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Capítulo 01

O inverno estava chegando ao fim mais ainda sim, era possível sentir o vento gélido em seu rosto, ainda era possível notar as bochechas avermelhadas pelo frio, o agasalho fino e as luvas faziam o seu trabalho de mantê-lo aquecido. Amava o inverno, eram companheiros inseparáveis mesmo nas noites de nevasca quando sentava na janela do pequeno apartamento a onde morava e ficava a observar os flocos de neve cobrirem toda a cidade.

Ambler é um pequeno distrito localizado no estado norte-americano de Pensilvânia, no condado de Montgomery, número de habitantes 6270.

Jimin não sabia como chegou na cidade, só sabia aquilo que sempre havia ouvia quando era criança, havia sido deixado na porta de um orfanato quando ainda era um bebe recém-nascido. Carregava consigo apenas o nome, Park Jimin.

Quando entrou na adolescência procurou por registros escondidos no orfanato sobre o seu nascimento mais nunca encontrou nada, e com o tempo ele acreditou ser de outro lugar, e acabou sendo abandonado ali em Ambler. Com a maior idade chegando, Jimin nunca era escolhido para ser adotado, atingiu a maior idade e ajudou o orfanato em troca de comida e moradia.

Mesmo após ter conseguido um emprego, e ter terminado os estudos na única escola que tinha na cidade, Jimin conseguiu o seu apartamento, se é que pode chamar aquilo de apartamento. Para muitos era o que ele podia pagar, mas para ele era o seu lugar particular. O apartamento era pequeno e ficava no terceiro andar, havia penas dois cômodos, uma sala enorme dividida em quarto, sala e cozinha, e o banheiro. Escolheu aquele quarto, pois era o único com uma vista adequada.

Trabalhava todas as noites no Onski para pagar o aluguel e conseguir se alimentar. Onski era um bar bem no centro da cidade, Jimin caminhava todas as noites para chegar ao local. A única reclamação que tinha da vida era o fato de não poder ter conhecido seus pais, fora isso ele é feliz a sua maneira.

Não conhecer seus pais, e ter passado por vários perrengues ruins na vida, Jimin conheceu pessoas importantes que lhe ajudaram a superar as dificuldades sentidas. Glória era a dona do apartamento que havia alugado, ela era a sua intermediaria quando o marido vinha cobrar o aluguel e Jimin ainda não tinha todo o dinheiro. Ela o ajudava no que precisava, da menor a maior coisa, ela sempre fazia o que estava no seu alcance para o ajudar. A outra mulher era Maitê.

Maitê era sua madrinha, não que fosse batizado na igreja ou algo do tipo, a mulher naquele tempo era responsável por um serviço social que envolvia o orfanato, não só nesta cidade, mais em outras que ficavam espalhados pelo mundo. Em um desses projetos de serviço social, Jimin seria voluntario, ele cumpria a carga horaria que prometera depois que saiu do orfanato. O encontro de ambos aconteceu após o evento, Jimin estava organizando as últimas papeladas dos novos inscritos no programa social, quando viu uma mulher lhe entregar uma xícara de café.

Um gesto tão simples que não passou despercebido para quem olhava curioso de longe. Eram poucas as pessoas que falavam com Jimin, quase todos falavam o necessário, outros nem o olhavam — não que ele se importasse — gostava de trabalhar sem chamar a atenção, assim evitava problemas futuros. Quando Maitê o olhou nos olhos, a conexão aconteceu. Era como se já a conhecesse a vida inteira, ela puxou conversar e ambos conversaram até que o trabalho terminasse. Quando a mesma foi embora para a Bulgária, os dois continuaram mantendo contato por cartas, pois ambos eram modernos a moda antiga, com o tempo de amizade se passando Maitê se propôs a pagar um novo apartamento para Jimin, mas o mesmo nunca aceitava. Ele vivia bem a sua maneira, às vezes era difícil, mas ele sempre superava.

