Capítulo 17 - Você não é a minha noiva
⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡
Sai furiosa da casa da Brunna batendo a porta com força, liguei o carro e sai cantando pneus. Fui até a loja da Stella, um lugar que ela poderia estar. Estacionei o carro em frente a loja dela, sai do carro batendo a porta com força novamente, coloquei a chave no bolso e corri para a sua loja.
Avistei Stella não muito longe falando com suas funcionárias, ela tem uma loja de bolsas de grife.
- Stella, preciso falar com você.
- Oi Amor, estou ocupada agora, mas vai tomando champanhe enquanto isso. Kiara, trás champanhe pra Ludmilla.
- Não quero nada.
- Toma um pouco enquanto me espera.
- Já disse que não quero nada - Estava tentando me controlar.
- Aqui está - A moça apareceu com uma bandeja com champanhe.
- Leve isso daqui, eu não quero nada. E por gentileza, saiam daqui, só deixem a Stella - Me referi as funcionárias- Bora, bora, bora! Adianta o meu lado - Elas saíram.
- Amor, o que houve? Por que está tão nervosa? - Colocou as mãos em mim.
- Não toca em mim - Tirei suas mãos de mim - Você procurou a Brunna para falar que é minha noiva?!
- E não somos? Saimos a anos.
- Não, nós não somos. Eu quero que isso fique bem claro, por mais que eu já tenha sido bem clara com você em relação a isso - A minha relação com Stella é totalmente aberta, eu não cobro ela e ela não me cobra, saímos juntas a anos, fazemos até viagem juntas, mas não temos nada concreto, eu deixei claro que sempre serei uma pessoa livre - Stella, eu vou ser breve porque eu tenho um monte de coisas pra fazer. Se você ir atrás da Brunna mais uma vez, eu juro que conto tudo para o seu pai - Ela pareceu assustada - Ele não vai gostar de saber que ao invés de administrar as lojas você fica por aí humilhando garçonetes, ele não vai gostar nada disso, e quem sabe vai te tirar a administração por exemplo.
- Você não seria capaz.
- Stella, eu te conheço o suficiente pra saber que você deve ter dito coisas horríveis aquela pobre garota que nunca lhe fez nada. Ele já fez a pior besteira que foi te colocar aqui, mas como o seu papaizinho faz tudo o que a filhinha manda não me surpreendi tanto assim. Você foi avisada. - Fui até a moça do champanhe tomei toda a taça em um gole só e sai depressa.
Voltei até a casa da Brunna e bati 3 vezes na porta e Brunna linda como sempre me atendeu.
- Oi, Brunna - Suspirei, eu travei um pouco assim que olhei para ela.
- Ludmilla, eu já disse, não quero confusão. Olha, eu quero ficar no meu canto.
- Me escute, Senhorita - Ela se calou - Eu sei que para você foi difícil essa situação, mas o que eu posso lhe garantir é que nada, absolutamente nada do que ela disse é verdade. Gostaria que aceitasse o meu pedido de desculpas em forma de jantar.
- Não, eu não posso aceitar.
- Por favor, eu faço questão, a culpa disso é minha.
- Você não fez nada.
- Mas foi por minha causa. Podemos jantar no Rosseto, você adorou a comida, posso falar para ele fazer vários pratos para você experimentar, os melhores pratos dele, você vai adorar - Ela parece que parou pra pensar.
- Francês
- Como?.
- Francês, pode ser dessa vez?
- É claro, você escolhe o lugar. Te pego as 8?
- Sim.
- Agora tenho que ir. Tenha um bom dia, Brunna.- Beijei sua bochecha e voltei para o meu carro.
✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨
As 8 da noite em ponto Ludmilla bateu na minha porta. Me olhei no espelho mais uma vez e abri a porta, Ludmilla estava vestida com um terno preto, seu cabelo estava amarrado em um coque.
- Está belíssima.
- Você também. Obrigada.
- Vamos? - Me estendeu a mão, segurei em sua mão e fomos até o carro e ela abriu a porta.
O caminho todo indicava o caminho para ela, assim que estacionou o carro um moço abriu a porta para mim e estendeu a mão, sai do carro e Ludmilla deu a chave do carro para ele. Entramos no restaurante e ela puxou a cadeira, olhei para o cardápio e mais uma vez não fazia ideia do que pedir, Ludmilla já havia pedido um vinho e havia acertado no sabor, estava delicioso. Ludmilla me indicou um prato e pediu o mesmo para ela. Estar aqui teve um objetivo, eu precisava disso, não poderia deixar isso barato. Olhei para o outro lado da rua.
