Capítulo 50 - Porrada no avião
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
Já no avião a caminho para o Estados Unidos Ludmilla conversava comigo sobre suas aventuras na faculdade.
- Acho que você aprontou e muito.
- Não posso negar isso, imagina uma garota de 18 anos na faculdade bem longe dos pais, quem não iria aprontar? - Perguntou me olhando uma sobrancelha arqueada, estava agarrada nela enquanto ela conversava comigo, adoro ficar assim com ela, Ludmilla me faz se sentir tão segura - Mas eu estudava, tudo tinha os seu momento pra mim, tinha um momento de diversão. Eu te contei quando eu e a Daiane dividimos a mesma mulher sem nenhuma de nós duas saber?
- Essa daí você não contou não, foi na faculdade?
- Sim, foi uma garota que fazia administração comigo.
- Você não fez engenharia?
- Sim Amor, mas tinha aulas adicionais uma delas é administração. Eu comecei a sair com essa garota, foi nos primeiros meses de aulas. Daiane fazia breves viagens para a Itália, porque o pai dela tem uma empresa lá, então em férias e em alguns finais de semana ela ficava em Roma, chamei ela para uma festa da faculdade, foi lá que ela conheceu uma garota, fomos para o meu apartamento e no caminho ela não parava de falar na garota que conheceu, e como ela era divertida e descolada, no quanto ela adorava praia e amava surfar, era a alma gêmea da Daiane. O meu relacionamento com a Emanuelle começou a tomar um rumo mais sério, passei a ficar só com ela, ela gostava de tudo que eu gosto, ópera e teatro, também era apaixonada pela banda que eu sou apaixonada, aquela que te mostrei, completamente ao contrário do que a garota da Daiane era. Eu também falava da Emanuelle para a Daiane assim como ela falava da Andreia pra mim, e no dia em que íamos apresentar as garotas a Emanuelle falava que estava se sentindo mal, estava tendo um mal estar, e o mesmo dizia a Andreia. Eu queria tanto mostrar a Emanuelle pra Daiane, eu mostro tudo o que acontece na minha vida pra ela, convidei a Emanuelle pra comer pizza, e enquanto ela estava distraída chamei a Daiane pra me encontrar, era uma surpresa pra Emanuelle, porque talvez ela disse muito tímida e não queria conhecer a Daiane por isso. Quando Daiane olhou pra Emanuelle falou "Andreia? o que faz aqui?" E naquele momento descobrimos que estávamos namorando a mesma garota.
- E aí? O que aconteceu? Teve barraco?
- Barraco?
- É uma gíria pra briga.
- Quer saber se brigamos?
- Sim.
- Nós não brigamos, nós mais que brigamos, colocamos aquela pizzaria pra baixo, a garota já tinha se mandado, até hoje não sei dela, até da faculdade saiu, ficamos e eu Daiane lá gritando uma com a outra, a polícia foi chamada, nossos pais teve que nos tirar de lá.
- Fizeram as pazes como?
- Demorou viu, demorou e muito - Ela riu - Foi depois de um tempão, meses depois da briga em uma reunião entre meu pai e o pai dela, reunião de negócios, lá a gente passou a bater boca de novo, no meio de vários empresários em uma reunião importante - Ludmilla riu - Hoje em dia esse seria o meu pesadelo, não tinha ideia que era tão importante reuniões assim e eu lá batendo boca com a Daiane, mas eu parei pra pensar que aquilo não fazia sentido, brigar por causa de uma garota? A nossa amizade é maior que isso, então fizemos as pazes.
- Vocês são malucas.
- É, eu também acho. A minha amizade com a Daiane é forte, ela é como uma irmã pra mim, ela me conta tudo o que está sentindo como eu também conto, ela não me esconde nada assim como eu. Bru, tá tudo bem? Está mexendo muito as pernas, precisa ir ao banheiro?
- Não, não estou com vontade de ir ao banheiro.
- Vou pegar um pouco de café - Se levantou e se serviu com café - Quer, Amor?
- Não, se eu tomar vai me dar mais vontade de ir ao banheiro.
- Vá, aqui tem banheiro, se está com vontade use o banheiro.
