Capítulo XIII
O que era três agora são quatro e os recursos são mínimos, Heinrich se encontra em uma situação difícil, o dinheiro que ele receberia do marquês seria suficiente para voltar pra casa e se sustentar por um tempo junto às meninas, mas agora ele não só teria que deixar de contar com esse dinheiro como também alimentaria uma nova boca, diante dessa situação o homem se vê obrigado a deixar a pousada e ir atrás de algum serviço que possa fazer para arrecadar os fundos necessários para manter sua família e voltar pra casa. Heinrich é um homem que viajou bastante em sua vida, principalmente depois que deixou a Ordem dos Cavaleiros Sagrados, e devido a isso ele conhecia várias pessoas e lugares o que incluía uma guilda na cidade de fulana que não ficava tão longe dali, apesar de pertencer às terras de outro aristocrata, ficava a cerca de dois dias de viagem. Nesta guilda o homem tinha alguns conhecidos, e conhecia um lugar no qual poderia ficar sob a promessa de pagar depois, tendo em mente seu novo destino, o Meister organizou as coisas na carruagem, ajudou as crianças a se prepararem para a viagem, pagou a dona do lugar onde estavam hospedados e partiram dali. Heinrich deixou para trás o gosto amargo de quase ter sido miseravelmente derrotado, mas levou consigo a crescente apreensão e ansiedade causada pelo temor, o temor que ele tinha pelo dia em que sua força poderia não ser suficiente para proteger sua família, ele, que outrora não temia nada por não ter nada a perder, agora sentia medo, seu espírito estava ansioso e ele sentia a urgência de treinar aquelas crianças para a peleja que é sobreviver naquele mundo hostil. Contudo, Heinrich não era o único a deixar algo para trás e levar algo pesado na bagagem, Felix olhava uma última vez na direção em que se encontrava a mansão do marquês, o lugar que por muito tempo foi todo o seu mundo, sua expressão era uma incógnita, o que estaria pensando aquela criança? Talvez deixasse para trás uma vida de abusos e sorrisos forçados, um lugar no qual adquiriu profundas cicatrizes, mas levaria em sua bagagem as consequências de uma vida miserável, o medo de confiar em outras pessoas, o hábito de tentar parecer feliz o tempo todo, ainda que o motivo agora fosse o de não preocupar as pessoas com as quais ele se importava, o estigma que vem com sua beleza delicada e traços tão femininos, uma aparência que não só lhe renderia mal-entendidos, mas também garantiria que fosse julgado e subestimado. Por quanto tempo seu sorriso belo mascararia um coração triste? Quanto tempo levaria para que ele se apropriasse desse sorriso e o tornasse real?
As crianças se acomodaram na carruagem, afinal era assim que Erna decidiu chamar o que claramente era uma carroça, segundo ela, as carruagens eram assim chamadas por carregarem algo que a sociedade considerava precioso e ela considerava o conteúdo daquela carroça a coisa mais preciosa do mundo, nada mais justo que chamar de carruagem, Henrich não se opôs e até passou a chamar assim também. Heinrich prontamente atiçou os cavalos e iniciou a nova jornada, Erna e Frieda não perderam tempo, Felix precisava aprender rapidamente tudo sobre o seu poder, era louvável que ele tivesse aprendido a manter sob controle sozinho, mas ele estava fazendo isso da forma errada. Felix mantinha sua energia contida através de repressão, ele reprimia o poder por medo de sair do controle e isso era prejudicial ao seu corpo e ao seu núcleo, além do conhecimento teórico adquirido através dos livros, o menino também treinaria para fortalecer seu núcleo junto a suas novas irmãs quando dentro da carruagem e treinaria seu corpo bem como praticaria o entoamento de orações relacionadas ao elemento de seu heilig.
