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Capítulo 26 - Faz de novo

✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨

- Gustavo me solta, você está me machucando.

- Invadiu? Ou veio servir?

- Nenhum dos dois.

- Impossível.

- O que está havendo aqui? - Ouvimos aquela voz muito conhecida por nós dois - Por que a pega assim, Gustavo?

- Eu só estava fazendo uma pergunta, queria saber que horas vão servir o champanhe, você acredita que ainda não começaram a servir...

- Para fazer uma pergunta a uma dama não é preciso toca-la - Se aproximou, tirou a mão do Gustavo do meu braço.

- Eu estava a tocando? Nem percebi, que cabeça a minha né, você sabe como eu sempre ando no mundo da lua.

- E por que a Brunna iria saber as horas que o champanhe irá ser servido? - Ludmilla colocou a mão na minha cintura, senti um arrepio no momento em que seu dedos me tocaram, e como um flash toda a nossa noite me passou pela cabeça.

- Ela não veio servir? Do mesmo jeito que estava servindo na festa da minha noi...A Yasmin - Eles me olharam.

- Ludmilla, você não vai responder? - Pensei que ela falaria que eu vim com ela, mas pelo visto ela tem vergonha de mim, sou apenas uma garçonete e ela uma grande empresária que carrega uma grande empresa automobilística nas costas, eu perto dela sou nada.

- Por que eu responderia se ele se dirigiu a você, jamais cortaria a fala de uma dama. - Pisquei várias não acreditando naquilo, parece até um sonho.

- Eu estou aqui acompanhada com a Ludmilla.

- Ludmilla?

- Sim, o que quer?

- Nada, só achei isso estranho.

- Não tem nada estranho nisso, estranho seria eu não convidar uma dama tão bela para ir comigo a um lugar tão belo não tanto quanto ela mas ainda sim é belo. Agora Gustavo, aproveite a festa. Vamos, Brunna?.

- Sim, vamos - Voltamos para o salão, até senti uma alívio.

- O que está achando da festa?

- Estou achando tão lindo, essa casa é espetacular.

- Sim ela é - Pegou duas taças de champanhe e deu uma pra mim - Mas não tanto quanto você nesse vestido - Encostou sua taça na minha causando um barulho e logo depois tomou o Champanhe.

- Ludmilla. - Uma moça se fez presente - Como é bom rever - Ela parecia ter a idade da Ludmilla.

- Digo o mesmo Ashley - Ela se abraçaram, cocei a nuca e bebi um gole do champanhe enquanto olhava o redor da festa tentando não ver aquela cena.

- Brunna, essa é Ashley Buenos, e Ashley essa é Brunna Gonçalves.

- Prazer Brunna. Nunca ouvi falar de você, é nova aqui? É do ramo automotivo? Assim como a Ludmilla ou o intuito da sua empresa é outra - Engoli seco, não faço ideia do que dizer.

- O meu ramo é de café.

- Oh... café, então é uma exportadora de café? Vem de onde? Acredito que suíça, o café deles é espetacular.

- Vem da cafeteria onde trabalho, eu sou garçonete - Primeiro ela abriu a boca e depois me olhou com um semblante de nojo.

- Foi bom te ver Ludmilla, eu tenho que falar com alguns amigos - Se retirou, quando ela achou que eu era rica estava puxando assunto mas quando falei onde eu verdadeiramente trabalho ela saiu.

- Sua amiga?

- Mais que amigas - Falou entre linhas e entendi completamente o que ela disse, é como o Gustavo disse, ela tem mulheres por todos os lugares, não serei a primeira e nem a última, é impossível ela se apaixonar por mim - Brunna, está tudo bem?

- Sim, só sai de órbita por uns segundos.

- Me acompanhe, venha conhecer um dos maiores empresários do país - Segurou na minha cintura e me guiou até o homem de cabelo e barba branca, e que estava vestido elegante como todas as outras pessoas dessa festa - Ruan Cielo.

- Ludmilla, como é bom te ver - Os dois se cumprimentaram - Finalmente saiu daquele escritório, pra mim você morava lá.

