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DON'T CALL ME ANGEL


" Louis acaba de ser aceito em uma das melhores escolas do Reino Unido, exclusiva para ômegas, o que não parece ser um problema já que ele acredita ser um..."


- Como os senhores bem sabem presamos pela excelência. Nossos alunos frequentam as melhores universidades, são disputadíssimos. - O diretor seguia falando, enquanto caminhava com os Tomlinson pelos corredores extensos do colégio, seus sapatos martelando o chão de marfim prendiam a total atenção do jovem Louis que não fazia muito além de manter a cabeça baixa e os dedos se apertando ao redor da alça de sua bolsa. Jay o cutucou, como que dizendo-o para prestar atenção.

Ele sabia bem o que o diretor Styles dizia. Era a melhor escola do mundo. Ômegas do mundo inteiro se matavam para estar na Lancaster Academy e ele fora um em um milhão, tudo graças aquela prova que fez igual a cara e milagrosamente lhe rendeu uma bolsa. Uau. Sua avó lhe faria um bolo muito gostoso como recompensa, bem, isso seria apenas ao fim do semestre, quando ele finalmente poderia voltar para casa e ver suas irmãs e amigos, porque é óbvio que o melhor colégio do país ficava no centro de Londres e era um internato.

Só de lembrar disso as pernas fraquejavam. Louis tinha dificuldades para passar uma noite fora, quem dirá meses e com completos estranhos.

- Desculpe a pergunta, mas Louis já teve seu cio? - De repente o homem interrompeu o passo e se virou para a família.

- Hum, sim, foi no acampamento de verão, certo, filho? - Jay questionou.

Louis sentiu as bochechas arderem.

- É, foi sim. - Garantiu, morrendo de vergonha.

Não, não foi, longe disso. Ele tinha dezessete e seu cio não tinha dado as caras até agora. Ao que tudo indicava seria um beta como seus pais e isso parecia ótimo, no entanto, ele estava meio que muito afim de um garoto da sua escola antiga. Zayn. E Malik só saia com ômegas - por motivos óbvios - então, para despistar a todos sobre a suspeita de que era um beta ele forjou o boato de que tinha entrado no cio durante o acampamento de verão. O que foi até bem genial, levando em conta que não fez verão durante aqueles dias de acampamento e todos passaram dentro de suas barracas ouvindo música ou assistindo qualquer merda na Netflix.

Louis contava com um ótimo melhor amigo que adorava disseminar uma fofoca e Niall fez isso brilhantemente.

Ele e Zayn estavam avançando nos flertes, ele dizia "hey" quando o encontrava no corredor e perguntava o que estava escrito na lousa durante a aula de história, então é, na cabeça de Tomlinson eles tinham um lance bem intenso ali.

Porém, tudo foi por água abaixo porque agora ele estava em Londres andando por aquele mausoléu com um completo desconhecido querendo saber se ele já desejou desesperadamente um pau em sua bunda e pra falar a verdade, ele não gosta muito da ideia. Talvez Zayn deixasse ele fodê-lo. Seria tão mágico.

- I-Isso é um problema? - Mark interveio nervoso, ele estava mais empolgado do que Louis pela nova escola.

- Oh, não, de maneira alguma. Só seria se ele fosse um alfa. - Disse rindo e todos o seguiram, Louis riu só pra não ficar excluído. Okay, ele entendia, nada a ver ele ser um alfa, era pequeno e magro, nada intimidante ou dominante, sem falar que sua voz meio falha e esganiçada não tinha nada de temerosa como uma voz de alfa. Um gato rouco soava mais imponente que ele.

- Então só estudam ômegas aqui?

- Sim. O Sr. Lancaster, fundador desta instituição era um ômega e sofreu muito durante sua jornada acadêmica por ser muitas vezes subjulgado, oprimido e até mesmo assediado por seus colegas alfas, a seu ver era extremamente prejudicial e incômodo a um jovem ômega ter de lidar com isso, por isso, decidiu que seria melhor uma escola apenas para eles, onde poderiam ser livres e independentes de alfas.

- Quer dizer que eles lidam com seus próprios...? - Jay não concluiu, mas todos entenderam muito bem.

- Exatamente. - Ele assegurou, orgulhoso.

- Uau, isso é impressionante.

Louis sorriu amarelo, imaginando se ele teria alguma aula sobre como mandar seu cio embora sem a ajuda de um maldito alfa opressor. Talvez fosse legal.

- Bem, vamos-

- Papai! Papai! - O diretor foi interrompido pelos gritinhos histéricos que despontaram do andar de cima, Louis ergueu a cabeça, a tempo de encontrar um garotinho saltitante correndo pelas escadas. Normalmente ele o encararia com tédio, no entanto, o garoto era interessante, usando meias que subiam por suas coxas, saia preta - recatada demais, ele mal podia ver pele - blazer também preto, camisa social amarrada pouco acima do umbigo e gravata vermelha. Havia também um quê de adorável em seus cabelos castanhos repletos de cachinhos e o rosto redondo e rosado com grandes olhos verdes e lábios vermelhos em formato de coração. Ele parecia fofo.

Passou por Louis quase como se não o enxergasse. Eram do mesmo tamanho, bem, ele poderia ser um pouquinho maior do que Louis já que este tinha um tênis que lhe dava alguns centímetros a mais de altura.

Mesmo assim, perto como estava, seu perfume flutuava no ar e era tão gostoso que o fez fechar os olhos e apreciar por alguns instantes.

- Eu tirei a nota máxima! - Gritou, dando mais alguns pulinhos, praticamente esfregando sua prova na cara do pai.

- Okay, Harry, eu entendi. - O diretor o segurou pelos ombros, tentando acalma-lo, mas ele não conseguia esconder o imenso sorriso e empolgação.

- Eu mereço um colar novo por isso, não mereço? Eu quero pérolas, tá todo mundo usando.

- Todo mundo quem?

- Minhas influencers favoritas, papai. Eu te mostrei ontem, você não estava prestando atenção? - Ele colocou as mãos nos quadris e o olhou, repleto de julgamento.

- Ah sim, claro. Bem, querido, falemos sobre isso em outra hora. - Disse apaziguador, virando Harry para seus visitantes - Gostaria de apresentá-los meu filho, Harry.

- Oh, ele é adorável. - Jay sorriu docemente, afagando a bochecha do garoto que sorriu apertando os olhos, ficando propositalmente mais adorável.

- Parabéns pela nota, Harry. - Mark o parabenizou.

- Obrigado! - Seus olhos brilharam ainda mais - Eu me esforcei muito, sabe. Mas eu preciso fazer por merecer a minha bolsa.

- É mesmo? Nosso Louis acabou de conseguir uma bolsa também. - Mark indicou e foi como se enfim Harry tivesse notado o garoto bem ao seu lado.

- Oh, olá, Louis. - Ofereceu a mão ao garoto que levou alguns instantes até lembrar o que deveria fazer e a apertou - Você parece meio catatônico, nervoso com a escola nova?

- É, um pouco, eu acho. - Deu de ombros. Era estranho, nunca havia se sentido daquele jeito antes. Estava meio tonto.

- Harry está no mesmo ano que Louis, tenho certeza de que serão bons amigos. Filho, por que não o leva até os dormitórios?

- Claro!

- Bom, acho que essa é uma despedida, por enquanto.

E Louis abraçou cada um de seus pais e ouviu atentamente suas milhares de instruções e mandou beijos para cada pessoinha de Doncaster, até finalmente ser liberado e deixar ser conduzido por Harry.

- Vem, eu te ajudo. - Ele tentou pegar uma das malas de Louis.

- Não, é muito pesada pra você.

- Pesada pra mim? Pensei que fossemos iguais.

Louis interrompeu o passo e engoliu em seco.

- Eu não quis insinuar nada.

Harry também parou e se aproximou de Louis até terem uma pequena distância entre seus corpos.

- Não é porque eu aparento ser delicado que eu sou uma bonequinha de porcelana. - E pegou ambas as malas de Louis, as levando sem problema algum - Vamos, antes que eu quebre uma unha.

- Hey, eu não quis soar grosseiro. - Louis deu uma pequena corrida até alcança-lo - É que na minha cidade quase não há ômegas, então eu não sei muito bem como agir.

- Alguém te trata diferente por ser ômega? - Negou - Bom, então não precisa mudar seu modo de agir ou falar por minha causa ou de qualquer um de nós. Você está em casa agora, pode ser quem quiser.

- Certo, eu vou tentar. - Sorriu para o cacheado que retribuiu. Eles se aproximaram de uma sala, semelhante a uma loja, repleta de estantes, araras e roupas embaladas por toda parte. Havia um ferro a vapor ligado com a fumaça flutuando pelo ar - Que lugar é esse?

- Você precisa do seu uniforme.

Uma mulher alta e atarefada os atendeu, Harry era mais do que íntimo e ela o deixou livre para fazer como quiser. Louis teve certa dificuldade para não se esconder debaixo da mesa quando Harry o colocou no centro de uma salinha repleta de espelhos com uma elevação no piso que o deixava ainda mais exposto e começou a tirar suas medidas.

E se não fosse vergonhoso o bastante, a coisa só piorou quando mandou que ele tirasse suas roupas.

- Eu não me sinto muito confortável com isso. - Murmurou, usando os braços para cobrir o peito, embora Harry estivesse de joelhos passando a fita ao redor de sua coxa esquerda.

- Uau! Olha só isso, você malha? - Ele deveria ter algum problema de audição porque invés de responder, apertou a coxa de Louis que tremeu.

- Não, só fico em casa comendo e jogando vídeo game.

- Então esse é o segredo da beleza? Deveria tentar, mas eu sou terrível no vídeo game, você poderia me ensinar. - Disse com sua fala cantada, anotando a medida e então passando a fita ao redor do quadril de Louis - Opa, acho que não temos fita suficiente, o senhor tem uma bunda muito grande, sabia?

- Ai meu deus. - Gemeu constrangido e um pouco... lisonjeado?

- Desculpa, desculpa, você é tímido e eu não deveria ficar fazendo piadinhas, é só que... Eu estou muito empolgado, até hoje eu era o único bolsista de todo esse colégio e embora tire boas notas e tudo mais, é meio chato ser o único. Acho que estou forçando demais, não é? - Pela primeira vez ele não parecia uma fada que vivia em um castelo de arco íris e isso entristeceu um pouco Louis, ele não queria causar aquele olhar tristonho no rosto bonito do ômega.

- Não, você é muito legal. Eu é que sou meio ranzinza, nunca estive em um lugar cheio de ômegas antes e talvez eu tenha um pouco de medo de não me enturmar.

- Não se enturmar? - Harry riu - Você só pode estar brincando, todo mundo vai te amar, Lou.

- Lou?

- Você não gosta?

- Eu acho que eu gosto. - Arriscou um sorrisinho e sem mais, Harry deixou um beijinho em seu quadril e voltou as medidas.

