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Capítulo 13 - Jantar

⚡▫️Ludmilla Oliveira ▫️⚡

Me vesti com um terno preto, nós pés um sapato social também preto, passei uma maquiagem leve com um batom nude, joguei o cabelo de lado, passei meu perfume francês e sai do closet. Peguei a chave do carro a colocando no bolso e fui para a sala.

- Ual, para onde vai tão bonita?

- Harry, preciso sempre lembrar que é meu funcionário? Alguém me ligou?

- Você está precisando fazer sexo, está muito irritada. Esse perfume é uma maravilha, deve ter gastado uma grana nela. A cobra te ligou - Foi até a mesa pegando o seu bloco de notas - Fala para Ludmilla que eu farei um jantar aqui em casa, quero a presença dela.

- Liga pra ela e fala que eu não poderei ir, inventa qualquer coisa.

- Ah não, eu não quero ter que lugar pra ela, isso é tortura. O que eu lhe fiz de tão ruim?

- Harry, só faça o que eu mandei - Enrei no meu elevador privado.

Segui para a casa da Brunna que era um tanto quanto longe da minha. Estacionei o carro em frente a sua porta, bati na porta já que não havia campainha.

- Senhora, Oliveira.

- Senhorita...- Ela estava linda. Vestida com um vestido preto se mangas deixando os seus ombros a mostra, o vestido ia acima do joelho, nos pés ela usava um salto preto baixo, sua maquiagem estava leve e nos lábios um batom rosa brilhando que chamava a atenção para eles, seu cabelo estava ondulado jogados para trás do ombro.

- Senhora? - Me tirou dos meus devaneios.

- Vamos?.

- Vamos - Abri a porta do carro para ela e entrei logo depois.

(.......)

Assim que estacionei o carro em frente ao restaurante a porta da Brunna foi aberta.

- O que é isso? É um assalto? Eu não tenho nada aqui de muito valor, não me mate, leva a minha bolsa.

- Brunna, espere - Ri - Senhorita, ele é pago para fazer isso.

- Assaltar as pessoas?

- Não é um assalto, ele vai te tirar do carro, ele trabalha no restaurante.

- Senhorita - Estendeu a mão.

- Pegue.

- Você tem certeza? - Perguntou ainda com medo, ela realmente achou que seria um assalto.

- Sim, eu garanto isso - Então deu a mão ao homem e saiu do carro. Sai logo depois e fui de encontro a ela.

✨▫️Brunna Gonçalves ▫️✨

Ludmilla repousou sua mão na minha cintura e foi como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo.

- Vamos? - Perguntou enquanto me olhava.

- Vamos - Entramos no restaurante e foi o lugar mais lindo que eu já havia visto na vida, aqui deve custar uma fortuna.

- Senhorita - Ludmilla puxou a cadeira para mim.

- Obrigada - Me sentei e ela também.

- Boa noite, sejam bem vindas, posso anotar o pedido? - Perguntou o garçom.

- Senhorita - Ludmilla perguntou enquanto olhava ao cardápio - Tem preferência a algum vinho? - Ela com certeza iria rir da minha cara, por não conhecer nada de vinhos, ela me trouxe em um lugar extremamente elegante, todos daqui iriam rir - Senhorita?

- Eu não conheço vinhos.

- Tudo bem, então posso pedir um?

- Sim, claro - Ela é tão educada.

- Um chianti, por favor - O garçom anotou e se retirou - Imagino que irá gostar desse vinho.

- Não costumo tomar vinho.

- Como vir a um restaurante italiano e não tomar vinho? Você vai gostar, não tem quem não goste. Chianti é um vinho tinto italiano produzido na região da Toscana. É um vinho tinto seco, com notas de fruta muito concentrada e é produzido com as uvas Sangiovese e Canaiolo, ambas tintas, e as brancas Trebbiano e Malvásia - Como conseguiu gravar tudo isso sobre o vinho? Eu não sei nem ao menos repetir o nome.

- Como conseguiu gravar tudo isso? - Perguntei curiosa, odeio ficar curiosa sobre algo.

- Sou uma amante de vinhos e amante da Itália.

Queria que fosse minha amante. Brunna! Onde já se viu pensar uma coisa dessas?

O vinho chegou e o garçom nos serviu, peguei para experimentar mas Ludmilla me parou.

- Não vai sentir o aroma? - Perguntou enquanto virava o líquido na taça.

- Tem cheiro de vinho - Perguntei ao cheira o que a fez rir.

- Vai ter porque está consentrado apenas no álcool. Me dê sua taça - Dei a taça a ela que tirou o vinho e colocou no meu nariz fechei os olhos e suspirei - O cheiro não é mais de vinho, é muito bom. - Dava para sentir o aroma das frutas.

- É como estar na Itália, esse vinho me lembra muito. Segure, beba - Bebi um gole do vinho sentindo o sabor delicioso, era tão leve e dava para sentir o gosto de várias frutas ao mesmo tempo, e dava para sentir até uma leveza.