- Fico mais lá que na minha casa, nem lembro o número do meu apartamento, daqui a pouco vou parar no apartamento da minha vizinha - Eles riram.

- O que não seria ruim se é que você me entende.

- Não seria se a minha vizinha não tivesse 90 anos - Os dois gargalharam.

- E quem é essa bela Senhorita?

- Essa é Brunna, Brunna Gonçalves.

- Que belo nome Senhorita Gonçalves- Pegou sua mão e beijou.

- Obrigada.

- Entonces Ludmilla, ¿cómo estás con Jaguar? - Ele perguntou em espanhol.

- Va muy bien, esa crisis finalmente ha terminado, y espero no volver a pasar por otra. (Está indo muito bem, aquela crise finalmente acabou, e espero não passar por outra novamente.)

- Eres competente, Ludmilla . No pasarás por ninguna otra crisis, solo tu padre lo haría, esa cabeza de viento(Você é competente, Ludmilla.  Você não vai passar por nenhuma outra crise, só seu pai passaria, aquela cabeça de vento) - Eles riram - Ludmilla, a minha mulher está me chamando, depois a gente conversa mais.

- Senhoras e senhores, um minuto da sua atenção - Um Homem falou na escada da mansão, ele estava com um microfone - Eu quero abrir essa evento com uma doação, a Jaguar representada pela Ludmilla Oliveira, grande Ludmilla Oliveira uma salva de palmas - As atenção veio para nós já que estava ao seu lado, bati palmas junto as pessoas, por mais que ainda não a conheça muito bem, bati palmas fortemente, ela merece isso, o que me mostrou até agora é o motivo - Foi a maior doação da noite com 5 milhões de dolares - Voltaram a bater palma - Obrigada Ludmilla , esse evento beneficente vai ajudar várias famílias e a sua doação significa muito para todos que estão necessitando. Agora vamos ao chá - Um chá começou a ser servido, peguei uma xícara, tomei um gole do chá sentindo o gosto horrível ou a falta de gosto misturada com um gosto horrível.

- Ludmilla, isso daqui está tão ruim, não dou isso ao meu inimigo, confesso que sentiria pena. Tem gosto de folha seca com um gosto muito amargo mascarando a folha seca mas ainda tem gosto de folha seca.

- O que disse? - Nós viramos, vendo o mesmo homem que havia acabado de falar - Com que direito você fala assim do chá que a séculos está na minha família, uma grande família inglesa, esse chá foi a nossa inspiração para continuar com os negócios da família, descendendo todo esse império, você acabou de ofender a minha pessoa na minha própria casa. Por favor, queira se retirar, ou chamarei os seguranças para te colocar para fora.

- Ok, não precisa chamar ninguém, nós iremos embora - Disse Ludmilla.

- Oliveira, você não precisa ir, mas a moça que lhe acompanha quero a no meio da rua.

- Se ela vai também irei.

- Você fica, fez uma doação significativa, você vai ser homenageada está noite.

- Eu não quero ficar aqui se a dama que me acompanha não é bem vinda - Saimos da mansão.

- você não precisava fazer isso, eu poderia ir embora, acabei falando mais do que deveria.

- Brunna, jamais iria te deixar sozinha, se você não é bem vinda ali então eu também não sou. Agora estamos sem rumo - Comentou.

- Que tal um Capuccino bem cremoso que só um lugar sabe fazer, por minha conta.

- E que lugar seria esse?

- Me acompanhe, Senhora Oliveira. - Peguei na sua mão nos guiando onde estava o carro dela.

Fomos até o lugar onde falei que servia o melhor capuccino da cidade.

- Uau, que belo lugar, como nunca vim aqui antes - Ri.

- Claro, então te apresento o lugar onde eu trabalho.- Nos sentamos em uma mesa na parede que havia um sofás, sentamos uma de frente para outra.

- Senhorita, eu nunca tomei Capuccino daqui.

- Apenas Brunna, não estou trabalhando - Ela riu.

- Você está aqui no local onde tomo café todo dia, as vezes te chamo de Senhorita e nem ao menos percebo - Rimos - Senhorita.