Um pouco depois, quando Harry já havia separado os uniformes com as medidas corretas e mandado Louis experimentar, ele notou que o lugar onde havia recebido o beijinho estava marcado perfeitamente pelo batom rosinha do cacheado. Harry era tão perfeitinho, uma verdadeira princesa e ele estava mais para um caminhoneiro.

Vestiu as calças, camisa, blazer e levou um tempo a mais com a gravata até se convencer de que não fazia ideia de como ajeitar aquela coisa. Decidiu pedir socorro ao seu guia, mas assim que empurrou as cortinas deu de cara com Harry diante de um dos espelhos, ele fazia algo com alguns alfinetes, Louis não sabia bem, mas seja o que for estava servindo para deixar a sua saia cada vez mais curta. Agora ele conseguia ver bem mais de sua coxas grossas e ele continuou subindo até que a popa da bunda começasse a ficar visível, Louis não sabia pra onde olhar, definitivamente não devia ser para o tecido vermelho que se revelava. Antes que se tornasse escandaloso, Styles parou, ajeitou a saia na cintura e olhou por sobre o ombro para onde o menor se encontrava.

- O que achou? - Balançou o bumbum em sua direção, fazendo graça.

- Ficou ótimo, mas por que fez isso? - Conseguiu dizer.

- Porque eu não sou uma freira, por mim eu cortaria, mas meu pai surtaria com isso. Então, eu só banco a virgem puritana na frente dele e está tudo certo. - Para compor o visual ele desabotoou a camisa até metade do peito liso e de aspecto tão macio, aos olhos de Louis - E o uniforme? Acha que ficou bom? Está apertado?

- Hum, as calças são um pouco justas. - Louis reclamou, o tecido praticamente se agarrava a sua pele.

- Bem, isso é porque Deus foi generoso com você em certas partes. - Disse com um risinho, segurando nas pontas soltas da gravata de Louis.

- Muito engraçado. - Revirou os olhos com desdém.

- Se quiser pode usar uma saia, a maioria de nós usa.

- Por que? Vocês gostam de exibir suas lindas pernas para o mundo? - Se sentia um pouco mais solto para demonstrar um pouco de humor, Harry voltou a rir, estava se viciando em arrancar risadas dele.

- Também e porque é muito prático já que nós temos o cio e é bastante constrangedor sair da sala de aula ou atravessar corredores com uma marca gritante nas calças. Uma saia não é a solução dos seus problemas, mas você pode agir com um pouco mais de rapidez e talvez não deixe muitos vestígios pelo caminho.

- De qualquer modo é embaraçoso.

- Sim, mas pelo menos todos sabem como é, então não fazem disso uma grande coisa e além disso, eu fico uma graça de saia. - Olhou para Louis fazendo biquinho e dando um nó na gravata.

- Ouch, apertado demais.

- Que exigente. - Resmungou com um tom mimado, desfazendo o nó, sentiu o olhar de Louis sobre si e ergueu a vista para o outro que o encarava com os olhos cerrados e a testa franzida - Você consegue ser bonito até com as suas caretas.

- Eu não faço caretas.

- Oh, sim, eu te conheço há menos de uma hora e já vi umas seis caretas diferentes. Dá pra saber o que você está pensando só de olhar para o seu rosto.

- Então eu sou transparente, mas bonito não.

- Bonito não? Fala sério! - Harry o puxou pela gravata recém atada e o empurrou para um dos espelhos - Só olha pra você, esse corpo maravilhoso, seu rosto é tipo, a perfeição, eu nunca vi traços tão delicados e o seu nariz. Eu queria morder ele. É tão gostosinho.

- Meu nariz é gostosinho? - Involuntariamente ele fazia uma careta e Harry não conteve a gargalhada, abraçando os ombros de Louis por trás e deixando a cabeça se encaixar no vão de seu pescoço.

- Sim, e eu amei esse seu cabelo de badboy. - Disse encantado ao tocar o topete de Tomlinson.

- Você não faz ideia do quão badboy eu sou. - Murmurou com sarcasmo e Harry bufou, recolhendo suas coisas e o chamando para seguirem adiante.

Para a surpresa de Louis ele ficaria exatamente no mesmo quarto de Styles. Enfim, o filho do diretor seria seu roommate.

Como todo dormitório, não era um quarto imenso, mas sim um cubículo espaçoso - se bem aproveitado, claro - as paredes eram brancas e verdes, um closet com as prateleiras separadas, Harry disse que ele poderia ficar com a da esquerda, mas só haviam duas prateleiras livres porque o cacheado tinha coisas demais. O carpete marrom, uma janela estreita com persianas próximo as camas, cada uma de um lado com um espaço até que decente para circular, cada um tinha um painel bem grande para colocar memórias, tarefas, lembretes, o que fosse. O de Harry estava bastante empanturrado, Louis pretendia olhar com mais atenção quando estivesse sozinho. As mesas de estudos também eram individuais, mas só havia uma estante para seus livros e apostilas.

O banheiro tinha um tamanho razoável, os azulejos eram creme e o box escuro, o que poderia lhe garantir alguma privacidade. Em suma, ele pensava que poderia sobreviver.

- É isso, seja bem vindo! - Harry anunciou, se jogando na cama, sobre seus lençóis.

- Obrigado. - E se jogou na sua cama ainda sem lençol algum. Sorrindo para as estrelinhas grudadas no teto.

Xx

No dia seguinte a jornada de estudante de Louis se iniciava. Assim que estava pra descer bateram em sua porta, um rapaz bonito de olhos verdes e cabelo loiro estava ali, sorridente e lhe oferecendo a mão.

- Bom dia, Sr. Tomlinson, seja muito bem vindo, espero que tenha tido uma boa noite de sono. Eu sou Michael Clifford, presidente do corpo de alunos e vou te ajudar a se ambientar em nossa escola.

- Hum, okay, obrigado. - Disse um tanto tímido, coçando a nuca.

- Não por isso, aqui estão seus livros. - Michael o entregou uma verdadeira pilha de livros que deveriam pesar algumas toneladas, por sorte ainda estavam no quarto e Louis despejou tudo sobre a cômoda - Estes são os seus horários de aula. Tem alguma que você já fez?

Louis leu com atenção.

- Não, está tudo certo.

- Ótimo. Vou te levar a sala de aula. - E como Mike pediu, Louis o acompanhou. Ele estava aliviado por ter alguém que como ele optou pelas calças, o que não era o caso da grande maioria.

- Você é tímido como eu? - Puxou conversa já que Michael estava compenetrado em sua tarefa de seguir como um guia silencioso.

- Não, só não sofro tanto com cios descontrolados como esses garotos.

- É mesmo? - Ele assentiu e baixou o colarinho, mostrando a marca em seu pescoço - Oh, parabéns.

- Obrigado, o nome dele é Luke, está em Eton. Pretendemos nos casar depois de nos formarmos em Oxford.

- Você parece ter tudo planejado.

- A maioria aqui tem.

Louis concordou, embora ele não fizesse parte dessa maioria. Ele ainda nem sabia direito o que era. Seguiu prestando atenção em tudo a sua volta para fugir da dúvida que sondava seus pensamentos, será que Harry também estava a espera de um alfa ou já pertencia a um? E por que diabos isso seria da sua conta?

Durante as aulas ao longo do dia Louis aprendeu muitas coisas, primeiramente ele era burro e ter passado no teste só podia ter sido um engano. Quase nada do que os professores diziam entrava na sua cabeça, ou talvez só fosse ele não prestando atenção, segundo, a Ed. Física dos ômegas era brutal, no sentido mais assustador possível, eles não tinham nada de delicados, durante o dodgeboll um garoto o acertou com tanta força no estômago que ele perdeu o ar e a professora brigou com ele por ser um fraco.

A única explicação é que estavam criando um exército e que pretendiam exterminar os alfas da face da terra, conseguiriam isso facilmente com aquele arremessador.

Em sala havia uma infinidade de aromas doces e suaves, ele nunca vira tantos ômegas, nenhum era igual ao outro, mas todos, absolutamente todos eram lindos, dos pés a cabeça. Louis acabava prestando mais atenção aos que lembravam Harry de alguma forma, que por falar nele, estava sentado na fileira do lado mais a frente durante a aula de Inglês, quando se encontraram ele acenou de longe e Louis sorriu meio abobado.

E como seus olhos não desgrudavam do cacheado foi meio inevitável não perceber o garoto sentado atrás dele, havia descoberto que seu nome era Kyle porque foi ele quem o levou até a enfermaria por causa do nariz, bem, Kyle era outro lindo ômega com o cabelo castanho cacheado um pouco mais longo que os de Harry e olhos verdes, ele não prestava atenção na aula e estava sempre com a cabeça repousando sobre os braços cruzados sobre a mesa, mas desta vez só havia um braço porque o outro estava esticado para que seus dedos deslizassem pela barra da saia de Styles, a cada toque o tecido ia subindo e expondo mais e mais pele que deliberadamente ia desenhando círculos com as pontas dos dedos.

Quando Kyle olhou para trás ele fingiu estar entretido com o dever e não voltou a olha-los.

No almoço, Harry o puxou para uma mesa repleta de rostos conhecidos das aulas. Eles eram muito falantes, tal como Styles e Louis estava feliz em só ficar ali observando vocalizarem tantas palavras e abordarem uma infinidade de assuntos. Ele não era bom com palavras, nem nada do tipo, por hora não tinha nenhum talento ou habilidade minimamente interessante, então falar sobre faculdade nunca era uma boa.

Ao final começaram a falar sobre cios, depois que alguém comentou odia-los. Conversa vai, conversa vem e acharam uma boa ideia contar histórias sobre o primeiro cio. Foram contando em ordem, Louis vinha antes de Harry e mesmo assim se assustou quando o encorajaram a compartilhar a experiência.

- E pra você, Louis, como é que foi o grande dia? Esperavam que você fosse um ômega? - Um rapaz empolgado sentado sobre a mesa indagou.

- Na verdade não, meus pais são betas, mas como uma das minhas irmãs se revelou ômega começaram a suspeitar que eu fosse um, já que é o que a minha aparência denúncia. - Estava orgulhoso de si por não ter se fundido com a mesa ao ter tantos olhos fixos nele.

- E como foi? - Alguém perguntou.

- Hum, foi normal, num acampamento.

- Sério? E o que mais?

O que mais? Ninguém nunca perguntou, então, Louis nunca se deu ao trabalho de inventar nada e se tentasse agora seria desmascarado porque ele estava no meio de ômegas que saberiam se ele começasse a dizer coisas que não tem nada a ver com um cio. Ele deveria pelo menos ter pesquisado um pouco na internet.

- Louis? Ei? - O pressionaram.

Sentia suas bochechas ardendo quando Harry envolveu as mãos nervosas de Louis entre a sua e encarou os demais colegas.

