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Capítulo XXXIV


Frieda precisou colocar todos os seus pontos em agilidade e destreza para garantir que o Haidu não passasse por ela e confrontasse Hansel. Ela se desdobrava em ataques consecutivos em pontos críticos e esquivava como uma ginasta habilidosa, os seus sentidos estavam totalmente atentos ao oponente, mas o fato dela estar conseguindo fazer frente a criatura sequer era o ponto mais surpreendente naquilo tudo. A cada golpe desferido, a cada desvio, a cada atrito, diante daquele oponente formidável, Frieda estava aprendendo, assimilando um conhecimento que só pode ser adquirido em combates reais, uma experiência que equivale a anos de treinamento, sem sombras de dúvidas a garota se tornaria muito mais forte em caso de sobrevivência a esse episódio. A garota apanhava, se erguia e revidava, entoava orações de atributo vento e suas chamas azuis iluminavam todo o ambiente vez por outra, tudo aquilo não durou dois minutos até que os demais se juntasse a ela, mas o tempo parecia ter desacelerado para que aquela luta pudesse ser contemplada. 

Hansel ainda estava muito atordoado por conta dos últimos acontecimentos, mas resistia se apoiando em sua sede de vingança. O golpe que ele anteriormente desferiu em Bathild foi forte o suficiente para que a frágil  garota não conseguisse se erguer, tudo que ela podia fazer era observar com apreensão a aproximação de seu carrasco. 

O corpo de Hansel estava bem machucado, o rapaz sentia uma dor que atingia até mesmo os tendões e ossos, uma dor que transcendia a carne e chegava até sua alma, mas ainda assim aquela era a primeira vez em muito tempo que se sentia verdadeiramente vivo. A cada passo que dava, sua mente era preenchida por memórias que ele desejava muito poder apagar. Lembranças suas e de Bathild se divertindo como duas crianças inocentes, rindo alto, comendo e bebendo, cenas em que ele colocava Bathild em suas costas e iam até a cozinha roubar doces ou fugiam para o jardim quando ninguém estava olhando, memórias onde a menina lia algo para ele, sim... eles eram bons amigos. Hansel se questionava onde havia errado, se tudo aquilo não era culpa dele e se ele não poderia ter feito algo para evitar que a menina se corrompesse. Logo as recordações começaram a ser substituídas por memórias de quando seus pais estavam vivos, Hansel se viu indo buscar lenha com seu pai ou ajudando sua mãe na cozinha a noite, ela cantava e bela era sua voz, naquela época o menino se sentia tão grato. Não demorou muito para que as memórias fossem substituídas por gritos de desespero, mesmo frente a morte seus pais não tentaram revidar ou contra-atacar, eles apenas tentaram esquivar ou segurar o filho enlouquecido, sua mãe chorava e seu pai berrava angustiado, Hansel também chorava enquanto se movia como um boneco controlado por alguém perverso, ele tentava resistir enquanto seu pai o incentivava dizendo "seja forte, filho! Você consegue!", seu pai dizia a sua mãe para fugir, ele acreditava que precisava impedir que seu filho cometesse o pecado de ferir outras pessoas, sentia que era sua responsabilidade como pai,  a mãe não conseguia obedecer ao pedido do marido, os amava demais para escapar sozinha,. O corpo do menino não se movia de forma natural, ele fazia movimentos que nunca tinha feito antes e isso desrespeitava os seus limites, seu nariz e ouvidos sangraram, ele sentia que seu corpo ia quebrar a cada investida que dava e no fundo ele desejava isso, já tinha esgotado toda sua força de vontade quando começou a implorar para que seus pais dessem fim a sua vida, mas que pais seriam capazes de matar o próprio filho? Quando seu pai finalmente foi superado e morto, o menino já começava a sentir o vazio e o peso do sangue em suas mãos, sua mãe já estava exausta, chorava pela morte do marido e pelo fizeram ao seu precioso filho. Após desferir um golpe fatal na mulher que o trouxe a este mundo, a força que o obrigava a cometer tal barbárie se foi, vendo que sua mãe ainda estava viva, ele tentou desesperadamente estancar o sangramento em seu abdômen, contudo, sua mãe, ciente da morte iminente, o abraço com o pouco de forças que restava e começou a cantar a música favorita do menino, na esperança de que a canção chegasse ao seu coração e o curasse, ela certamente lamentava por deixá-lo sozinho naquele mundo tão perverso, principalmente por ele ser uma criança santa. Hansel os viu perecer pelas suas mãos.

Quanto mais fresca as memórias daquele dia se tornavam na mente de Hansel, mais ódio, tristeza e dor ele sentia, estava tão absorto em si mesmo que sequer deu atenção a confusão atrás de si. O Haidu ainda tentava passar, mas cinco mosquitos irritantes o impediam, Frieda tinha decidido deixar Hansel escolher o que queria fazer e se ele decidiu se vingar ela garantiria que ele pudesse fazê-lo, em concordância, os demais se colocaram à disposição para ajudá-la com isso, mesmo Griselna não tentou impedir, ela sabia muito bem o que era ter tal direito negado. 