- Oi?

- Dessa vez não é você, é a senhorita garçonete - Então Patrícia apareceu.

- Ora, ora, olha quem está aqui.

- Olá Patrícia.

- E olha só com quem...- Olhou para Ludmilla de cima abaixo, Ludmilla então a olhou com uma sombrancelha arqueada. Eu no entanto olhava para Patrícia e em pensamento dizia "Patrícia por favor, não me faça passar vergonha".

- Então Senhorita, quero o de sempre.

- Ludmilla, não. Patrícia não anota isso.

- Olha só, agora é Ludmilla- Patrícia comentou - Não é mais Senhora, eu sinto cheiro.

- De que, Senhorita? - Ludmilla perguntou.

- Nada não. Eu anoto o café ou não anoto
- Anota dois Capuccino.

- Brunna, eu gosto do meu café de sempre, eu prefiro ele.

- Hmm...agora é Brunna e não mais Senhorita.

- Não sei se entendi bem - Disse Ludmilla.

- Ludmilla, não liga pra ela, olha aqui pra mim. Vamos pedir o capuccino, por favor, você sempre pede a mesma coisa, está na hora de provar algo novo, não acha?

- Brunna.....

- Ludmilla, por favor, apenas prove - Uma chuva forte começou a cair - Viu isso? É uma prova de que você deve provar.

- Brunna. - Riu - É só uma chuva

- Do nada, essa chuva veio do nada, e a sua prova vai vir do nada também, tudo hoje aconteceu do nada.

- Do nada...O que você quer dizer quando diz isso?

- Quero dizer que foi repentino, algo não planejado, ou você planejou que eu iria passar vergonha na festa ser expulsa e acabar aqui e você junto comigo e com a Patrícia falando coisas sem sentido - Rimos.

- Ok, você me convenceu, me traga o Capuccino.

- E você futura Senhora Oliveira. - Ludmilla engasgou com a própria saliva enquanto eu fiquei vermelha.

- Vou querer o mesmo - Patrícia anotou o pedido e saiu - Não liga pra Patrícia, ela estava só brincando.

- Assim espero, casar me dá arrepios.

- Então você não pensa em se casar?

- Pra ser sincera não, eu não quero nem imaginar na possibilidade. O que eu quero agora é crescer na empresa onde trabalho, quero trabalhar e mostrar que eu consigo, que estou ali por trabalhar bem e não por ser filha do dono, o meu pai jamais me colocaria para dirigir a empresa dele se eu não trabalhasse bem.

- E alguém pensa ao contrário?

- E como pensa, Senhorita - Saiu sem querer novamente e sorri, eu gosto disso - Eles acham que eu não sou boa no que eu faço, digo "Eles" quero dizer os acionistas, acham que eu vou acabar colocando a empresa no fundo do poço, para eles eu sou apenas uma criança brincando de ser empresária.

- Eu acho você ótima - Coloquei minha mão em cima da sua e fiz um carinho.

- Acha?.

- Sim, eu acho - Tivemos um contato visual, e foi como se estivesse falando uma com a outra tantas coisas.

- Aqui está o pedido - Colocou os cafés em cima da mesa - Com licença casal - Ludmilla voltou a engasgar enquanto eu ria, Patrícia é muito besta, olhei para trás e ela piscou pra mim e deu um sorriso safado.

- Então, hora de provar - Disse.

- Vamos ver se realmente é bom, fique claro que eu vou ser sincera.

- É o que eu mais quero.

- Eu também Senhorita, nunca perdoaria alguém que mentisse pra mim - Dessa vez foi a minha hora de engasgar - Brunna? Está tudo bem?

- Está sim - Me recompuz - Experimenta - Bebericou o café fechou os olhos e Suspirou.

- Isso aqui é uma delícia.

- Isso! - Comemorei e fiz a minha dancinha da vitória, que era fechar os punhos colocar para frente e girar - Desculpa - Ela riu.

- Hey - Lá vem, assim como o Gustavo ela vai falar para eu nunca mais fazer isso porque é algo ridículo. - Eu gostei disso aí, faz de novo..

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