A família dormia dentro da mata, evitavam passar a noite na margem de estradas para contornar possíveis ataques de bandidos, longe das cidades as chances de ser surpreendido por um Haidu diminuiam consideravelmente, apesar de não ser seguro baixar a guarda, Heinrich estava sempre alerta. Já haviam se passado seis dias de viagem e eles alcançaram algum ponto no meio do caminho entre o marquesado e seu destino final, nesse lugar existe um vilarejo pequeno e Heinrich via a necessidade de parar ali para comprar roupas para Felix e alguns suprimentos, visto que deixaram o marquesado com pressa. Contudo, o Meister sabia sobre a má reputação do vilarejo, ele queria ficar ali o menor tempo possível, não era incomum que visitantes e viajantes misteriosamente desaparecessem , lugares como aquele lhe faziam relembrar que os Haidu não eram as únicas criaturas cruéis que existem. Ele escondeu a carruagem em algum lugar na mata antes de chegar nas intermediações do vilarejo, pegou as crianças que são seus únicos bens mais preciosos e seguiu a pé para dentro do vilarejo.
Ah...!? Os humanos! Criaturas tão interessantes, tão cheias de vida e dotadas de sublime inteligência, é inacreditável como podem ser tão criativos quando o assunto é sobrevivência, eles simplesmente inventam coisas grandiosas a partir de uma simples ideia ou desejo. São belos poços de emoções e outras coisas abstratas: amor, compaixão, empatia, sim... essas coisas não se perderam nem na desesperança daqueles tempos, mas... os humanos não são apenas flores, a verdade é que a natureza humana pode ser bem cruel e talvez os considerados "pessoas boas" apenas sejam aqueles que conseguiram lutar bravamente contra sua própria natureza. Tempos críticos revelam o pior lado da humanidade, ou será que apenas trazem a tona sua real natureza? De todo modo, são capazes de qualquer coisa no que diz respeito à satisfação própria, não há surpresa quando alguém que tem muito rouba de quem tem pouco e quem tem pouco tira tudo de quem não tem nada. E se não podem tirar de você seus bens materiais, levam sua liberdade ou sua vida. Aquele lugar era um bom exemplo disso.
A primeira vista parecia um vilarejo comum, não era grande, talvez com uns cem habitantes. Heinrich optou por não se estabelecer ali, não tinha intensão de encontrar algum lugar para passar a noite e retardar a chegada em seu destino original, entraria apenas para comprar algumas coisas, voltaria para a carruagem e partiria dali o mais rápido possível, a última coisa que queria é que descobrissem que levava consigo não uma, mas três crianças santas. Ainda que ele fosse um Meister, a inteligência humana pode ser bem assustadora, mesmo antes do surgimento de pessoas com poderes sobrenaturais os humanos conseguiram sobreviver por bastante tempo aos Haidu, o poder apenas elevou uma espécie que já era perigosa a outro patamar.
As casas eram simples, feitas de tábuas ou barro, pequenas e com telhado de palha, não haviam nobres ou grandes comerciantes vivendo ali, havia uma estrada larga que atravessava o vilarejo de ponta a ponta e vários caminhos estreitos, becos e vielas espalhados pelo lugar, contava com uma taverna, uma única hospedaria e um mercado composto por barracas armadas na porta das casas dos próprios residentes. Todo tipo de coisas eram vendidas ali, literalmente todo tipo de coisa, aquele não era só um lugar frequentado por seus moradores, mercadores corajosos se aventuravam ali para conseguir itens ilegais, a venda de tais itens era o principal sustento daquele lugar pequeno. A população dividia o ambiente com uma grande quantidade de ratos, aquele vilarejo fedia, o que realçava a podridão que era aquel lugar.
Nas barracas tinham de tudo, os produtos estavam limpos e conservados apesar de tudo, o itens variavam desde roupas, alimentos básicos e algumas armas ou serviços de repararo à armas, até ervas proibidas, drogas, medicamentos ilícitos, tráfico de animais raros e pessoas. Haviam ali pessoas que não moravam no vilarejo, mas usavam aquelas pessoas para sustentar seu negócio lucrativo, mãos invisíveis que "empregavam" a população, ninguém ali reclamava desde que tivessem o que comer e o que vestir no fim do dia.
