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Capítulo XLII


O vilarejo dorme lá fora, por todo o lugar mentes inquietas repousam em seus travesseiros, aflitas, tentando entender como pode um homem tão bom ter sido assassinado de maneira tão brutal. Aquelas pessoas estavam cheias de questionamentos, mas os filhos de Heinrich decidiram que seria mais seguro para eles se soubessem o mínimo possível, contaram apenas um pouco mais para aqueles muito mais próximos e ainda assim não falaram muito sobre a seita ou os Haidu, bem como os acontecimentos que levaram àquela situação desastrosa. Enquanto conversavam mais cedo naquele dia, a doce Emilia segurou firmemente Felix em seus braços, o garoto parecia prestes a desaparecer a qualquer momento e ela tentava prevenir isso, Olga não soltou a mão de Hans nem por um minuto. quando a noite avançou Emilia, Wilbur e Olga deixaram a casa.

Frieda levanta no meio da noite e vai deitar na cama do pai, ninguém dorme, mas todos fingem dormir, não queriam falar sobre isso e remexer em feridas que sequer tinham começado a cicatrizar. Ralf se levanta algum tempo depois, ele vai até a porta do quarto de Heinrich e ergue a mão no intuito de segurar a maçaneta, mas para no meio do processo, o rapaz queria entrar, queria ceder o seu ombro para que Frieda pudesse se apoiar, queria ter as palavras certas que poderiam consolar ela, mas ele também estava sofrendo, seu peito doía demais e ele sentia que logo começaria a chorar, acaba por se sentar no chão encostado na parede ao lado da porta. A vida sempre foi bem injusta com ele e com os outros, mas um dia Frieda apareceu e os reuniu ao redor dela, e Heinrich estava lá para se tornar o abrigo deles também. "Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas?" – Ele certamente se perguntava. Era assustador o fato de que uma pessoa que sorria e caminhava animada pela casa em um momento já não estava mais lá. A muito tempo Ralf não se sentia tão perdido, ele retirou o colar de dentro do bolso e olhou para o objeto, sua face trazia uma expressão cansada e triste.

Quando a manhã chegou a casa estava silenciosa, os passos de Heinrich não podiam ser ouvidos pela casa como em todos os outros dias, o homem não teria levantado cedo para conferir o campo de arroz e a horta, também não teria feito o café. O ar dentro daquela casa outrora cheia de amor, agora estava pesado e frio, mesmo o vento soprando lá fora e agitando a copa das árvores era melancólico. Os oito jovens levantaram sem dizer uma única palavra, um a um eles foram se lavar e dois deles foram designados para fazer o café da manhã, Johann se colocou à disposição outra vez e Leon o ajudou. A mesa também estava quieta, eles estavam muito mais abalados que no dia anterior, possivelmente em razão do fato de que agora a ficha finalmente estava caindo, talvez antes algo dentro deles ainda guardasse esperança de que Heinrich retornaria para casa na manhã seguinte, mas agora tomava forma a idéia de que o papai não vai mais voltar. A fase de negação pode se manifestar de várias formas e por um período diferente para cada um.

Os filhos de Heinrich passaram a maior parte do dia vagando de um lado para o outro como mortos vivos, bastava olhar em suas faces para encontrar olhares perdidos que escondiam pensamentos desconexos e conflitantes. Eles até pareciam ter esquecido da discussão da noite anterior, Frieda saia do quarto de seu pai apenas na hora das refeições e logo retornava, Hansel foi ao campo de arroz, cuidou da horta, treinou um pouco, depois correu a cavalo pelos arredores do vilarejo, então voltou para casa e se sentou na cadeira que ficava na varanda, era como se o fantasma de Heinrich vagasse por aí preso às coisas que costumava fazer. Felix passou o dia inteiro amuado em um canto da casa, ele não transmitiu o otimismo e o ofuscante brilho do sol naquele dia. Leon se manteve perto de Leona o tempo todo, eles conversavam com o olhar. Ralf se mostrou inquieto, andava por toda a casa sem nenhum objetivo aparente, Erna alternava o seu tempo entre estudar com afinco sobre algo misterioso e afiar suas lâminas com um olhar sombrio, certamente os demônios que surgiram após a morte de Gerd voltaram para instigá-la. Johann foi alimentar os cavalos e depois meditar até a hora da próxima refeição, buscava algum conforto e racionalidade nos mantras de Ulrich, bem como a tolerância intrinsecamente imposta àqueles que possuem maior poder, isso segundo a sua fé. Frieda seguia deitada na cama com o olhar vago, as vozes em sua cabeça continuavam a condená-la pelo crime de ser uma existência amaldiçoada. "Ele ainda poderia estar vivo" – Diziam as vozes. – "Você não é um orgulhoso Falcão peregrino, quem raios lhe apelidou assim? Está mais para uma ave de má sorte que sempre trás péssimo agouro." e diziam mais "Ainda pretende viver? Quantas pessoas você ainda pretende continuar matando só por te conhecer? Entenda de uma vez por todas: você dá azar!".