- O almoço acabou, deveríamos voltar para as aulas.

- Mas ele não falou...

- Ele não é obrigado a dizer nada. - O cacheado retrucou severo e ninguém foi capaz de contestar.

Louis já vinha notando que os ômegas demonstravam uma certa submissão com relação a Styles.

- Obrigado. - Sibilou quando os meninos foram se afastando.

Harry só deu de ombros e o puxou em direção aos corredores.

Podia ser meio precipitado, mas Louis começava a entender o porquê dos outros serem tão passivos com relação a Harry, diferente da grande maioria ali, ele não agia como um típico ômega, não era tímido, receoso, frágil ou delicado. O que Louis era até demais. Harry gostava de aparecer, muito. Não tinha um pingo de timidez, ele não demonstrava medo ou receio em nada do que fazia, era desinibido e gostava de provocar e flertar com todos, simplesmente para tê-los constrangidos diante de si.

O que mais sofria com isso era o professor Payne.

Harry era o ajudante em sua aula de Biologia e adorava se oferecer como modelo para o que quer que fosse, sentava-se na carteira da frente para descruzar e cruzar a perna diante do homem que mesmo sendo um beta, ofegava feito um alfa no cio.

Louis concluiu que ele não fazia exatamente por mal, ele só achava divertido. Fazia parte de sua personalidade arteira, assim como ele também gostava de tocar o tempo todo. Tomlinson rapidamente se tornou uma vítima de seus toques, sempre distraído estremecia quando subitamente sentia uma mão macia se emaranhando em seus cabelos, fazendo uma imensa bagunça que ao mesmo tempo causava um efeito tão relaxante. Quando estava ocupado estudando por horas a fio na biblioteca Harry surgia para lhe fazer uma massagem nos ombros que roubava toda a sua concentração, durante as aulas quando ficava entediado simplesmente começava a deixar beijinhos furtivos pelo rosto ou pescoço de Louis, ele também tinha a mania de jogar as pernas sobre as de Louis, sentar em seu colo, deitar a cabeça no ombro dele e envolver seus braços sempre que o encontrava pelos corredores.

Louis o categorizava como extremamente amável. Mas o problema estava em seus feromônios perigosamente deliciosos. Pelo jeito até mesmo ômegas estavam suscetíveis a ele. Foi o que concluiu, quando passado mais de um mês na nova escola que surgiu o primeiro rastro de um alfa nos arredores.

Estavam todos espalhados pela sala de descanso, cada um desmaiado sobre um pufê. Era final de semana e eles tinham autorização para usarem os celulares, naturalmente, Louis estava stalkeando Zayn e se remoendo de raiva ao vê-lo posando para as fotos como uma garota loira que ela conhecia bem. Ao que tudo indicava Zayn e Gigi eram o novo casal do momento em Doncaster e ele queria morrer.

Gemeu tão sôfrego que Harry parou seu trabalho de pintar suas unhas e arqueou as sobrancelhas em direção a Louis.

- Tudo bem?

- Sim. - Respondeu desanimado, contemplando o trabalho de Styles em suas mãos - Uau, você é bom nisso. É uma borboleta? - Tentava discernir o desenho no indicador.

- Não, é uma fada.

- Oh. Você pretende fazer isso no futuro?

- Provavelmente não, meu pai quer que eu trabalhe na NASA, ou que eu seja Primeiro-ministro, depende do estado de espírito dele.

- Sabe que não é ele quem decide isso, certo?

Harry estava prestes a falar quando Ashton entrou na sala, apressado.

- Hemmings veio buscar o Michael.

- Não brinca! - Tanto Harry quanto os demais saltaram de seus assentos. Tomlinson não entendia nada do que estava acontecendo, mas como sempre se deixou levar por seu ômega favorito.

O caminho que eles fizeram lhe era completamente desconhecido, estavam no sótão, tão extremamente apertado que todos os cinco precisaram se espremer para caber. Com a pouca iluminação Louis mal sabia diferenciar Harry e Ashton que eram quase gêmeos não fosse a cor dos cabelos.

- Ali! - Ashton anunciou a sua direita, o que significava que Harry era quem estava a sua esquerda, afastando ainda mais o pedaço de madeira que os proporcionava a visão da entrada da escola. Lá estava o alfa por quem todos soltavam suspiros, Luke era alto e forte, inegavelmente lindo e tudo o que mais poderia ser dito de bom ao alfa que agia praticamente como um lorde quando seu ômega se aproximou, pegando sua mala e beijando sua mão, antes de puxa-lo para um beijo propriamente.

- Ele é tão lindo. - Harry suspirou.

Louis o olhou com mais atenção, ele era lindo, mas não parecia nada demais. O que o estava afetando de verdade era sentir o forte aroma de Harry, era quase sufocante e ele provavelmente sequer conseguia notar aquilo, mas os outros ômegas estavam bastante conscientes disso. Ash estava estremecendo ao lado de Louis e pelo que podia enxergar dos outros dois também. De repente, ele se ajeitou e quis voltar para o quarto o mais rápido possível.

Antes que Louis cruzasse a porta ao seu lado ele pediu por um refrigerante e preocupado, rapidamente atendeu ao seu pedido.

Ele voltou apressado, tentando não derrubar a latinha e se questionando quanto a chamar ou não a enfermeira. Tudo dependeria de como Harry estaria.

Mas assim que abriu a porta ficou claro o estado de Harry.

Ele parecia bem. Ótimo, pra falar a verdade. Sorridente enquanto mexia no celular, deitado sobre um tapete vermelho felpudo, balançando os pés cobertos por meias coloridas, mas o que chamava a atenção de verdade era sua nudez.

- O que aconteceu? - Louis murmurou em choque.

- Ah, acho que ver um alfa me deixou um pouco... Quente? É, acho que foi isso. - Disse simplesmente, estendendo a mão para Tomlinson que se lembrou do refrigerante e o entregou.

Harry começou a beber tranquilamente, sem lhe dar mais atenção.

Seu colega de quarto estava pelado e ele não se sentia suficientemente relaxado para ficar no mesmo ambiente que ele. Então, resolveu que seria um bom momento para se trancar na biblioteca e surtar. Seus livros estavam na escrivaninha e ele fez um ótimo trabalho em não olhar, até que deixou uma caneta cair e ao se abaixar, seus olhos o traíram para olhar em direção ao cacheado e foi um erro. Porque não conseguia desviar das coxas grossas esparramadas sobre o tapete, com as saias elas já pareciam divinas, mas sem nada eram ainda melhores. Os dedos formigavam com o pensamento de toca-las, envolver com força e vê-las marcadas por seus dígitos.

Qual seria a sensação de meter o pau entre elas?

Oh, céus, isso é tão inadequado. Tão inadequado quanto prender os olhos sobre sua bunda redonda e macia, onde mais abaixo a base azul de um dildo brilhava por conta de toda a lubrificação natural de Harry que escorria pelas bordas e trilhava seu caminho pelo períneo e os testículos.

Aquilo causaria uma enorme sujeira, Louis deveria ser gentil e ir até ele e fazer o favor de limpá-lo, com a língua, é claro.

- O que há de errado comigo? - Grunhiu por não ser capaz de calar seus pensamentos. Aquilo não fazia sentido. Eles eram dois ômegas. Não era sequer natural supor algo do tipo.

Ele não era uma ameaça para Harry, era por isso que ele se sentia a vontade o bastante para... Bem, para isso.

- Lou? Tudo bem com você? - Styles quis saber, o olhando por cima do ombro. Até mesmo suas costas despertavam pensamentos obscenos em Louis.

- Não, quer dizer, s-sim, tá tudo ótimo. - Se atrapalhou em pegar seus livros e não tropeçar nos próprios pés ao escapar do quarto.

- Vai estudar em pleno final de semana?

- Sim, eu tenho uma prova de... Você sabe, uma prova importante e tal, eu já vou indo, é, tenha um bom, seja lá o que você esteja fazendo. Tc-chau! - Gaguejou e bateu a porta com força, deixando seu corpo derreter sobre a madeira ouvindo a risadinha de Harry do outro lado.

E a maior parte do tempo que passou na biblioteca não foi destinado ao estudo e sim a rascunhar Harry nas páginas de seu caderno, exatamente como o vira. Se sentia um pervertido, mas só conseguia pensar nele e depois de contemplar sua obra precisou correr ao banheiro e morder o punho para não gemer em alto e bom som o nome de Harry, enquanto movia a outra mão em seu pênis inchado por culpa do ômega. Quando ele veio se sentiu culpado e se arrastou de volta para o quarto, decidido a pedir perdão pelo que ele considerava ser uma grande traição a amizade deles.

Abriu a porta com receio, porém, Harry não estava mais no tapete. Ele vinha secando o cabelo com uma toalha e vestindo seu pijama de flanela cheio de coraçõezinhos. Tão inocente. Louis era um imundo.

- Harry, eu preciso te confessar uma coisa.

Harry o olhou confuso por um momento e então, seus olhos verdes se suavizaram em entendimento e ele se sentou em sua cama.

- Tudo bem, Louis, eu sei.

- Você sabe? - Louis apertou os dedos para não apertar a própria garganta - Como?

- Bem, sou um bom observador. Conheci todo o tipo de ômega e você é de longe o mais diferente.

- É, acho que sim. Ou o mais anormal.

- Louis, não diga uma coisa dessas. - Elevou seu tom de voz e se levantou, marchando até o menor e o abraçando - Não é sua culpa não ter entrado no cio ainda.

- Espera, o quê? - O segurou pela cintura.

- Você não teve seu cio ainda, eu estranhei naquele dia em que você não quis contar detalhes, mas pensei que fosse só timidez, só que então fui percebendo como você é de certa forma distante, todo ômega precisa de contato físico e você parece viver muito bem sem ele, assim como nunca procura nenhum tipo de alívio, tipo, eu sou seu colega de quarto e sei tudo o que você tem e não há nada como brinquedos ou supressores e depois de hoje, nós não vemos alfas quase nunca e sentir o feromônio de um não causou nada em você. Eu comecei a lubrificar na hora e você continuou numa boa. É claro que ou você nunca teve um cio, ou você não é um ômega.

- Eu sou um ômega! - Falou automaticamente.

- Tem certeza? - Harry soava receoso.

- Claro, só, olhe pra mim. Acha que eu sou um alfa, por acaso?

- Hum. - O ômega franziu as sobrancelhas e voltou a se aproximar, tocando as mãos pequeninas sobre o peito de Louis, o nariz deslizando desde sua clavícula, subindo pelo pescoço, sorvendo seu cheiro. Tomlinson apertou os olhos, tal como os punhos, refreando a ânsia de tomar o outro em seus braços - Você não cheira como um alfa. - Seus lábios cheios raspavam na pele de Louis que ofegou baixinho.

- E você não cheira como um ômega. - Louis retrucou o que vinha considerando havia muito.