- Desde que chegamos você está olhando para o outro lado da rua. Onde fica a loja da Stella, você quis vir aqui para isso - Era exatamente isso.
- Me Desculpe, é isso mesmo, mas eu não sei onde que estava com a cabeça, lhe usei para me favorecer, mas ela está ali agora olhando para nós, eu consegui o que eu queria, mas se uma forma muito ruim pois lhe usei e não me orgulho disso e..
- Calma - Colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e fez um carinho na minha bochecha - Pode me usar, Senhorita - Riu nasalmente - Não vejo nenhum problema nisso.
- Não?...
- Não - Tomou um gole do vinho enquanto me olhava - Se assim irei conseguir a sua companhia então não vejo problema - Voltamos a comer até que ela quebrou o silêncio - Irei ir a um evento beneficente, e gostaria que estivesse aí meu lado.
- Eu nunca fui a eventos desse tipo, não sei se sou a melhor pessoa para isso. Pense melhor - É como o Gustavo disse, eu não tenho paladar para isso.
- Hmm...- Parou para pensar - Já pensei, você é a melhor pessoa para isso. Vai comigo, eu prometo que farei uma bela noite - Pegou a minha mão e beijou - O que me diz? - Ficava até tonta com tamanha gentileza.
- Sim, eu aceito.
- Hmm...- Terminou de mastigar limpou a boca e disse - Lhe comprarei um vestido, um lindo vestido. E vai ser após o jantar.
Após o jantar Ludmilla me levou até uma loja não muito distante dali.
- Aqui tem vestidos, Lindos - Tirou o cinto saiu do carro e abriu a porta pra mim - Espero que goste - Entramos na loja e não tinha ninguém além de uma moça do outro lado de um balcão, já era tarde, esse é o motivo de não ter pessoas ali.
- Ludmilla. - A moça ruiva veio até nós.
- Boa noite, Cindy - Já ouvi esse nome em algum lugar - Cindy, essa é Brunna, quero o vestido mais bonito da loja - Ela me olhou de cima abaixo me medindo, seu olhar era uma mistura de nojo e raiva.
- Que petulância não é, Ludmilla.
- Não estou entendendo, Cindy - Stella... Stella havia falado esse nome para mim hoje mais cedo - Onde está querendo chegar?
- Você trouxe a sua garota de caridade aqui para a minha loja. Você, Ludmilla? Logo você, uma pessoa tão elegante estar ao lado dessa garçonetezinha de quinta categoria, que mal deve ganhar para sustentar sua vida miserável.
- Quer saber, vou embora - Dei as costas mas Ludmilla segurou o meu braço.
- Você não vai a lugar algum - Falou olhando nos meus olhos - Escuta aqui, Cindy - Me virei ficando de frente para aquela mulher esnobe - Sabe o que é de quinta categoria? Esse seu preconceito sujo, sabe o que é miserável? Essas palavras que você diz para menosprezar as pessoas, você é uma pessoa miserável, sua inteligência é miserável, você é pura ignorância, Cindy. Está vendo aquele vestido ali - Apontou - Eu passo aqui e ele está ali bem na frente, e isso aconteceu por meses, você deve estar tentando vende-lo a vamos ver - Colocou as mãos no bolso - Um ano? - Levantou os ombros e a respiração da mulher esbone ficou alterada - Peça única eu imagino, ele é tão caro que ninguém quer comprar, mas eu iria, e isso iria tirar um peso das suas costas não é mesmo? Você deve ter gastado muito para fazê-lo e até agora não teve uma remuneração. Você e a Stella tem algo em comum, vocês não sabem administrar, e ele vai continuar ali até quem sabe você abaixar o preço e acabar dando de graça a quem comprar porque você não vai lucrar nada com isso. Então, Cindy. Deveria pensar no que dizer, peixe morre pela boca. Vamos Brunna. - Saímos da loja, ela foi na frente e estava rindo atrás, e ouvi um grito da tal da Cindy - Vou fazer uma ligação, só um segundos. Daiane - Falou na ligação - Você tava fazendo o que? Como sempre não é. É claro que eu faço idiota, fiz a pouco tempo não que isso seja da sua conta - Afastou o celular da orelha - Me Desculpe.
- Tá tudo bem.