Girou a chave e ouviu a fechadura da porta ser destrancada, estava em casa finalmente! A madrugada de trabalho que teve foi intensa, havia muitas pessoas no bar, o que resultou em boas gorjetas por um lado, por outro significava ter que aturar mais gente bêbada o tocando a onde não deviam, sem falar nas piadas de mal gosto que ouvia a ouvir. Seu trabalho não era o melhor do mundo e odiava ter que se submeter a isso, mas no momento era a sua única escolha já que por sempre ser sozinho, as pessoas da sua cidade não confiavam muito.

Certificou-se de trancar a porta para que não fosse surpreendido, a última vez já havia sido o suficiente.

Retirou a roupa em frente ao espelho deixando transparecer sua marca de nascença. A mancha vermelha tinha uma forma familiar, ele já havia visto aquele formato no céu noturno, iluminando a noite com a sua presença. Imaginava de qual progenitor havia herdado aquela marca, sem dúvidas, a família que nem lhe conhece deve ter uma história e tanto para contar.

Os fios de cabelo preto estavam úmidos devido ao banho, havia passado bons minutos quase (horas) debaixo do chuveiro, nada melhor que um banho para relaxar devidamente. Estava pronto para cair na cama e dormir durante o dia inteiro, mas o som da campainha tocou e ele já sábia quem era. Ela sempre aparecia bem cedo para lhe desejar um bom dia! Um bom descanso.

Se levantou depressa, colocando uma roupa, enquanto a campainha continuou ecoando pelo quarto até que ele abrisse a porta e observasse a mulher sorrindo pela pressa do garoto.

— Você demorou, o que estava fazendo? — passou por ele com algumas sacolas em mãos, e as colocou em cima da única mesa que havia ali.

— Bom dia para você também. — Ele respondeu fechando a porta e indo em direção a cama se jogando na mesma.

A mulher apenas sorriu e retirou as roupas de dentro da sacola. Jimin apenas observava tudo já sabendo aonde aquilo iria lhe levar. A mesma conversa de sempre.

— Até quando você continuará insistindo nessa história maluca? — Os movimentos de Glória pararam, ela o olhou.

Os olhos verdes estavam intensos em desafio, Jimin era um tanto questionador quando queria. Ele gostaria de ver até onde Glória estava disposta a insistir que Jimin deveria aceitar a proposta de viagem que Maitê havia oferecido.

— Até você cair na real. — O desafiou. — Observe pelo lado bom Jimin. Caso você aceite ir tudo na sua vida pode mudar, garoto oportunidade não se perde. Isso é a sua oportunidade de mudar de vida, de conseguir sair desse buraco! Pensa que não escuto os seus gritos? — ela se aproximou da cama.

— Você foi a melhor coisa que já me aconteceu, graças a você eu também pude recomeçar. Eu não tenho filhos com Thomas ele não deseja ter, você é o único que tem um espaço em meu coração, é como um filho para mim. Como mãe me sinto na responsabilidade de lhe incentivar! Sei dos seus medos, eu posso velos nesses olhos verdes que você tem. Você precisa seguir, precisa sair dessa caixa.

— Eu não consigo. — Foi verdadeiro. — Sempre que penso que as coisas estão mudando, a vida dá um jeito de me mostrar o contrário. Isso é tão frustrante! Como posso ter a certeza de que serei feliz lá? — A pergunta era incerta, e a resposta mais ainda.

— Você só irá saber se tentar.

(...)

Já era (18:00) horas quando o despertador velho fez barulho. Depois da conversa que teve com Glória, Jimin pegou no sono rapidamente, aquilo sempre lhe deixava exausto e parando para refletir, a sua vida toda ele estava assim. Uma viagem de férias não o faria mal, ele poderia ir e observar como era a vida lá e se gostasse cogitaria na possibilidade de ficar. Maitê sempre lhe dizia que as paisagens da Bulgária eram deslumbrantes, e que onde morava com era cercado por montanhas gigantescas que pareciam proteger a cidade como uma fortaleza.