O rapaz se afastou, examinando o outro atentamente. Os dentinhos pontiagudos raspavam o lábio inferior e por fim, soltou um suspiro pesado. Harry olhou a cama e de volta para Louis, e então, envolveu seus dedos e o puxou até sua cama. Embora hesitante, Louis se deitou com ele, frente e a frente.

- Nós somos amigos?

- Sim. - Louis sentiu a necessidade de responder com um sussurro, como Harry fizera.

- Então não precisamos guardar segredos um do outro.

- Você tem razão. - Ele concordou, baixando os olhos até os joelhos dobrados, a mão de Harry pesou sobre ele, numa carícia gentil, o encorajando - Há poucos meses eu estava apaixonado por um alfa e sabia que ele não iria querer nada com um ser não identificado como eu, por isso, menti pra todo mundo sobre ter tido um cio e ser ômega. A verdade é que eu não sei o que eu sou, provavelmente sou um beta e não deveria estar aqui. Tem ômegas de verdade dando duro para estar nessa escola.

- Você merece estar aqui, mais do que qualquer um. - A mão do cacheado subiu até afagar a bochecha de Louis. O quarto escuro e as vozes baixas, era como se estivessem em um outro mundo, onde eles fossem os únicos habitantes e nada pudesse separa-los - Eu é quem não deveria estar aqui.

- O quê? Por quê?

Styles se remexeu, ansioso, os cachos se espalhando sobre o travesseiro.

- A maioria das escolas para ômegas são para educá-los para uma vida doméstica. O exame final do meu primo era dar banho em um bebê. - Sussurrou, tencionando a mandíbula - Eu tenho muita sorte de ter outras perspectivas, os ômegas que se formam aqui entram em excelentes faculdades e ocupam grandes cargos no mercado de trabalho, e eu sei que é o que o meu pai quer, ele deseja que eu seja um ômega melhor do que ele e faça grandes coisas, mas eu só...

- Você só?

- Não sei, eu só quero viver, sem grandes planos. Só ver o que acontece.

Era a primeira vez que Louis encontrava alguém que não tinha cada segundo do seu futuro milimetricamente planejado. Harry era como ele e em toda a sua vida nunca se sentira tão aliviado.

Tão aliviado que sem mais jogou seu corpo sobre ele, apertando Harry contra seu peito, deixando que seus dedos espremessem sua cintura em um forte aperto que fez o ômega chiar e consequentemente exalar um perfume ainda mais forte que foi capaz de fazer algo em Louis se revirar. Algo arranhava a sua garganta dolorosamente. Ele não sabia o que era, mas teve de se afastar.

- Eu sou um ômega lúpus. - Segredou, com os olhos enormes vidrados nos de Louis.

- Alguém sabe? - Ele voltou a se encolher. Fazia sentido, Harry era tão avassalador por conta disso, não era um problema de Louis, era só que seu colega de quarto tinha um feromônio intenso demais. Apenas isso.

- Não. - Franziu a testa, deixando a mão sobre o espaço entre os dois na cama - Se não meu pai saberia que eu não sei lidar com o meu cio sozinho, ou todos os meus momentos de necessidade, se é que me entende.

- Você é bem mais sensível que os ômegas comuns, certo?

- Sim. Tudo o que eles sentem eu sinto ao extremo e me satisfazer é o tipo de coisa impossível, talvez desse em algo estar com um alfa.

- Nunca esteve com um?

O ômega balançou a cabeça, negando, acuado.

- Haz. - Louis chamou, respirando profundamente antes de tomar a mão de Harry - Obrigado por confiar em mim.

Harry sorriu, um sorriso legítimo com covinhas e tudo.

- Obrigado por me contar também. Seu segredo está seguro comigo.

Aquilo fez Tomlinson se sentir leve. Seja lá o que for, talvez por curiosidade ou promiscuidade, viu aquele momento como uma situação oportuna para perguntar.

- Harry, como é estar no cio? Digo, como você se sente?

Com qualquer outro, esperaria espanto ou raiva, qualquer reação minamamente chocada, contudo, Harry estava mais do que confortável com o que quer que fosse.

Seu polegar acariciava o dedo de Louis quando se concentrou, ao dizer:

- É diferente de qualquer coisa. Não sei se vou saber explicar muito bem porque é o tipo de coisa que você só... Sente. É um dia normal até que você começa a sentir um leve calor, como se a temperatura começasse a subir, e então você vai se sentindo mais quente e o corpo espasma de leve, tão suave que mal percebe. Você vai ignorando e então o calor cresce e é como se tivessem te trancado em uma sauna e cada centímetro de pele sua e algo aqui dentro aquece. - Ele toca no baixo ventre e Louis segue hipnotizado o gesto - Ferve. Isso, de repente você está entrando em combustão, é difícil de raciocinar, reagir, de fazer qualquer coisa que não seja desabar no chão e gemer porque o seu pau está tão ridiculamente duro, é a sensação de ter alguém te masturbando por horas e te impedindo de gozar, toda vez que você está bem na borda, ansiando por um último toque que lhe é negado, mas a verdade é que não existe essa tortura de horas, foram só alguns segundos, mas você não pensa nisso, é como se estivesse duro há dias e sem qualquer alívio, os seus mamilos também reagem, porque sua pele queimando também os afeta e eles se eriçam, ficam quase tão duros quanto o seu pau, a ponto de furarem a camiseta e se não o fazem ardem por conta da aspereza do tecido. Um toque neles e você começa a chorar desesperado. Cada milímetro do seu corpo está sugestivo, sensível, clamando por atenção e transbordando necessidade e é quando algo começa a sair. Quando pensam em cio só se fala da lubrificação, mas ela vem por último, quando você já está no seu limite, ela é o que restava da sua sanidade e então, começa a sair, eu não sei como funciona para os outros ômegas, mas pra mim é muito, a cada suspiro uma nova remessa desliza em abundância e meu corpo se sente tão constrangido que se fecha lutando para não liberta-la. Eu confesso que a sensação do meu cuzinho se contraindo, tentando prender a lubrificação dentro é uma das coisas mais prazerosas do meu cio, mas quando eu relaxo, e deixo que ele escorra livre, manchando minha calcinha e gotejando pelas minhas meias e sinto meu cuzinho cada vez mais dilatado, pronto para ser fodido, é ainda melhor. Eu me sinto imundo de um jeito tão bom, tão quente, não consigo evitar de contorcer os dedos dos pés, apertar uma coxa na outra e beliscar os meus lábios, eu gosto de chupar os dedos e fingir que é o pau imenso de um alfa que está prestes a me jogar no chão, rasgar a minha saia e me comer sem piedade, enquanto eu choro e o agradeço pedindo por mais. É o isso o que ronda a nossa mente durante o cio, mais e mais e essa fome insaciável. Infelizmente, preciso me contentar com os dildos e a minha imaginação fértil. Mas então, te ajudou mais ou menos a entender como funciona?

Quando os olhos verdes voltaram a mirar Louis ele estava pálido e estático.

- Louis? Oi? - Harry o chacoalhou e ele ainda não tinha reação - Tudo bem?

Louis piscou.

Ufa, ele estava vivo.

- Tá, tá tudo sim. Eu acho que eu vou, no banheiro, já-já volto, quer procurar um filme pra assistirmos? - Rapidamente rolou para fora da cama, movendo o corpo de uma maneira esquisita, meio de costas para Styles.

- Tá, pode ser. - Ele sorriu sem jeito, olhando Louis sumir do seu campo de visão. Puxou a parte do lençol onde Louis estava deitado anteriormente e farejou novamente, Harry se sentiu umidecer - Lou. - Gemeu baixinho.

Louis precisou de um banho gelado para mandar sua ereção embora. Ainda encarando o reflexo no espelho do banheiro se perguntava como conseguiria continuar no mesmo quarto que Harry sem dar um vexame quando o próprio bateu na porta.

- Lou, o Cal veio aqui nos chamar para uma festa clandestina no quarto dele, aproveitando que o Mike está fora. Você quer ir?

- Você vai? - Engoliu em seco.

- Nah, Sammy está vindo pra cá.

- O ruivo que tentou me matar?

- Ele não tentou te matar. E aí, você vai?

Ele hesitou e resolveu.

- Acho que sim, vai ser bom me enturmar com o pessoal.

- Ah, bom, então precisamos arranjar uma roupa bem bonita pra você.

Apesar de Harry ter falado como se a escolha fosse de ambos, ele foi o único que tomou decisões ali. Vestiu Louis com a menor camisa que ele tinha na bagagem e que ficava escandalosamente apertada para o seu gosto.

- Não! Sem chance, marca demais. - Resmungou diante do espelho.

- Louis, olha só como ela deixa o seu braço, eu poderia morar nesse bíceps. - Harry estava lá se pendurando nos seus braços. Ele tinha razão, os bíceps de Louis ficavam bem legais naquela camisa.

Por ser uma festa em um quarto, Styles permitiu o uso de calças de moletom e touca, mas levou meia hora penteando a franja de Louis.

- Podíamos colocar umas presilhas.

- Assessórios demais é cafona. - Exibiu as pulseiras de miçangas que Harry tinha feito e metido em seus pulsos.

E por fim, Harry o deixou partir, acenando da porta e mandando-o se cuidar, com o olhar de uma mãe preocupada com o filho saindo pela primeira vez. Seria cômico, caso seu verdadeiro desejo não fosse voltar e pular no ômega que deixara para trás. Era melhor assim, Harry queria um alfa, precisava, e Louis não era nem a sombra de um.

A festa acabou sendo bem mais divertida do que ele esperava. O quarto do presidente do corpo de alunos era cheio de regalias, o que incluía frigobar e um estoque secreto de cerveja, karaokê - depois de algumas latinhas, Louis se tornou o pop star número um nas pontuações, deixando todos para trás e conquistando uma legião de fãs - , havia uma infinidade de jogos que se podem fazer em uma festa compacta como aquela e Louis esteve no meio de todas. Depois de deixar alguém fazer um body shot nele e beijar Ash em uma rodada de verdade ou desafio resolveu que estava na hora de voltar ao seu quarto e contar a Harry quem tinha beijado quem, quem vomitou, quem brigou e por aí vai. Seguiu cambaleante pelo corredor, tropeçando, caindo e agradecendo pelo carpete fofinho e voltando a ficar de pé, quando alcançou sua porta estranhou por ela estar entraberta.

Harry esqueceu de fechar? Isso é perigoso, um inseto poderia entrar ou alguém com uma serra elétrica. Algo assim.

