Capítulo 5 - Objetivo
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
É agora, é agora que serei desmascarada, Patrícia vai descobrir toda a armação.
- Me conta logo o que você tá fazendo aqui, ou eu terei que descobrir.
- Vim falar o óbvio, o café estava ruim como sempre, estava com mais gelo do que café, pareceu que estava bebendo água, eu não pedi água.
- Você toma café de canudo e vem querer falar alguma coisa? Vê se me erra e sai logo da minha cozinha.
- Isso não vai ficar assim, eu vou falar com o seu chefe - Sai com raiva e Patrícia Revirou os olhos enquanto eu ri.
- Você não tem medo de falar assim com ele?
- Com o Gustavo? Ele é um banana que fica atrás da Ludmilla. Garota, você nem sabe - Ela iria falar algo do Gustavo, então prestei bastante atenção porque ele é meu namorado - Esse aí vive lambendo a bunda da Ludmilla, aposto que se ela cuspir no chão e mandar ele limpar com a língua ele limpa, esses dias peguei ele lavando a moto dela, e sabe o que eu ouvi ela falando pra ele?
- O que?
- Ele pediu dinheiro emprestado pra ela, porque você sabe né a Ludmilla é cheia da grana - É exatamente por isso que estou aqui, mas não estou pensando em mim para isso - Ela mandou ele ir trabalhar - Ela riu - Ele não sabia onde enfiar a cara, foi hilário.
- Mas ele não é amigo dela?
- É, mas ela não deu não, eu ri da cara dele.
- Ele viu?
- É claro que ele viu, e eu até disse o motivo - Deu de ombros - Agora vamos, estou esperando o que você veio pegar - Saímos da cozinha - Não liga para o Gustavo, ele implica com o meu café desde que cheguei, acho que ele não foi com a minha cara e eu muito menos fui com a dele, então ele sempre fala mal do meu café.
- Eu só vejo as pessoas elogiando.
- Sim, só ele que fala mal.
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
Estava no meu apartamento descansando do dia cansativo que tive hoje na empresa, Daiane disse que iria vir aqui com o Gustavo, passei no mercado e comprei alguns queijos para comer com o vinho que ela vai trazer. O elevador privado começou a subir e Daiane chegou gritando.
- Hoje é dia de encher a cara - Ela tem o cartão do meu apartamento que dá acesso ao meu elevador privado.
- Nada disso, amanhã tenho que trabalhar, uma reunião longa com acionistas - Cumprimentei ela e Gustavo - Fiquem a vontade, comprei alguns queijos.
- Trouxe um francês - Colocou o vinho em cima da mesa..
- Ludmilla, não tive como trazer nada - Disse Gustavo.
- Gustavo, não se preocupe com isso, come aí fica a vontade - Nos sentamos no sofá - A Bete vai cortar os queijos e trazer pra nós.
- Santa Bete que não deixa a Ludmilla passar fome, não sabe nem fazer macarrão instantâneo - Bete era o nome da cozinheira, trouxe ela da Itália quando provei o seu ratatouille, aquilo me deu vontade de chorar de tão bom, comi de olhos fechados. Depois disso paguei caro por ela, comprei um apartamento a ela, paguei o curso de inglês e também pago um alto salário a ela. Ela trabalhava no melhor restaurante da cidade, custou bastante, meu pai até brigou comigo, mas ninguém cozinha melhor que essa mulher.
- Eu sei fazer, ele só não sai bom - Bete apareceu com os queijos cortados.
- Eccola qui Buon appetito, signorina Oliveira.
(Aqui está Bon appetit, senhorita)
- Grazie mille, Bete. Puoi andare, dopo aver mandato questi idioti lontano da casa mia, mi riposerò. (Muito obrigado, Bete. Pode ir, depois de mandar esses idiotas embora da minha casa eu vou descansar) - Voltou para a cozinha e Daiane e Gustavo estavam sem entender. Bete ainda não fala inglês, então falo italiano com ela.
- Falou mal da gente?
- Daiane, seu pai tem mais ações na Itália do que aqui, você vai herdar tudo, não já passou da hora de aprender italiano?
- Não, ainda não está na hora e nem vou aprender, acho um saco.
- Nem espanhol você sabe, tem que aprender, você vai ter uma grande empresa na mão.
- Meu pai quer me dar a empresa, eu não quero - Abriu o vinho - Eu não tenho nenhum interesse nisso, não quero viver estressada atrás de uma mesa fazendo contas enchendo a minha cabeça de números e lógicas - Me deu uma taça - Eu admiro você, mas não quero ser igual a você - Deu uma taça ao Gustavo. Girei o liquido, senti o aroma e tomei um gole.
- Ele só tem você, é filha única, pra quem ele deixaria a herança?
- Para o Jack.
- Ele é um cachorro, Daiane. - Gustavo riu - Olha, se quiser eu ensino.
- Não, Obrigada. Olha o Gustavo, ele não sabe falar, ensina ele.
- Eu adoraria aprender.
- Tô sem tempo ultimamente, quem sabe algum dia quando as coisas na empresa derem uma trégua pra mim. Meu pai está querendo adiar as minhas férias, não via a hora de ter férias pra passar em Roma.
- Roma? Cara tem tanto lugar mais legal - Disse Daiane.
- Rio, é um lugar ótimo - Disse Gustavo - Além de ter muitas mulheres bonitas.
