Capítulo 29 - Carros
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
- Gustavo, do que você está falando?
- Preciso de necessários 500 mil e você vai conseguir isso pra mim.
- Nem se eu trabalhar a vida toda consiguiria essa quantia ganhando 15 mil por ano recebendo 7 dólares por hora, olha só acabei de perder 7 dólares, e você vai me fazer perder 14 se não me soltar.
- Brunna, você sabe que pode ganhar muito mais, só basta você fazer o que eu mando, ou quer continuar vendo seus pais passarem necessidades em Cuba.
- Está apelando.
- Não, eu não estou, estou falando a realidade, você vai ser uma idiota se não ganhar mais sendo que pode ganhar mais, você ganhou 50 mil sem nenhum esforço, foi o que? Três anos de trabalho? Mais que isso já que você ganha 15 mil naquela cafeteria meia boca. Você pode ganhar só basta querer e seguir as minhas ordens. Você vai ir trabalhar, e quase no horário do almoço você vai ligar pra Ludmilla, você transou com ela, ela deve estar caidinha, você vai convidar ela para um almoço.
- E pedir 500 mil, ela não vai me dar isso, sem chance, do nada pedirei 500 mil? E para que? O meu cartão outra vez? Não tenho vida de Socialite para dever 500 mil no cartão de crédito, ela jamais iria acreditar.
- Você é burra ao pensar que sou burro, é claro que esse seria um plano de merda, idiota - Soltou o meu braço com força - No meio do almoço você vai comentar que acha bonito os carros da Jaguar, é claro que ela não vai negar um carro a você logo depois de uma transa, porque é apenas isso que ela quer com você, então vai te agradar.
- Tá, eu vou ter um carro da Jaguar, mas como vou mantê-lo, fora que eu serei roubada aqui, tentaram entrar na minha casa inúmeras vezes.
- É óbvio que esse carro não vai ser pra você, ele não combina com você, e nem com esse muquifo onde você mora. Eu vou pegar esse carro e vender ele.
- E o carro vai simplismente desaparecer.
- Eu já pensei em tudo, você vai ser roubada.
- O que? Onde e quando?
- Idiota, vai estar tudo armado, deixa de ser uma tapada. Eu já até falei com o cara que vai te roubar.
- Mas eu nem sei se falarei com a Ludmilla.
- como não sabe? Estou mandando, você vai falar com ela, agora vai logo antes que perca mais 7 dólares - Riu.
Fui até o banheiro tomei banho e depois me troquei para ir trabalhar, assim que cheguei vi que a cafeteria estava um caos.
- Me Desculpe, houve um imprevisto, eu vou repor as horas no final de semana - Pedi ao gerente.
- Você perdeu 14 dólares, vou descontar isso do seu salário, e você vai repor no final de semana, isso serve para você não se atrasar mais.
- Ainda sim perderei 14 dólares, mas irei repor as horas.
- Da próxima vez não se atrase agora que já sabe o que vai acontecer - Me deu o bloco de notas - Vamos ande, a cafeteria está lotada - Passei a atender os clientes, Ludmilla chegou e fui até a sua mesa.
- O de sempre - Anotei o pedido e fui correndo entregar para Patrícia.
- Gastou papel de novo - Bateu na campainha em cima do balcão, peguei o pedido e fui entregar para Ludmilla.
- Aqui está um caos, não dá nem para conversar, tanta gritaria.
- Me Desculpe, a nossa conversa vai ficar para outra hora, estou tão perdida, acabei indo ao banheiro entregar um pedido - Ela riu.
- E o que foi? Papel higiênico?
- Na verdade foi o mousse de chocolate do Senhor certinho.
- Pelo visto está falando daquele moço sentado limpando as mãos com lenço umidecido? - Assenti e ela riu - Se ele soubesse que o seu mousse passou pelo banheiro ele não comeria daquela forma tão desesperada.
- Pelo visto gostou do meu mousse.
