sendo que ainda não havia acabado e... Fodeu! O par de olhos azuis que o encaravam de volta pertencia a Louis Tomlinson.
Fodeu muito.
E como uma espécie de alívio cômico Liam pressionou sua próstata e ele castigou o lábio inferior com os dentes para não gemer de prazer. Embora ele gemer parecesse o menor dos problemas agora, quer dizer, ele tinha os dedos de outro cara dentro dele na frente do seu futuro marido, a situação era no mínimo tensa.
— Se divertindo, amor? — Louis indagou, recostando as costas em uma cadeira de couro, suas pernas estavam cruzadas e ele vestia exatamente as mesmas roupas que Payne.
Aquilo confundiu Styles.
— E-eu não...não... — Começou, mas a língua parecia se embolar em sua boca e três dedos fudendo seu ponto sem parar não ajudavam muito.
— Tudo bem, babe, eu entendi. Você queria se divertir, eu só queria poder presenciar isso.
Harry arregalou seus olhos verdes.
— Você está vendo isso desde o início?
— Não só vendo como participando, não imaginei que fosse gostar tanto de te dar algumas chicotadas, mas na verdade foi maravilhoso. — Disse, puxando o lábio inferior, absorto em seus pensamentos. O óculo deve ter ficado em casa e sua franja estava de volta, Styles sentiu seu tesão duplicar só de olhar para ele daquele jeito — Sabe, Haz, foi só no dia em que atendi a ligação de Liam que eu descobri algo muito sério sobre você, meu amor.
Liam meteu o quarto dedo em seu interior e Harry não pode conter o grito.
Louis sorriu, se inclinando.
— Você é um garoto muito mau. — Sussurrou rouco.
— Louis, eu...
— Shhh. — Tomlison pressionou o dedo contra os lábios rechonchudos do noivo. Puta merda, aquele homem era uma coisa. Com sua boca rosada, olhos brilhantes e inocentes e os cabelos desgrenhados. Harry enganava bem como santinho, mas agora Louis sabia que ele também era uma puta — Você foi uma putinha muito ardilosa armando pelas minhas costas.
Styles choramingou. Ele tinha errado, mas não queria perder Louis.
— Desculpa, eu me arrependo tanto. — O rosto de Louis estava perto e ele queria toca-lo, se esquecendo das algemas em seus pulsos. Esperneou feito uma criancinha.
Seu noivo arqueou uma sobrancelha, coçando o queixo.
— Eu vejo como está arrependido, gemendo feito uma cadelinha no cio com os dedos de Liam te fodendo, meu doce. Que decepção!
— Desculpa. — Soluçou, seus lábios deslizando pelo dedo de Louis que permanecia pressionado a eles. Tomlinson ponderou por alguns instantes e suspirou, soprando contra a orelha pequenina do cacheado:
— Então quer dizer que você não vai gozar com os dedos de Liam?
Harry choramingou. Isso seria meio impossível.
— Yeah.
— Não importa o quão fundo ele vá, você não vai gozar porque você só goza pra mim, certo? — Louis decidiu provocar, segurando o rosto de Harry para que ele o encarasse propriamente. Ele ainda não conhecia aquele lado sádico seu que se divertia em ver seu amor se contorcendo e sofrendo, ele achou divertido tortura-lo um pouco mais. Harry assentiu meio aéreo — Sendo assim pode pedir pra que ele vá mais fundo, não é?
O mais novo gemeu.
— Mais fundo. — Pediu baixinho, sendo prontamente atendido. Ele gritou e apertou suas pernas juntas porque seu pênis também se contorcia entre suas coxas buscando por liberação. Olhou para Louis sabendo exatamente o que ele queria — Mais fundo...Mais...Mais...
— E não nos esqueçamos de que você quer mais forte, amor.
— É. — Styles miou indefeso — Mais forte! Mais forte! Mais forte! — Começou a gritar porque aquilo estava intenso demais e ele não conseguia suportar
— Eu não acredito que você vai fazer isso, Haz. Que feio!
Harry usou todas as suas forças para não se permitir gozar naquele momento e sinceramente era uma tortura terrível.
Enquanto isso seu dom achou que seria um ótimo momento para girar os dedos dentro dele.
— Você não consegue ser bom pra mim? — Louis sussurrou, Styles ergueu o rosto, tendo Louis próximo o bastante para tocar seus lábios superficialmente.
— Eu posso, eu posso, apenas me toque. Só um pouquinho, por favor, eu te imploro. — Chorou. O noivo secou as lágrimas gordas com as costas da mão.
Havia uma bagunça deliciosa a sua frente.
Ele levantou preguiçosamente e Liam puxou seus dedos, o cacheado se contraiu pelo vazio, mas logo era Louis quem tomava seu lugar. Seus dedos deslizaram com facilidade por ele já estar mais do que preparado.
Assim que sentiu Louis o tocando, alívio escorreu por suas veias, ele poderia...
