☾ ℂ𝕒𝕡𝕚́𝕥𝕦𝕝𝕠 𝟚 ☾
Sonho on
O som de Where have you been da Rihanna enche o carro me fazendo vibrar com a sensação.
– I’ve been everywhere, man. – canto o mais alto que consigo – Looking for someone.
– Someone who can please me – a voz grossa e rouca de um homem canta junto. – Love me all night long.
Olho para o condutor e começo a rir do seu show privado.
I’ve been everywhere, man
Looking for you, babe
Este era sem dúvida o melhor aniversário de sempre.
Looking for you, babe
Searching for you, babe
– A única coisa que faria este aniversário perfeito era ter comida aqui. – reclamo sentindo fome.
Nem parece que comi uma pizza à 1 hora atrás.
– Paramos lá à frente para comer – sorrio instantaneamente.
Comida só não é a oitava maravilha do mundo porque é a primeira.
Uma luz faz se presente no fim da estrada me fazendo fechar os olhos. Começo a sentir algo puxar por mim, como se isto não fosse real.
–Rika – com a respiração ofegante e toda suada olho para o Dr. Cullen parado à minha frente com as mãos em meus ombros – tudo bem, está tudo bem. Foi só um sonho.
Não foi não, aquilo era muito real para ser um sonho. Parecia uma memória. A pergunta era, quem é que estava comigo naquele carro?
Levanto o olhar sentindo carícias no meu cabelo, numa tentativa de me acalmar.
– Está tudo bem, tudo vai ficar bem – O mais velho continua a sussurrar trazendo me conforto mesmo eu não acreditando que tudo iria ficar bem.
Segundos, minutos, se passaram num silêncio confortável.
Eu nos braços fortes e frios do loiro e ele sentado na maca, abraçado a mim, fazendo carinho no meu cabelo me acalmando.
–Obrigado – sussurro alto o suficiente para ele ouvir.
– Não há nada que agradecer – O Dr. Cullen se afastava de mim começando a se dirigir à porta do quarto. –vou deixar lá dormir agora, tente descansar senhorita Stone.
Assinto, mesmo querendo continuar nos seus braços, com as carícias no meu cabelo.
Não queria dormir isso era um facto, estava com medo, medo de voltar a sonhar, era como se a minha mente me desse um alerta para não adormecer.
E o único sítio em que me sentia segura parecia ser nos braços de Carlisle Cullen.
–Dr. Cullen – quando dou por mim já o tinha chamado, fazendo o mesmo se virar para me encarar.
– Sim senhorita Stone – o mesmo fala quando se apercebe que não iria dizer nada.
– Poderia ficar aqui comigo, não quero dormir, e bom, aqui não tem nada para fazer por isso poderia ficar aqui comigo? – desvio o olhar tendo vergonha de encarar seus olhos.
– Tudo bem.
Tudo bem? Ele aceitou? Sério? Nossa. Ok Erika mantem a calma não é nada de mais, é só o Dr. Cullen a vir fazer companhia a uma paciente dele, nada de novo.
Mesmo o meu cérebro tentando me acalmar o meu corpo não obedece fazendo com que a máquina de vigilância cardíaca comece a apitar rapidamente.
– Esta tudo bem? – o Dr. Cullen começa a me examinar. – os seus batimentos cardíacos estão acelerados.
– Está tudo bem, é só o nervosismo – afirmo verdadeira fazendo o mais velho se afastar a sorrir.
Ficamos em um silêncio constrangedor, Carlisle sentado na poltrona e eu deitada a olhar para o teto como se fosse a coisa mais bonita da minha vida.
– Quantos anos você tem? –viro me em sua direção à espera da resposta.
– 23
– Ata claro – respondo irónica. – só para deixar claro eu não estou a dizer que parece velho, muito pelo contrario.
–Estou falando sério – pior que ele não parece estar a mentir.
– Como que alguém de 23 anos já é médico aparentemente bem sucedido tendo em conta as marcas de roupa cara que você usa –sento me tento uma melhor visão do mais velho – sem falar no perfume, já agora ele cheira bem, não mude ele.
– Sempre gostei de estudar, e avancei alguns anos na faculdade – o Dr. Cullen parece pensar antes de me perguntar – minha vez. Comida favorita?
– Sushi sem dúvida sushi – penso numa pergunta criativa que me faça conhecer melhor a pessoa à minha frente – quem era você na minha vida passada?
– Ah – Carlisle aparenta estar confuso e surpreso com a pergunta – acho que não entendi a questão.
– Eu acredito que todas as pessoas que a gente conhece neste vida, já estão vindo de vidas passadas – esclareço sua dúvida da forma mais sincera que consigo.
– Bom eu ainda não tenho resposta para a sua pergunta mas quem sabe um dia eu lhe responda – fico um pouco triste, queria mesmo ouvir a sua resposta, quem sabe um dia não ouço. – Qual a coisa que você mais teme?
– Não sei, eu acho que não sinto medo, óbvio que tem coisas que não gosto, tipo o mar, mas medo acho que não tenho – Firmo o olhar nos olhos dourados de Carlisle– A gente vence o medo quando toma conhecimento do assunto. Por isso quando eu sinto medo eu pesquiso e estudo sobre.
