Capítulo 9 - Como se nada tivesse acontecido
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
- Já deu a minha hora - Comentou Gustavo - Tenho algumas coisas pra fazer amanhã cedo - Se despediu de Daiane e eu e depois se foi.
Me levantei fui até o meu bar e fiz uma dose de whisky pra mim.
- Estranho isso, não? - Olhei para Daiane.
- O que?- Perguntei. Peguei mais um copo e coloquei em cima do balcão.
- Essa história do Gustavo , parecia que ele conhecia a garota - Coloquei whisky no copo.
- Acho que ele só foi chutando as coisas, não parecia que ele conhecia ela, naquele dia por exemplo que fomos nós três até a cafeteria, ele não cumprimentou ela nem nada, e eles não se olharam. E além do mais ele disse que não teria amizade com pessoas como ela.
- Ele fala tanta merda. Ludmilla, eu vou nessa - Tomou o líquido no copo em um gole só - Até amanhã porque estarei naquela empresa chata - Revirou os olhos e foi embora
- Harryyyy - Chamei o meu mordomo que logo apareceu.
- Chamou, Deusa?.
- Prepare o meu banho de banheira.
- Inglês ou francês - Perguntou se referindo ao vinho.
- Francês.
- Com licença - Se retirou
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
Estava em casa assistindo a Bob esponja, é o que eu mais gosto de fazer, foi quando ouvi batidas na porta, já se passava das 22:00. Fiquei receosa em abrir, esse bairro não é nada segurou, e já vi uma moça sendo assaltada ontem a noite.
- Brunna, abre a porta, sou eu Gustavo- Suspirei e me levantei, abri a porta - Demorou - Entrou e fechei a porta - O que é isso? - Apontou para a televisão - Você está assistindo desenho? Brunna!
- O que isso tem demais? Eu adoro Bob esponja - Olhei para a televisão e ri - Você não achou graça disso? O Bob é muito engraçado.
- Sabe o que você deveria fazer? Assistir a um porno, daqueles bem pesados, para ver se você aprende alguma coisa pra fazer com a Ludmilla.
- Não era você que disse que ela não queria mais nada comigo?
- Agora ela quer, e agora eu quero voltar com você - Se aproximou e colocou as mãos na minha cintura - Vamos voltar, me desculpa, eu fui um verdadeiro otário - Passou a mão no meu cabelo - Prometo que isso nunca mais irá se repetir.
- Está falando isso porque agora a Ludmilla mudou de ideia sobre mim.
- É claro que não, eu te amo, Brunna. Você sabe que eu amo você, e estava com você antes mesmo da Ludmilla, ou você se esqueceu disso?
- Não, eu não me esqueci - Gustavo e eu estamos namorando a muitos meses.
- Então, olha aqui pra mim - O olhei - Eu te amo - Selou nossos lábios - Vem cá, vamos unir o nosso amor - Me beijou e foi andando até a cama comigo - Vou provar que te amo - Disse enquanto beijava meu pescoço.
Fechei os olhos e previ o dia seguinte, ele não estará ao meu lado. E foi dito e feito, no dia seguinte abri meus olhos e não vi ninguém, me levantei e fui direto para o banheiro, fiz a minha higiene matinal, tomei um longo banho. Sai do banheiro e me troquei. Preparei ovos com bacon e café, me sentei na mesa e enquanto comia me lembrava da loucura que aconteceu ontem e de como o beijo da Ludmilla foi bom. Aquele beijo me fez sentir borboletas no estômago, mas talvez seja porque tinha uma arma apontada para nós duas, o beijo foi normal, não sei porque estou pensando tanto nele.
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
Sai do meu quarto já arrumada para ir trabalhar, estava usando um terno preto com uma blusa social branca, meu cabelo estava molhado penteado para trás.
- Bom dia, Deusa - Harry estava de pé ao lado da mesa.
- Bom dia, Harry - Afastou a cadeira e me sentei
- Senhor Oliveira ligou.
- A é? - Peguei o gardanapo de tecido o colocando em cima das minhas pernas - O que ele queria - Harry me serviu café - Esqueceu o recado outra vez, Harry?