Em sua imaginação ele podia ver a floresta que cercava a capital, as montanhas, os rios, a cultura, as tradições e o povo, Maitê sentia orgulho em dizer como era o lugar onde morava sempre que podia. Jimin se pegava imaginando o lugar sempre que queria um pouco de paz.

Sentiu a barriga roncar de fome e lembrou que não havia comido nada o dia inteiro, se levantou da cama indo preparar algo para comer. O fato de ter crescido sozinho a sua vida inteira fez com que Jimin aprendesse a se virar na cozinha, os primeiros anos de uma vida adulta foram desastrosos, mas ele conseguiu sobreviver. Comia Pizza na maioria das vezes até aprender a cozinhar de verdade.

Dessa vez ele teria que deixar seus dotes culinários para outra hora, pois sua comida estava lhe esperando com um bilhete de Glória.

(...)

A batida forte da música agitava o bar do Onski, e quanto mais gente chegava mais mesas, Jimin atendia, e mais gorjetas ele ganhava. Até aquele certo momento a noite estava agradável, os babacas de antes que insistiam em lhe tirar a concentração em momento algum haviam aparecido.

Desde o momento em que saiu de casa, Jimin pensou que sua noite de trabalho seria péssima. Estava fadado a acreditar que não seria um bom momento já que havia tido mais uma vez aquela conversa. Sempre que, pensava na possibilidade de sair de Ambler, se imaginava tendo uma vida estruturada, e não essa vida que tem agora. Os anos o fizeram mudar completamente, em sua cabeça, todos poderiam ter um final feliz, menos ele. Mais de um tempo para cá, só talvez ele pudesse pensar na possibilidade de tentar ser feliz. Glória tinha razão. Se ele não se arriscasse como saberia?

Como viveria uma vida feliz se nem se dava ao trabalho de correr atrás dessa felicidade? Havia passado muito tempo da vida se sabotando, estava na hora de terminar isso tudo. Aceitaria a proposta, faria o esforço de dar certo.

Como os pensamentos de motivação ecoando em sua mente, Jimin saiu detrás do balcão para servir mais uma mesa. Ao se aproximar e ver quem eram os clientes novos, se amaldiçoou pela falta de sorte naquela noite.

— Estava bom demais para ser verdade. — Sussurrou ele.

— Em que posso ajuda-los? — A pergunta era algo repetitivo e concretizava parte da boa conduta do Bar. Mais, a cara de nojo que Jimin efetuava não negava que aqueles delinquentes estavam próximos de (concretizar) uma piada nada conveniente.

— Já que perguntou, eu preciso de ajuda com o meu amigo aqui. — O rapaz de boné vermelho bateu no ombro de outro garoto que estava mais encolhido na mesa, era óbvio que ele não fazia parte do galinheiro. — Faz tempo que ele não pega ninguém, você bem que poderia dar uma ajuda para ele. Sem querer ofender é claro. — O garoto encolhido direcionou o olhar para o Jimin que logo revirou os olhos. Inacreditável!

— Se não vão consumir nada, saiam antes que eu chame os seguranças. Eles vão se divertir muitos botando vocês bebês da mamãe para fora daqui.

O de boné vermelho sorriu, e isso atiçou mais o ódio que Jimin estava sentindo. Antes de se virar para chamar os seguranças o garoto idiota que estava com eles o interrompeu.

— Você é Park Jimin, não é? O garoto do abate? — Jimin sentiu suas pernas fraquejarem, não era possível que alguém ainda lembrava daquilo. — Você mudou muito, quase não te reconheço. Você ainda namora o Kai? Ouvir dizer que foi ele quem soltou aquele seu vídeo.

Jimin se controlou como pode, no fundo, ele sabia que sua felicidade não duraria para sempre. Assim como no passado havia sido estragada, no presente e futuro não seriam diferentes. Kai era uma mancha no seu passado, a onde ele fosse as pessoas se lembrariam, ele era o garoto do abate. Era assim que era lembrado.