Parado diante da garota que o fez matar seus próprios pais, o torturou, o abusou, roubou sua dignidade e o fez desejar morrer várias vezes, Hansel conteve suas lágrimas de sofrimento, era chegada a hora da retribuição. 

– Não faça isso. – Pediu Bathild. – Por favor não me machuque, não sabe que eu te amo? 

A princípio Hansel a respondeu como silêncio, estava enjoado, logo ele ergueu  a espada sobre a cabeça usando as duas mãos. 

– Se os deuses tiverem alguma piedade da sua alma e a mandarem para um lugar bom... implore pessoalmente pelo perdão dos meus pais. – Disse ele. – Pagarei minha dívida com quem comprou a minha liberdade e então esperarei que os deuses ao menos me concedam a oportunidade e pedir perdão a ele e as pessoas que você me obrigou a condenar a morte também. 

– O que pensa que está fazendo? – Sua voz suave e doce deu lugar a berros estridentes e revoltados. – Seu ingrato!

A expressão de Hansel se tornou taciturna e levemente sombria.

– Sua voz não me alcançará. – Disse ele. – Pois já não sou o teu escravo. 

Dito isso, o rapaz desceu impiedosamente a sua espada sobre a garota, cortando-a o máximo que pôde em um único golpe, usou toda a força que lhe sobrou. Após concluir a sua vingança, Hansel não se sentiu nem um pouco melhor, mas isso não importava para ele. O rapaz cambaleou um pouco para o lado e se deixou sentar encostado à parede, ao lado do cadáver de Bathild, aquela era uma imagem que poderia muito bem ser transferida para um quadro e ficar em exposição em uma galeria de arte ou museu. Hansel finalmente cedeu e inconsciente rumava para um lugar de sono profundo e sem sonhos, a essa altura já não havia mais certeza de que viveria para quitar a sua dívida. 

– Erna... – Chamou Frieda, ela viu o estado de Hansel pela visão periférica. 

– Eu já sei. – Confirmou a menina. Ela sabia que se ausentar da batalha mesmo que por pouco tempo poderia resultar na morte de um de seus companheiros, mas também sabia que a situação de Hansel poderia afetar o desempenho de Frieda. 

Em um instante Erna já se encontrava na frente de Hansel, bastou um olhar para perceber que os danos recebidos por Frieda tinham sido severos, ainda que a menina certamente tenha se segurado ao máximo. Erna se concentrou, decidiu entoar uma oração sobre a qual vinha pesquisando, ainda não teve sucesso em melhorá-la, mas ia ter que servir.

Erna estendeu os dois braços na frente do corpo, com o indicador esquerdo ela apontou para baixo e com o direito ela apontava para o céu. 

Nagi ni açuri, nagi ni emul, fuda nagi dur nano xu dur onan, ni nagi alzo brin xu alzo seran. Imecula ni nagi av gongtobi irgo aven nano reu survo: – Entoou uma oração de Simples, mas de alto nível. Tentou não desperdiçar heilig, usar apenas o necessário e nada além disso. Eliminou os sons a sua volta e ignorou os alertas de perigo, precisava confiar que os demais não permitiriam que o Haidu a ferisse, ela tinha que fazer tudo aquilo por não estar em uma posição em que pudesse gastar muito heilig, precisava preservar o máximo para curar e dar suporte aos outros na luta. As veias de suas mãos emitiram um brilho azulado enquanto ela entoava a oração. –  Bajin endova uni mek seran. – Disse ela por fim. Em tradução ela disse: Água no céu, água na terra, existe água em mim e em ti, a água tudo lava e tudo cura. Invoco a água para devolver aquilo que me foi roubado: círculo espiritual das cem curas.  

Um círculo sagrado brilhando em azul surgiu acima do corpo de Hansel, nele estavam escritas runas sagradas referentes a oração entoada, do centro do círculo saiu uma serpente feita de um heilig azul e brilhante tão denso que qualquer um diria que era água, a serpente envolveu o corpo de Hansel e o apertou até que ele abrisse a boca, quando o rapaz finalmente abriu a boca, a cobra entrou no corpo dele através dela, por completo, runas azuis surgiram em seu corpo e quando desapareceram ransel lentamente voltou a respirar normalmente.

Na escuridão, o rapaz sentiu lágrimas quentes molharem sua pele, de repente um clarão azulado surgiu e ele pôde ver a brilhante figura, feita de água, dos seus pais, abraçando-o. Ele não sentia mais o frio que aquele lugar vazio o proporcionou até agora, as lágrimas de sua mãe penetravam sua pele, seu pai sorriu para ele, mas nenhum dos dois disse uma única palavra. Mesmo assim ele estava em paz. 

– Hansel. – Uma voz suave chamava pelo nome do rapaz. 

Ele queria pedir para ficar mais um pouco, mas a voz insistiu. 

– Hansel?

O rapaz lentamente voltou a si, uma mão delicada pesava em seu ombro e ele podia sentir a respiração em sua face, ele abriu os olhos e diante dele estava Erna. Hansel demorou tanto para responder que ela se questionava se a oração havia falhado, então se aproximou para verificar o estado dele. 