- Preciso de ajuda. Não, não vai demorar, você vai continuar a transar - Revirou os olhos - Daiane, é sério, preciso agora. Você conhece uma pessoa rica sem ser esbone? Sim, essa pessoa deve existir em algum lugar, não fale que não existe. Mas Daiane, essa pessoa deve existir. Preciso de um vestido. Não, não é pra mim. Sim é pra ela - Sorri de lado, ela fala de mim para a Daiane. - Tá bom, eu vou até lá - Desligou a ligação e me olhou - Ela me deu o endereço de uma loja.
- Ludmilla, não precisa.
- Brunna, agora eu faço questão - Foi até a loja que estava praticamente fechada, ela bater na porta e uma moça abriu.
- Você é Ludmilla? - Ela perguntou.
- Sim, eu mesma..
- A Daiane disse que você viria, por isso esperei por você aqui, se ela tivesse me ligado 1 minuto depois talvez nem estivesse aqui. Entrem, fiquem a vontade - Entramos. Olhei para todos os cantos da loja admirada com os vestidos que ali estavam, era um mais lindo que o outro - Então vocês querem um vestido eu acredito já que não vendo outra coisa - Rimos - A Daiane falou que você é amiga dela, e para a amiga da minha amiga tem um tratamento vip - Foi até até uma mesa e trouxe duas taças de champanhe - Aproveitem, não sirvo isso aos clientes - Pegamos as taças - Um champanhe tão caro assim eu só sirvo aos meus amigos. Se é amigo da Daiane também é meu amigo.
- Quero o melhor vestido dessa loja, para ela - Disse Ludmilla - Só uma dica, vermelho lhe cai muito bem. Brunna, é só uma sujestão, se não quiser usar vermelho não tem problema.
- Vem comigo, Brunna. - Segurou na minha mão e me levou para uma enorme sala - Aqui ficam os vestidos mais bonitos e os mais caros.
- É o lugar mais lindo que já vi - Falei olhando para todos os vestidos - São perfeitos...- Fui até um vestido que me chamou bastante atenção.
- Obrigada, e esse aí é perfeito, ficaria lindíssimo em você. E ela lá fora vai adorar - Sorri de lado - Ela é linda, vocês fazem um bonito casal.
- Nós não somos um casal.
- Ainda não. Agora vista, esse daí deve te servir - Peguei o vestido e fui me vestir. Me olhei para o espelho de frente e costas para ver se me caiu bem. Abri a porta e sai, assim que a moça me viu abriu a boca - Você está belíssima. Vire de costas - Me virei - Ela vai babar em você, não vai te tirar os olhos a noite ou o dia todo - Se aproximou - Me deixe apenas arrumar aqui - Fez um laço atrás do vestido bem mais bonito do que o que eu havia feito - Suas costas ficam totalmente de fora, a coisa mais linda, sua pele é perfeita - Chegou perto do meu ouvido e disse - Não é atoa que ela te olha daquele jeito - Entre abri os lábios e ela se pôs na minha frente - É esse?.
- Sim. É esse - Sai da sala já com a sacola. Ludmilla que estava sentada no sofá se levantou.
- Não vai aparecer com o vestido para que eu possa ver?.
- É surpresa, saberá no dia do evento.
- A é? Senhorita - Veio até mim - Mas eu bem que lhe mostrei aquele dia na loja de Rock
- Não estou lembrada - Caminhei para longe e a vi olhar para a minha bunda.
- Não? - Ela perguntou assustada.
- Não sei? Eu esqueci?
- Isso é um sim? - Perguntou perdida, foi engraçado.
- Você tem os seus joguinho, Oliveira. Eu também tenho o meu - Mordeu o lábio e olhou para a minha boca.
- Vai ter troco.
- Isso é o que nós vamos ver - Pisquei.
- Como vai pagar? - Perguntou a vendedora.
- Cartão Débito.
- Ficou 20 mil - Arregalei os olhos assustada.
- Ludmilla, eu não posso aceitar.
- Como não?
- É muito caro, é 20 mil dólares.
- Sim, e qual é o problema?
- Eu não quero te fazer pagar tudo isso - Isso para mim é muito dinheiro, mas parece que para ela é apenas trocados.
- Brunna, esse vestido já é seu, e já paguei - Ela já havia colocado a senha do cartão - Você está com pressa? - perguntou para a vendedora.
- Tenho energia para apresentar o resto da loja e são 3 andares.
- Um salto, ela ficaria belíssima de salto com esse vestido misterioso. Já que ela quer jogar comigo imagino que não me queira por perto - Assenti e ela riu - Leve ela até lá, e mostre o salto mais lindo da loja inteira.
- Ela vai se encantar com todos, são perfeitos, então. - Colocou mais champanhe na taça da Ludmilla - Se distraia com o champanhe, você vai precisar.
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