Capítulo 55 - Jantar parte 2
⚡▫️Ludmilla Oliveira▫️⚡
- Daiane, eu espero que isso seja de extrema urgência, estava apresentando a Brunna para os meus pais
- Ludmilla, que merda pensa que está fazendo?
- Do que está falando? - Bebi um gole do vinho e fiz uma careta, meu pai e seu péssimo gosto para vinhos, deixei a taça de lado - Carlos - Chamei o mordomo - Per favore, pegue o vinho que eu trouxe e me traga uma taça - Ele assentiu e saiu
- Você pediu a Brunna em casamento, em casamento!
- Eu iria te contar antes, meu pai pegou ela e eu transando na sala de reuniões, eu disse que estava noiva e ele preparou esse jantar, eu iria fazer um jantar na minha casa daqui a um mês, iria chamar os pais da Brunna também, isso tudo foi de última hora
- Da pra ver que foi de última hora, e uma decisão muito precipitada até demais
- Daiane, o que tem demais nisso? Em pedir a Brunna em casamento. Eu estou completamente apaixonada por ela, desde o dia que vi seus olhos eu me perdi, só consigo me encontrar nela. Eu estou amando, quero a Brunna como minha mulher, quero que ela seja a minha esposa, quero ter filhos com ela
- Tá de sacanagem - Passou a mão no cabelo jogando para trás, ela parecia nervosa
- Não, eu não estou de sacanagem, eu vou me casar com a Brunna, eu amo essa mulher
- Pensa bem, você não conhece essa garota, ela apareceu do nada na sua vida, e agora já vai casar com ela, não sabe nem se ela tem passagem na delegacia. Ela pode estar envolvida com tráfico, eu não sei, você também não
- Daiane, eu já tenho todo o currículo da Brunna. Ela é uma garota doce e cheia de sonhos que veio tentar a vida aqui nesse país, e foi assim que ela me conheceu, fim
- É melhor colocar a cabeça no lugar e pensar, você ainda não casou, ainda dá tempo de voltar atrás
- Eu não vou voltar atrás, está falando isso porque ela é garçonete
- Quem me dera esse fosse o motivo
- Então qual é, me fala logo
- Eu não pude deixar de ouvir a conversa de vocês - Meu pai se fez presente - Mas concordo com a Daiane. Docinho, eu nunca vi essa garota, é uma mulher muito bonita, mas tem muitas outras mulheres bonitas no mundo
- Pai, eu não vou me casar com a Brunna por conta da beleza, ela é linda, sim e muito linda, mas ela me encantou pelo o que ela é por dentro, é uma garota intensa e tem uma doçura que nunca vi na vida, ela é maravilhosa de corpo e alma, eu quero tê-la nos meus braços pra sempre. Eu amo essa mulher, e é com ela que escolhi me casar, eu garanto para vocês dois que ela vai me fazer feliz, ela já me faz muito feliz agora antes de me casar com ela, imagina o quanto fará quando eu me casar com ela?
- Tudo bem filha, se essa é a sua decisão o que eu posso fazer é apoiar, só espero que não se arrependa
- Eu também, Michael - Disse Daiane enquanto olhava pra Brunna - Eu também
Brunna Gonçalves
Ludmilla saiu para conversar com Daiane me deixando sozinha com a sua mãe, tentava controlar o nervosismo mas ela conseguiu reparar nisso
- Está tudo bem?
- Sim, não se preocupe - Tomei um gole do vinho que desceu rasgando, isso é vinho ou vodka?
- E então, do que você trabalha? É filha de algum empresário? Com o que ele trabalha? Com carros assim como a Ludmilla? Foi em algum salão de automóveis? - Eu não faço ideia do que seja salão de automóveis, é onde os carros faz escova progressiva?
- Não, eu não sou filha de nenhum empresário e não foi em salão de automóveis que conheci a Ludmilla
- Fazendeiro, um fazendeiro que vende cabeças de gado?
- Meu pai não é fazendeiro
- Então é diretor, é diretor da Jaguar? Diretor de marketing e vendas? Ou algum acionista? Já sei, ele trabalha com vendas de carro
- Sra Oliveira, meu pai trabalha com carros, mas não é vendendo, ele é mecânico, minha mãe é dona de casa e eu trabalho em uma cafeteria, eu sou garçonete, e foi nessa cafeteria que conheci a sua filha - Ela respirou fundo coçou a nuca e tomou um gole do vinho
- Ok, então é garçonete
- Sim, sou garçonete - Ela não falou mais nada e um silêncio horrível se fez presente - Eu vou ao banheiro - Tentei passar por ela mas algo ainda pior que o silêncio aconteceu, derramei vinho no seu vestido
- Aí meu Deus, eu sinto muito Sra Oliveira, não foi a intenção, deixa eu limpar - Peguei alguns guardanapo e tentei limpar a mancha horrível de vinho
- Não precisa limpar, eu vou tirar o vestido - Deu alguns passos
- Espera Sra Oliveira- Tentei segurar seu braço, acabei segurando o vestido e rasgou.- Aí meu Deus - Voltei a dizer assustada mas agora com as mãos no rosto, sem querer rasguei toda a parte da frente do seu vestido deixando seus seios expostos, mas que merda Brunna, você só sabe piorar tudo
- Carlos! - O mordomo veio correndo com um robe, ela rapidamente vestiu e subiu as escadas, eu ainda estava assustada e não conseguia raciocinar
- Olha só, então você é daquele tipo que onde entra chama atenção - Uma garota veio falar comigo - Fez a minha mãe pagar o maior mico
- Não foi a intenção, eu juro que não foi, eu não quis deixar a sua mãe nua na frente de todos
- Será mesmo? Ou você fez isso só pra fazer todos olharem pra você? Foi isso não foi? Admita que foi
- Não, eu não, eu juro que não, não eu juro - Meus olhos banharam em lágrimas, e ela começou a rir
- Eu tô brincando com você bobinha, eu sei que não foi, eu vi você tremendo dali onde eu estava - Apontou para onde estava
- Não está com raiva pelo o que eu fiz com a sua mãe?