Heinrich mantinha as crianças sempre bem perto dele, um momento de distração era suficiente para que o pior viesse a acontecer, eles já tinham avançado bastante para dentro do mercado, pessoas transitavam para todo lado, a maior parte viajantes e mercadores, as roupas e demais coisas finalmente foram compradas e era chegada a hora de ir embora daquele lugar fedorento.
- Já pegamos tudo? - Perguntou Heinrich impaciente.
- Sim. - Respondeu Erna após pensar um pouco.
- Então vamos embora daqui. - Anunciou ele um tanto aliviado.
- Vamos logo, esse lugar fede. - Disse o garoto sorridente.
- Sigam-me e fiquem sempre juntos. - Falou Heinrich, ele começou a voltar pelo caminho em que vieram.
As crianças o seguiam, Erna caminhava a sua esquerda, Felix a sua direita, mas um pouco atrás e ainda mais para o fundo vinha a apática Frieda. A menina trazia no rosto a expressão de sempre e a primeira vista parecia alheia a tudo, o quarteto caminhava para fora dali com pressa, Heinrich já havia adaptado seus paços para que as crianças pudessem acompanhar sem dificuldades e se habituou a isso. Todos seguiam o mesmo plano, sair daquele lugar, até que subitamente Frieda parou e olhou para sua direita, parecia procurar alguma coisa, Heinrich não percebeu de imediato, se afastou da menina plantada no meio da rua por bons quinze metros, mas seu recem adquirido instinto paterno não tardou a notar a ausência da menina. Heinrich começou a procurar por Frieda, seus olhos a encotraram no instante em que ela finalmente abandonou a inércia e começou a correr na direção para a qual olhava, o Meister rapidamente intruiu as demais crianças a segui-lo e se dirigiu apressadamente para o lugar para o qual a menina havia corrido.
- Frieda!? - Chamava ele. Sem sucesso, pois Frieda estava tão focada no que fazia que já não o ouvia.
O trio corria atrás da menina, chamando-a, para onde ia Frieda? Logo descobririam, pois ela parou tão repentinamente quanto começara a correr. Eles finalmente alcançaram-na.
- Frieda, você não pode correr por aí assim. - Falou Heinrich. - O que vou fazer se levarem você pra um lugar que eu não possa ir ou que não saiba onde é? Pensei que tinha entendido que é perigoso e...
O Meister parou ao perceber que ela não prestava atenção no que ele dizia.
- Ei!? Não está me ouvindo? - Tentava sem sucesso chamar a atenção da menina.
Ele olhou para as outras crianças e finalmente notou que elas olhavam para um único ponto, o mesmo lugar para o qual Frieda olhava, de canto de olho Erna prendeu sua atenção em sua irmã, ela sempre ficava alerta toda vez que surgia algo que ameaçasse a sanidade de Frieda. Heinrich finalmente voltou sua atenção para o ponto em comum e logo percebeu o motivo de tanto alarde.
Aquela era a barraca de um traficante de humanos, tinha um poste com correntes e duas grandes gaiolas, e dentro de uma delas havia uma cena familiar, uma memória comum a Frieda e Heinrich.
Frieda voltou a agir, deu alguns passos à frente até chegar bem perto da gaiola em questão e parou. Seu olhar estava vidrado na imagem diante dela, não havia mais nada ali além dela e aquela gaiola.
- Que olhares são esses? - Indagou Frieda. Ela estava curiosa.
As duas pessoas dentro da gaiola, ergueram seus rostos e olharam para a menina confusos, corpos tão magros e sujos, vestindo trapos, sentadas no chão agarrados um ao outro como dois filhotinhos de gato de rua enrodilhados para se proteger do frio. Ainda assim estavam em melhores condições que a de Frieda quando Heinrich a encontrou. Apesar de terem olhares sombrios, não tinham os olhares de alguém que já desistiu de tudo, o olhar que ela tinha quando Heinrich a encontrou, o olhar que ela se esforçava para mudar em si mesma.
- Como ainda não desistiram mesmo depois de chegar nessa situação? - Insistiu Frieda.
