Capítulo 8 - Loucamente
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
Já havia sacado tudo...Ela deve achar que sou uma garota boba, eu devo parecer isso para ela. Me tornei algum tipo de desafio, ela não vai sossegar até ter o que quer, então já que ela não vai sossegar vou me divertir um pouquinho.
Ludmilla se sentou ao meu lado ainda com a taça de vinho na mão, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, passou o dedo indicador no meu rosto, fechei os olhos brevemente sentindo aquele carinho tão puro.
- Seu rosto é moldado, parece que foi esculpido, em meio aos grandes quadros premiados em Nova York vi uma pintura tão bela assim - Seu lábio estava entre aberto enquanto ela olhava atentamente para o meu rosto, pude sentir o cheiro do vinho com o seu perfume amadeirado.
Ela parecia perfeita. Seu cabelo era lindo e brilhoso, seu cheiro era tão bom, a sua elegância dava para se ver a 100 metros de distância, seus olhos eram tão lindos como o céu, seus lábios eram grandes e pareciam macios. Ela é elegante, bonita, cheirosa e rica, é exatamente como o Gustavo disse, ela pode ter a mulher que quiser mas aqui estou eu, apenas uma garçonete imigrante como disse Gustavo.
- Quero você - Aproximou seus lábios de mim, eu iria me entregar, queria me entregar, um beijo com gosto de vinho deve ser tão bom.
- Senhora Oliveira- Ela estava com os lábios triscados nos meus, um movimento em falso e acabariamos aos beijos - Há muitas coisas na vida que precisamos desistir pois sabemos que não iremos conseguir aquilo - Falei enquanto olhava para a sua boca - Tenha uma boa noite, Senhora Oliveira. - Abri a porta da limousine e sai do veículo. Entrei na minha casa fechei a porta e encostei na porta. Suspirei pesado - Depois de resistir a isso eu mereço o Oscar - Digo enquanto me abanava, o calor dos nossos corpos fez aquela limousine ferver parecendo uma sauna.
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
Suspirei pesado e mandei o motorista ir direto para o meu apartamento. Estava quase lá, quase lá. Será que ela tem namorado e o ama muito, por isso estou me negando tanto? Confesso que estou muito frustrada, nunca recebi um fora em toda a minha vida e o sentimento de rejeição é tão ruim
- Chegamos, Senhora Oliveira- Disse o meu motorista me tirando dos meus pensamentos.
Ele abriu a porta para mim e sai entrando no meu prédio, peguei o meu elevador privado e assim que as portas se abriram vi Daiane e Gustavo enquanto tomavam cerveja e assistiam a um jogo de basquete.
- Aqui virou a casa da sogra agora? - Tirei o meu blaser e logo meu mordomo Harry apareceu.
- Boa noite, Deusa - Estendeu a mão e dei meu prazer a ele que se retirou logo depois.
Harry é o meu mordomo a alguns anos desde quando eu me mudei para o meu apartamento, precisava de alguém para me ajudar em casa, Harry é muito bom no que ele faz, mas as vezes ele abusa da minha paciência.
- Harry, você já pode se retirar - Acontece que ele estava com os olhos vidrados no Gustavo, ele tem algum tipo de queda pelo Gustavo.
- Com licença - Saiu do cômodo me deixando sozinha com os meus amigos.
- Você demorou - Comentou Daiane.
- Surgiu um enorme problema. Harry.- Chamei o meu mordomo que prontamente veio me atender.
- Me chamou, Deusa - Perguntou enquanto olhava para o canadense.
- Harry, eu estou aqui - Olhou para mim - Faça me um cowboy.
- Sim, Senhora - Me sentei no sofá ao lado dos dois idiotas.
- Você vai beber a essa hora? - Olhou para o seu relógio - Não tem que trabalhar amanhã? Eu sei porque o meu pai me forçou a ir hoje também amanhã, e no dia seguinte também.
- Não é mais fácil você falar que o seu pai te forçou a ir por 3 dias - Ela revirou os olhos enquanto eu ri. - Você é herdeira, tem que estar a base de tudo o que acontece lá dentro.
- Aqui está - Harry me deu um copo com whisky.
- Sai da frente gazela saltitante - Comentou Daiane porque Harry estava na frente da televisão encarando Gustavo.