- Não quero café e quanto ao banheiro a vontade passou.
- Certeza - Apenas assenti, não quero ir ao banheiro para não cruzar com o Austin, ele pode tentar alguma coisa de novo comigo - Tá demorando né.
- Bru, não estamos nem na metade do caminho - Abriu o blazer e se sentou.
- Nem na metade?
- Bru, praticamente acabamos de entrar, calma, vamos chegar em breve - O tempo foi se passando, a vontade de ir ao banheiro foi aumentando.
- E agora? Quanto falta? - Ela então olhou para seu relógio de pulso.
- Mais ou menos 20 minutos.
- Eu não aguento mais - Corri para o banheiro.
Estava lavando as mãos quando a porta foi aberta pelo Austin.
- Vi você entrando, se tornou rotina você aqui no banheiro? Aposto que vem porque quer levar uma.
- Sai daqui.
- Não estou fazendo nada demais, apenas admirando uma beleza latina, a Ludmilla nunca ficou com uma mulher assim como você, latina e gostosa pra caralho, ela deve adorar o sexo, você deve ter um fogo, vem cá e me mostra esse fogo - Agarrou a minha cintura e tentou me beijar.
- Me solta! Eu não quero nada com você.
- Vai ser rapidinho vai, eu prometo, eu não sou de demorar muito, só quero um sexo rápido e gostosa, já vamos pousar, não posso demorar, vou gozar rapidinho.
- LUDMILLA! - Ele rapidamente tapou a minha boca
- Cala essa boca, você não vai contar nada, eu vou te comer rápido e gostoso, ela não precisa ficar sabendo, fica quieta que vai ser mais rápido, você vai gostar - Senti vontade de vomitar e comecei a chorar, ele estava abrindo a calça, tentava sair dos braços dele mas ele era forte, lembrei do que eu fiz antes quando ele tentou me agarrar, dei uma joelhada no meio das pernas dele, os braços na minha cintura afrouxaram e ele se curvou.
- Vadia! - Foi nesse momento que sai correndo.
- Ludmilla! - Ela que estava de pé se assustou com o meu grito, abracei ela com força e comecei a chorar
- Amor, o que foi, o que houve? - Seu olhar também estava assustado.
- Ele tentou me forçar, ele tava tentando me forçar a transar com ele, ele tava de cueca já, ele tentou, ele tentou abusar de mim.
- Que? Quem fez isso? - Austin apareceu.
- Oi, Ludmilla já vamos pousar, Brunna tá tudo bem?
- Ele tentou - Apontei para ele - Já é a terceira vez que ele tenta me beijar a força, eu não falei nada porque ele era seu amigo e tive medo de não acreditar em mim, você mal me conhece e quanto a ele são amigos a anos, mas já chega, eu não aguento mais esse cara, ele é nojento.
- Você tentou beijar a minha mulher? - Falou séria.
- Eu? É claro que não, eu não faria isso, é mentira dela, você vai acreditar nessa garota aí? Que é mais uma que você está pegando.
- Eu acredito nela e agora - Tirou o blazer e subiu a manga da sua camisa - Você vai sentir o peso da minha mão, seu canalha - Ludmilla partiu para cima do Austin dando um forte no seu rosto fazendo ele cair, Ludmilla segurou ele pela camisa e passou a dar vários socos, deu um último soco com tanta força que a sua cabeça foi jogada para trás caindo no chão fazendo barulho - Seu canalha, forçando uma garota a fazer o que ela não quer, você é estúpido, nojento! - Subiu em cima dele passando a esmurrar seu rosto, havia sangue na mão da minha namorada e não era dela, Austin sangrava muito. Ludmilla se levantou e estava vermelha e muito irritada - Ele nunca mais vai mexer com você, vou demitir esse nojento - Chutou ele que estava desacordado.
- Ludmilla!
- O que foi?
- Quem vai pousar esse avião.
- Merda! - Xingou - Mil vezes merda! Calma, eu preciso respirar fundo e pensar - Passou a respirar fundo soltando o ar pela boca
- Acho que não temos muito tempo pra respirar - Fui até Austin - Acorda ai, depois você desmaia.- Chutei ele - Acorda!