- Sorry, Deusa. Você sabe que a minha memória não é boa - Deixou a jarra de café em cima da mesa - Mas anotei - Correu para pegar o recado, tomei um gole do café, ele pegou o pequeno bloco de notas - Chegarei as 10 - Deixei a xícara em cima da mesa e limpei minha boca.
- Você precisou anotar isso? - Perguntei com uma sombrancelha arqueada.
- Foi muitas palavras, você sabe quantas palavras tem essa frase - Voltou para a mesa.
- Teve mais alguma ligação, ou só o meu pai?
- Stella - Pegou a torrada colocou em cima do meu prato
- O que ela disse? - Colocou ovos na minha torrada e peito de Peru.
- Não lembro - Mordi um pedaço da torrada e revirei meus olhos.
- Harry - Terminei de mastigar - Você precisa prestar mais atenção, eu já te falei isso - Tomei um gole do meu café enquanto olhava pra ele - Você sabe o que ela disse.
- Eu não sei.
- Harry, eu te conheço a muito tempo, você trabalha pra mim desde quando eu me mudei pra cá. O que ela disse? - Me estiquei para pegar meu queijo de cabra.
- Deusa, eu apenas não lembro - Me serviu com mais café.
- Você não me engana - Terminei de comer minha torrada - Fale - Tomei o meu café enquanto olhava para ele.
- Nada demais, só perguntou se você estava acordada, eu disse que não estava então ela desligou na minha cara.
- Por que não disse isso antes? Já que você se lembrava do que ela disse - Harry digamos que não simpatiza muito com a Stella.
- Por que ela é uma chata - Apenas ri e comi um pedaço do queijo - Você merece coisa melhor.
- Nós não temos nada concreto - Saio com Stella a alguns meses, nós não temos nada conclusivo, o beijo dela é bom, a companhia dela é boa e o sexo é maravilhoso. Quero apenas isso com ela não quero me prender.
- Ela acha que tem. Ela acha que você é propiedade dela, que estão noivas e felizes para sempre - Ri nasal mente.
- Tenho que ir - Terminei de tomar o meu café limpei a boca e me levantei - Anote todas as ligações - Fui até o sofá e peguei minha maleta, abri para ver se estava tudo certo.
- Se a Stella ligar posso mandar ela para o inferno? - Gargalhei e fechei a mala.
- Aí ai, Harry. Só você para me fazer rir a essa hora.
- Você vai passar na cafeteria?
- Eu sempre passo, se eu não passar é porque eu morri - Ele abriu a porta - E não mande a Stella ir para o inferno.
- Tenha um bom dia, Deusa.
- Pra você também - Sai do meu apartamento e chamei o elevador.
Entrei na cabine de metal e apertei o botão para o terrio, me olhei no espelho e arrumei o meu cabelo deixando ele atrás da orelha. As portas se abriram sai e caminhei até a rua.
- Bom dia, Senhora Oliveira. - Disse o porteiro
- Bom dia, Jon. Minha mãe talvez venha aqui hoje, avise que estou na empresa.
- Como quiser - Continuei caminhando até o meu carro. O motorista já abriu a porta.
- Bom dia, Senhora Oliveira.
- Bom dia, Ramis - Entrei no carro e deixei a maleta ao meu lado.
- O de sempre?
- Sempre. Por gentileza, Ramis - Enquanto ele dirigia até a cafeteria peguei alguns papéis com relatórios.
- Chegamos, Senhora - Saiu do carro e abriu a porta pra mim. Sai do carro e entrei na cafeteria, assim que entrei meus olhos cruzaram com os de Brunna que estava limpando as mãos no pano que estava no seu uniforme. Me sentei até a mesa que sempre me sentava que tinha visão para rua.
Eu costumo tomar café duas vezes antes de ir trabalhar, primeiro em casa com um café mais leve e aqui com um café mais forte e o pão delicioso com creme e queijo que eles vendem aqui.
- Qual é o seu pedido - Brunna estava ali linda com o cabelo preso e a maquiagem leve.
- O de sempre, consegue se lembrar.
- Café puro, pão com creme e queijo - Anotou o pedido e se retirou, ela nem se quer me olhou. Será que se esqueceu do que aconteceu ontem?