— Eu posso gozar agora?
— Não sei. Pergunte ao seu mestre. — Ele respondeu evasivo, surrando a próstata do mais novo.
Harry olhou para Liam, parado diante dele, as mãos afundadas nos bolsos, o quadril se projetando para frente, quase tocando seu rosto. Ele se sentiu corar fortemente.
— E-eu posso, mestre, por favor?
Liam tomou seu rosto com uma mão, o canto esquerdo de sua boca se arqueou em um pequeno sorriso.
— Pode, babe.
E Harry fez de imediato. Bastou mais uma estocada profunda de Louis, em conjunto com seus dentes marcando cada centímetro de suas costas para que ele viesse fortemente contra o colchão e o próprio abdômen.
Seu orgasmo veio com tamanha intensidade que mesmo após alguns minutos ele continuava a ter espasmos e a moleza dominava seus membros. Liam soltou suas algemas e Louis desceu de cima dele, mas logo pode sentir o couro duro se arrastando por sua coluna. A mão do noivo, provocando sua entrada sensível.
Ainda que submerso em sua total fragilidade Harry se atreveu a dizer:
— Me bata, Louis! — O menor o olhou surpreso. Harry fez questão de repetir mais alto: — Me bata, Louis! — Louis deixou que uma chicotada caísse pelo alto de sua lombar. Ele espasmou e gemeu — Me bata, Louis.
Louis tencionou a mandíbula. Ele tinha ido até lá mais como um observador, havia dado algumas palmadas em Harry, mas agora ele o estava provocando e seria mentira dizer que não estava gostando daquilo, ainda mais quando o cacheado fazia questão de dobrar o pescoço para pedir aquilo olhando diretamente em seus olhos. Ambos queriam.
Tomlinson o chicoteava com cada vez mais força e Harry se tornava uma bagunça de gemidos e ofegos. Liam como o profissional ali e identificando até onde seria saudável continuar tomou a frente virando Harry de costas para a cama. O garoto encarou o teto atordoado, registrando a maciez dos lábios de Payne em seu pescoço e clavículas, eram toques tão doces que o deixava cada vez mais relaxado, os dedos dele escorregaram para seu tórax, brincando com seus mamilos.
Ele apertava entre os dedos, beliscando e o puxando até tê-los duros para receber os grampos que Louis colocara em seguida, Harry se encolheu ao sentir o metal gelado apertando sua carne delicada.
— Oh, o gatinho é sensível. — Payne sussurrou em seu ouvido, sugando o lóbulo por entre seus lábios. Harry suspirou baixinho, assistindo Tomlinson puxar o suéter por cima de sua cabeça e desfazer os botões de sua calça, baixando um pouco o cós antes de se deitar sobre ele, beijando o outro lado de seu pescoço.
Os dois se revezavam em beijar, morder e chupar cada centímetro de pele de Styles que já se via a beira de um novo orgasmo quando Louis trouxe suas coxas para enlaçar seus quadris. Harry se inclinou para ele, arfando com as pinceladas molhadas da glande em sua entrada.
Seu corpo estava relaxado o bastante para receber o noivo com facilidade, principalmente ao considerar que o pênis de Tomlinson estava tão escorregadio de pré-gozo quanto o seu. Ele o tomou completamente, o cacheado quis gritar com a realização de que estava tão completamente cheio pelo amor da sua vida depois de tanta negligência e ainda mais que essa não era uma transa chata e rápida com o telejornal passando na televisão e meias de patinhos envolvidas.
Era uma foda crua e selvagem na qual o cabelo de Louis caia oleoso por seu rosto, sua pele era pigmentada pelo rubor e pelo suor e seus dedos cavavam sem piedade as coxas de Harry.
As estocadas o empurravam para cima, de encontro a Liam que se mantinha quieto, observador e okay, ele causava coisas demais em Harry, apenas de olhar pra ele.
Styles supôs que ele e seu noivo tivessem tido uma longa conversa antes de tudo aquilo porque após checar que sim, estava sendo descaradamente secado pelo mais novo ele sorriu e também abaixou as calças. Provando que a parte de ser uma cadelinha no cio era bem verdade Harry jogou a cabeça para trás, abrindo a boca e deixando a disposição de seu mestre.
Liam arranhou seu peito ao afundar todo o seu cumprimento na boca do cacheado, a glande roçando no topo de sua garganta. Ele se forçou a respirar pelo nariz para evitar engasgos, cavando as unhas nas coxas de Payne e o trazendo para cada vez mais perto. Não muito longe ele ouviu a risada de Louis e seus lábios deslizando pelo vale entre seus mamilos, antes de firmar um aperto na corrente afixada aos grampos que aprisionavam seus bicos salientes.
Louis puxou e Harry se arqueou por inteiro, gemendo contra o membro do outro.
Liam continuava a foder a boca de Harry ao mesmo tempo que Louis socava em sua entrada e este se sentia a beira de um desmaio. O pré orgasmo de Payne se derramava em sua garganta e era questão de segundos até que ele viesse por completo, sabendo disso, Liam se retirou de entre os lábios úmidos e rubros do mais novo. Bombeando seu pau apenas duas vezes até poder vir por completo nas clavículas e peito de Harry que estremeceu ainda mais quando Liam parou ao lado da cama, tomando seu pênis sensível entre os dedos, e o masturbando violentamente.
— Oh, meu...hm. — Harry se contorceu, arranhando o couro abaixo de si.
Louis passou a mão pelos cabelos, tirando-os do rosto e sorriu lascivo em direção a Liam.
— Pensei que ele não pudesse falar, mestre.
Liam assentiu.
— E ele realmente não pode. — Largou seu pênis, e assim que suas mãos foram em direção aos grampos em puro reflexo Styles cubriu os mamilos com as mãos.
— Oh, Haz, você é um garoto tão mau. — Tomlison lamentou, ondulando os quadris bem lentamente, massageando deliciosamente a próstata do noivo.
Harry soluçou choroso e afastou as mãos.
Liam causou ainda mais pressão ao apertar os grampos com seus dedos fortes e Tomlinson mudou totalmente o ritmo de suas estocadas. Indo tão rápido e forte que quase que imediatamente ele veio dentro de Harry mal aguentando o aperto sufocante que ele fazia contra seu membro.
O espremer em seus mamilos também era agonizante, ele sentiu o orgasmo descendo por seu baixo ventre e antes que pudesse chegar a seu ápice tudo parou.
Absolutamente tudo.
Com a visão embaçada conseguiu discernir tanto Liam quanto Louis se vestindo novamente. Algo macio e úmido correu entre suas coxas e ele não entendia o que estava acontecendo.
— Você foi incrível, babe. — Liam deixou um beijo em sua orelha.
— Mas...Mas acabou? — Harry dobrou as pernas, desnorteado — Eu preciso gozar.
Sentiu a mão macia de Louis correndo por seus cachos úmidos.
— E você vai, daqui há uma semana, na nossa lua de mel. — Falou com um sorriso no rosto.
— Louis...
— Quietinho, amor, você já gozou mais do que suficiente para um garoto traiçoeiro como você.
Ele abriu a boca para falar, mas não tinha argumentos. Embora estivesse sofrendo não podia negar que aquele comportamento de Louis o enfeitiçava por completo.
Tomlinson se aproximou um pouco mais, deixando que o mais novo se aninhasse ao seu pescoço.
— É melhor reunir muita energia essa semana, porque a partir do momento em que você for meu marido eu não te darei descanso. — Soprou baixinho com o timbre grave, ele puxou a corrente uma última vez arrancando um gemidinho de Styles — Eu vou destruir você, amor.
— Sim, por favor, por favor. — Louis sorriu, esperando até que Harry se cansasse de agarra-lo e beija-lo.
Quando ele o fez foi para pegar suas roupas e ir atrás de um biombo no quarto. Terminando de ajeitar as munhequeiras em seu pulso Louis ergueu os olhos para o mezanino que definitivamente não deveria ser usado, mas conhecendo as amigas de Harry é claro que elas cagariam para as regras, ele as tinha notado ali há tempos e estava verdadeiramente surpreso por terem se mantido em silêncio.
— Gostaram do show, meninas? — Indagou com desdém, olhando desde o rosto surpreso de Cara até o de Dua. Perrie era a única que comia pipoca e apontava o polegar para cima sem parar — Então talvez eu seja digno do garotinho de vocês.
— É, pode ser. — Lipa resmungou olhando para as unhas.
— Ótimo. — Tomlinson bateu palmas animado, virando para Harry que saira completamente vestido e com as bochechas coradas ao ver a plateia a sua espera. Louis se encaminhou até ele, o segurando pela cintura e dando um beijo em sua bochecha, agindo como o Louis de sempre — Ah, eu escolhi os vestidos de madrinhas em tons de tangerina. A prova é amanhã às oito, não se atrasem ou engordem. Okay?
— Tangerina? — A pipoca caiu entre os dedos de Perrie.
— Nem fudendo, esse casamento não vai acontecer nem por cima do meu cadáver. Harry larga ele e foge com o Liam! — Dua gritava se inclinando sobre o parapeito — Eu vou convencê-lo a fugir do altar, Tomlinson!
Louis apenas riu. Levantando o dedo do meio no ar em despedida.
As três dirigiram olhares indignados para a porta.
— Então, quem quer ser a próxima? — As três encararam Liam parado logo abaixo com um chicote entre os dedos e toda a sua postura dominadora.
— Podemos convencer o Harry a não casar amanhã. — Cara disse já dando os primeiros passos em direção a escada.
— Claro, por que não? — As outras a seguiram, finalmente se concentrando em outras coisas que não atrapalhar o casamento eminente de Harry e Louis.
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