- Ele não vai acordar tão cedo - Ela saiu
- Onde você vai - Segui ela e entrei na cabine do piloto
- Vou tentar pousar isso aqui - Colocou o fone se sentou e passou a apertar alguns botões
- Ludmilla , é melhor não apertar nada, isso pode fazer a cadeira voar pra cima, ou a asa se soltar, tem milhões de botões aqui
- Se eu não fizer nada vamos morrer aqui, eu fiz curso de pilotagem, foi apenas um mês, a faculdade de Engenharia tomava muito do meu tempo e também fazia projetos pro meu pai não tinha tempo, então tranquei o curso, foi 1 mês de pura teoria
- Faz quanto tempo isso?
- uns 3 anos
- 3? Aí meu Deus
- Eu me lembro das aulas, dos livros que tive que ler de madrugada pra dar tempo de fazer tudo, eu vou conseguir, confia em mim, nós vamos sair dessa - Pegou a minha mão e beijou.
Tapei os olhos enquanto ela tentava pousar o avião, não queria ver, e se fosse para morrer que seja de olhos fechados
- Então a senhorita não confia em mim? - Tirei as mãos dos meus olhos, Ludmilla estava sentada na cadeira do piloto tomando uma taça de vinho e um sorriso divertido nos lábios, já estávamos na pista, ela conseguiu pousar - Nada como pousar um avião tomando um Merlot
- Ludmilla! - Me joguei nos seus braços - Você conseguiu, conseguiu pousar um avião - Olhei para seus olhos, de longe os mais lindos que eu já vi, sou completamente apaixonada pelos seus olhos.
- Eu disse que iria conseguir você precisa confiar no que eu fa...
- Eu amo você
- Como é? - Juntou as sobrancelhas e deixou a taça de vinho de lado
- Eu amo você - Voltei a dizer
- Não precisa dizer isso porque eu disse
- Não é por isso
- Muitas coisas aconteceram hoje, passamos por um nervosismo muito grande, não fale as coisas da boca pra fora, ainda mais sendo algo tão importante pra mim
- Eu estou falando sério, não é pelo o que aconteceu agora. Ludmilla, eu amo você, de verdade eu amo você demais, eu amo você - Me declarei várias vezes sendo sincera em todas
- Eu também te amo muito - nos beijamos
Saímos do avião e Ludmilla ligou para a policia, fomos conduzidas até uma delegacia, Austin ficou preso, tomara que fique por lá por longos anos, Ludmilla disse que ele vai perder o emprego e nunca mais vai poder pilotar um avião na vida dele. Pensei que Ludmilla não iria acreditar em mim, mas acreditou. Se eu contar tudo o que aconteceu desde o início ela poderia relevar e continuar comigo?
- Bru, tá tudo bem? - Ludmilla me levou a um café perto da sua empresa
- Tá sim, só estava um pouco distraída, no mundo da lua
- Você está estranha, tem algo a me contar? Quer dividir isso comigo? Amore mio, se estiver grávida conte pra mim - Segurou a minha mão - Seria maravilhoso, um anjinho tão lindo quanto você - Seus olhos estavam brilhando, ela realmente quer isso, e deseja muito - Eu acho Max bonito, o que você acha?
- Max? Que Max
- Ora, o nome do nosso filho
- Ludmilla, eu não tô grávida - Não estou sentindo nada de diferente que grávidas costumam sentir - Não estou enjoada e a minha menstruação está em dia
- Mas todas as grávidas necessariamente costumam ficar enjoadas?
- Lu, eu não estou grávida
- Talvez esteja e não sabe
- Você parece querer muito isso
- E como quero, você não faz ideia. Vai nascer com a sua cara, tão lindo
- Você é linda, com a sua cara faria qualquer um morrer de amores
- Nisso eu concordo, a Ludmilla é muito bonita mesmo - Uma mulher alta se fez presente
- Alexa, o que você está fazendo aqui? - Perguntou Ludmilla - Anda me seguindo agora?
- Você já foi mais gentil, não vai me convidar pra sentar? Preciso falar com você é um assunto que vai lhe interessar
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