- Harry, você pode ir. Se eu precisar te chamo - Se retirou enquanto olhava para Gustavo, Daiane me olhou com os olhos arregalados e negou com a cabeça o que me fez rir, eu sei exatamente o que ela queria dizer.
- Do que estão rindo? - Gustavo perguntou confuso.
- Nada, apenas lembramos de uma situação engraçada que passamos - Respondi.
- Qual situação? - Perguntou
- Nada importante, vamos passar a prestar atenção no jogo.
- Me fala aí, qual situação você passou hoje - Gustavo perguntou - Por isso demorou pra chegar. Algum problema na empresa?
- Na Jaguar está uma maravilha. Planejamos um aumento de vendas para o próximo mês, o problema é fora dela. Sabe aquela garçonete?
- A da cafeteria? - Gustavo se mostrou interessado.
- Sim, essa mesma. Eu fui atrás dela.
- O que? - Daiane riu - Não era você que iria desistir? Você está até com raiva dela pelo fora que ela te deu.
- Eu estava - Suspirei. Tomei um gole da bebida sentindo ela descer queimando a garganta - Mas tem algo nela que me leva até ela, parece que ela me atrai, e não é pelo sentido de beleza, é claro que ela é linda, mas é outro tipo de atração, ela é diferente das outras mulheres.
- Você mal a conhece - Disse Gustavo - Como pode achar que ela é diferente. Eu acho que ela é igual a todas as outras.
- Não sei cara, eu olho assim pra ela e a única coisa que sei é que a quero e como quero - Disse enquanto me lembrava dela - Ela é diferente, a única coisa que eu tenho certeza é que ela é diferente. Ela me trata assim normal, a muito tempo eu não sou tratada assim, na verdade acho que nunca fui tratada assim - Corrigi enquanto na minha mente passava um flashback de toda a minha vida - Eu sou comum pra ela.
- Mas você não é comum, você sabe não é? - Gustavo perguntou - Você é Ludmilla Oliveira, herdeira de milhões, vice presidente de uma das maiores empresas do mundo, e futuramente seu pai vai te nomear como presidente, ele já falou que vai sair em breve, você vai comandar aquele império.
- Eu sei disso, mas ela não me vê assim como você acabou de descrever, ela não me vê como o resto do mundo vê. Ela me vê como Ludmilla, só a Ludmilla, é muito bom ser só a Ludmilla, e não a Ludmilla Oliveira a herdeira da Jaguar.
- Já pensou na possibilidade dela não saber quem você é?
- Acho que não, a cidade toda sabe quem eu sou, vivo estampada nos jornais e revistas, fora que todos daquela cafeteria sabem, alguém já deve ter contato alguma coisa para ela. Eu não sei, ela tá me deixando louca, não sei exatamente o que é, mas tem alguma coisa nela. E o beijo dela é muito bom.
- O que? Você beijou ela? - Daiane perguntou.
- Conta mais - Gustavo quis saber. Tomei o restante do líquido no copo o deixando em cima da mesa de centro.
- Primeiro houve um assalto na cafeteria - Os dois pareciam assustados.
- Você está bem? - Perguntou Daiane - Machucou alguma coisa? Quebrou alguma coisa - Perguntou enquanto suspendia o meu braço.
- Não, e para com isso, tá amassando o meu terno - Com raiva ela começou a me dar tapas amassando ainda mais - Daiane...- Comecei a desamassar o meu terno.
- Daiane, deixa ela contar - Disse Gustavo.
- Você parece estar bastante interessado nisso - Daiane passou a encarar Gustavo.
- Nada haver - Tomou um grande gole da cerveja - Eu só quero saber sobre o que aconteceu, é só curiosidade, ela até foi assaltada. Então rolou beijo?
- Sim, rolou, e foi muito bom.
- Finalmente ela deixou você beija-la - Disse Daiane - Ela é gata.
- Ela não deixou.
- Foi a força? Puta que pariu, Ludmilla!
- Não foi a força. Daiane, por Deus. Eu tinha um plano, eu iria beijar a Brunna na frente deles, eram daquele tipo que fica excitado em ver duas mulheres juntas. Ela concordou com o plano e só assim eu consegui beijar ela.
