Capítulo 41 - Você é tão babaca
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
- Daiane, a Brunna veio até mim falar que o Gustavo estava passando necessidades, eu apenas emprestei o dinheiro.
- Dinheiro no qual você nunca vai ver, ele tem um puta apartamento em frente a praia e agora vem falar que passa necessidade, a coitada da Brunna deve ter sentido dó dele, ela é ingênua mas eu não sou e muito menos você. Por ser quem você é, precisa estar de olho em tudo, deve ser uma câmera. Eu sei que você não é boba, o que está havendo com você? Do nada assim da 100 mil pro cara, se quiser fazer caridade que tal ajudar um orfanato?
- Eu já ajudo, se ele sentiu vontade de comer o queijo o que tem de ruim nisso?
- Você está muito diferente, não sei o que está acontecendo com você.
- Você que tá estranha criando coisas na sua cabeça. Eu tenho tantas coisas pra fazer, ou se esqueceu que o seu pai pediu a minha cabeça, não tô com tempo pra pensar no Gustavo.
- Mas eu tenho de sobra, eu vou ir atrás dele, ninguém vai enganar a minha amiga - Saiu daqui feito um furacão.
🌟▫️Daiane Oliveira ▫️🌟
Aquela história do Gustavo estava entalado na minha garganta, não iria deixar isso barato, se deixasse não me chamaria Daiane Oliveira. Fui para o apartamento do Gustavo. Toquei a campainha várias vezes até que ele apareceu me dando uma visão terrível, estava vestido apenas com uma cueca branca.
- Mas que porra vai colocar uma calça - Entrei no seu apartamento que estava uma verdadeira bagunça, ele parecia ter acabado de acordar com o cabelo bagunçado.
- Você entrou na minha casa, é a minha casa você ouviu bem? Então eu me visto como eu quiser, agora quer sair daqui.
- Tá com pressa, toda vez que eu chego aqui você quer me colocar pra fora, tem alguém no banheiro outra vez? Alguém que eu não posso ver.
- Não sei do que você está falando+ - Fechou a porta, ele já se deu conta que não sairei daqui tão cedo.
- Não vai me servir nada?
- Aqui não tem cara de bar.
- Eu vou ser breve, não precisa mostrar as suas garrar que na frente da Ludmilla você esconde. Eu já sei de tudo, de você e da Brunna. - Vi a sua cor sumir, ele ficou tão pálido, seus olhos perderam a cor e estava assustado.
- É tudo mentira, tudo isso é mentira, você não sabe do que está dizendo.
- Como não? Vai negar que foi na casa da Brunna pedir dinheiro porque você disse que passava necessidade, é um puta mentiroso, olha o tanto de bebida que você tem aí, olha esse apartamento, tem até uma academia aqui, agora foi chorar pra uma garota que deve ganhar menos que um salário mínimo? Faça me o favor.
- Ah... Então é isso - Ele se sentou no sofá e parecia mais calmo.
- Por que? Tem outra coisa?
- Não, claro que não, e aliás, o que você tem haver com a minha vida? Eu sou bem grandinho, não acha?
- Ainda age como uma criança mimada, você é ridículo. Eu já sei o que você tentou fazer, eu conheço bem esse seu tipinho, você foi até a Brunna porque sabe que a Ludmilla tá louca pela garota, e se aproveitou disso, e convenceu ela a convencer a Ludmilla para te dar o dinheiro, dinheiro no qual você pede pra ela a meses, e agora ela resolveu te dar, você influenciou a Brunna ao seu favor, você é podre.
- Olha aqui, se você veio para me ofender então faça um favor, vá embora - Abriu a porta e tive uma surpresa.
- Brunna? O que faz aqui? - Brunna estava ali, a namorada da minha amiga estava ali parada segurando o que parecia um bolo de chocolate - Brunna, eu tô falando com você.
Minha cabeça voltou a pensar mil coisas, tudo aquilo que Fernanda me falou para esquecer que não passava de uma coincidência voltou a tona, não era coincidência, era muita para ser verdade.
- Daiane, não sabia que você estava aqui - Entrou no apartamento e suas mãos estavam tremendo, ela estava tão assustada quanto ao Gustavo minutos atrás quando ficou pálido.
- Muito menos eu sabia que você iria aparecer aqui. Agora resta saber - Me aproximei dos dois - O que você está fazendo aqui já que não conhece o Gustavo como você mesma disse, a não ser que você conheça e as únicas pessoas que não sabiam disso era eu e a Ludmilla. E aí? Quem vai me explicar.
- Eu não a conheço. - Gustavo respondeu - Eu não faço ideia do que ela está fazendo aqui.
- Não tem problema, você pode se lembrar de algo, ou questionar ela sobre o porquê dela estar aqui já que você não faz ideia, pensa um pouco - Fui até a adega dele me servi com uma dose de whisky - Eu tenho o dia todo, não tenho nenhum compromisso, ou seja, tempo de sobra - Me aproximei novamente - Para vocês dois me explicar, eu adoro whisky - Bebi um gole - E aí? Quem vai começar?
- Eu não teria amizade com pessoas assim você sabe muito bem - Gustavo disse com raiva - Você é uma estúpida que invade a vida dos outros, e além disso invade também a privacidade.
- Então vocês dois estão querendo privacidade? - Bebi o resto do whisky do copo, isso está ficando interessante.
- Não é isso - Dessa vez foi Brunna.