Estava prestes a entrar quando prendeu a atenção na criatura ruiva em seu quarto. Sammy. Sam era legal, apesar de ter mandado Louis para a enfermaria logo em seu primeiro dia durante a aula de Ed. Física, em suma, ele era gente boa, sorridente e um fã incondicional de trocadilhos, aluno exemplar e absurdamente bonito. Ele tinha sardas charmosas trilhando por suas bochechas e nariz, o cabelo desgrenhado e sempre um arquinho mais fofo do que o outro, assim como Harry ele gostava de desfilar com suas saias e mandar beijinhos no ar para os novatos que saiam suspirando. Sammy era pequeno, adorável e cheio de curvas e Louis podia ver todas elas porque o garoto estava pelado em seu quarto, bem, pelado talvez seja exagero, afinal, ele ainda usa suas meias compridas branca e rosa e o arquinho de orelhas de gato que é um amor, mas Louis está bastante descontente de ver que ele continua metendo seu pau em seu amado Harry.

Não lhe parece muito justo que Harry esteja sobre o carpete, de lado, com suas meias se embolando nas pernas e gemendo tão afetado. Será que ele está bem?

Louis quase comete a estupidez de entrar quando volta a si. Deus, ele está tão bêbado que mal entendia o que estava acontecendo até então, dá um passo para trás e esfrega o rosto, quando olha para frente novamente enxerga com clareza.

Há dois ômegas fodendo diante de seus olhos.

Harry está gemendo daquele jeito porque está sem fôlego, ele está adorando aquilo, colocando a mão para trás, para agarrar os quadris de Sam e obriga-lo a ir mais rápido, "mais fundo" ele pede em agonia, o timbre quebrado afetando diretamente Tomlinson que sabe que deveria sair dali, mas simplesmente não consegue porque como mais cedo a entrada de Styles está gotejando, enlambuzando por completo o pau do outro ômega que também tem a sua entrada gotejando. Os dois estão tão molhados e são tão lindos, com suas peles ficando cor de rosa pelo calor e atrito de seus corpos, soltando gemidos tão doces e manhosos. Até fodendo como duas cadelinhas no cio conseguem ser a coisa mais adorável no mundo.

Louis não sabe lidar com isso.

Muiito menos quando Sammy acelera e então morde seus lábios cor de cereja, os olhinhos brilhando e as bochechas coradas ao que se derrama no interior de Harry que suspirando fica em seus cotovelos e Louis tem o vislumbre do cacheado, de seu cabelo bagunçado, das bochechas tingidas de vermelho, dos lábios mais inchados do que nunca. O que ele teria feito com aquela boca para deixá-la naquele estado? Nada decente, com certeza.

Ele puxou seu pau e sua porra escorregou para fora do buraco do ômega, misturando-se com sua lubrificação e manchando sua bunda, Sam fez exatamente o que Louis faria, esfregando o gozo pela entrada de Harry e afundando três dedos de uma vez dentro.

Quando a boca de Styles se abriu, Tomlinson espelhou o ato e tapou a boca antes de gemer em conjunto.

Sam começou a sussurrar algo no ouvido de Harry, enquanto beijava seu pescoço e girava os dedos dentro dele, sua entrada se esticava e contraia ao redor dele e Louis sentiu sua cueca um pouco molhada, deveria voltar para festa, mas lá estava Harry puxando o dedos do ruivo para fora de si e o deitando no chão para montar em seus quadris. Tomlinson voltou a ter a visão que tivera antes quando flagrou Harry sorridente com um vibrador dentro dele, mas desta vez ele tinha um pênis de verdade e se sentava alegremente nele. O som molhado rapidamente tomou o ambiente, da bunda do cacheado batendo nas coxas de Sam e os gemidos arrastados dos dois, as mãos do ruivo apertavam e puxavam a cintura de Harry, deixando as marcas avermelhadas de seus dígitos pela pele delicada.

Harry não parecia se importar, nada mais importava além de continuar saltando sobre o pau do garoto, de ter seu cuzinho preenchido e satisfeito. Ele arqueava o corpo e Louis queria morrer com o quão lindo ele ficava daquele jeito. Quando estava no seu limite deitou sobre o ruivo que começou a investir os quadris para cima, metendo incansável contra Harry que soluçava e tremia como um gatinho em seus braços, ele empinou a bunda e rebolou, como tinha feito com Louis antes para mostrar sua saia, aquilo parecia ter sido há anos atrás. Sam voltou a gozar e pela forma que Harry espasmava, ele também.

Ficaram imóveis por alguns minutos até começarem a se mexer. Louis ouviu distante o som familiar e quando o cacheado rolou para o lado teve o vislumbre de suas línguas se esfregando, dos dentes de Sam puxando o lábio inferior de Harry que tinha sua mão escorregando por entre as pernas abertas do ômega, bombeou duas vezes o pau sensível e quando ele reclamou, o deixou para descer até sua entrada, embora não tivesse sido tocada estava rubra e encharcada, por isso o dedo longo de Harry entrou com tanta facilidade, outro veio em seguida, ele não ia fundo por conta de seus anéis, mas os girava e metia com força o bastante para fazer as pernas de Sammy tremerem. Rapidamente o pau do ruivo estava endurecendo sobre seu estômago e Styles esfregava o seu na coxa do outro.

Ele estava pra meter mais um dedo quando o ômega o impediu.

- Sabe que eu não devo fazer mais do que isso. - Disse alto o bastante para que Louis ouvisse.

Harry pareceu chateado, fazendo seu biquinho doce.

- Posso brincar mais um pouquinho? - Pediu com a voz macia, lambendo os lábios. Sam deixou e ele imitou a pose de mais cedo, com a barriga pra baixo e as pernas balançando no ar, o ruivo deitou mantendo as pernas separadas e Harry circundou a língua pelas bordas de suas entrada, pressionando o centro devagar, provocando para que o lubrificante escorresse e quando aconteceu, fez questão de sugar tudo para dentro de boca - Hum, é tão doce. - Gemeu lambendo os dedos.

Foi nesse momento que Louis decidiu voltar correndo para festa, mesmo que não estivesse com a menor vontade, apenas se sentou no colchão encarando a mancha em sua calça e assimilando que quando Harry disse não lidar com seus cios sozinhos ele estava se referindo a foder com outros ômegas. Então Harry não tem nada de bebê inocente, ele é... Céus! Ele é o sonho de Louis Tomlinson.

No dia seguinte ele foi poupado de passar o dia constrangido ao lado de Harry. Seu pai o arrastou para uma festa de um colega de infância e Louis teve de declinar do convite de Harry que queria levá-lo de qualquer jeito, seria mais fácil se ele só pudesse dizer que não tinha coragem de falar sobre quadrinhos com Harry depois de ter visto literalmente um pau saindo e entrando de dentro dele. Invés disso, disse que estava com enxaqueca.

Mas nos dias que se seguiram não havia como despistar Harry, ele estava lá quando Louis acordava e durante as aulas, intervalos e almoço. Tudo parecia claro para ele agora, a forma como olhavam para Harry com bochechas corando e olhinhos brilhantes, ele fodia com a maioria daqueles ômegas vindos de famílias tradicionais que deveriam estar se guardando para o alfa "certo", mas que nas horas vagas gostavam de brincar uns com os outros e Harry tinha um quê especial por ser capaz de afetar ômegas o que os comuns não podiam, por isso ômegas se envolvendo era algo extremamente raro, eles não são atraídos uns pelos outros.

Por isso todos suspiravam por ele, tentavam tirar uma casquinha durante as aulas e surgiam no dormitório durante a noite. Sammy voltou no meio da semana, Louis estava teoricamente no seu quinto sono quando ouviu o som das molas da cama, não deu muita atenção, estava exausto, mas abriu um olho a tempo de ver Harry afastando a calcinha e sentar no pau de Sam, começando a quicar, sua saia cobria qualquer imagem comprometedora. Desta vez ambos estavam devidamente vestidos, a saia de Sammy ficaria bastante amassada se continuasse embolada no alto de seus quadris, mas ele não dava a mínima ocupado em beijar e chupar o pescoço de Styles, Louis fingia dormir, ouvindo os solavancos singelos da cama e os suaves sons que eles emitiam vez ou outra. Eles mudaram de posição, Sam deitou Harry e deitou sobre ele, suas coxas se enrolaram nas costas dele e seus gemidos ficaram um pouco mais altos.

Inconscientemente a mão de Louis envolveu seu membro sobre a calça do pijama, estava tão duro que chegava a ser doloroso. Sua mente não funcionava corretamente, deveria ser o sono que deixava tudo tão anuviado, mas distante conseguia ouvir a conversa.

- Que feromônio é esse? É quase sufocante. - Sam sussurrou.

- É o meu. - Harry disse um tanto afetado.

Era estranho, Louis não sentia nada de diferente.

Conforme os meses passavam, ele foi aprendendo a ignorar a vida particular de Harry que de vez em quando se desenrolava as suas vistas. Aquela foi a única vez que ele ficara com alguém enquanto Louis estava no quarto, na maioria das vezes ele evitava ao máximo estar próximo de Tomlinson, o que não significava que o menor não o via de longe.

Louis suspeitava ter algum problema, ele vinha pesquisando sobre voyeurismo, era uma boa justificativa para não tomar a direção contrária quando via Harry enfiava a mão por debaixo da saia de um outro ômega durante os estudos na biblioteca, deixava alguém sugar seus mamilos debaixo do carvalho no jardim, pagava boquetes no banheiro e transava nos corredores a noite. Louis sabia de tudo isso e rabiscava cada cena em seus cadernos religiosamente, ele se achava um pervertido obsessivo, ou talvez fosse só um invejoso.

E esse seu problema atingira níveis preocupantes quando estavam todos reunidos para uma grande reunião no salão principal, estavam todos acomodados em longos bancos de madeira, uniformizados e comportados como bons garotos. O brasão da escola reluzia as costas do diretor que fazia um longo discurso, a maioria não prestava atenção, Louis era um deles. Focado nos bilhetinhos que chegavam a todo momento para Harry, ele tinha passado um tempo fora. Havia tido o seu cio e Louis havia se mudado pra biblioteca durante aqueles dias porque não sabia se teria a capacidade de se controlar, sempre que ouvira os gemidos roucos de Styles pelo corredor se obrigava a girar nos calcanhares e ir pra longe.

Mas agora não queria se afastar, novamente algo queimava dentro dele e tudo o que sabia é que ver toda aquela atenção voltada para o ômega ao seu lado o deixava muito aborrecido.

- Lou, o que vai fazer durante as férias? - Harry indagou animado ao seu lado, balançando suas mãos entrelaçadas.

- Não sei ainda. - Deu de ombros, com uma expressão azeda para o grupinho que os cercava - Deveria mandar o seu fã clube se afastar um pouco.

- Meu fã c- - Antes que ele terminasse havia uma verdadeira multidão ao redor deles, um monte de garotos perguntando o que Harry iria fazer nas férias e se ele queria visitar a mansão de campo que eles tinham em qualquer extremamente chique e elegante que Louis sequer saberia pronunciar. Aquilo acabou com a sua paciência.

- Já chega disso! - Louis se voltou irado para eles - Se afastem dele.