- Não estou, só estava tirando uma com a sua cara, você é boa pra tirar um sarro - Voltou a rir - A culpa não é sua
- Você acha? - Sorri
- Não totalmente - Meu sorriso morreu - Metade sua e metade da estilista que fez o vestido da minha mãe, sabia que ela não compra os meus vestidos? Compra de uma tal Antonella Franck, é uma ex namorada da Ludmilla, a garota é um tédio - Revirou os olhos - Todas as vezes que a Ludmilla trouxe ela aqui sempre foi tedioso
- A Ludmilla falou que você estuda moda em Paris
- Sim, estudo em Paris, esse é o motivo da minha mãe não querer comprar os meus vestidos, ela diz que estou aprendendo ainda e Antonella já é formada. O vestido que ela estava usando é da Antonella, eu adorei que o vestido rasgou assim ela vê que a Antonella não é tudo isso. A Ludmilla pediu pra eu te avisar que foi no escritório com o meu pai, ela disse que já volta foi tratar de negócios
- Eu imagino que você desenha muito bem
- A Ludmilla nunca te mostrou um desenho meu?
- Não, ela disse que você faria questão de me mostrar assim que me conhecer
- A Ludmilla estava certa, eu já volto - Ela saiu e depois de alguns minutos voltou com uma pasta preta - Depois que você ver esses desenhos nunca mais vai ser a mesma - Abriu a pasta e começou a me mostrar os desenhos dos vestidos e eram tão lindos
- Meus olhos estão até brilhando, eu adorei todos, aquele que me mostrou que tem uma manga só é tão bonita
- Esse aqui? - Procurou o desenho e me deu
- Sim esse mesmo, eu estou apaixonada por ele
- É seu, vou fazer ele e dar pra você
- Eu não posso aceitar
- Pode sim, eu lhe darei na sua mão e vai ser seu, é assim que se aceita. Olha quem está vindo - Um homem alto moreno veio até nós - Brunna esse é Yuri e Yuri essa é a Brunna
- É um prazer conhecer, a Ludmilla fala muito bem de você e da sua comida também - Estendi a mão mas ele não me cumprimentou
- Então é você não é? A garota que rasgou o vestido da minha mãe deixando ela nua para todos verem, não imagina a vergonha que ela passou e eu também, foi de propósito, você veio aqui com essa intenção! Você arquitetou tudo, planejou tudo antes de vir até aqui! Você pensa que me engana, mas não! Você não me engana, a Ludmilla não viu o que aconteceu porque na escritório com o meu pai mas eu vi, as minhas tias e primos viram, a minha irmã viu, você é uma cobra!
- Eu não quis fazer nada disso, a minha intenção nunca foi essa, eu juro que não, estava tão nervosa acabei deixando o vinho cair no vestido da sua mãe, eu iria me redimir, eu tenho um produto em casa muito bom a base de café que tira qualquer mancha, eu mesma preparei, iria levar o vestido dela pra minha casa e tirar a mancha mas acabei pegando no vestido dela e rasgou, mas não foi culpa minha, isso não foi um plano como você pensa - Passei a chorar, tentei segurar o choro mas não consegui foi mais forte que eu - Eu sinto muito - Ele começou a rir
- Viu Yuri, eu disse que iria dar certo, disse que ela cairia - Luane bateu na mão dele
- O que está acontecendo? - Limpei as lágrimas
- Eu estava brincando com você - Me abraçou de lado e beijou minha cabeça - É um prazer conhecer, Brunna. O que você fez foi engraçado, a minha mãe quer que tudo seja tão perfeito isso é tão chato
- Eu acho que ela vai me odiar
- Pelo o que você fez é bem provável - Disse Luane
- Obrigada por me ajudar com a minha sogra
- A Luane é idiota Brunna, ela não vai te odiar
- Eu não sei em quem acreditar. Eu vou resolver isso, vou ir lá falar com ela tentar me redimir de alguma forma
- É melhor você ficar aqui - Disse Luane - Só vai piorar as coisas se for lá
- Eu preciso falar com ela, quero pedir desculpas - Subi as escadas e procurei o quarto da mãe da minha noiva, tinha uma porta entre aberta e lá estava a Silvana e o Carlos o mordomo
- Ficou lindo Sra, até mais bonita que aquele que usava antes
- Eu também achei, a Antonella sempre faz belos vestidos, a minha filha devia aprender algumas coisas com ela, agora vou descer e tentar ficar o mais longe da noiva da minha filha ela é muito desastrada - Ela abriu a porta e deu de cara comigo - ora ora ora, olha quem está aqui, estava espionando atrás da porta?
- Não, eu jamais faria isso, estava escolhendo o melhor momento para entrar
- Bom, vamos descer, o jantar já vai ser servido - Caminhou na minha frente, estava pensando no que dizer e quando já sabia as palavras certas a usar corri até ela
- Sra, espere - Corri até ela e acabei pisando na cauda do seu vestido o que fez ela cair e rolar escada abaixo. Isso me faz pensar...O que pode piorar?
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro