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Capítulo XIX

Durante todo o percurso montanha acima, Erna olhava a todo instante para se certificar de que Frieda estava mesmo lá, Quanto a Felix caminhava atipicamente silencioso, o susto anterior foi capaz de abalar até mesmo sua alegria que parecia inabalável.

- Felix. - Chamou Frieda serenamente. - Cante uma música para mim, isso vai fazer essa subida parecer menor. - Pediu.

O menino se empertigou, pensou um pouco e fechou os olhos com firmeza na tentativa de afastar o sentimento ruim com o qual lidou mais cedo, ele logo relaxou e colocou um sorriso no rosto começando a cantar uma canção sobre escalar montanhas e cruzar rios. Aos poucos o clima pesado se esvaiu e eles até deixaram de lado algo de extrema importância, uma informação que eles haviam adquirido mais cedo, mas estavam cansados demais e aliviados demais por terem sobrevivido contra um Haidu para se lembrarem. No fim de tudo ainda eram crianças, mas eles logo se lembrariam vividamente da informação deixada de lado.

O atalho que cortava por fora do vilarejo foi bem efetivo, eles não demoraram a chegar até o templo, ao longe Frieda pôde ver que o lugar estava bem iluminado e para seu desprazer haviam vozes falando ao mesmo tempo e certa gritaria.

- Estão comemorando alguma coisa hoje? - Ela perguntou cansada.

Johann estancou no lugar, os outros três pararam e olharam para ele alheios.

- Por que diz isso? - Ele perguntou a Frieda, estava claramente assustado. A essa altura já sabia que Frieda tinha boa audição e visão, mas torcia para que ela estivesse enganada.

- Tem muita luz e barulho naquela direção. - Apontou Frieda. - Não é ali que fica o templo?

Johann não respondeu, estava consternado, perdido, ele olhava na direção para a qual Frieda apontou e começou a caminhar, logo a caminhada foi acelerando e então o menino já estava correndo morro acima, ele carregava as compras com zelo enquanto corria, seus sentimentos se chocavam e o ar mais rarefeito que não o afetava antes agora começava a afetar. O trio correu atrás do menino, o ar era rarefeito demais para seus pulmões, mas não podiam deixar Johann sozinho agora. Quando finalmente chegaram na entrada do pátio do templo Johann parou abruptamente, seu olhar vidrado não se desgrudava do cenário em sua frente. Ele se perguntava o porque aquilo estava acontecendo, foi quando se lembrou da informação deliberadamente deixada de lado, algo que conversaram durante a fuga no labirinto.

- Haviam dois Haidu, um de classe mais baixa e um que deveria ser ao menos Classe dois. - Lamuriou o menino.

- Johann... - Chamou Frieda olhando para o menino e então para o que havia em sua frente. Não havia o que dizer.

- Por que eu estava tão aliviado? Que direito eu tinha de estar tão aliviado? - Lamentou enquanto se perdia.

O responsável por tudo aquilo não se encontrava mais no local, se ele voltaria ou não era uma incógnita. Praticamente tudo estava atrasado, alguns lugares pegavam fogo, pessoas gritavam de dor física e emocional, alguns ainda estavam sendo retirados de debaixo de escombros, aquele era o pesadelo pessoal de Johann. Uma menina surgiu em meio ao caos, devia ter cerca de quatro anos de idade, parecia perdida, ela notou a chegada de Johann e correu em sua direção chorando. Estava toda suja de poeira, suor e sangue, mas o sangue parecia não ser dela. A menina se agarrou as pernas de Johann enquanto chorava copiosamente.

- Irmãozão. - Ela tentava falar, mas falhou.

Somente ao ouvir a voz da menina foi que Johann finalmente despertou de seu transe.

- Eileen? - Ele chamou pelo nome da menina. A pequena o aprontou com mais força. Ele colocou suas coisas no chão e atacou os curtos cabelos pretos da menina. - Onde estão os outros?

Sua voz soava doce e calma, ele ocultava totalmente a figura consternada de poucos minutos atrás, estava agindo como um irmão mais velho.

- Eles estão lá. - A pequena Eileen apontou para algum lugar em meio ao caos. - Irmãozão... - Ela tentava contar alguma coisa desde que chegou, mas acabava começando a chorar ainda mais sempre que começava a chorar.

- Estão todos bem? - Perguntou gentilmente.

A menina balançou a cabeça negativamente, Johann se agachou e a menina se agarrou em seu pescoço. A expressão dele vacilou um pouco agora que a menina não estava olhando para seu rosto.

