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Capítulo V

Heinrich voltou a correr para o sul, se escondendo nas sombras, evitando o que restou da multidão ao máximo, para ele não era estranho a repentina e até consideravelmente rápida  aparição dos Cavaleiros Sagrados, ele sabia que cada cidade importante possui um posto de segurança no centro dela e Ragen ficava perto de uma, isso serve justamente para que os Cavaleiros cheguem o mais rápido possível quando surge um Haidu. Em sua fuga, vez por outra, Heinrich via cavaleiros da Ordem indo de um lado para o outro exterminando Haidu e transformados, aqueles quadrúpedes em específico não eram da classe mais forte, eles eram classe cinco, o bípede seria aquele que daria mais trabalho visto que ele era classe dois e combatê-lo sozinho seria difícil até para dois cavaleiro de primeiro grau, felizmente os cavaleiros vieram em grande grupo.

Quando finalmente alcançou a saída sul da cidade, tanto Heinrich quanto Frieda estavam encharcados devido a chuva, o homem roubou um dos cavalos que por estar preso pelo cabestro não foi capaz de fugir, ele acalmou o animal que estava consideravelmente agitado, colocou a menina de pé no chão e foi procurar uma cela, voltou com o objeto em mãos e celou o cavalo, pôs a menina montada na cela, ajeitou sua bolsa em volta dos ombros e subiu no cavalo atrás dela, protegendo-a com os braços para que ela não viesse a cair. Eles deixaram a cidade de Rengen naquela turbulenta manhã, mais tarde enviaria o dinheiro que devia a taberneira e ela o receberia caso houvesse sobrevivido.

Heinrich estava levando Frieda para o marquesado de Magnolie, um lugar conhecido pelos verdes prados que se encontram no alto das serras, pela criação de cabras e ovelhas, pela produção de lã e pela venda de leite de caprinos. Também conhecida pelos campos de magnólia e possuindo variedades dessa planta, as cidades em Magnolie são regidas por prefeitos, todos parentes da casa Magnolie e isso desde a sua fundação, os prefeitos respondem ao marquês. No geral, todos os lugares, sejam ducados, condados, marquesados ou baronia,  são governados por um lideres de seus respectivos dominios (duques, maqueses, condes e barões) e eles sempre nascem na família da qual se origina o nome do lugar, entretanto, apesar do poder dessas famílias ser muito grande, no fim, todos respondem ao rei e soberano do Reino de Weinrose.

Apesar de não estar chovendo nem nevando, o marquesado estava frio como sempre, geralmente o clima se mantinha em temperaturas entre doze e dezoito graus, por se tratar de um lugar localizado em elevada altitude. Após um dia e meio cavalgando, parando apenas para se alimentar e deixar o cavalo descansar um pouco, a dupla finalmente chegou a cidadela rural chamada de Gesteck, local onde Heinrich estava morando.

As pessoas que ali moravam não sabiam muito sobre Heinrich nem sobre seu poder, mas gostavam dele graças a suas habilidades interpessoais e por ser alguém acessível, sempre disposto a ajudar. Todos o saudaram quando ele passou pelas ruas em trote lento, pelas costas do prefeito da cidade-estado a qual Gesteck pertencia, o povo daquela cidadela dizia que tinham um prefeito melhor, afinal Heinrich estava gerindo aquele lugar desde que abandonou a Ordem dos Cavaleiros. Graças a sua excelente administração aquele lugar se tornou próspero, produzindo em sua capacidade máxima, sustentando-se mesmo no inverno, ninguém mais morria de fome ou de frio, todos ali tinham seus empregos, não haviam moradores de rua, era dito que se você precisava de ajuda Heinrich era o homem que poderia socorrê-lo. A cidadela crescia cada vez mais, havia escola para alfabetizar as crianças e médico para socorrer os doentes, Heinrich ajudava aqueles que não podiam pagar com o dinheiro de seus trabalhos suspeitos, ninguém da cidadela se importava de onde vinha o dinheiro e até cortavam pela raiz qualquer boato que surgisse envolvendo o governante que o povo escolheu, mas o homem não compactuava com nada daquilo, ele não gosta de ser o centro das atenções. Naquela cidadela ele estava seguro. 

Apesar de ainda ser considerado uma cidadela, o lugar era consideravelmente grande, tendo um pouco mais de 1.305 km² e cerca de quarenta mil habitantes, do tamanho de cidade pequena, a maior parte do território era composto por pastos, florestas e campos agrícolas. Apesar de ser relativamente populoso, a cidadela não contava com um posto dos Cavaleiros Sagrados, o posto ficava a cerca de três horas de viagem a cavalo, animais esses que eram criados já no intuito de ser usado para corridas longas, ou uma hora e meia se um usuário habilidoso de heilig de atributo ar fosse voando.

