Capítulo 77 - Eu te ajudo
✨▫️ Brunna Gonçalves ▫️✨
Comecei a chorar no meio dos clientes, eles me olhavam curiosos, até que um quis saber
- Senhorita, está tudo bem? - Um homem de aparentemente 50 anos perguntou - Senta - Me sentei e ele me entregou um guardanapo para limpar as lágrimas
- Estou passando por uma separação - Passei a soluçar enquanto chorava
- Calma, vai ficar tudo bem
- Ela me odeia, eu amo ela tanto - Suspirei - E ela não quer mais olhar pra minha cara
- Eu já passei por isso, por uma separação, fiquei arrasado, pareceu que o mundo caiu sobre a minha cabeça. Dói muito amar uma pessoa e se separar dela, no começo foi horrível, e aos poucos a dor foi amenizando, vai acontecer com você também, você vai conseguir se reerguer
- Obrigada
- Ao trabalho- Disse o gerente - Aqui não é a sua casa - Me levantei agradeci o homem mais uma vez, fui até o balcão onde Patrícia estava e tirei meu avental
- O que aconteceu?
- A Ludmilla me disse algumas coisas, eu não consigo ficar mais aqui
- Vai pra casa descansa, eu seguro as pontas aqui pra você
Voltei pra casa e no dia seguinte fui trabalhar novamente, Emilly estava na cafeteria tentando falar com Patrícia que não queria falar com ela
- Por favor, vamos conversar, eu só quero conversar com você, foi por você que eu voltei - Disse Emilly.
- Não, você não voltou por mim, voltou pela Ludmilla, se isso não tivesse acontecido você não estaria aqui - Continuou trabalhando e Emilly me olhou com raiva, abaixei a cabeça e continuei trabalhando
- Janta comigo hoje a noite, só vamos jantar, e ter uma conversa amigável, conversar aqui não é nada profissional, você está trabalhando
- Ok vamos jantar, mas sem gracinha, você tem o tempo que eu comer pra falar, depois eu vou embora
- Te pegou as 8 - Ela saiu e ignorou a minha presença
- Bru, posso deixar o Andrew com você?
- Claro, pode ir jantar, sei que você é louca por ela
- Era, agora não sinto mais nada
- Sei...
Mais tarde voltei pra casa e fiquei cuidando do meu sobrinho, estava jantando quando Emilly e Patrícia entraram, o clima ficou tenso de repente, Patrícia foi para o quarto e Emilly ficou na cozinha comigo
- Boa noite - Disse mas ela não me respondeu, se olhar matasse já estaria morta
- Aqui está ele, meu anjinho - Patrícia voltou com Andrew no colo
- Posso pegar? - Ela pediu com receio
- Claro, é seu filho - Emilly pegou ele no colo e Patrícia estava com os olhos banhados em lágrimas, então ela contou tudo
- Vou fazer exame de DNA - Naquele momento foi como se uma bomba tivesse explodido
- O que?! Como ousa? O filho é seu, não precisa fazer exame nenhum
- Eu prefiro fazer, preciso ter certeza disso
- A MAIOR CERTEZA É A QUE SAI DA MINHA BOCA! - Patrícia explodiu
- Calma, vamos manter a postura
- Postura? Você quer que eu mantenha a postura depois do que você falou?
Peguei Andrew do colo da Emilly
- Você ficou com vários enquanto ficava comigo, como terei certeza de que o filho é meu? - Parece que estava adivinhando, Patrícia deu um tapa no rosto de Emilly que colocou a mão da bochecha e olhou pra ela espantada
- Cala a boca! Não fala assim de mim, o filho é seu, eu não sou uma vadia
- Emilly, o Andrew é seu filho, está na cara literalmente, e na cara dele, a Patrícia não mentiria sobre isso, conheço ela tempo o suficiente para ter certeza
- Cala a sua boca, eu não pedi a sua opinião, é muito petulância sua falar alguma coisa pra mim depois do que você fez. Você é uma mentirosa, e agora vem falar que ela não está mentindo?
