Capítulo 35 - Namorada
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
- Namorada? Você beija uma mulher? - A criança perguntou curiosa enquanto eu apenas só sabia olhar tudo sem dizer nada.
- Sofi, isso é normal.
- É?...- A criança fez uma cara confusa.
- Sim, é normal, porque nós precisamos ficar com quem gostamos não acha?
- Sim, eu gosto do meu amigo da escola, e ele também gosta de mim, eu quero ficar com ele mas o papai não deixa, disse que eu sou muito nova para ter um namorado, mas eu não acho, eu tenho 10 anos já, e sou adulta agora - A garotinha cruzou os braços e fez um bico.
- Sofi, você é muito pequena para isso, é só uma criança, quando você crescer pode namorar.
- Com quantos anos? - falou empolgada.
- Partir de 16 tá bom, o que acha Ludmilla, é uma boa idade? - Brunna virou a cabeça para me olhar.
- Eu comecei com 12, mas tá bom. - Brunna abriu a boca chocada, mas Sofia não entendeu já que eu falei inglês.
- O que ela disse, Bru?
- Nada Sofi, que tal entrar em casa e chamar o papa e a mama pra vir conhecer a Ludmilla?
Entramos na casa da Brunna e assim que entrei vi alguns problemas na casa, o teto por exemplo parecia que iria cair a qualquer momento, as paredes com rachadura, os móveis quebrados e outras séries de coisas que vi, sei que não deveria ficar reparando tanto assim, mas não ter como não ver isso.
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
Sofia entrou em casa gritando para os meus pais virem ver a minha namorada.
- Brunna? - Meu pai apareceu na sala com um enorme sorriso no rosto e olhos cheio de lágrimas - Minha filha - Ele veio me abraçar - Senti tanto a sua falta minha pequena - Meu pai estava chorando - Olha só como você está - Segurou o meu rosto com suas mão - Você cresceu tanto, pensei que iria chegar muito mal, iria chegar aqui amarela de tanto comer hambúrguer, americanos são tão idiotas, só sabem comer hambúrguer e frango frito, americanos são burros - Ludmilla estava bem ali atrás sem falar nada, meu pai não sabe que ela é Americana, ele não faz ideia de quem ela é - E quem é essa bela moça?.
- Pai, essa é Ludmilla. - Fui até ela.
- Sofia disse que trouxe um namorado, onde está o canalha? - Cruzei meus dedos com os da Ludmilla- Vou levá-lo direto para o meu quarto onde tenho aquela faca japonesa, lembra que o seu avô deixou pra mim, se ele vai gostar da conversa eu não sei, mas que eu vou gostar eu tenho certeza, vou mostrar o lugar dele, dar um chute na bunda e mandar de volta para os Estados Unidos - A mão da Ludmilla tremeu e a vi engolir seco.
- Pai, não diga essas coisas.
- Brunna, esses americanos vão te usar e jogar fora.
- Papa, você falar isso de todos, dos americanos, dos franceses, dos brasileiros, todos são assim pra você, não prestam.
- É por que não prestam mesmo - Falou como se fosse óbvio.
- Bru! - Minha mãe se fez presente na sala e dei um abraço apertado nela - Como você fez falta minha filha.
- Você também mama, senti tanta falta de vocês - Ela limpou as minhas lágrimas - Como vocês estão? - Me afastei da minha mãe ficando de frente para ela e para o meu pai.
- Depois eu falo como estou agora me mostra o tal namorado.
- Papa, não é um namorado
- Como não? A Sofia disse que você trouxe um namorado, sabe que a Sofia não mente. Apareça covarde.
- Estou aqui, Sr - Ludmilla finalmente falou se aproximando do meu pai.
- Mocinha, depois eu falo com você agora quero falar com o canalha que está namorando a minha filha.
- E sou eu - Ela é uma mulher de muita coragem, isso é porque ainda não viu a espada do meu pai - Eu estou namorando a sua filha. Sou Ludmilla Oliveira, muito prazer, Senhor.- Ela estendeu a mão.