- A Senhorita que fez?
- Sim, eu que fiz.
- Que maravilha, embrulhe para eu levar, deve ter ficado ótimo.
- Mais trabalho menos conversa fiada, Senhorita Gonçalves- disse o gerente - Desculpe, Senhora Oliveira, ela está lhe atrapalhando.
- Não está, de forma alguma ela está me atrapalhando.
- A Senhora sempre educada, mas sei que a Brunna Brunna estava lhe atrapalhando, isso não vai ocorrer novamente.
- Ela pode passar horas conversando comigo não irá me atrapalhar.
- Com licença - Disse e sai dali.
O movimento passou a ficar menor até que não se restou ninguém na cafeteria naquele horário às 10 da manhã, era sempre assim e nesse mesmo horário apenas um homem entrava e como Ludmilla pedia o de sempre.
- Leve o café até ele - Patrícia colocou o copo em cima da bandeija, levei o café ao homem que agradeceu.
- Patrícia, se ele descobri que esse café é requentado ele vai surtar - Acontece que Patrícia para não ter trabalho sempre deixava o café do homem pronto e assim apenas esquentava no microondas e esse café é de ontem - Sabe o que dizem, café requentado da dor de barriga, ainda sendo esse daí que você nem deve se lembrar de que dia foi feito.
- Relaxa, Brunna. - Colocou mousse em dois copos e me deu um - Ele nem vai perceber, apenas o estômago dele percebe, ele vai no banheiro todo dia após o café.
- Patrícia, coitado, ele parece ser um bom homem.
- Nem tudo é o que parece, igual ao Gustavo que tem aquela cara de bonzinho, para mim ele não passa de uma farsa e que em alguma hora vai se revelar - Engoli seco quando ela tocou no nome dele - E além do mais estou ajudando o intestino dele, sou uma boa pessoa, vai que ele talvez assim tivesse intestino preso, isso é como uma caridade.
- Não, isso é como "Coitado do homem, tomar café de dias atrás é horrível" - Ela riu
- Isso daqui está uma maravilha, vai fazer muito sucesso, e o idiota do gerente não vai lhe dar nenhum bônus, o seu mousse vendeu muito, e ele sai por aí orgulhoso como se fosse dele.
- E além disso não perdôo o meu atraso.
- Ele vai descontar? - Assenti - Que cretino.
- 14 dólares.
- É sempre 15, ele aumenta 1 dólar e a justificativa é que pelo aborrecimento e o trabalho de ir lá no computador para descontar. Mas você nem deve se preocupar com isso, agora é rica.
- Como assim Rica? Não chego nem perto de ser, na verdade estou bem distante.
- Uma forturna veio tomar café com você ontem, e pela cara ela está caidinha por você.
- O que? Claro que não, foi apenas um café entre amigas.
- Sim Claro, amigas que transam.
- Patrícia!.
- Então é verdade - Falou rindo - Essa sua cara aí te entregou - E aí? Como ela é na cama.
- Eu não vou dizer isso.
- Ah, qual é Brunna, somos amigas, você pode me dizer.
- Estamos trabalhando - Ela revirou os olhos.
- Pare de arrumar desculpas, estamos praticamente sozinhas, e você sabe que ele não pede mais nada - Apontou para o homem - Agora vamos, desembucha.
- Ela é boa de cama ponto falei - Patrícia riu.
- Eu sabia que vocês tinham transado, eu sentia o cheiro, então ela fode bem.
- Muito bem, você não faz ideia.
- Você até Suspirou ficou sem ar - Ela mais uma vez riu - Tá com cara de ter sido o melhor sexo que você já teve - Iria responder mas fui interrompida.
- O papo aí está bom não está? - Perguntou o gerente.
- Está ótimo - Respondeu Patrícia.
- Menos papo e mais trabalho.
- Mas não tem ninguém - Respondi.