– A gente morreu? – Ele perguntou um pouco desorientado. 

Erna suspirou. 

– Ainda não. –  Respondeu ela. – Descanse um pouco e dê o fora daqui sem que o Haidu o veja, no estado em que está não será de grande ajuda. – Erna não estava sendo dura de propósito, ela tendia a repassar os fatos com o mínimo de palavras possível em situações como aquela. 

Hansel não viu maldade em suas palavras. 

Erna se ergueu e voltou a luta imediatamente, Hansel olhou para o lado e viu o cadáver de Bathild, agora ele se lembrava do que tinha feito.

Wilderer não parecia cansado, aos poucos estava se adaptando ao estilo de luta do quinteto. As chamas azuis de Frieda o afetam mesmo que só um pouco, Ralf e Griselna investiam em danos físicos, Leon conseguia brechas usando orações de heilig do atributo terra, Erna curava e criava escudos, às vezes tentava aproveitar alguma oportunidade para acertar um golpe físico crítico, mas era difícil se sobrepor aqueles quatro braços, não raramente quando esquivava do golpe desferido por um dos braços já tinha que esquivar ou minimizar os danos causados por outro. O mais terrível de tudo era o fato da criatura não precisar entoar orações, o máximo que ele fazia era proferir mantras para se concentrar melhor ou dizia o nome do golpe para executá-lo melhor. Quando o Haidu ativava uma habilidade de atributo ar para se mover mais rápido era ainda pior, ficava difícil prever seus movimentos, uma vez que ele não emitia sons ao se mexer, só dava para depender dos reflexos. 

Em meio a luta, Frieda analisava tudo com seu olhar cirúrgico, tentava mapear os movimentos de Wilderer, entender sua técnica, assimilar suas habilidades e tá imitá-lo em vários pontos. 

– Quanto tempo vai levar? – Erna perguntou para Frieda. Como esperado, ela já tinha percebido que sua irmã estava tramando algo. 

– Já teria acabado se eu conseguisse usar aquela habilidade do papai. – Respondeu ela. – Preciso de mais tempo. 

Griselna já tinha percebido que Frieda estava planejando alguma coisa também, ela sabia que sua aluna sabia usar heilig de atributo raio, mas não estava usando por alguma razão. Contudo o tempo estava acabando, ela já tinha começado a pensar no que fazer para que suas crianças saíssem dali ilesos, pensava em uma tática para garantir a fuga deles, mas seu raciocínio foi interrompido quando Frieda se pronunciou outra vez, assumindo completamente a liderança, sem deixar margem para contestação. 

– Terminei! – Bradou ela. Frieda recuou, ainda no ar ela ergueu os dois braços, com a mão esquerda ela juntou os dedos tocando a ponta deles na digital do polegar, mantendo o indicador voltado para cima, aquilo simbolizava o lobo . Com a mão direita ela manteve os indicador e o mindinho voltados para cima, enquanto o anelar e o médio tocavam a digital do polegar, simbolizando o gato. 

Era um sinal que apenas os membros da família entenderam, incluindo Griselna, Meine e Benno (considerados como tios). Frieda estava dizendo que Griselna e Ralf deveriam manter a criatura ocupada por um tempo, Ralf estava em pior estado, ele esteve atacando incansavelmente até agora, era um especialista em combate corpo a corpo, mas seu corpo começava a cobrar o preço, ele sabia que Frieda tinha ciência disso, e que se ela ainda assim exigia mais dele é porque o tempo que ela precisava era mínimo, o rapaz cerrou os dentes e atacou, Griselna que também estava desgastada o acompanhou. 

– Erna e Leon... – Frieda chamou a atenção dos dois. – Façam aquilo. 

– Aquilo? – Leon estava confuso. O cansaço e as escoriações no corpo já começavam a afetar seu raciocínio rápido. 

– Não seja lerdo. –  Insultou Erna. Leon fez uma expressão azeda, agora ele entendia do que se tratava.

– E você? – Perguntou ele para Frieda, se aproximando de Erna. 

– Vou fazer também, só que sozinha. – Disse ela. – Funcionou no treinamento, tem que funcionar agora. 

– Treinamento é treinamento. Não vá se exaurir. – Avisou Erna preoculpada. 

– Se concentra. – Pediu Leon, um pouco impaciente. Se Erna dessincronizar mesmo que só um pouco quem leva a pior é ele. 

Erna fez careta e foi para trás dele, ficando de lado e colocando a palma da mão direita em suas costas. 

– Vê se faz direito. – Provocou ela. – Não gaste meu heilig atoa. 

Leon estendeu os braços na frente do corpo, espalmando as mãos, depois apontou a esquerda espalmada para um lado e a direita para o lado oposto, com a palma voltada para si, unindo as pontas dos polegares. Então ele se concentrou, aquela não era uma oração fácil e só poderia ser feita em conjunto com alguém de confiança, se ele errasse Erna pagaria o preço, se Erna errasse ele pagaria o preço. 

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