As casas na cidadela eram simples, feitas de taipa com revestimento, algumas eram parcialmente feitas com pedras, os telhados eram de palha, umas eram maiores e outras menores, mas os formatos eram semelhantes, todas contavam com uma cozinha externa, visto que os principais combustíveis usados no fogo são o carvão e a lenha. Galpões de armazenamento coletivo ficavam no centro do vilarejo, ali eram guardados principalmente os tributos que seriam entregue prefeito e então iriam para as mãos do marquês e ele ficaria a cargo de repassar ao rei, os galpões estavam dispostos em semicírculo em volta da praça central, entre os galpões haviam lojas de roupas, calçados, mercearias, barbeiro, boticários, assistência para concertar itens, tabernas, uma loja de penhores, dentre outras coisas. 

A praça possui o formato circular e fica centralizada, ao redor dela, estradas a separava das edificações, ela possui cerca de mil e quinhentos metros quadrados, várias árvores de magnólia com até três metros de altura enfeitavam o lugar, elas ficavam dispostas próximas às margens do jardim. No centro uma estátua de dois metros e meio da deusa Ismar evidenciava a fé daquele povo, a deusa estava representada com um vestido sem mangas e decote em "v", seu par de chifres são semelhantes a galhada de um veado-galheiro, apesar de ter traços finos e delicados não deixava de ser imponente, estava descalça e usava uma tornozeleira com textura de corrente e flores, seus cabelos estavam semi-presos em um coque com um par de grampos de jade, em sua mão esquerda empunhava uma lança com detalhes ondulados no cabo, seu braço direito estava estendido na frente do corpo, ela apontava para o sul com o indicador e para o leste com o polegar, é dito que se alguém está perdido deve ir ou para o sul ou para o leste, pois Ismar sempre o guiará de volta para casa. A estátua é feita em mármore negro e se encontra sobre um pedestal de um metro de altura, magnólias do tipo arbustro cercavam a imagem da deusa. Na área em que se encontravam as árvores o chão era coberto por um belo e bem cuidado gramado, a área destinada ao tráfego de pessoas era protegido por cascalho, desta forma não se formavam poças de lama, as estradas destinadas ao trânsito de pessoas dentro da praça tinham dois metros de largura e faziam uma cruz grega, na qual a estátua estava no centro dela, desta forma havia acesso a rua em todos os lados, em volta da estátua a estradinha para trânsito de pedestres é circular. 

 Heinrich cavalgou rumo a sua casa que ficava ao norte da cidadela, tanto ela quanto suas terras ficavam afastadas das demais, ele não morava no centro.  Ao passar pela praça central, o homem saudou a estátua de Ismar, desceu do cavalo e entrou em uma das lojas de roupa e alfaiataria, depois entrou numa das sapatarias, a seguir foi até a perfumaria, então ao boticário e por fim foi até uma das mercearias visto que não tinha tempo para ir ao grande mercado. As pessoas estavam curiosas sobre os itens que ele comprou, algumas até saíram para a rua a fim de bisbilhotar para quem era muitos daqueles itens, espantaram-se ao ver a apática menina imóvel sobre o cavalo, desde quando Heinrich possuía filhos? A maioria se questionava, mas evitaram perguntas indiscretas e cada um voltou a cuidar da sua própria vida, um costume das pessoas daquela cidadela, até porque estavam convictos de que se a garotinha estava sob os cuidados de seu governador ela não poderia estar em melhores mãos, do contrário alguém sempre estaria disposto a meter a colher.

 Heinrich retornou ao seu cavalo cumprimentando por nome todos que cruzavam seu caminho, para seu prazer e desprazer contava com boa memória, ele estava com a sua bolsa cheia e carregava algumas sacolas, subiu no cavalo e retomou sua viagem. Levou cerca de vinte minutos até finalmente chegar em casa, uma mureta de madeira fazia separação entre a estrada e a área de vinte metros na frente de sua casa.

 A casa não era glamorosa, era como a casa de qualquer outro habitante da cidadela de Gesteck, ela está voltada para leste e é feita de taipa com revestimento e telhado de palha, uma escadinha de madeira com três degraus dá acesso à pequena varanda. A porta de entrada é feita de madeira, dentro o lugar conta com uma sala, uma cozinha interna, dois quartos e um lugar para tomar banho e cuidar da higiene pessoal, no final da parede norte há uma porta de madeira semelhante a da porta de entrada, ela dá acesso a cozinha externa. 