- A é? Fala mais - Daiane e eu falamos juntas.
- Sim, mulheres lindas, praias, calor, tudo de bom. Fora que a comida de lá é maravilhosa.
- Já fui a trabalho, nunca fui para me divertir, mas para descansar prefiro um lugar mais tranquilo, no meu apartamento na Itália quase não tem barulho, a não ser eu deixando cair alguma coisa no chão. Mas vou passar alguns dias lá para conhecer.
- Vamos juntos, que tal esse final de semana - Gustavo deu a ideia.
- Ótimo, vou estar de folga, é tudo por minha conta.
- As passagens eu faço questão - Disse Daiane.
- Eu também posso ajudar, posso pedir pro meu pai, quem sabe ele tem alguma coisa - Disse Gustavo.
- Seu pai tem alguma coisa, ele tem muita coisa, como o dinheiro de todo cidadão de Miami que ele roubou, inclusive o nosso - Disse Daiane, não disse nada apenas tomei o resto do meu vinho.
- Ele é inocente até que prove o contrário - Me servi com mais vinho.
- Ele é culpado até que prove o contrário é isso que você quis dizer.
- Hey! Para, que isso? Vocês dois vieram pra brigar? Se for brigar eu dou até às luvas e empresto a acadêmia pra vocês - Os dois ficaram quietos.
- E a garota? - Gustavo perguntou.
- Que garota? A Stella? - Stella era a minha ficante, a gente tinha uma relação sem compromisso, eu podia ficar com quem eu quiser e ela também, não tenho nenhum problema com isso e nem ela.
- Não. A garota da cafeteira.
- A garota que me deu um fora - Suspirei - Ainda não caiu a minha ficha.
- Desculpa por lembrar.
- Não é culpa sua, eu me lembro toda hora disso ou dela nem sei mais - Será que ela gosta de vinhos? Eu poderia convidá-la para tomar um vinho - Vou desistir dela - É isso, ela não quer nada comigo, não vou ficar correndo atrás.
- Mas você não vai nem tentar mais uma vez? Ela é muito bonita.
- Nem meia vez, não vou mais tentar nada, vou partir pra outra.
- Vou ir no banheiro - Se levantou e foi até o banheiro.
- Que chato - Disse Daiane.
- Fica me enchendo de perguntas, um dia desses perguntou que tipo de mulher eu gostava.
- E o que você disse.
- Todas - Rimos.
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
Estava em casa vendo um filme de romance quando Gustavo entrou com raiva, tenho que começar a fechar a porta, quase tive um ataque do coração.
- Gustavo ! Você me assustou, quase tive um ataque do coração - Coloquei a pipoca em cima da mesa e me levantei.
- Quem vai ter um ataque do coração vai ser eu - Falou irritado apontando para si mesmo - Mas que merda, Brunna. Você não serve pra porra nenhuma!
- O que eu fiz?
- Nada, você não fez nada e esse é o maldito problema - Ele estava vermelho e muito irritado, tem que começar a tomar um calmante mas se eu disser isso a ele, iria arrumar um grande problema, ainda mais em uma situação como essa. - Ela não quer mais, simples assim, ela não quer mais.
- Quem não quer mais? - Não estava entendendo onde ele estava querendo chegar, ele chegou do nada na minha casa tarde da noite me fazendo acusações que eu não faço a menor ideia.
- Para de ser idiota, Caralho. A Ludmilla não quer mais.
- Não é possível, eu não fiz nada de errado.
- Eu te avisei, Brunna - Se aproximou - Eu te avisei sobre a Ludmilla, eu disse que ela gosta das coisas fáceis, ela tem fácil! Para que ela vai correr atrás se do lado já tem? Pra que você vai querer algo que você já tem. Eu perguntei pra ela que tipo de mulher que ela gosta, ela disse qualquer uma, você não iria precisar se esforçar, era só aceitar o maldito beijo! Era só isso que ela queria, mas você não serve para nada Brunna, nada! - Senti vontade de chorar, Gustavo não pensa nas coisas que vai dizer e acaba me machucando muito suas palavras. - Não vem com essa de querer ser diferente, ela tem tudo na mão, ela é rica! Se ela não quiser correr atrás de mulher ela liga e paga por uma, fora que ela nem precisa disso porque tem muitas atrás dela, não pense que é só a Stella que está lá do lado dela, ela tem tantos números de mulheres você não tem nem ideia.
- Gustavo, eu não posso ser igual, eu serei só mais uma, só mais um número.
- Brunna, para que ela vai querer ter esse trabalho de correr atrás de você? A Stella vive grudada no pescoço dela, ela não corre atrás da Stella, nunca correu, a Stella sempre aparece e sempre está lá. Você acha que ela vai por exemplo trocar a Stella por você?
- Não é isso o que você quer? Não é esse o objetivo?
- O objetivo era fazer a Ludmilla ficar louca por você?
-Sim, apaixonada - Ele riu.
- Apai...Apai...- Voltou a rir - Brunna, pelo amor de Deus - Voltou a rir, enquanto eu não estava entendendo o motivo de tanta risada - Você acha que a Ludmilla vai se apaixonar por você? Por você? - Voltou a rir - Se ela não assumiu a Stella e vive com várias outras ela vai ficar apaixonada por você? Você ao menos já viu a Stella? Ela é mil vezes melhor do que você.
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