- Então quer dizer que ela namora você? E tem coragem de dizer isso na minha cara, vejo que é uma mulher corajosa, quer ganhar pontos comigo? Para depois enganar a minha filha a deixando grávida com três filhos com o nariz escorrendo?
- Minhas intenções com a sua filha são as melhores eu garanto ao, Senhor - Meu pai apertou a mão da Ludmilla mas aquele aperto não era breve como costuma ser - Senhor, está apertando muito forte.
- Não aguenta a pressão? Isso me faz ver que assim que a minha filha ficar grávida você vai a deixar sozinha - Meu pai fez um semblante ainda mais irritado - Tá pensando que a minha filha é o que? - Ludmilla passou a gritar de dor, corri até eles.
- Pai, solta ela, papa!.
- Jorge, solte a garota - Disse minha mãe e meu pai soltou a mão da Ludmilla que começou a abanar a mão no ar.
- Papa, você machucou ela.
- Nem apertei tão forte assim e deveria fazer pior. Brunna, você não me contou que era lésbica.
- As coisas acabaram acontecendo, eu gostei da Ludmilla.
- Ela tem cara de canalha.
- Pai, você acha que todos são canalhas.
- Mas ela tem, olha aqui - Todos olharam para Ludmilla que arregalou os olhos.
- Sr, me perdoe e a forma na qual eu não me fiz presente e não me apresentei devidamente. Meu nome é Ludmilla Oliveira, eu sou Itáliana, conheci a sua filha onde ela trabalha, me encantei por esses lindos olhos, ela me deixa nas alturas, e foi nas alturas que eu pedi ela em namoro - Olhou para mim e piscou - Sr, eu posso lhe garantir que o meu pai me educou muito bem, e me ensinou como se deve tratar uma mulher, a Brunna é uma garota admirável, encantadora, eu jamais a machucaria.
- Venha comigo, eu quero ter uma conversa com a sua pessoa - Meu pai foi na frente e Ludmilla atrás.
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
O pai da Brunna me levou para uma sala ele se sentou no sofá e eu me sentei em outro.
- Vamos lá, Ludmilla. Você pretende fazer quantos filhos na minha filha antes de deixar ela sozinha.
- Não, eu jamais faria isso - Se eu tiver um filho vai ser uma alegria, e jamais abandonaria um filho meu.
- Então não vai ter filhos com a minha filha, acha que ela não é boa o suficiente para você.
- Não, quer dizer sim, quer dizer...Sr, eu não irei abandonar a sua filha com três filhos.
- Então vai abandonar com quantos? Com 4 ou até 5?.
- Com nenhum.
- Então não quer ter filho com a minha filha? Quer só brincar com ela e quando enjoar vai jogar ela fora como se fosse uma qualquer. Olha aqui, não é só porque você é mulher que irei aliviar seu caso não - Falou enquanto apontava o dedo para mim.
- Sr, as minhas intenções com a sua filha são das melhores, o Sr pode ficar tranquilo quanto a isso.
- Você namora com ela a muito tempo?
- Faz só digamos umas duas horas, eu pedi ela em namoro no avião vindo pra cá.
- Ela te contou como eu sou e você com medo acabou pedindo ela em namoro as pressas?
- Não foi isso.
- Então por que a pediu em namoro em um avião? Foi do nada por medo você não quer admitir porque é canalha e mal caráter.
- Papa! - Ouvi a voz da Brunna. - Libera a Ludmilla, ela precisa provar o bolo da mama, e para de ameaçar ela.
- Brunna, ela vai ficar aqui até que me convença que é boa o suficiente pra você. A minha filha pode até ser minha filha mas é muito bobinha, ela não vê maldade nas pessoas como eu vejo, ela acha que o mundo é bonito e que um dia vai encontrar um príncipe encantado. Quero que você saiba que eu não sou assim, eu vejo no que as pessoas estão interessadas, e você é uma interesseira, quer a minha filha apenas para usar e jogar fora.