Fiquei a olhando enquanto o meu pedido não chegava, ela servia as mesas com rapidez e anotava com rapidez também, já que o lugar está cheio, não sei o que há comigo, só sei que não consigo tirar meus olhos dela. A moça que fazia os pedidos tocou a campainha avisando que mais um pedido estava feito, Brunna foi até lá e retirou o pedido.
- Aqui está - Colocou os pedidos na mesa - Com licença - Ela se virou de costas mas me estiquei segurando o seu braço..
- Por que está agindo como se nada tivesse acontecido?
- Senhora Oliveira, estou trabalhando - Saiu indo até outra mesa que estava a chamando.
Tomei o meu café enquanto a olhava trabalhar e as vezes nossos olhares se cruzavam e era como um arrepio, sentia toda vez que olhava diretamente para os olhos castanhos, o que acontecia quando ela olhava diretamente para os meus olhos.
- Senhorita - Chamei Brunna que me olhou, ficamos cerca de 5 segundos nos olhos, foi quando eu me perdi naqueles olhos, aqueles mesmos segundos que dá primeira vez quando a vi. Só paramos de nós olhar quando um homem com pressa esbarrou nela.
Então ela veio ao meu encontro de câmera lenta, e meus olhos não conseguiam deixar os seus.
- O que deseja?
- A conta, por gentileza - Ela se retirou para pegar a conta e veio me entregar.
- Aqui está - Abri e deixei o dinheiro dentro, era sempre o mesmo preço e sempre dava a mesma gorjeta. Dei para ela que se virou de costas, encarei a sua bunda de boca aberta, aquilo era de outro mundo, precisei abrir dois botões da camisa e respirar fundo tentando controlar meu pênis dentro da calça, parecia um adolescente, como fiquei dura apenas olhando ela de costas. Após alguns segundos ali consegui fazê-lo abaixar, me levanto e saio da cafeteria e a porta do meu carro já estava aberta, entrei e a porta foi fechada pelo Ramis.
- Tudo bem, Srta. Oliveira?.
- Sim, Ramis. Pode ir.
Assim que chegamos na empresa Ramis abriu a porta do carro, entrei na empresa enquanto desejava bom dia para as pessoas. Entrei no elevador apertei para o andar da minha sala, era um andar a menos do que o andar da sala do meu pai que ficava no último andar, a hierarquia é por andar aqui. Sai do elevador e a minha secretária prontamente levantou.
- Bom dia, Srta. Oliveira. - Estendeu a pasta peguei e abri.
- É tudo o que temos pra hoje?
- Sim, Senhora.
- Coloque isso aqui pra amanhã - Tirei algumas folhas da pasta.
- Srta. Oliveira, esses papéis precisam da sua assinatura o mais rápido possível.
- O meu mais rápido possível vai ser amanhã. Terei quantas reuniões hoje?
- Apenas uma com a presidência da empresa e os diretores, o Senhor Carlos Barbosa ligou dizendo que vai participar da reunião.
- Sim, Daiane me falou ontem. Transfira todos os meus compromissos para amanhã, tente encaixar tudo antes das 7 da noite - Era o horário em que Brunna saia da cafeteria - Quero a tarde inteira livre, só vou assinar esses aqui - Balancei a pasta na mão.
- Sim, Senhora - Voltou a se sentar enquanto eu entrei para a minha sala.
Me sentei na minha mesa e liguei o computador, abri a pasta e comecei a ler o papeis. Após duas horas teria uma reunião, sai da minha sala e chamei o elevador.
- Ludmilla. - Meu pai estava no elevador. Entrei e demos um aperto de mão - Como você está? - Me abraçou de lado e beijou minha cabeça.
- Estou bem só cansada, não dormi muito bem a noite.
- Foi dormir tarde?
- Sim, bem mais tarde do que eu deveria.
- Vai jantar lá em casa hoje?
- Não, tenho outros planos, deixei até a tarde livre para isso.
- Sua mãe vai me matar quando eu disser isso a ela.
- Fala pra mamãe que eu irei assim que tiver tempo - Saímos do elevador.
- Ela acha que você está enganando ela. Ela me ligou, disse que você havia ido trabalhar mais cedo porque não queria vê-la.
- Eu sai no mesmo horário de sempre...
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