- Resolveu falar agora? Porque isso tudo está girando ao seu redor e até agora você não falou nada - Fui até o balcão e coloquei mais whisky no meu copo.
- Vai acabar com a minha bebida - Gustavo não parecia nenhum pouco preocupado, já Brunna parecia nervosa.
- Cala essa boca, eu vou tomar tudo enquanto não falam.
- Eu já falei tudo o que eu tinha pra falar. Não sei o que deu na cabeça da Ludmilla para namorar essa garota, você acha que eu sou amigo dela? Como se eu fosse ter amizade com uma garçonetezinha, onde já se viu.
- Cala essa boca - Falei apontando o dedo para ele - Respeite ela, respeite uma mulher, respeite a namorada da sua amiga, respeite, babaca estúpido, ignorante sem noção! Você pensa que é o dono da porra toda mas não passa de um bebezinho filhinho de papai. Ela é sim uma garçonete, isso é um trabalho digno como qualquer outro, não é igual a você que vive na aba do seu pai aquele porco ladrão.
- Não fala do meu pai.
- Eu falo do jeito que eu quiser.
- Vim trazer esse bolo - Brunna interrompeu a briga - Como Gustavo estava passando necessidades eu lhe trouxe um bolo, mas já estou de saída - Deixou o bolo em cima do balcão.
- Você é tão babaca, ela veio aqui te ajudar e olha como você fala dela, sinceramente eu não sei como a Yasmin está com você, mas ela ainda vai ver a pessoa que você é de verdade como eu vi - Fui até a porta - Vamos embora, Brunna. Eu levo você - Gustavo segurou meu braço.
- Nunca mais toque no nome do meu pai, você ouviu?.
- Me solta - Me soltei do seu braço - Me pega desse jeito de novo e te darei um soco no meio da cara. Vamos Brunna. - Coloquei minha mão nas suas costas e saímos do apartamento e chamei o elevador - Ele vai jogar seu bolo fora.
- Você acha?
- Tenho certeza, ele é um mal agradecido, é um babaca - Entramos no elevador - Ele pensa que sou idiota, mas aquele ali ele não me engana, não mesmo - Brunna se permaneceu em silêncio
Sai do elevador e fui até o meu carro, Brunna entrou comigo e segui até a sua casa.
- Brunna, o Gustavo não cheira bem, você não deveria estar ao lado dele.
- Não senti nada vindo dele, ele não costuma tomar banho? - Perguntou confusa me fazendo rir nasalmente, se isso não for teatro ela é engraçada
- Estou querendo dizer que ele não é uma boa pessoa, ele é uma pessoa má, você não deveria estar indo visitar a casa dele para levar bolo, ele fez a sua cabeça dizendo que passa necessidades, mas isso não passa de uma grande mentira, ele mora naquele apartamento gigantesco em frente a praia, para pensar um pouquinho, vê ao redor, uma pessoa como ele passa necessidade? Se passa então porque não vende o apartamento? Apartamento no qual ele comprou não faz nem um mês - Parei no sinal e olhei para ela - Você acha mesmo que o que ele falou faz parte da realidade? - Ela me olhou.
- Foi o que ele me disse - Fiquei olhando para o seu rosto tentando ver alguma mentira, mas como dizer que ela está mentindo se não sou expert em mentirosos? O Gustavo é cara de pau, um mentiroso nato que aprendeu tudo com o pai corrupto, e o conheço a anos, e quanto a ela? Que nem ao menos a conheço tão bem quanto o babaca do Gustavo? O que eu sei é que ela veio de Havana, e que ela é garçonete, mas e o resto? - Eles estão buzinando muito e falando muitos palavrões.
- Esqueci - Acelerei o carro saindo dali para a alegria dos grosseiros que me xingavam - Brunna, voltando a dizer, ele mentiu. O Gustavo sabe manipular, como um bom mentiroso sabe, sabe fazer ser verdade, sabe até fazer você concordar com ele, isso mostra o quanto ele é manipulador, fazendo a cabeça das pessoas como fez a sua para falar com a Ludmilla. Brunna, eu não te conheço, você é namorada da minha amiga, nunca te vi na vida, mas a Ludmilla confia em você, mais do que confia no Gustavo que é amigo dela anos, se um dia vocês dois forem falar algo diferente, ela iria acreditar em você. A Ludmilla confia em você, não pise na bola.
- Está querendo dizer algo? Ele me concedeu o endereço dele, para que eu pudesse ajudá-lo de alguma forma.
- Ele concedeu o endereço do apartamento dele? Aquele apartamento em frente a praia? - Isso tá muito estranho, muito estranho mesmo - Olha Brunna, eu não quero dizer nada, quando eu quero dizer algo eu sou bem clara. Eu não sou mulher de insinuar, eu falo claramente tudo o que tenho a dizer. A Ludmilla é como uma irmã pra mim, eu quero o melhor pra ela, e peço a você que não pise na bola é apenas isso nada a mais, e quanto a acreditar? Se a Ludmilla acredita eu também, e como futuras amigas eu te peço fique longe do Gustavo. - Parei o carro em frente a sua casa - A Ludmilla gosta muito de você, se mentisse sobre algo iria ser um baque para ela.
- Obrigada por me trazer até aqui, e quanto a Ludmilla eu não farei nada para machuca-la - Saiu do meu carro, fiquei mais alguns minutos ali pensando em tudo que aconteceu e depois segui para o meu apartamento, mas uma coisa de certo ronda a minha cabeça... Essa história está muito mal contada.
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