Carlisle olha para mim com um misto de admiração e surpresa.
Coro sobre o olhar quente dele fixo na minha pele clara.
–Minha vez – tomo iniciativa – Filme favorito?
– O médico e o monstro, sem dúvida alguma – Carlisle levanta se me assustando e em vez de ir em direção à porta como eu pensava, ele levanta gentilmente a poltrona e a chega mais perto da maca, voltando se a sentar –peço desculpa, é para ficarmos mais confortáveis.
– Tudo bem
– Voltando à pergunta, como disso “O médico e o monstro” de Robert Stevenson é um ótimo filme, só perde para o livro – sorrio vendo o mais velho mais à vontade na minha presença. – uma frase que representa você.
– Não sei, tem muitas.
– Fale algumas – Carlisle apoia a cabeça no queixo fazendo o mesmo ficar ainda mais lindo que antes.
– Solteira me deito, sem chifres me levanto – começo a enumerar – A vida é muito curta para ter cabelo chato, esta talvez seja a mais importante.
A risade de Carlisle ecoa pelo quarto.
Nossa meu pai. Que risada perfeita.
– Onde você nasceu? – pergunto sentindo curiosidade sobre o seu sotaque.
– Londres e você?
– Forks – suspiro me voltando a deitar na cama – infelizmente as minhas únicas saídas de Forks era nas férias, sempre ia à Itália passar tempo com a minha avó paterna. E você? Por onde já viajou?
– Já estive no Alasca, Chicago, Wisconsin, e mais alguns – ser rico é diferente.
– Diga me Dr. Cullen como é viver o meu sonho? – sorrio para o mesmo que abre imita o meu movimento mostrando os dentes brancos.
– Muito bom na verdade – o tom de provocação está presente em sua fala. – ok, minha vez, quanto você mede?
– 1,60 e você?
– 1, 78 – senhor, eu sou um anão de jardim comparado a ele. Não gostei.
– Não vou nem comentar. – loiro, alto, musculado, gentil, rico. Homem perfeito existe e Carlisle é a prova disso. – qual é a marca do seu carro.
– Mercedes S55 AMG preta – não faço ideia que carro é mas parece ser de gente rica – carro de sonho?
– Não sei, talvez um …
O som do celular a tocar interrompe minha fala.
Carlisle pede licença e vai lá fora atender a chamada que parecia ser importante, já que o mesmo se levantou de imediato assim que viu o nome na tela.
Minutos se passaram e nada do Carlisle voltar, estou até a pensar que ele foi embora sem dizer nada.
A porta se abre passando por ela o Dr. Cullen mas desta vez sem a jaqueta branca e sim com as suas coisas pessoais.
– Peço imensa desculpa senhorita Stone.
– já sei, você tem que ir – o tom triste esta presente na minha fala e eu rezo para que carlisle não tenha notado.
– a minha mulher ligou, ela já está preocupada de eu não estar em casa, tenho mesmo que ir.
Mulher? Ele tem uma mulher? Meu deus rika como você não notou isso.
Claro que ele é casado, ele é literalmente o homem perfeito, como que poderia esperar que ainda tivesse solteiro.
Que idiota.
– Tudo bem
O mesmo vira se em direção à porta, mas antes de sair ele para como se estivesse numa luta interna entre ir ou ficar porém ele faz exatamente o que eu esperava e sai do quarto batendo gentilmente a porta.
É normal eu não estar chateada com ele? Não rika não é por isso se controla. Claro que a culpa não foi dele que eu me iludi a pensar que poderíamos ter uma chance. Ele não me deu sinais de que estava interessado, ele foi simpático e gentil sim, mas isso parece ser a sua personalidade e não uma forma de engate.
Mesmo que ele fosse casado ele nunca notaria em mim, ele parece ser um cara que não fica com “crianças “.
A porta abre novamente me fazendo levantar o olhar com esperança de ser ele.
Kate, a enfermeira Kate.
Uma senhora de idade, muito querida e fofa. Ela sempre me vem trazer o almoço.
– Diga me que é Salmão com aspargo hoje, por favor– imploro, uma das coisas que mais sinto falta é do meu salmão, desde então sempre peço à Dona Kate pedir as senhoras na cantina fazerem salmão.
– Finalmente hoje elas decidiram ouvir o meu pedido – muito obrigado Deus, por uma refeição de jeito. – aqui tem querida. Venho aqui ver você mais tarde.
– Obrigado amor da minha vida – grito sentindo o cheiro do salmão.
A preocupação agora, será que eles sabem fazer este salmão?
Arrumo no talher um pouco de salmão com o aspargo juntos levando à boca com medo do gosto estar ruim.
– Hum – solto um pequeno suspiro– até que não está mal.
Como é óbvio o gosto não se compara ao do Six Seven restaurant em seattle mas não é ruim.
Six seven restaurant é simplesmente o melhor restaurante de seattle de sempre.
É uma viagem de 3 horas mas vale a pena.
Disfruto da minha refeição enquanto vejo um filme que não consigo identificar que passava na TV do quarto.
Notas de autora:
Espero que estejam a gostar.
Não se esqueçam de comentar e votar.
Xx: Mari
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