- E o que aconteceu depois? Como vocês conseguiram fugir?
- Não fugimos de nada. A Brunna pegou a arma.
- A Brunna? - Gustavo começou a rir e olhamos para ele sem entender.
- Do que está rindo? - Perguntei.
- Ela não sabe usar máscara direito. - Nós olhamos pra ele enquanto bebia a cerveja. Uni as minhas sombrancelhas e olhei para ele tentando entender toda aquela situação.
- Da onde você conhece ela, Gustavo? - Ele engasgou com a cerveja - Você conhece a Brunna, Gustavo? Calma - Bati nas costas dele.
- O que? Não! - Colocou a cerveja em cima da mesa, seus olhos estavam vermelhos e a boca também.
- Parece que você a conhece - Comentou Daiane. - Você conhece a moça que a Ludmilla está afim e não nos contou?
- Vocês por acaso acham que eu terei algum tipo de contato com essa gente?
- Que gente? - Não estava entendendo - Se você conhece vai até ser bom, eu não sei de nada daquela garota, queria conhecê-la melhor - Me levantei fui até o meu bar e peguei uma cerveja. Voltei a me sentar ao lado da Daiane enquanto Gustavo estava em outro sofá - Agora que peguei uma pra acompanhar pode me dizer da onde você conhece a garota - Tomei um gole da cerveja.
- Ludmilla, Daiane. Eu não tenho contato nenhum com essa garota, eu a conheci no mesmo dia que vocês duas. Você acha que uma pessoa como eu terei algum tipo de contato com ela? Apenas uma garçonete, eu não tenho vínculo nenhum com pessoas assim, eu quero distância.
- Gustavo, você não é melhor que ela, ninguém é melhor que ninguém, ela é uma pessoa, seja lá qual for a sua profissão ela é como você, não menosoreze as pessoas, isso é nojento - Deixei a minha cerveja na mesa - Então, já que você não há conhece eu terei que conhecer, mas aquela garota ela é um enigma - Subi a manga da minha camisa social e voltei a pegar a cerveja - Voltando a história - Falei enquanto encarava Gustavo, ele parecia nervoso, deve ser porque acabei de dar uma dura nele - Assim que ela pegou a arma não sabia como usar, peguei a arma.
- Atirou no filho da puta?
- Na orelha, mas foi de raspão.
- Nem pra você arrancar fora.
- Depois fomos para a delegacia dizer o que aconteceu..
- E aí? - Gustavo perguntou animado - Vocês fizeram sexo?
- Ela não quis nem me beijar novamente, só me beijou porque era preciso aquela hora.
- Idiota - Gustavo disse - Como não te beijou, ela é uma idiota.
- Você é linda Ludmilla, não tem como não se atrair por você - Olhei para Daiane com um sorriso safado.
- Vem cá então.
- Ah não, sai fora, eu não gosto de pau - Comecei a beijar o seu rosto enquanto ela me xingava - Ludmilla, porra, sai caralho - Lambi sua bochecha e me afastei - Nojenta - Limpou o rosto - Continua a história.
- Eu levei ela pra casa tentei beijar novamente mas ela não quis, e depois eu vim pra cá. Eu não sei, eu acho que ela tem namorado.
- Não, ela não tem - Olhei para Gustavo que falou com um tom de certeza..
- Como você sabe disso? - Daiane e eu perguntamos ao mesmo tempo.
- Eu não sei, apenas passou pela minha cabeça, ela não usa anel nenhum, você viu algum anel? - Falou rapido mais nervoso ainda.
- Não vi não, e você é muito atento - Bebi enquanto olhava pra ele com os olhos semi cerrados.
- Você contou que estava afim dela naquele dia, eu já olhei pra ela quando ela entregou o pedido, e não é como se eu prestasse tanta atenção nela. Ela não faz o meu tipo.
- Ela não faz o seu tipo? Você é cego? Ela faz o tipo de qualquer um, ela é linda
- Tá apaixonada? - Daiane perguntou.
- Não né - Ri - Não me apaixono, gosto de ser livre vocês sabem disso, só quero conhecê-la mais, porque a tão pouco tempo ela já está me deixando louca.
- Louca como? - Gustavo quis saber.
- Eu quero ela, Gustavo. Eu loucamente quero ela.
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