A noite veio e o alvorecer também, Frieda finalmente teve intenção de deixar o quarto, ao chegar na sala todos já estavam reunidos ao redor de algo que se encontrava apoiado na parede. Ela se aproximou mais um pouco e reconheceu aquilo que estava ali, a Guan dao de Heinrich.

– Ela vai ficar com você. – Anunciou Erna.

Frieda estava surpresa com tais palavras.

– Ele certamente a entregaria para você em algum momento, talvez por isso garantiu que todos nós passaríamos pelo treinamento de vários tipos de armas. - comentou Leon. – Mas você foi a única a demonstrar proficiência no manuseio de uma Guan dao.

Frieda colocou interesse e empenho ao treinar com uma Guan dao pelo simples motivo de querer ser como seu pai e não por que desejava herdar a arma dele, nesse sentido ela não foi nem um pouco ambiciosa.

– Não deveríamos fazer isso. – Disse com a voz baixa e suave, cansada.

– Está tudo bem. – Disse Hansel. – A arma dele ficaria solitária se simples a guardarmos em um lugar qualquer, ela não pôde está lá para ajudá-lo assim como nós, então também deve ser dado a ela o direito de beber do sangue daqueles que ousaram assassinar o seu mestre.

Frieda olhou para os rostos de seus irmãos, eles estavam decididos a entregar a herança de Heinrich para sua primeira filha.

A garota se aproximou da Guan Dao e passou os dedos delicadamente no cabo dela, a arma estava em ótimas condições, Heinrich sempre a tratou com cuidado e respeito. A lâmina refletia a imagem daquela que a empunharia dali por diante, Frieda segurou o cabo e sentiu seu corpo se arrepiar como se uma corrente elétrica passasse por todo ele, a menina sentia que a arma se encaixava perfeitamente em sua mão como se tivesse sido feita sob medida para ela usar, aquela era uma boa arma.

– Você também sente falta dele, não é? – Indagou Frieda. – Não se preocupe Spalten himmel, também poderá se vingar.

Frieda devolveu a arma ao lugar no qual ela se encontrava anteriormente.

– Ouvi dizer que para entrar na ordem de cavaleiros se faz necessário passar em um teste. – Expôs ela. A garota voltou seu olhar aos demais, depois passou por eles e foi se sentar à mesa.

Os outros jovens seguiram seu exemplo.

– Em pensar que ser entregue quando criança não era o único jeito de entrar para a ordem. – Comentou Leona.

– Ao que tudo indica o teste serve como uma espécie de segunda chance ou segunda chamada, a intenção é garantir que aqueles que foram vendidos por seus pais ou que se perderam pelo caminho antes que pudessem se apresentar em Kamelie, tenham a oportunidade de fazer parte da Ordem dos Cavaleiros ainda que não tenham crescido treinando na academia. – Disse Erna.

– Faz sentido, o exército carece de números. – Pontuou Johann.

– Mesmo assim, pelo que ouvi, o teste é difícil, para não dizer infernal, e apenas uma minoria consegue passar. – Ralf Argumentou.

– O que não faz sentido é descartar mão-de-obra escaça. – Refutou Leon. Ralf olhou para ele desgostoso. – Que foi? É só para não perder o costume. – Deu de ombros.

– Não comecem. – Pediu a Leona.

– Na verdade, ninguém é realmente reprovado. – Frieda os elucidou. Preferiu ignorar a situação.

– Então para que serve o teste afinal? – Indagou o Félix. Era a primeira vez que ele abandonava seu silêncio depois que decidiu seguir os irmãos naquela jornada.

– Serve para classificar. – Respondeu Frieda.

– Classificar? – Felix não compreendeu.