As crianças não responderam, se colocaram de pé com dificuldade, uma ajudando a outra, caminharam lentamente para perto da grade, seus olhares não se desprenderam do de Frieda.
- Ainda queremos viver. - Responderam em uníssono.
- O mundo é tão injusto. - Disse a menina.
- Estamos com tanta fome e tudo dói. - Falou o menino.
- Mas ele ainda vive. - Argumentou a primeira criança.
- Enquanto ela viver eu devo viver também. - Completou a outra criança. - Para que nenhum de nós fique sozinho.
Frieda olhou atentamente para o casal de irmãos na sua frente, evidentemente eram gêmeos. Eram mulatos, sua pele escura denunciava que ao menos um de seus pais era negro, seus olhos eram na cor verde acinzentada, seus cabelos iam até o meio das costas e eram um pouco ondulados, a cor dos cabelos era preta e brilhante como penas de corvos, com duas mechas platinadas na região próxima às orelhas, tinham correntes presas ao pescoço e aos pulsos. Ambos tinham a altura de Erna, estavam magros, mas a julgar pela aparência ainda recebiam certa quantidade de comida, o que significa que detinham algum valor, saber o que os atribuía valor não era difícil.
Heinrich sentiu os acontecimentos posteriores chegando antes mesmo que Frieda se manifestasse, ele conhecia bem a filha que tinha e diante de uma situação como aquela o homem já podia até dizer ele mesmo as palavras que saíram dos lábios de Frieda.
- Papai. - Chamou Frieda.
Heinrich já estava pensando no que faria sobre aquelas crianças, levá-las com ele poderia colocar em xeque a segurança das demais, seria difícil proteger um grupo grande, fora o aumento de custos, alimentar tantas bocas seria um trabalho e tanto, isso sem sequer considerar o valor que cobrariam pela liberdade de crianças que já sabiam serem despertas. Que dor de cabeça, mas ele poderia simplesmente dizer não? Conseguiria dar as costas e ir embora depois de olhar nos olhos de criaturas tão pequenas?
- Sim... - Respondeu ele.
- Eu os quero. - Disse ela com o olhar vidrado nas crianças enjauladas.
- Eu já imaginava.
- O que fazem na minha barraca? - Disse uma voz feminina atrás deles. A voz dela era grave.
Os gêmeos prontamente se afastaram da grade e voltaram para o lugar onde estavam sentados, estavam apreensivo, temerosos, Frieda olhou para a mulher e a analisou, não precisou de muito para notar o chicote que ela trazia em suas mãos, não precisava ser um gênio para saber pra que ela usava o chicote. Não era raro que crianças santas fossem tratadas como se não fossem humanas, não é porque literalmente se sacrificavam para proteger os sem poder que não seriam tratados com discriminação e preconceito.
- Vejo que há muitas crianças com você, por acaso é um colecionador? - Perguntou a Heinrich.
- Quanto quer pelas crianças? - As palavras deixaram os lábios de Heinrich como se fosse arame farpado. Sentia asco toda vez que tinha que agir desta forma, mas o que poderia fazer se esse mundo só entende a linguagem do dinheiro?
- Fecho por quatro moedas de ouro só porque fui com sua cara. - Disse a mulher passando por ele. As crianças se encolheram quando ela se aproximou da gaiola. - São recém despertas, mas ainda são despertas, não posso fazer por menos.
Heinrich teria quatro moedas de ouro se aquele encontro tivesse ocorrido no momento em que entraram no vilarejo, aquela era a quantia exata que havia lhe restado naquela viagem. Ainda que ele tivesse as quatro moedas, gastar todas elas só os colocaria em uma situação muito pior que a atual, passariam muito mais tempo que o esperado trabalhando na guilda, isso considerando que chegariam lá sem os mantimentos necessários a viagem.
- Frieda, nós não... - Ele precisava ser realista, precisava dizer a ela que não poderiam salvar aqueles, mas sua voz simplesmente não saía naquele momento, o olhar intenso que a menina direcionava a gaiola o sufocava.