- O Emil... - Ela se referia a outra criança. - Ele... - Disse ela hiperventilando. Quando percebeu que não ia conseguir explicar ela apenas se afastou e colocou as mãos no rosto indicando os olhos. - Ele machucou aqui.

- Me leve até lá. - Pediu Johann voltando a ficar de pé.

A pequena Eileen agarrou a mão do menino e o guiou por entre restos mortais, pessoas feridas e escombros, Johann sequer tinha tempo para lamentar por seus mortos agora. Em meio a toda aquela confusão, tinha um lugar improvisado, os feridos estavam sendo levados para lá após receberem os primeiros socorros nos locais onde eram encontrados, várias pessoas estavam deitadas ou sentadas no chão, alguns estavam estirados no chão com os rostos cobertos, homens e mulheres prestavam socorro, mas apenas um deles parecia estar usando heilig para isso. Em algum lugar dali havia um grupo de quatro crianças aglomeradas, dentre elas uma estava sentada encostada em uma coluna, ela estava com faixas enroladas na cabeça, já sujas pelo sangue que insistia em vazar sobre de seus olhos,e sua roupa estava coberta de sangue, segurava fortemente uma flauta nas mãos e gemia de dor, seus lábios tremiam como se segurasse o choro.

O menino ferido era claramente o Emil, irmão de consanguíneo de Eileen, ele tinha nove anos de idade, cabelos pretos e olhos castanhos claros assim como os da irmã mais nova, seu cabelo ia até o meio das costas e a parte da frente estava presa em duas tranças que se uniam atrás da cabeça.

- Emil. - Disse a menina chorosa. - Vai ficar tudo bem agora, o irmãozão está de volta. - Garantiu cheia de fé.

- Eileen, eu estou bem, então não chore. - O menino a consolou.

A menina se ajoelhou ao lado do irmão e se debruçou em cima das pernas dele, o menino retirou curiosamente uma das mão de sua flauta e começou a afagar a cabeça de sua irmã.

- Não dê tanto trabalho ao Johann, ele já faz demais pela gente. - Exortou o menino.

Os olhos dos demais se voltaram para Johann, ele estava de pé com a cabeça baixa e punhos serrados, lágrimas torrenciais escorriam por sua face, seu choro era contido, silencioso e amargo, não emitiu nenhum único som a fim de que Emil não fosse capaz de ouvi-lo. Ele estava cansado, estava exausto demais em fingir que era forte, em apenas algumas horas a família que ele conquistou estava ferida e arrasada, o mundo que bonito que ele finalmente encontrou estava desmoronando e ele não conseguia parar de ouvir a voz que berrava do fundo de seu ser um sonoro "É tudo culpa sua! Se você não existisse neste mundo, se você estivesse perto daqui, se não tivesse apenas aceitado a bondade dessas pessoas... nada disso teria acontecido. Você só atrai o mal, você é um amaldiçoado.".

- Me desculpe, Johann, ainda que eu fosse o mais velho não os protegi enquanto você não estava. - Disse uma das outras crianças.

- Não diga isso Yvo, eu devia ter sido mais cuidadoso. - Falou Emil em fraca voz.

- Não, você só me machucou porque eu atrasei a fuga de vocês. Me desculpa. - Lamentou Eileen ainda debruçada.

- Não diga isso, Eileen, eu podia ter te carregado. - Falou outro menino.

- Não seja tão duro consigo mesmo, Baldwin, eu vi a criatura primeiro, devia ter avisado mais rápida. - Culpou-se uma menina três anos mais velha que Eileen.

- Ninguém teve culpa, Hanne, nada disso teria acontecido se os Haidu não fossem tão malvados. - Argumentou Eileen.

Johann nem se deu conta de que tinha parado de chorar, ele olhava para as demais crianças atento ao que diziam, ele pode ver que nenhum deles o culpava pelo que aconteceu, ainda que em sua mente fosse o mais plausível. Ele estava grato, mas não podia abandonar a culpa, ele sabia que os Haidu eram atraídos pelas crianças santas, eles dificilmente teriam atacado o templo se seu cheiro não estivesse impregnado em todo o lugar, não havia outro jeito, após ajudar no que pudesse, pelo bem de todos, Johann estava decidido a partir.

Enquanto pensava em seu futuro próximo, o menino foi despertado quando Emil começou a desfalecer e as outras crianças se puseram a gritar e chorar em desespero enquanto chamavam pelo menino. Ele se aproximou, mas não havia nada que pudesse fazer além de chamar a usuária de heilig que estava curando os demais, ela veio praticamente se arrastando para junto das crianças, seu olhar era de exaustão a mulher em seus mais de cinquenta anos estava claramente no limite.