– Todos os que participam do teste recebem uma classe de acordo com seu desempenho e habilidades. – Erna explicou. – Os que não se saírem bem no teste ou "falharem" acabam recebendo uma classificação baixa, ou seja, são reconhecidos como usuários de grau Lehrling, mas dificilmente conseguirão subir de classe. – Disse ela. – Em contrapartida, aqueles com desempenho excepcional podem ser classificados como usuários de grau Mittelstufe ou até mesmo grau Bewandert, mas deixo claro que é praticamente impossível ser classificado como Bewandert após simplesmente ser aprovado no teste.

– Precisamente. – Falou Frieda. – O teste não serve para escolher ou descartar despertos, a Ordem dos Cavaleiros não pode se dar esse luxo, mesmo se reunirmos todos os despertos do continente ainda seríamos superados em número pelos Haidu. – Explicou. – Por mais fraca que seja a habilidade de um desperto e por mais difícil que seja desenvolver e treinar os mais velhos, ainda é melhor que nada.

– Mas enviar pessoas sem competência para a frente de batalha é o mesmo que enviá-los para a morte. – Leona estava horrorizada.

– "Com sorte eles derrotam um ou dois inimigos antes de morrer" é assim que esse sistema funciona, a humanidade não tem muita escolha, é apostar com grandes chances de perder e ser extinta, ou ser erradicada sem sequer apostar. – Disse Hansel. – Um desperto incapaz ainda é um desperto, se nós cairmos a humanidade irá ruir. Não temos escolha, mesmo se ficássemos de fora dessa luta, uma vez que os Cavaleiros fossem derrotados nós morreríamos também.

Silêncio.

– Entendo. Então não dá para simplesmente se sentar e dizer "não é problema meu". – Considerou Johann.

– O ponto é que a Ordem está habituada a lidar com a seita, será mais fácil encontrar vestígios ou rastros se nos infiltramos. – Falou Erna. – Só participar do teste já nos dá a garantia de entrar, mas imagino que certas informações só ficam disponíveis para aqueles com maiores classificações. Dito isso, a gente tem que se esforçar para chegar o mais alto possível.

– Qual é o nosso grau mesmo? – Perguntou Felix.

– Nós não temos, para ter um grau reconhecido precisamos ou passar no teste ou ir para academia como o papai foi. – Respondeu Frieda. – Apenas Kamelie tem autoridade para reconhecer um usuário, nem mesmo os reis detém tal poder.

– Como é o teste? – Inquiriu Johann.

– Não sabemos. – Respondeu Erna. – Ele muda a cada vez que é realizado.

– O próximo teste será realizado em kolibri, a capital real, em cada reino um lugar é escolhido para a realização do teste de admissão. – Explicou Frieda. – Em quarenta e seis dias acontecerá o teste anual em nosso reino, nesse meio tempo vamos nos preparar para a viagem e partir o mais rápido possível, a intenção é chegar lá algum tempo antes do dia do teste. – Anunciou a garota.

– Na capital real e não em Kamelie? – Perguntou Leon.

– O rei financia as despesas do teste, é uma das maneiras dos não despertos ajudarem na causa da humanidade, além disso a capital fica mais próxima das outras regiões que Kamelie. – Disse Erna.

– Começaremos os preparativos hoje mesmo, além disso vamos intensificar o nosso treinamento, quantos mais de nós conseguir uma boa classificação melhor. Farei o possível e o impossível para alcançar um grau elevado, então não se sintam excessivamente pressionados. – Falou Frieda. – Partiremos em dois dias, em vista disso fiquem todos prontos até lá. Alguma dúvida?

Eles se entreolharam e depois olharam para ela.

– Excelente. – Disse a garota. – Agora é hora de preparar o café da manhã, é a minha vez de ajudar.

– Eu não me importo de ficar com essa função por tempo indeterminado, desde que sempre tenha alguém para me ajudar. – Johann se ofereceu.

Ninguém discordou, o rapaz era bom na cozinha, também sabia costurar muito bem.



❇❇❇



Os dois dias passaram voando, os amigos da família foram informados que os filhos de Heinrich deixariam a cidade, mas nem mesmo Emilia e Wilbur ficaram sabendo que eles pretendiam se juntar à Ordem dos Cavaleiros de Ismar. Entretanto, Emilia, Wilbur e Olga receberam uma missão, eles deveriam comunicar secretamente e com a máxima do cuidado se presenciarem qualquer atividade da seita no vilarejo após a partida de Frieda e os demais, Erna prometeu a eles que se isso acontecesse eles iriam retornar imediatamente para ajudá-los.