- A é Srt Gonçalves? Além de chegar atrasada ainda quer fazer corpo mole, você está na minha mira, olha o tanto de mesa que tem para limpar. Ao trabalho as duas agora - Pegamos o borrifador e o pano e fomos limpar as mesas.
- Patrícia, estou com medo - Falei enquanto espirrava o produto de limpeza na mesa.
- Por que?
- E agora? Se ele me demitir? Eu estou ferrada, tenho tantas contas pra pagar, e a minha geladeira queimou, eu comprei uma nova e preciso pagar.
- Você não vai ser demitida, ele precisa de você, você faz o trabalho que antes ele fazia e faz muito bem, você é importante pra ele, igual a mim que me seguro por conta do meu café, se algo sair errado eu estou fodida.
- Mas ele demitiu a Jessie ontem.
- Porque a Jessie era uma funcionária comum, não tinha um diferencial, você está segura aqui eu te garanto.
- Patrícia, você segura aqui pra mim? Preciso fazer uma ligação.
- Claro, pode ir lá.
Peguei meu celular dentro do avental e fui para um canto da cafeteria, liguei para Ludmilla e ela Prontamente atendeu.
- Ludmilla.
- Brunna, como é bom ouvir a sua voz. Está tudo bem?
- Sim, está tudo bem. Eu te atrapalhei?
- Jamais irá me atrapalhar.
- Ludmilla, quero te convidar para almoçar
- Claro, vamos almoçar juntas hoje, que tal um restaurante japonês?
- Acho ótimo.
- Então nos vemos mais tarde, eu passo aí para te pegar no almoço. Até mais Brunna.
No horário do almoço Ludmilla veio me buscar com o seu motorista, fomos até um restaurante japonês perto da cafeteria.
- O que achou? - Ludmilla Perguntou se referindo a comida.
- Eu adorei, está tão bom. Fale a verdade, eu atrapalhei o seu trabalho.
- Claro que não, Brunna. - Pegou a minha mão e beijou - Você jamais vai me atrapalhar, de forma alguma.
- Você dirige uma grande empresa,anda muito ocupada, pensei que poderia te atrapalhar de alguma forma. E por falar no seu trabalho, eu acho tão bonitos os carros que a sua empresa fábrica.
- Você acha?
- Sim, eu sou louca por um carro daqueles, e ainda mais depois de descobrir que você os desenha - Ela sorriu.
- Eu irei parar com essa sua loucura, te levarei a um lugar após o almoço. Irei te atrapalhar?
- Não, não irá - Posso perder 7 dólares para ganhar 500 mil.
- Ok.
Após o almoço Ludmilla me levou para uma concencionaria da sua empresa, o seu motorista abriu a porta para mim, sai e Ludmilla logo depois, um homem abriu a porta da concencionaria.
- Bom dia, Srta. Oliveira - Um homem veio até nós assim que entramos.
- Bom dia, Marcos.
- Em que posso ajudá-la? Jani, por favor traga um champanhe para a Senhora Oliveira. - Uma moça se aproximou.
- Pegue, Brunna. - Ludmilla me estendeu uma taça de champanhe.
- Não, eu estou trabalhando.
- Brunna, não irá ficar bêbada com uma taça de champanhe - Ela conseguiu me convencer, peguei a taça e bebi um gole - Marcos, eu quero que me apresente alguns modelos de carros para a Brunna.
- Me acompanhe, Senhorita - Acompanhei o homem que me levou até um lindo carro vermelho - Esse aqui é o Jaguar XJ. Potência: 340 HP.
Tanque de combustível: 80 l
Velocidade máxima: 250 km/h
Dimensões: 5.130 mm C x 1.899 mm L x 1.460 mm A
- Eu não entendo nada de carros, eu sei dirigir, mas não entendo de carros.
- Senhor vendedor, me orgulhe e mostre um modelo que faça a Brunna se apaixonar, algo que faça seus brilhar.
- Eu tenho um ótimo que é a sua cara. Me acompanhe
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