Estranhamente eles obedecerem, visivelmente abalados, com seus rostos lindos sem cor e até mesmo Harry recuou. O que havia sido aquilo? Eles estavam... Assustados com ele?

- E-Eu... Me desculpem. - Baixou a cabeça e saiu apressado.

Era tão idiota. Harry não era nada seu, não tinha porque se sentir enciumado ou falar daquele jeito com os garotos, eram todos seus amigos. Eram todos iguais, só estavam se divertindo um pouco, porque ele tinha de agir daquela maneira? Estava tão envergonhado, sua pele queimava em constrangimento. Assim que chegou ao quarto arrancou suas roupas e se enfiou debaixo do chuveiro, a água gelada sendo em vão para aplacar sua ira descontrolada.

- Lou? - Ouviu a voz, seguida dos passos.

- Harry, não é um bom momento. - Mesmo assim, Harry abriu o box.

- O que houve? Por que está agindo assim?

- Eu não sei. Eu francamente não sei. - Lamentou, dando as costas para o cacheado e apoiando a testa no azulejo escorregadio. Sentiu o toque em seu ombro e literalmente rosnou, se virando e pegando Harry como se ele fosse uma bonequinha de pano e o prensou contra a parede, os olhos cristalinos brilhavam em espanto e sua roupa estava úmida pelo contato com o corpo molhado de Tomlinson - É você... Você quem me deixou assim.

- Eu? - Harry conseguiu dizer, com os pulsos presos ao lado da cabeça.

- Sim, você e esse seu cheiro tão... - Rosnou novamente, afundando o rosto no pescoço de Harry, sentindo a gengiva coçar ao roçar os lábios sobre a pele. Gemeu ao sentir as pernas nuas de Harry se esfregando as suas e a boca dele tocando sua orelha - Por que você fica com eles?

- Eu gosto de ômegas. - Respondeu sugando o lóbulo do menor.

- Então por que nunca tentou nada comigo?

- Porque você não é como eles.

Louis entendeu aquilo como uma ofensa, ele não era tão bonito quanto os outros, tão charmoso, Harry não o considerava capaz de tocá-lo como os outros faziam?

Por impulso pressionou ainda mais seus corpos e uniu suas bocas, sugou os lábios do ômega, sentindo o sabor de morango no palato e ansiando por mais, o que Harry deu de bom grado, abrindo a boca e deixando que Louis afundasse a língua e unisse a sua, ainda mais ansiosa que a dele. Estava fora de controle. Seu beijo é obstinado, beirando o feroz e Harry nunca se sentiu tão maleável aos braços de alguém como agora, Louis solta seus pulsos, uma mão se prende no colarinho da camisa do ômega e puxa, arrebentando os botões.

- Oh. - Styles geme, olhando atordoado para o outro. Tomlinson ergue os olhos para ele, através dos cílios espessos. Está tão diferente, quase que irreconhecível.

Os olhos estão escuros, quase negros. E há algo com sua postura, ele não está se encolhendo ou olhando para o chão como sempre faz, sua postura está mais imponente, confiante, mas o principal está em seu cheiro. É dez vezes maior do que Harry sentira das outras vezes, antes era uma fragrância tímida e fraca, mas agora, ela estava por toda parte e fazendo coisas com Harry que ele nunca experimentara.

Era tão bom, diminuía o seu habitual desespero e o deixava tão leve e satisfeito só de inalar. É isso o que um alfa causa em um ômega, então?

Ele queria mais.

Se joga no pescoço de Louis, beijando-o novamente, deixando que seus lábios se moldem e suas línguas se unam mais uma vez, deslizando uma sobre a outra ao passo que sente a mão do alfa apertando a parte de trás de seu blazer, descendo pelo cós da saia e roçando em suas coxas, indo para trás até alcançar sua bunda. A palma se fecha com força sobre uma das nádegas e o dedo desliza no vale entre elas, esfregando sobre a calcinha sua entrada que se comprime da maneira mais prazerosa que o ômega já sentira. Harry só consegue clamar para que Louis rasgue sua calcinha e lhe dê o que ele tanto quer, o que os dois querem.

E de repente, ele para.

Louis se afasta de abrupto, batendo as costas contra o box.

- Perdão, Haz, eu não sei o que há de errado comigo. - Disse com a voz rouca e saiu do banheiro. Styles o seguiu imediatamente, o encontrando de joelhos ao lado da cama, o corpo gotejando sobre o carpete, formando uma verdadeira poça ao seu redor e ele permanecia com os cotovelos sobre o edredom e os dedos puxando os cabelos.

- Lou, para com isso, você vai se machucar. - O puxou pelo ombro, a cada instante seu cheiro só se intensificava. Harry ficou tonto e teria caído, não fosse as mãos de Louis segurando seus quadris - Eu sabia que você era diferente, eu disse. - Empurrou o cabelo de Louis para fora de seus olhos, o menor o olhava de baixo, com o rosto vermelho e aqueles olhinhos pidões.

Harry sempre gostou de garotos doces, com rostos angelicais, inocentes e bonzinhos e Louis sempre foi tão amável, tímido e frágil e ele adorava isso nele, mais do que em qualquer outro ômega porque podia se lembrar perfeitamente que ele possuía um outro lado, que seus braços eram mais do que capazes de sustentá-lo por horas a fio enquanto o fodia e de seu rosnado que deixava cada centímetro de pele seu arrepiado.

- Eu sou um recessivo, então. - Concluiu, com o lábio inferior trêmulo, Harry queria beijá-lo até que ele parasse de tremer - Precisa me levar a enfermaria, o meu corpo está muito quente, eu devo estar com febre.

- Você está no cio, Louis.

- Cio? Não, como assim? Eu nem deveria entrar no cio sendo um recessivo.

- Mas você tem convivido com um ômega lúpus por meses, se eu consigo deixar até outros ômegas no cio, um alfa não seria dificuldade alguma pra mim. - O alfa o olhou assustado - E não, eu não te deixei no cio de proposito, isso foge ao meu controle.

- Me sinto como você descreveu naquele dia. É como se a minha pele estivesse prestes a derreter e eu sinto nervoso, tão desesperadamente nervoso e angustiado. - Grunhe, apertando os dentes ao sentir exatamente o que Harry descrevera naquele dia acontecendo dentro de suas calças, seu pênis nunca doeu tanto.

- Sei disso. - Ofegou, tocando os braços de Louis - Posso sentir onde você está me tocando.

Se deu conta de que estava apertando Harry com muita força e rapidamente recolheu as mãos e se afastou até se encolher contra a parede.

- Fique longe de mim, eu não quero te machucar.

- Você não vai. - Agachou, tentando se aproximar, Louis o repeliu com um rosnado - Me deixe te ajudar, você está sofrendo.

- Não precisa fazer isso.

- Mas eu quero você. Desde que chegou a esse colégio não consigo te tirar da cabeça, tive medo de estragar a nossa amizade se eu dissesse o que sinto de verdade. Eu sei que você com certeza vai preferir um ômega decente e digno, mas dessa vez me deixe te ajudar. Só dessa vez.

Tomlinson entreabre os lábios, sugando o ar com força para seus pulmões e nega.

- Me deixa sozinho.

O ômega não contava com essa resposta, assentiu fracamente e se levantou. Quando estava a caminho da porta, com a mão tocando a maçaneta, foi completamente desarmado ao ouvir:

- Fica comigo. - Pediu com sua voz de alfa.

Não estava no cio, mas o efeito foi como se estivesse. Suas pernas fraquejaram, a mente nublou, um arrepio violento o cortou de dentro pra fora e ele se virou, chocando o peito com o de Louis que não perdeu tempo em o agarrar, voltaram a se beijar, com muito mais urgência e necessidade. As mãos do alfa cavaram por debaixo da saia, apertando dolorosamente a bunda do cacheado que se arqueou, ficando na ponta dos pés para agarrar os ombros e cabelos de Tomlinson que alisou uma última vez o tecido suave da calcinha de renda antes de rasga-la com suas mãos.

- Não pensei que você pudesse ser tão selvagem. - Murmurou fechando os olhos, mordendo os lábios quando o alfa desceu beijinhos molhados por sua mandíbula.

- Nem eu. - Retrucou com uma risadinha, um novo rosnado arranhou sua garganta. Seu cio só crescia e Styles tocou seu peito o fazendo deitar sobre o carpete, sentando sobre seus quadris. A cueca de Louis era a única no caminho, pela barra da saia, podia ver a glande rosada de Styles, sentia sua boca salivar.

- Se eu entendi corretamente você é virgem, certo? - Tinha toda a atenção voltada para o menor, ao mesmo tempo que rebolava no colo de Louis, o sentindo latejante entre suas nádegas. Ele parecia tão grande, o ômega estremeceu em ansiedade e Louis também, porque suas mãos apertaram as coxas de Harry e ele fez menção de se levantar. Antes que o fizesse, o ômega tratou de pesar a mão contra o peito rijo do alfa e quando ele voltou a se deitar, manteve seus pulsos pressionados sobre o chão - Só pelo seu modo de agir já está mais do que óbvio!

- Porra, eu estou tão excitado! - Grunhiu, tendo a impressão de que todo o seu sangue corria para seu pênis naquele momento. Todos os seus neurônios partilharam de um único pensamento: foder. Era tão primitivo, porém, incontrolável - Harry, por favor. - Podia se livrar do aperto do ômega com facilidade, tamanha a força que o dominava, no entanto o pensamento de feri-lo o imobilizava por completo e o deixava a sua mercê - Eu te quero tanto! Estou tão duro por você.

Um sorriso orgulhoso se formou nos lábios de cereja de Harry ao ouvir aquilo.

- E eu estou tão molhado por você. - Disse com um biquinho, esfregando o pênis sobre o estômago de Louis - Você quer sentir? Quer ter o meu gosto na sua boca? Me foder com a língua antes de me foder com o seu pau, an?

Ele se contorceu e assentiu de imediato.

- Sim, sim, por favor...

- Tão educado. - Cantarolou, soltando Louis que obedientemente não se moveu. Observando com os olhos vidrados o cacheado se virar e mover-se até ter aquela bela bunda deliciosa na altura de seu rosto, a saia curta mal roçava sua pele e pode sentir quando uma gota de sua lubrificação caiu de sua entrada em seu lábio inferior. Quando a próxima deslizou estava preparado, com a boca aberta para senti-la diretamente no palato e gemeu prazeroso, porque como imaginava era delicioso. Assim como Harry por inteiro. Ele abaixou os quadris e esfregou bem lentamente a entrada sobre a língua macia de Louis - Assim... Oh, você é um bom garoto. Um alfa muito bom. - Gemeu, dando pequenas reboladas pelo simples prazer de sentir o garoto procurando desesperadamente pelo deleite de lamber um pouco mais seu cuzinho. Ele não podia evitar, era um provocador nato. Imaginava que fosse ser diferente com um alfa, mas a verdade é que nunca poderia se sujeitar a ninguém, o controle sempre deveria ser seu e estava nas nuvens ao constatar que poderia ser exatamente assim com um alfa como Louis.