A bagagem já estava na carroça, os irmãos decidiram que o cavalo de Heinrich seria entregue a Wilbur, uma vez que ele cuidaria muito bem do animal e seria dispendioso simplesmente levá-lo. Frieda se encontrava sentada em seu lugar na mesa, o lugar de Heinrich seguia vago, as coisas ainda estavam estranhas devido a ausência dele. Ela tinha nas mãos uma carta que tinha chegado naquele dia, um falcão trouxe a carta presa em um leve suporte em suas costas. A própria Frieda percebeu a ave chegar e pousar perto da casa, então ela foi até ele e pegou aquilo que ele carregava, ela já imaginava quem teria enviado a ave, uma vez que reconheceu o animal de imediato.

A garota leu o que estava escrito no papel e quando seus irmãos entraram na casa, ela acenou com uma das mãos, ainda com os olhos fixos no conteúdo da carta, sinalizando que eles deviam se aproximar.

– O tio Benno é bem esperto, como esperado, e nos conhece tão bem... - Disse ela após terminar de ler o papel em suas mãos, nele estava o selo da guilda Stachel, ela passa para Erna em seguida. - Ele sabia exatamente o que faríamos.

Erna leu o que estava escrito para os demais.

Benno agiu rápido assim que soube que seu amigo tinha sido assassinado, ainda assim não foi rápido o suficiente para prevenir a decisão dos seus sobrinhos, uma decisão que deveria ser evitada. O líder da guilda Satchel pede que os sobrinhos tenham calma e não hajam pela dor ou pela raiva, diz em sua carta que lamenta o ocorrido e presta condolências, anunciando inclusive que faria uma visita em breve, em seguida exorta os sobrinhos a ficarem bem longe da Ordem, tenta convencê-los dos perigos por trás de fazer isso e fala que Heinrich provavelmente não desejaria que procedesse assim. Ele inclusive sugere que os jovens retornem para o ducado de Biene e diz a eles que a guilda Satchel sempre será o lar deles.

– Leona. – Chamou Frieda. – O falcão ainda está lá fora aguardando um retorno, por favor, escreva uma carta em resposta, deixe tio Benno saber sobre os nossos planos e intenções, não oculte nada dele, mas seja clara para que ele entenda que não há nada que possa nos deter agora. Ele é um homem inteligente, vai entender que já não pode nos convencer. Diga a ele que estamos partindo para a capital a fim de fazer o teste. – Ela a instruiu.

Leona redigiu a carta assim como lhe foi designado, não esquecendo que criptografar a carta usando o método da guilda Satchel para tal, então Frieda chamou o falcão e prendeu o objeto ao suporte, ordenando que ele voltasse a guilda a seguir, a ave prontamente alçou voo e sumiu de vista. Frieda foi até a porta e apanhou a Guan dao, a arma estava embrulhada em uma capa de tecido acinzentado e Frieda a carregava apoiada em um de seus ombros. A garota trancou a porta e guardou a chave em um dos bolsos da calça de Erna, depois se dirigiu ao seu fiel cavalo subindo nele em seguida. Eles levavam consigo pouca bagagem.

– Papai. – Frieda disse olhando para a cadeira na varanda. O vento soprava e agitava suavemente seus cabelos, seus olhos podiam vê-lo sentado ali. – Estamos indo agora, mas prometemos retornar e então viver juntos aqui outra vez. Não se sinta solitário em nossa ausência, pois o levaremos conosco em nossos corações e o seu amor seguirá atado ao nosso espírito.

– Amen! – Os demais disseram em uníssono.

– Vamos! – Disse Frieda.

A garota tomou a frente e o grupo iniciou a jornada até o lugar no qual aconteceria toda sorte de eventualidades, estariam eles preparados para o que estava por vir?  




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Voltei!? Passei um tempinho ociosa mais voltei, já aviso que a causa não foi bloqueio criativo, então nem se preoculpem com falta de contéudo, essa autora já sabe muito bem como essa obra terminará e o que fará para chegar lá. Então aguardem os próximos capitulos, ainda tem muita coisa para acontecer. Obrigada por ler mais um capítulo <3

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