Ela se ajoelhou ao lado de Emil e analisou a situação dele.

- Ele precisa ser curado. - Disse ela. - Mas eu não consigo mais, eu já curei tantos e tantos outros morreram. - A mulher olhou para cima e tentou conter o choro. - Só há duas pessoas capazes de curar aqui e o outro foi para o vilarejo que também foi atacado, até ele chegar aqui será tarde demais e ainda que chegue ele também estaria exaurido. - Explicou. - Eu sinto muito, crianças. - Falou ela. - Eu realmente sinto muito. - A mulher chorava.

A esperança das crianças se esvaiu, olhos aterrorizados e expressões em negação, Emil estava morrendo e ninguém podia fazer nada.

- Irmãozão. - Chamou Eileen, sua voz estava por um fio e ela negava a realidade. - Você consegue fazer aquelas coisas legais, eu sei que você vai salvar o meu irmão. - Disse ela. - Você vai salvar o meu irmão, né? - Ela quebrava aos poucos.

Frieda conhecia bem aquele sentimento, ela já esteve no lugar de Eileen então não é de se admirar que ela tenha ficado com tanta raiva do comportamento de Erna.

- Ei, Erna? - Chamou Frieda. - Você sabe o que é "senso do dever"? - Perguntou friamente.

- Sei. - Erna respondeu com tranquilidade.

- Então o que diabos está fazendo? - Indagou.

- O caminho de volta pode ser bem perigoso, preciso preservar minha energia para manter você e o Felix em segurança até chegarmos em casa, caso algo aconteça. - Respondeu como se fosse óbvio, serenamente, e ofereceu um sorriso singelo para Frieda.

Felix olhava para Erna como se a visse pela primeira vez, ele ainda não tinha percebido esse lado dela.

- Erna. - Frieda respondeu com igual calma. - Enquanto o homem e a mulher que me trouxeram ao mundo empilhavam os cadáveres de meus irmãos em um carrinho, as pessoas passavam pela rua e assistiam a tudo em silêncio, quando meus pais me venderam essas pessoas assistiram silenciosamente enquanto o feitor desfilava pelas ruas com uma corda amarrada em meu pescoço, eles deviam pensar "não é problema meu", "não tem porque me envolver", " Isso só me daria mais trabalho", " Talvez alguém apareça e faça o trabalho de ajudar em meu lugar", " A vida é assim mesmo, ela só teve azar". Eles sempre foram assim, não importa o quanto gritamos e emplorassimos por ajuda, ninguém viria, ninguém nunca veio, até que nós desistimos de gritar. - Falou Frieda. - Eu me tornei vazia, pelo menos isso foi o que eu pensei, pois em algum lugar, bem lá no fundo, eu queria ter poder naquele momento, poder para reduzir a cinzas todas essas pessoas que fingem não ver, eu queimaria até não restar nenhum vestígio desses animais. - Expôs. - Escute Erna, eu te vejo como um ser humano e lhe protegeria dando o meu melhor, mas eu preciso saber de você... Vai querer que eu te veja como humano ou como animal? Corrija-se! Este mundo não é o culpado pela sua dor ou pela minha, não precisamos despresar todo mundo e nos tornarmos menos humanos. Escute Erna, eu só vou te dizer isso uma vez. - Falou Frieda com seriedade. - Cure o menino. Não entenda errado, estou fazendo isso por mim também, há alguém aqui que pretendo levar para casa.

- Lamento interromper, mas ele já está em quadro avançado, não há nada que se possa ser feito. - Disse a mulher tristemente. Ela claramente estava subestimando Erna por ela ser tão jovem, quem podia criticá-la por isso?

- Não, se for a Erna, ela consegue. Ela não é apenas talentosa. - Explicou Frieda. - Ela é alguém que se esforça, estudando dia e noite, treinando até na hora de descanso, eu tenho que me esforçar para não ser ultrapassada.

Erna fechou os olhos por breves segundos, aquela era a primeira vez que ela via Frieda demonstrar um sentimento tão intenso, mas ela não ficou feliz em ter tanta raiva direcionada a ela. A menina estava indo para um caminho tortuoso e obscuro sem sequer se dar conta disso, depois que seu pai morreu ela começou a perder a empatia aos poucos, caminhando rumo a um futuro no qual se tornaria apenas razão, mas que tipo de humano é aquele que é puramente razão? Ela caminhou até o menino desacordado, parando brevemente ao lado da irmã que a essa altura já se encontrava de costas para ela e voltada para Emil.