O homem colocou a menina no chão no meio da sala e voltou para perto do cavalo a fim de recolher as coisas que tinha deixado no chão, apanhou as compras e as colocou na varanda, voltou ao cavalo e removeu a cela, levando-a até uma casinha onde ele guardava as ferramentas agrícolas e outras coisas, a casinha ficava a direita da casa. Heinrich voltou para junto do cavalo, pegou a guia e o conduziu até uma área com pastagem que ficava no atrás da casa, retornou para a varanda e apanhou o que tinha colocado no chão, ao entrar percebeu que a menina estava no mesmo lugar em que a tinha colocado como sempre, passou por ela indo até a cozinha interna, começou a guardar os alimentos que tinha comprado sob o olhar distante e vazio de Frieda, as vezes ele parava e olhava para ela inquieto ainda segurando algo nas mãos, mas logo voltava ao que estava fazendo. Quando terminou de guardar as coisas, foi até a menina e pegou em sua pequena mão, caminhou em direção ao quarto que ele não usava, para sua surpresa a garotinha não resistiu, foi quando ele descobriu que ela sabia andar, apesar de fazê-lo vagarosamente . 

O quarto contava com uma cama de solteiro feita de madeira, o colchão era de linho e preenchido com algodão prensado, estava descoberto e empoeirado, na verdade tudo naquele quarto estava empoeirado já que não era um cômodo muito utilizado, também havia um grande baú aos pés da cama, um criado mudo à direita dela, uma cadeira perto da porta e uma arara com cabides no canto extremo-direito do quarto. Heinrich coçou a cabeça e suspirou cansado pois já sabia pra quem ia sobrar o trabalho de limpar o quarto. Ele soltou a mão da menina e foi até a cozinha pegar tudo que precisaria para limpar o lugar, inclusive foi até a cozinha externa pegar água no tanque de armazenamento, voltou para quarto com tudo que precisava dando quantas viagens fossem necessárias.

Heinrich amarrou um lenço na cabeça como costumava fazer antes de uma faxina, levou o colchão para fora e bateu nele várias vezes para remover a poeira, voltou para o quarto e começou a limpar, varreu o chão, usou uma flanela úmida para limpar os móveis e até travou uma batalha árdua contra um filhote desgarrado de camundongo escondido debaixo da cama, o pequeno roedor fugiu com afinco por sua vida, escalou as roupas de Frieda e repousou em seu ombro, o homem olhou sem saber o que fazer por um tempo, Frieda não desviou o olhar. 

- Tá bom! - Disse ele derrotado. - Mas é você quem vai cuidar dele e não quero saber de nenhum outro animal nessa casa. 

Ele voltou a limpar, seguia incomodado com a menina de pé olhando na sua direção, foi até ela e a pegou no colo com rodedor e tudo, levou ela até a cadeira e a colocou sentada, voltou ao trabalho. 

O homem terminou a limpeza e foi até Frieda, se agachou na frente dela colocando um dos joelhos no chão, levou a mão direita até o ombro dela e a olhou nos olhos. 

- Frieda... - Disse ele. - Você é livre agora. Não saberei o aconteceu com você a menos que me conte, não vou forçá-la a fazer isso e me conformo com o fato de que talvez você jamais me diga algo, mas você precisa saber que não está mais sozinha agora, essa casa não é grande nem glamorosa, porém é a sua casa agora. - Falou Heinrich. - Eu não sou uma boa pessoa, não me considero uma boa pessoa, mas pode confiar em mim mesmo assim. 

Ela não disse nada, seu olhar seguia fitando o vazio e sua expressão ainda estava inalterada. 

- Eu nem sei se você sabe falar... - Disse ele passando a mão esquerda pelo próprio rosto. - Vou fazer o melhor para te ensinar de tudo, é perigoso ser tão dependente de outra pessoa assim. - Ele aguardou para ver se obtinha alguma reação, mas ela não mudou. Ele suspirou. - Muito bem, vou fazer algo para a gente comer, estou cheio de fome. 

Ele se levantou e começou a caminhar até a porta. 

- Fome. - A palavra saiu baixa, mas Heinrich a ouviu bem. 

O homem parou e olhou para Frieda. 

- Está com fome? - Perguntou para ela eufórico.

Ela não respondeu, em vez disso instintivamente se encolheu.  Heinrich ficou surpreso com a reação, mas logo a surpresa deu lugar a raiva.

 - O que diabos fizeram com uma criança tão pequena? - Murmurou para si.

Ele olhou para Frieda sem saber ao certo o que fazer. 

- Frieda, tudo bem sentir fome. - Disse ele. - Tudo bem querer comer.

O homem viu a menina relaxar como se um enorme peso fosse retirado dos ombros dela, como se o temor por ter feito algo desrespeitoso a tivesse deixado. Ciente de que ela não responderia mais nada, Heinrich deixou o quarto e foi para cozinha fazer o jantar. 


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