- É maravilhoso - Falei sincera e bebi mais.

- Sim, é um dos meus vinhos preferidos - Me serviu com mais - Agora vamos escolher a entrada.

Fiquei olhando o cardápio e a cada vez que olhava os preços era como levar uma facada, alguns preços dos pratos chegavam a ser o meu salário inteiro na empresa onde eu trabalhava. Ludmilla escolheu o seu sem ao menos olhar, e estava apenas me esperando enquanto bebia o vinho e seu olhar não saia de mim, ela era tão paciência, aposto que estava ali mais que 10 minutos.

- Senhora. - A chamei.

- Sim, Senhorita.

- Poderia me indicar algum prato? Eu nunca havia ido em um restaurante Italiano.

- Ir a um restaurante italiano e não provar a salada caprese chega a ser uma fronta. Indico a Salada Caprese. Salada Caprese é uma salada italiana simples, feita de mussarela fresca fatiada, tomate e manjericão, temperada com sal e azeite de oliva.

- Parece ser muito bom.

- É mais que bom, Senhorita.

- Vou ir por você.

- Uma decisão bem ruim, mas em relação a culinária italiana eu sou expert. Por favor - Chamou o garçom.

- Ragazza Ludmilla. - Ludmilla se levantou assim que viu um homem que estava vestido como chefe.

- Bartom - Os dois se abraçaram e pareciam
bastante empolgados.

- Cosa ti è successo? Andato, non sono mai più tornato al mio ristorante. E tanto meno ti ho incontrato in Toscana(O que aconteceu com você? Desaparecida, nunca mais voltou ao meu restaurante. Nem te conheci na Toscana). - Ok, eles deveriam estar falando italiano, não entendo nada.

- Troppo lavoro. Quella compagnia non mi lascerà in pace per un secondo(Muito trabalho. Essa empresa não vai me deixar em paz por um segundo) - Não faço ideia do que a Ludmilla acabou de dizer mas vê-la falando assim é tão sexy.

- Hai ordinato vino senza consultarmi? Questo è tradimento(Você pediu vinho sem me consultar? Isso é traição) - Isso a fez rir.

- Pensavo non fossi qui, sei un uomo molto impegnato(Achei que você não estivesse aqui, você é um homem muito ocupado) - Vê-la falando com a língua dançando na boca e com aquele biquinho me fez se fechar contra o nada. Cruzei as pernas por conta da excitação deprimente, estou excitada por apenas vê-la falar italiano, e mal a conheço, como isso pode acontecer?, me fazer sentir tanto calor por apenas falar em outra língua.

- Para você nunca estou ocupado, é como uma filha para mim - Eles voltaram a se abraçar. Tomei um pouco do vinho enquanto olhava tudo aquilo, queria levar um desses pra casa, é tão leve.

- Questa è Brunna - Agora ela está falando o meu nome, e até pronunciou com um sotaque italiano o que me fez sentir algo estranho no ventre - Brunna, esse é Bartolomeu, para os amigos é o Bartom, ou Rossetto - Ele riu. Me levantei.

- É um prazer, Brunna. - Beijou a minha mão - Ludmilla, essa é mais bela do que a outra - Outra? que outra? Ela deve ter trazido várias mulheres para cá, deve ser uma colecionadora de mulheres, essas pessoas ricas nunca é de ninguém.

- Você realmente não foi com a cara da Stella. - Então é ela, ela já trouxe essa tal Stella para cá, e deve ter dado o mesmo vinho, ela não é nem ao menos original, essa Stella é como se fosse a sua namorada segundo o Gustavo, Ludmilla só nunca assumiu a mesma.

- O que as senhoritas desejam? - Ludmilla riu porque o mesmo desconversou - Siediti, voi due non crescerete più(Sente-se, vocês dois nunca vão crescer) - Ludmilla se sentou.

- Senhorita, ele disse para sentar - Me sentei - Uma Salada Caprese.

- É para a moça? Eu mesmo farei com muito carinho.

- Obrigada - Agradeci ao senhor que parecia ser muito gentil.

- Hoje eu vou acompanhá-la.

- Mi scusi - Se retirou.

- Ele é como um pai pra mim, que o meu pai não escute isso - Tomou um gole do vinho - Mas eles são como irmãos, então não terá tão problema assim, mas o Michael é muito ciumento.

- Michael é o seu pai?

- Sim, Michael Oliveira, você deve conhecer.

- É o chefe da Jaguar.

- Exatamente, Senhorita. Anda lendo muitos jornais?.

- Na verdade fofocas mesmo - Tomei mais vinho enquanto a olhava rindo do que eu falei - Você fala italiano?

- Senhorita, eu sou Itáliana, nasci em Roma na Itália - Tomou mais vinho antes de terminar de dizer - Falo Espanhol e Francês também.

- Ual, isso é incrível - Nossos pratos chegaram, agradeci em inglês enquanto Ludmilla agradeceu em italiano.