- Haz, me deixe por as mãos em você. - Suplicou, mal contendo as mãos no lugar.

Por mais que seu lobo rosnasse, faria todo o possível para obedecer ao seu pequeno ômega.

- Tudo bem, coloque as mãos em mim. - Cedeu e na mesma hora, as mãos de Louis cavaram suas nádegas, puxando-o de encontro ao rosto dele. A língua o invadiu, quente e obstinada, sugando seu buraco e pressionando a ponta rija contra a abertura até entrar devagar e os feromônios dele reagiam aos de Harry, tentando subjulga-lo, domina-lo.

Quando sentiu a língua de Louis girando em seu interior tombou para frente enfraquecido.

Seu corpo o reconhecia como seu alfa e tudo em si vinha clamando pela mais absoluta submissão. Ser bom para o seu alfa, era o que dominava seus pensamentos. Ergueu os olhos embaçados até o membro do alfa, ainda coberto sobre o tecido da cueca. Que lástima!

Ensandecido, se arrastou até estar com ele ao seu alcance e lambeu o contorno.

- Oh. - Louis gemeu rouco.

Harry olhou sobre o ombro, satisfeito com a reação que tivera e empurrou a peça para fora de seu caminho. Os olhos dobrando de tamanho ao dar de cara com o pau de Tomlinson. Era uma belíssima surpresa, grande e grossa, marcada por veias e coberta por pré-gozo. Irresistível demais para que Harry não pusesse sua boca nele.

Chupou só a cabecinha, indo de leve com seu anjinho virginal que reagiu com um gemido. A vibração foi direto para sua entrada, sentiu vazar um pouco mais. Seus lábios cheios deveriam fazer um adorável carinho sobre a glande com seus beijinhos pois a atenção de Louis foi sendo reservada aos seus gemidos, chupou superficialmente mais algumas vezes, o preparando e sem aviso, o tomou por inteiro entre os lábios, descendo até a base e subindo.

- Ômega... - Ofegou com o tom grave, submerso mais e mais em seu estado de puro instinto - Seus lábios estão me sufocando...

Harry o chupou com mais força, fazendo um som molhado ao deixa-lo. Os lábios brilhavam com os rastros do líquido esbranquiçado quando olhou sobre o ombro para o menor.

- Não seja egoísta. - Repreendeu, apertando o pênis dele de modo doloroso - Meta a sua língua em mim o mais fundo que puder. - Empurrou os quadris em sua direção e logo ele tornara a fode-lo com a língua, mas pouco depois era Harry quem queria mais - Lou, seus dedos!

Louis ficou confuso. Nunca tinha feito nada assim antes.

- Apenas coloque-os em mim, quantos você quiser. - Suplicou com a respiração quente sobre o pau do alfa, a boca aberta o ensopando com a saliva ao que sentia seu inexperiente alfa de súbito socando três dedos de um só vez em si. Gemeu alto pela sensação de sua entrada se esticando ao redor dos dedos dele, não foi preciso dizer o que fazer, ele descobriu por conta. Movendo tal como Harry fez com seu pau na boca antes, para cima e para baixo, girar foi mérito dele e quando raspou de leve naquele ponto sensível em Harry e obteve um ômega derretendo sobre seu corpo, não parou de pressiona-lo.

Styles sabia que estava perto, uma vez que Louis o fodia sem parar bem naquele lugar e por isso decidiu que era hora de acabar com a brincadeira. Se afastou, recebendo um rosnado que foi rapidamente cessado.

- O que- - Ele foi interrompido por Harry o amordaçando com a gravata.

- Apenas precaução. - Disse casual, fazendo um nó firme, segurou os pulsos de Louis no topo da cabeça e com a mão livre o alinhou com seu cuzinho, sentando nele de uma só vez, grunhindo todo o caminho até poder sentir as coxas dele roçando nas suas e a satisfação de estar completamente preenchido até mais fundo do que jamais imaginou. Os paus dos ômegas ou dos seus brinquedos pareciam insignificantes se comparados ao de Louis. Era como o encaixe perfeito.

Tomlinson o fitava com devoção - naturalmente - mas também com fome. Seu eu dócil não parecia mais tão consciente, não quando estava tendo sua primeira vez enterrado em um ômega como aquele. Harry podia estar totalmente uniformizado, mas conseguia ser tão sexy como se estivesse nu. Dentro dele era o céu, tão suave e aconchegante, ao mesmo tempo que apertado, podia sentir cada pedacinho seu sendo comprimido e abraçado por suas paredes molhadas. Oh sim, como eram molhadas. O gosto viciante ainda estava em sua língua e agora transbordava por seu pau e quando ele pulsou, contraindo. Foi inevitável não estocar contra ele.

Harry se desequilibrou, arranhando o abdômen de Louis, franzindo as sobrancelhas para ele em repreensão.

- Sou eu. - Disse, flexionando os joelhos, levantando o quadril - Quem. - Continuou subindo - Manda. - Apenas a glande dentro - Aqui. - Tornou a sentar com força, fazendo o alfa soluçar e se contorcer - Entendeu? - Ele assentiu.

- Eu prometo ser bom, só me ajuda, e-eu preciso gozar. Dói tanto.

- Eu sei, bebê, eu sei. - Sorriu meigo, alisando seu peito, sentindo a pele efervescente na palma. Em breve ele pararia de pedir.

E começou a se mover, quicando sobre seu pau, o autocontrole do ômega foi se dissipando a medida que seus feromônios inundavam o quarto e o pau de Louis estava tão bem enterrado dentro dele, lhe deixando mais ensandecido a cada movimento seu. Se levantava apenas pelo prazer de se sentar com força, cavalgando sem parar com a glande larga maltratando sua próstata e Louis ainda era tão fodidamente bonito. Fechando os olhos com força e mordendo a gravata para não gemer tão alto quanto Harry que não parava de rebolar sobre ele, deixando seu cuzinho engolilo por inteiro.

As unhas curtas do cacheado arranhavam sua pele quente. A ardência constante em cada pedaço de seu ser foi a última coisa que conseguiu registrar antes de mover os pulsos e puxar a gravata de sua boca. Os olhos do ômega estavam fechados, sua mente flutuava para longe.

Por mais que quisesse reagir preferiu apenas admirar por aquela vez.

Havia um espelho as costas de Styles, por ele Louis podia sua entrada vermelha se alargando ao redor de seu membro, gotejando dez vezes mais do que com Sammy. E ele não parava. Desesperado para gozar, não deixava de saltar sobre seu pau, o som de sua bunda batendo contra os testículos de Tomlinson ecoando, junto com seus gemidos roucos e desejosos.

O colarinho aberto dava uma visão perfeita de seu lindo pescoço, quase clamando por uma marca. Ele queria tanto marca-lo.

Sentou, pegando Harry de surpresa que mal teve tempo para entender o que acontecia quando Louis deitou parte de seu corpo na cama, os joelhos sobre o carpete e sua saia foi arrancada para fora de seus quadris sem que ele parasse de fodê-lo.

Harry não sabia ao certo o que sentir, mas seu corpo parecia saber muito bem quanto a isso quando empinou sua bunda e rebolou, se oferecendo para o alfa que rosnou daquele jeito que o deixava frágil e maleável a ponto de gemer e suspirar baixinho, revirando os olhos por sentir as veias grossas do pau de seu alfa latejando dentro dele, fazendo seu interior queimar e pulsar.

Que o levava a pedir:

- Alfa, mais, por favor! - Soluçou, apertando os lençóis e lutando contra os gritos que vinham a sua garganta - Mais forte, eu quero mais...

- Você quer mais de mim, então? - Gemeu rente a pequenina orelha do ômega que assentiu desesperadamente.

Louis rosnou, mordendo os lábios, sentindo as presas raspando sobre. Encheu a mão com os cachos úmidos e desfeitos de Harry afim de trazer seu rosto as vistas, as costas dele se pressionando contra seu peito, tremiam por sua respiração desregulada e sua aparência fodida servia de combustível para que socasse com mais força, maltratando sua próstata até que ele atingiu seu ápice. Estremeceu ao sentir o próprio gozo manchando suas coxas e então era Louis quem vinha dentro dele, o enchendo com sua porra e então o atando.

- Meu ômega. - Soprou no ouvido do cacheado, submerso em seu cio. Harry se encolheu ligeiramente ao que sentiu a mão dele se pressionando em seu baixo ventre, apertando onde ele se sentia cheio - Meu. - Rosnou e os dentes rasparam em sua garganta.

- Não me morda. - Disse baixinho, virando o rosto para ele, chupando seu lábio devagar antes de tocar suas bocas em um beijo carinhoso, as pontas dos dedos roçando pela barba áspera - Prometa que vai ser bonzinho pra mim, Lou, não importa o quão selvagem você fique.

Louis ronronou pelo toque doce, colocou a mão sobre a do ômega.

- Prometo. - Garantiu, fechando os olhos e sentindo onde seu nó crescia e os conectava pelos minutos seguintes.

A mente de Louis foi se embaralhando muito ao longo do dia. Memórias rápidas e passageiras eram tudo o que conseguia registrar, nada muito além de ligeiros vislumbres de cores, cheiros e sensações.

As mais recorrentes eram as de um corpo macio e curvilíneo abaixo do seu, cachos sendo pressionados contra seu rosto e o perfume inebriante que só ele tinha e agora se ausentava do ambiente. Saltou da cama em um átimo.

O sol brilhava lá fora e o relógio na cabeceira marcava meio-dia do dia anterior. Seu corpo estava nu e tão quente quanto antes, o pau entre suas pernas latejava de um forma muito dolorosa e aquela sensação de formigamento não deixava sua epiderme e Harry não estava aqui.

- Tudo bem, Louis, tudo bem. - Repetia a si mesmo, inquieto se enfiando no banheiro - Foi só daquela vez. Já passou. - Fez sua higiene matinal e se pôs debaixo do chuveiro, na temperatura mais fria que tinha opção e nada adiantou. Ele só esquentava mais e mais.

Voltou para o quarto e seu lobo voraz abriu as portas do closet, cavando entre as coisas de Harry, caçando por seu cheiro. Caso a porta não estivesse trancada teria sido capaz de sair pela escola farejando por ele, mas teve de se contentar em resgatar os resquícios de seu feromônio pelas roupas que serviram bem ao propósito de ajudá-lo a se masturbar pensando em seu ômega.

Não era o suficiente precisava de Harry. Somente seu interior quente era capaz de aliviar aquela dor implacável, apenas seus lábios acalmavam sua pele irritadiça e sua voz espantava a ansiedade.