- Sai daqui, Emilly. - Disse Patrícia - Sai daqui agora! - Ela saiu sem falar nada
Levei Andrew para o berço, voltei pra sala e Patrícia estava chorando no sofá
- Hey, vem cá - Me sentei - Deita aqui - Bati nas minhas coxas, ela deitou e passou a falar
- Ela não acreditou em mim, acha que o filho não é dela, é claro que é dela, eu só transei com ela, como não seria dela? Eu fiquei tão feliz, tão ansiosa pra contar tudo e quando conto ela não acredita em mim. Eu achei que ela era diferente, tinha aquele jeito todo profissional, mas pensei que era só isso e não que ela era uma babaca - Colocou a mão no rosto e suspirou - Desculpa estar desabafando aqui, você com tantos problemas e eu te enchendo com os meus
- Um dia você me mimou e agora é a minha vez - Beijei sua testa
❌▫️Dias depois▫️❌
🌷▫️Daiane Oliveira ▫️🌷
Assim que cheguei no prédio onde Ludmilla morava o porteiro me parou
- Esse cartão é da Sr Oliveira, pode entregar a ela
- Claro - Peguei o cartão e segui para o apartamento da Ludmilla
- Ludmilla , isso aqui é seu - Estendi o cartão a ela
- Isso não é meu, entrega pra dona dele que é a Brunna - Continuou olhando para o notebook
- Mas o porteiro disse que era seu
- Entrega pra Brunna
- E isso aqui? Você quer? - Olhou pra minha mão e pegou o envelope - Eu já vou indo, tenho muitas coisas pra fazer hoje
- Se ver o Louis manda ele vir pra cá, quero o divórcio o mais rápido possível, não quero continuar casada no papel com aquela infeliz .
Sai do apartamento dela e segui para a casa de Patrícia, Emilly abriu a porta pra mim
- Você está...machucada?
- A Patrícia me deu alguns tapas, ela se acalmou e estamos conversando
- Conversando?...Sei - Olhei brevemente para dentro e Patrícia estava de calcinha e sutiã, e a calça da Emilly tinha um certo volume
- E aí? O que você quer?
- A Brunna está aí?
- Não, ela saiu, parecia meio triste, ela não está no apartamento da Ludmilla?
- Não, eu acabei de sair de lá
- Daiane, ela deve estar no bar - Disse Patrícia - Sabe aquele do lado do mercado aqui perto?
- Sei onde é, vou lá entregar uma coisa pra ela. Boa foda pra vocês
- Não estávamos fodendo
- Como sempre negando - Entrei no meu carro novamente e segui para o bar, assim que entrei procurei Brunna pelo olhar e a encontrei no balcão, me aproximei e sentei ao seu lado
- Se veio me dizer que sou uma vagabunda poupe suas palavras, Ludmilla já me diz isso
- Não vim aqui pra isso, vim te entregar isso aqui - Peguei o cartão do bolso
- Isso não é meu
- A Ludmilla disse que é seu
- De quem é o nome aí? - Olhei para o cartão
- Nossa, não havia reparado nisso
- Da pra ela - Virou o líquido no copo e pediu mais - Isso não é meu, ela quer me humilhar, jogou isso na minha cara, eu não peguei, eu não quero, não quero o dinheiro dela
Guardei o cartão e olhei ao redor, em uma mesa havia alguns homens e eles olhavam diretamente para Brunna.
- Acho que aqueles caras estão te olhando demais - Comentei e ela estava muito bêbada pra ligar
- Vai embora, eu não quero o cartão, não fique aqui, não finja, você nunca gostou de mim
- Nunca gostei do fato de você esconder algo de mim
- A Ludmilla me odeia e não quer me ver pintada de ouro - Pegou alguns dólares da bolsa e colocou na mesa, se levantou e saiu cambaleando do bar
- Uma dose de whisky - Pedi e o bar men me serviu, os homens que antes olhavam para Brunna saíram do bar
Me levantei e sai também, vi os homens ao redor da Brunna, corri até eles
- Saiam fora daqui agora. Vamos! Saiam, deixa ela em paz - Eles saíram - Tá tudo bem? Eles fizeram alguma coisa com você
- Não fizeram nada, eu...- A segurei pra não cair
- Acho que você bebeu demais, deixa que eu te ajudo
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