- Prove e me diga o que achou - Provei a salada e foi como sair daqui sem sair do lugar.

- Hm...- Gemi - Isso é muito bom.

- Gostou? - Perguntou enquanto sorria.

- Sim, o tomate tem um gosto tão diferente e tão bom, eu posso sentir o forte gosto de manjericão.

- Come mais, e toma um pouco do vinho - Fiz o que ela pediu fechei os olhos e suspirei.

- Isso é uma maravilha, com certeza a melhor coisa que já comi.

- Jura? Eu te mostrei a comida que você mais gostou em toda sua vida?

- Sim, com certeza, eu nunca comi algo tão bom assim - Fui sincera.

- Não diga isso tão breve assim, estamos apenas comendo uma salada - Colocou mais vinho no meu copo - Fique tranquila, isso não vai te deixar bêbada, tanto porque quero que se lembre desse dia - Limpou a boca e voltou a comer com elegância.

Após comermos a salada o chefe Bartolomeu apareceu.

- O que acharam?

- Maravilhoso - Falei - Estava muito bom, a melhor comida que já comi em toda a minha vida, você tem um ótimo dom.

- Querida, você ainda está apenas na salada.

- Foi o que eu disse pra ela - Ludmilla disse enquanto bebia, já estava na sua segunda taça, é uma amante de vinhos assim como ela disso e da para perceber.

- Posso indicar o prato principal? - Se referiu a mim.

- Sim, eu não conheço pratos Italianos.

- tortellini a bolonhesa. Essa é a minha especialidade, e farei especialmente para a garota da minha filha Ludmilla.

- Que o meu pai não escute você falando isso - Ele riu.

- E você?

- Vitello Tonnato - Ele se retirou. Ludmilla encostou na cadeira e passou a me olhar. Ela virou o rosto elegantemente tomou um gole do vinho enquanto me olhava - Então, Brunna - Dançou com o meu nome na sua boca - Você é como um enigma pra mim - Disse enquanto olhava de cima para baixo - O que me esconde? Ou terei que descobrir sozinha? - Parei o olhar no seu vinho que dançava na taça enquanto ela girava.

- Não tenho nada a esconder, é o que dizem, quem achas que alguma pessoa tem algo a esconder é porque ele mesmo tem algo a esconder - Tomou o restante do vinho e colocou a taça em cima da mesa.

- Garota esperta - Riu - Você acabou de virar o jogo ao seu favor isso é fascinante - Um sorriso brincou nos seus lábios que estavam rosados por conta do vinho - Tenho muitas coisas a esconder, mas como uma boa estrategista não posso lhe contar.

- É algo relacionado a mim? - Tomei mais vinho.

- Se eu te contar não vai ser mais segredo - Piscou pra mim. Ficamos naquela troca de olhares até que os nossos pratos chegaram - grazie - Agradeci em italiano, Ludmilla me olhou com uma sombrancelha arqueada. Ela cortou a sua carne e levou até a boca - O Bartom nunca decepciona - Se serviu com mais vinho e serviu para mim também, só espero que esse vinho realmente não me deixe bêbada, porque aparentemente parece que ela não bebeu nada.

Provei o meu prato e mais uma vez Suspirei.

- Pelo visto gostaste?

- Sim, muito - Comi mais - Ele tem uma ótima mão.

- Batom ganhou muitos prêmios na Itália e em todo mundo, tem um restaurante renomado em Toscana. Sempre quando vou pra Itália sou obrigada a ir lá se não ele me bate, e os tapas que ele da na minha cabeça dói muito - Limpou a boca - Pelo visto você é uma pessoa que aprende rápido, já sabe agradecer em italiano.

- Sim, eu realmente aprendo as coisas bem rápido, logo na primeira vez.

- Sim, eu percebi. Já contei muita coisa sobre mim. Agora o jogo virou, quero saber sobre a Senhorita, o que faz aqui, por que e quando chegou.

- Sou de Cuba-Havana.

- Quase.

- O que?

- Eu havia criado uma aposta comigo mesma de que lugar a Senhorita seria. Jurei que a Senhorita havia vindo do México.

- Conhece Cuba?

- Não, nunca fui para lá. Eu trabalho tanto senhorita que fora os países que tem sedes da Jaguar eu não vou.

- Suas viagens são só a trabalho?

- Praticamente sim, tirando a italia que tenho uma casa lá e que passo as ferias lá, esses dias fui para o Brasil, com meus dois amigos, passei um final de semana lá, mas mesmo assim fiquei no hotel, só sai para tomar um banho de mar, a diversão não teve porque eu tinha trabalho acumulado para fazer.

- Amigos que estavam com você na cafeteria?

- Sim, Daiane e Gustavo- Engoli seco quando ouvi esse nome - Mas espere - Meu coração acelerou. Será que ela descobriu tudo? - O que foi? Parece nervosa, algum problema Senhorita?

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