- Não fique com raiva de mim, Frieda. - Disse ela. - Eu não fiz por querer, além disso... foi você quem me disse para poupar energia. - Defendeu-se.

- Tá tudo bem, já passou, eu voltei a sentir nada outra vez. Me desculpe pelo jeito que falei. - Respondeu Frieda, sua falta de expressão se fazia presente outra vez.

Erna se colocou ao lado do menino e se concentrou, ela podia sentir que ele estava indo de mal a pior, precisava de um tratamento definitivo que não só barrasse o sangramento como também cicatrizasse por completo, ela precisava acabar com sua dor.

- Eu posso preservá-lhe a vida, mas não opero milagres, não tenho poder o suficiente para devolver a visão dele. - Apresentou o diagnóstico. - Talvez um dia eu alcance esse patamar e ele pode procurar ajuda em outras fontes ou aguardar até esse dia chegar se quiser. Está bom assim?

- Sim, apenas salve o meu irmão. - Implorou Eileen. - Por favor.

- Muito bem.

Erna estendeu os dois braços na frente do corpo, com o indicador esquerdo ela apontou para baixo e com o direito ela apontava para o céu.

- Nagi ni açuri, nagi ni emul, fuda nagi dur nano xu dur onan, ni nagi alzo brin xu alzo seran. - Erna começou a entoar a oração e na medida em que ela falava, as veias de suas mãos emitiram um brilho azulado. A mulher que assistia a tudo não podia acreditar no que a criança diante dela estava tentando fazer. - Imecula ni nagi av gongtobi irgo aven nano reu survo: - Prosseguiu ela. - Bajin endova uni mek seran! - Concluiu a oração. Em tradução ela disse: Água no céu, água na terra, existe água em mim e em ti, a água tudo lava e tudo cura. Invoco a água para devolver aquilo que me foi roubado: círculo espiritual das cem curas.

Um círculo dentro de outro círculo surgiu brilhando em azul acima o corpo do menino, entre um círculo e outro as palavras proferidas na oração iam sendo escritas em runas sagradas, do centro do círculo saiu uma serpente feita de um heilig azul e brilhante tão denso que qualquer um diria que era água, a serpente envolveu o menino e o apertou até que ele abrisse a boca, quando Emil finalmente abriu a boca, a cobra entrou no corpo dele por completo, runas azuis surgiram em seu corpo, mas logo desapareceram. Emil acordou tossindo, mas estava fisicamente bem, sua irmã apressadamente removeu as bandagens sobre seus olhos, mas eles estavam anuviados, ele estava cego. Uma cicatriz começava perto de sua orelha e ia até o outro lado passando por cima dos olhos, mas os olhos estavam intactos.

- Eu bem que tentei curar a visão. - Disse Erna. Ela estava exausta. - Mas eu ainda sou fraca demais, pelo menos ele vai viver. - A menina mal se aguentava em pé.

- "fraca"? - Indagou a mulher. - Em todos esses anos, eu nunca vi alguém com tão pouca idade entoar uma oração como essa.

- Ela é apenas uma oração de terceiro grau. - Respondeu Erna tentando caminhar para junto de Frieda.

- De fato, mas ela está em alta classificação dentro da categoria. - Rebateu a mulher. - Não é algo que qualquer um faria, você podia ter morrido. Por que fez algo tão perigoso? Se sabe uma oração desse nível então deve saber alguma de classificação mais baixa que poderia manter o menino vivo.

- Do que está falando, velhota? - Disse Erna. Estava exausta demais para manter a boa educação. - Não é óbvio? Por que eu usaria uma oração medíocre que apenas o daria tempo para ser socorrido por outra pessoa?

- Mas isso era o mais seguro para você. - Disse a mulher.

- Perguntarei de novo. - Disse Erna. - Não é óbvio? Frieda me disse para curar o menino e não para apenas salvá-lo. Infelizmente minha incapacidade me impediu de cumprir com aquilo que me foi ordenado. - Erna finalmente chegou até Frieda. Ela se deixou cair sobre a irmã e desmaiou de cansaço.

- Bom trabalho, Erna. - Disse Frieda afagando os cabelos da irmã desacordada.

- "Bom trabalho" você diz? - Trovejou uma voz atrás das meninas.

Frieda reconheceu a voz de imediato, ela se perguntava se estava tão cansado que não o ouviu chegar, Felix evitou olhar na direção do recém chegado a todo custo. O dono da voz estava muito zangado.




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Obrigada por ler mais um capítulo, não esqueça de votar e comentar. O que está achando da obra? Em breve eu colto com mais. Cheiro no cangote. 😘😘😘💜💜

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