Rapidamente Louis foi enlouquecendo, andando de um lado para o outro, revirando tudo e se tornando mais nervoso, selvagem e rosnando em direção a porta quando captou o cheiro no ar. A maçaneta mal se movera quando ele avançou, empurrando a porta e pressionando Styles contra a parede do corredor.

- Lou-

Louis não lhe deu atenção, chupando seu pescoço, levantando as coxas de Harry e puxando a calcinha para o lado afim de invadi-lo de uma vez. Harry tremeu quando ele entrou por inteiro em uma única estocada e continuou a se mover, duro e profundo. Seu corpo era sacudido em um ritmo rápido, precisando fincar as unhas nos ombros do alfa para ter algum apoio, suas unhas deixavam vergões profundos, mas Louis não se atentava a nada, estava mais do que ocupado em continuar lambendo e chupando seu pescoço como se fosse tudo o que via, com as pernas do cacheado abraçando sua cintura teve as mãos livres para puxar a liga e soltar contra a coxa do ômega, o fazendo saltar pela ardência. Subindo os dedos pela barriga nua até seu top branco onde os mamilos durinhos estavam bem marcados, sedentos por um pouco de atenção.

- Onde estava? - Rosnou, sugando a pele de seu ombro e soprando em seguida, torcendo um dos bicos.

Harry se arrepiou, tendo dificuldade para sequer lembrar de como falar.

- Aula de Ed. Física. Pensei que seu cio fosse durar só um dia, mas p-pelo jeito funciona como... Hm, para um a-alfa comum. - Gemeu se arqueando, torcendo as madeixas castanhas de Louis entre os dedos. Olhou por sobre o ombro dele, por sorte estavam em um ponto cego das câmeras de segurança, o que não impedia ninguém de passar pelo corredor e flagra-los. Não que ele se envergonhasse, só não queria que descobrissem seu alfa. Todos iriam se matar pra ter Louis e ele era só de Harry.

Só seu.

De repente eram as suas presas que incomodavam e o pescoço de Louis parecia a parte mais atraente de seu corpo.

Oh merda.

Se encolheu, o abraçando enquanto sentia as estocadas poderosas, sua próstata reclamando pela força com que era fodida tão impiedosamente e Harry estava se sentindo como uma cadelinha no cio, salivando por mais e gemendo em agradecimento quando enxergou por canto de olho Ashton e Sammy despontando no corredor.

Os dois tinham os olhos arregalados, mas estavam distantes demais para farejarem o feromônio de Louis.

Harry os olhos com os olhos severos e rosnou para eles, em um claro sinal para desaparecerem. Eles acataram imediatamente.

- Você me deixa ainda mais duro quando rosna, ômega. - Louis gemeu, surrando sua bunda como recompensa. Harry gemeu delicado, esfregando os mamilos contra o tórax forte de seu alfa.

- Ótimo, porque eu quero seu pau me fodendo duro por muito tempo... - Ronronou rebolando até sentir seu nó vindo dentro dele.

E assim seguiu o cio de Louis. Com pequenos intervalos em que ele ficava calmo e sereno como sempre fora, tentando manter seu quarto em ordem e procurando fazer os deveres que tinha deixado de lado, mas então Harry surgia enrolando a barra da saia como quem não quer nada ou se abaixando para pegar coisas que ele propositalmente deixava cair só pra mostrar como ele havia "acidentalmente" esquecido de usar calcinha. Sua presença era entorpecente.

Louis se doeu tanto por não ser uma das opções de Harry e agora sofria por ser seu único alvo. Naturalmente ele rosnava e o comia, fosse no chão, contra uma parede ou até na janela.

A última sendo a preferida de Harry que adorava acenar para seus colegas, mandar beijinhos e até papear enquanto Louis o destruía por trás.

Mas ao final do terceiro dia, Tomlinson não se encontrava mais tão irracional. Sua mente voltou a orbita na madruga, no início do quarto dia, onde seu cio já não era mais um fator dominante e ele não se sentia louco para marcar Harry, no entanto, eles ainda estavam juntos. Tinha a visão do painel lotado de Harry, uma foto dos dois no jardim se destacando e seu perfume as suas costas, podia sentir o braço dele envolvendo sua cintura e os cachinhos fazendo cócegas em seus ombros.

Oficialmente seu cio havia ido embora, mas o sentimento que tinha pelo ômega ainda restava, mais forte do que nunca.

Com cuidado se virou, encontrando Harry adormecido, as sobrancelhas franzidas como ele fazia ao pensar muito, os lábios comprimidos e escarlates. Os tocou com o polegar e ele reagiu, abrindo e sugando a pontinha.

- Se preferir posso fingir que estou dormindo. - Propôs com a voz rouca e sonolenta, puxando o polegar molhado do alfa até seu mamilo, rodeando o bico intumescido e pressionando-o.

- E-Eu acho que meu cio se foi... - Respondeu, admirado com a maciez na ponta do dedo.

- Sei disso, você voltou a cheirar como um bebê ômega. - Riu, abrindo apenas um dos olhos - Nós fodemos e trepamos o suficiente, eu quero fazer amor agora. Bem gostosinho e devagar, por favor.

Louis rosnou, mas desta vez não havia lobo era somente ele em êxtase. Avançando sobre Styles, capturando seus lábios, sugando-os vagarosamente antes de deslizar sua língua para dentro de sua boca aveludada que o recebia tão bem, tal como suas pernas se abriam para tê-lo entre elas. Ambos estavam nus e seus paus molhados se pressionavam e deslizavam juntos.

Os beijos quase castos foram descendo por sua garganta parando quando sentiu uma espécie de repelente contra o olfato.

- Oh, desculpe por isso. Nos últimos dias você esteve um pouco incontrolável e eu precisei de medidas drásticas. - O ômega explicou, tirando a gargantilha grossa e preta. Louis conhecia a jóia, era de fato um repelente de alfas.

- Desculpe por insistir tanto em te morder. - Disse envergonhado, desviando o olhar.

- Por favor... - Ronronou, acariciando os cabelos do alfa - , eu me senti lisonjeado.

Eles sorriram e voltaram a se beijar. Louis o abria carinhosamente com seus dedos, mesmo que ele não precisasse de preparo, já que estava tão úmido e necessitado.

- Eu estou pronto... Por favor, preciso de você agora. - Grunhiu baixo e excitado contra o pescoço do alfa.

Harry gemeu alto e jogou a cabeça para trás quando a glande larga começou a exigir passagem, se pressionando contra seu cuzinho, se enterrando dentro dele facilmente pelo seu excesso de lubrificação. O sentia por inteiro, queimando de dentro para fora e estremeceram com seus rostos alinhados, Louis mal tinha se movido e seu rosto estava corado e suado daquele jeito tão fodidamente quente e fofo.

Harry queria dar pra ele até desmaiar.

- Eu gosto tanto de você. - Tomlinson confessou com um ofego estocando de leve.

- Eu também gosto muito de você, badbaby. - Retrucou, bagunçando os cabelos do alfa que sorriu antes de voltar a beija-lo.

Louis choramingou em meio ao beijo quando seu pau fisgou, o ômega tornou a se contrair, apertando-o propositalmente e Louis entendeu, passando a foder seu cacheado atrevido, puxando até a glande e metendo até a base, o fazendo tremer e rolar os olhos, rompendo seus lábios cheios em suspiros manhosos.

- Porra, a sua bunda é tão quente. - Estalou um tapa ardido sobre uma das bandas, espremendo entre os dedos, subindo pela coxa, maculando toda a pele em um vermelho vivo.

Ele gemeu, se impulsionando para baixo, rebolando em seu pau e se apertando novamente. Maldito provocadorzinho! Louis o segurou pelos quadris, socando com força, pegando um ritmo veloz, tanto seu pau quanto a entrada de Harry vazavam, tornando tudo melado e escorregadio. Seus gemidos abafados soavam mais alto que o esperado, o ômega o puxou pela nuca, lambendo seus lábios antes de empurrar a língua para dentro da boca do alfa, beijando-o em puro desejo e tesão, choramingando e ronronando, agarrando o máximo possível o corpo cálido ao seu quando sentiu a ardência e o gemido grave de Louis contra sua boca ao que seu nó inchou e se prendeu dentro dele.

Pela primeira vez isso pareceu preocupa-lo.

- Espera eu não posso ter um nó, isso pode-

- Não se preocupe, bebê, eu sou um ômega bem previnido. - Apontou para as pílulas sobre a cabeceira e se aninhou ao alfa, beijando seu rosto e gemendo baixinho ao que outro jato de gozo o aquecia por dentro, fazendo-o se sentir cheio e completo. Ronronou feliz.

Xx

Louis tinha a impressão de que todos olhavam pra ele. O que não deveria ser bem verdade, estavam na biblioteca e os olhos estavam fixos nos livros, estudando para os exames finais do semestre. Claro que ninguém estava olhando para ele ou se perguntando sobre seu sumiço de algumas semanas atrás.

Não mesmo.

Ele teve um cio, como qualquer outro ali. Ninguém pensava que fosse um cio diferente, ele ainda se parecia com um ômega, nada havia mudado, tudo continuava bem e ele se formaria em poucos meses. Sem estresse.

Desviou a atenção do livro e sim, definitivamente estavam olhando pra ele como se fosse um oásis no deserto. Merda.

Se levantou nervoso, tropeçando até a seção de Física, fingindo tatear os livros quando saltou ao sentir alguém apalpar a sua bunda.

- Você é muito sensível, sabia? - Harry cantarolou com seu angelical sorriso de covinhas - O que foi, bebê? - Indagou, brincando com a gravata de Tomlinson.

- Acho que... Deve ser só impressão. Eles só estão prestando muita atenção em mim. - Cochichou, tentando enxergar os outros por entre os livros.

- É porque eles estão.

- C-Como assim? - O olhou assustado.

- Bem, eu disse que não vou transar com mais ninguém, além de você. - Comentou, caminhando até a outra prateleira. Louis foi até ele o puxando pelo braço.

- Por que você disse isso? Eles vão descobrir que-

- Que você é o ômega mais fofo do mundo? - Apertou suas bochechas - Não se preocupe. Eles acham que eu te fodo.

- Sério?

- Uhum, você é tão pequeninho e delicadinho, ninguém nunca suspeitou.

- Nossa, que cretinos! - Rosnou, apertando os dentes - E agora eu tenho uma prova e me sinto nervoso.

- Tudo bem. - O ômega ronronou, checando se mais ninguém estava por perto - Eu tenho o remédio perfeito pra você ficar bem calminho.

Louis o olhou com os olhos carregados e se ajoelhou, Harry se apoiou na estante, colocando uma das coxas sobre o ombro do alfa e levantando a saia, reprimindo seus gemidos e acenando para cada ômega que passava por eles. Não fazendo esforço algum para manter segredo, ele queria exibir seu alfa fofo para todo mundo e mandar um singelo recado a cada um deles: ELE É MEU.

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