- Eu sei que o Senhor ama muito a sua filha e essa conversa aqui é baseada no seu amor por ela, e o quanto o Senhor quer protegê-la. Mas quanto a mim o Senhor pode ficar tranquilo, eu sei que todas as pessoas que falarem com o Senhor vão dizer a mesma coisa já que querem a sua benção para namorar a sua filha.
- Você é muito esperta, iria dizer isso agora mesmo.
- Eu conheci a sua filha na cafeteria que vou todos os dias, quando eu vi aqueles olhos eu me encantei, ela tinha algo, ela tem algo que me puxa. No começo ela não quis nada comigo, assim como o Senhor ela achava que eu só queria levar ela pra cama e não ligar no dia seguinte, ela me deu muito trabalho, corri muito atrás dela, indo a cafeteria em horários que eu não costumava ir. Eu a pedi em namoro no avião mas foi planejado, e foi hoje mesmo, eu me peguei pensando nela hoje a tarde enquanto trabalhava. Passei em uma joalheria, vi um lindo anel de compromisso, comprei e fiz essa surpresa pra ela no avião, eu achei que seria perfeito o jeito porque o frio na barriga que sentimos quando estamos lá em cima ela me faz sentir aqui em baixo.
- Não vai se arrepender? Fez isso tudo muito rápido.
- Na verdade não foi rápido, não foi como uma tarde do nada, eu me pego pensando nela a tantos dias, ela não sai da minha cabeça, está comigo até quando não estou com ela, hoje eu só tive uma certeza que eu quero ela como minha namorada. Eu sou uma pessoa muito importante no ramo empresarial, as pessoas me tratam bem quando sabem quem eu sou, mas ela mesmo sabendo disso me trata normal.
- Então ela te trata mal.
- Não, ela me trata normal, não puxa o meu saco como costumam fazer, ela me trata como uma pessoa comum e pra falar a verdade eu nunca fui tratada assim.
- Eu vou te fazer uma pergunta, antes olhe bem para aquela espada na parede - Olhei para a parede é vi uma espada de samurai - Katana - Falou o nome da espada - Ela pode cortar a sua cabeça fora - Ele falou sério e meu coração acelerou, quanto tempo para me levantar daqui e correr para fora? Leva mais tempo para ele pegar a espada? Comecei a fazer as contas na minha cabeça - Você levou a minha filha pra cama? Você se deitou com ela? - Se eu for rápida me levantar no impulso de ir pra frente eu posso até correr o risco de cair mas também posso acabar saindo com mais velocidade que ele, e até ele pegar a espada e correr atrás de mim já estou longe daqui - Seja sincera, se não isso vai ser pior pra você.
- Sim, eu levei sua filha pra cama - Vi ele ficar tão vermelho, parecia que iria explodir foi quando ele gritou.
- Desgraçada! Vou lhe cortar a cabeça - Ele correu até a espada enquanto eu corri para fora, entrei em um comodo que era a cozinha, Brunna e sua mãe e a mini Brunna estavam ali.
- Ludmilla?
- Volta aqui! - Me coloquei atrás da minha namorada.
- Pai? Por que está com essa espada?
- Eu vou cortar a cabeça da sua namorada, ela nunca mais vai poder tocar em você. Olha quer saber corta a cabeça vai ser muito fácil para ela, vai morrer tão fácil nem vai sentir. Eu quero que ela se lembre de mim para sempre, vou cortar os dedos dela assim ela não vai poder tocar em você.
- Senhor, eu sou intersexual, eu tenho um pênis e é com ele que eu toco a sua filha.
- DESGRAÇADA! Te mataré.
- E adesso? Chi può difendermi? Morirò senza testa (E agora? Quem poderá me defender? Vou morrer sem cabeça)..
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