- Eu não preciso de roupas novas, podemos devolver. - Disse Felix, um grande sorriso enfeitava seu rosto.
- Felix, é um belo gesto, mas isso não resolve.
- Também não precisamos desses itens. - Disse Erna apontando pra sacola, mais uma vez ela agia unicamente em proteção a mente de sua irmã. - Podemos caçar nossa própria comida, será bom para aprimorar nosso treinamento.
Heinrich pensou um pouco, ele sabia o que as crianças estavam fazendo, Felix só queria que Frieda ficasse feliz e Erna era terrivelmente superprotetora quando o assunto era a irmã, ela sempre tratava de achar um motivo ou apoio racional para que Frieda tivesse aquilo que deseja. Heinrich ficava um pouco preocupado com esse hábito que Erna adquiriu, não é saudável priorizar tanto outra pessoa acima de suas próprias vontades, mas ele não conseguia corrigir isso não importa o quanto tentasse. O homem suspirou cansado.
- Espere alguns minutos, já volto com o seu dinheiro. - Disse ele antes de sair. O Homem não via opção além de ceder, também não era como se ele não desejasse resgatar aquelas crianças.
Heinrich teve que carregar Frieda nos braços, a menina se recusava a sair de perto da gaiola. Eles voltaram em cada barraca e devolveram as coisas que haviam comprado, depois foram até a traficante, Heinrich assinou os documentos de posse e entregou o dinheiro.
A Traficante destrancou a jaula e caminhou até as duas crianças, elas se encolheram ainda mais, ela soltou as correntes com abrindo-as.
- Vejam que sorte, finalmente poderão ir embora. - Tripudiou a mulher, parecia certa de que o destino das crianças seria ainda mais sombrio do que na posse dela.
As duas crianças pareciam não acreditar que poderiam sair daquela gaiola imunda, sentiam que haveria alguma pegadinha cruel e hesitaram, mas ao voltarem seus olhares para fora viram uma imagem que lhes deu algum alívio. Frieda havia estendido as mãos na frente do corpo, oferecendo-as para que os gêmeos as segurassem.
- Aqui!? - Ofereceu Frieda. - Venham! Vamos embora juntos. - Disse ela suavemente.
Em um instante os olhos sombrios e cansados daqueles gêmeos se iluminaram, eles puderam ver dois fios de luz se projetando das mãos de Frieda, o fio flutuou até eles e se enroscou no pulso esquerdo de cada um, a dupla sentiu uma atração semelhante aos polos opostos de um imã, quando eles recobraram o juízo já estavam fora da gaiola e seguravam firmemente as mãos de Frieda. Eles ficaram levemente confusos, como tinham chegado ali? Mas isso realmente importava? A luz da esperança estava ali diante deles, havia algo errado em estender a mão e agarrar? Havia algo errado em querer ser feliz também?
- Vamos embora. - Disse ela guiando cuidadosamente os dois irmãos para fora dali.
Erna seguiu Frieda e Felix fez o mesmo logo em seguida, deixando para trás Heinrich que olhava a cena com ternura e certa medida de curiosidade, se perguntava como Frieda fazia aquilo? A traficante saiu da gaiola e foi para perto da sua mesa.
- Não os coleciono. - Disse Heinrich ainda olhando na direção para qual iam as crianças.
- An!? - A mulher ficou confusa. Ela se voltou para Heinrich.
- Eu não os coleciono. - Repetiu ele. - Eles são meus preciosos filhos. - Esclareceu.
- Bem... que seja! Não me interessa os detalhes desde que me paguem. - Respondeu a mulher.
Heinrich seguiu na direção das crianças em longas passadas, levava nas mãos os papéis, à medida que avançava notou algo curioso nos documentos, faltava algo, algo que dizia muito sobre o passado dos gêmeos, um problema que precisava ser corrigido para que aquelas crianças pudessem seguir em frente.
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Obrigada por ler mais um capítulo, não esqueça de votar e comentar. Logo mais eu volto com mais um capítulo dessa história. 💜💜💜💜💜💜
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