— Então você é o Park que o Kai namorava no colégio! Devo confessar que seu corpo é mais bonito ao vivo e a cores do que naquele vídeo.

— Se ele já fez parte da noite do abate, talvez ele possa nos ajudar com a próxima. — Um garoto de camisa azul falou pela primeira vez naquela humilhação pública.

— Você já conhece as regras. — Jimin quis chorar. Ele conhecia as regras como a palma de sua mão.

Uma vez, a cada três anos a cidade de Ambler se reunia para festejar a noite da colheita. Era uma noite onde todos comemoravam e agradeciam pelo mantimento que tiveram durante o ano inteiro, naquele ano em questão toda a cidade tinha o que agradecer. A temporada da colheita não havia sido fácil, o inverno foi rigoroso e as catástrofes naturais acabaram com a maioria da plantação. Apesar da cidade desenvolvida, a plantação ainda era a maior mão-de-obra que garantia o sustento de todos.

O que deveria ser uma noite de festa, acabou se tornando um pesadelo. Aquele era o último ano de Jimin no colégio, e a turma de formandos daquele ano ganharia uma festa de formatura, um baile.

Todos estavam empolgados, e Jimin não estava diferente. Era seu primeiro baile de formatura, e seria o primeiro que passaria namorando alguém.

Naquela época ele pensava estar vivendo o seu auge como ser humano, mas não imaginava que tudo aquilo não passava de uma farsa. Quando o baile acabou, Kai e os outros levaram o resto dos formandos para a floresta e propôs um jogo de despedida.

Jimin ainda se lembrava das doces palavras. Dos olhares que recebia dele, da forma como ele havia garantido que não perderia Jimin de vista e não deixaria que nada acontecesse com ele.

As regras eram claras.

— Não olhe para trás. — Ele sussurrou.

— Não tenha compaixão por ninguém que cruzar o seu caminho.

— E o mais importante. — Jimin olhou nos olhos de um dos garotos. Havia medo nos olhos de Jimin. Aquela noite o assombrava, nunca esqueceria os olhos daquelas garotas. O sangue em suas mãos. A escolha que teve que tomar para não ser pego. — Corra como se sua vida dependesse disso!

Ele se lembrava de atravessar a floresta correndo em desespero, o olhar de culpa, temor e horror oscilavam em sua face. Ele nunca conseguiria matar alguém, quem dirá três garotas da sua sala, ele não era um assassino!

Jimin não lembrava o que havia realizado na noite passada, sua cabeça estava uma confusão e tudo a sua volta parecia sem sentindo. Ele constatou o olhar de medo e julgamento nos olhos de Kai, ele sabia que o seu namorado estava com medo dele. As palavras proferidas por ele doeram mais do que facas entrando em sua pele.

— Você as matou! — Ele sentiu um frio na coluna quando ouviu tais palavras. Então ele correu.

Para se livrar de um assassinato que não havia cometido, Jimin ficou conhecido como o Garoto do Abate. Ele trocou a prisão por uma humilhação que mancharia o resto de sua vida. O vídeo que fizeram dele deitado no chão do vestiário masculino comprovava que ele havia sido levado ali por livre e espontânea vontade. Mancharia a sua honra, e salvaria a sua vida se mantendo longe da cadeia acusado de assassinato.

O vídeo foi lançado e Jimin teve que conviver com as consequências. Uma dessas consequências era o tormento que sentia todas as noites enquanto dormia, pois, em seus pesadelos ele via exatamente o que matou às três garotas. Sim, Jimin era um monstro!

Sentiu mãos fortes segurarem seus braços e só então percebeu estar gritando.

— Eu não matei ninguém, eu não sou assassino. Solta-me, me solta... Por Favor, me solta, eu não sou um monstro, eu juro. — Lágrimas banhavam seu rosto enquanto era levado lá para trás por um dos seguranças do Onski, ele observou o olhar das pessoas sobre si. Era o mesmo olhar daquele desgraçado, o olhar de medo, mas também havia aquele outro, o desprezo.

Elas não se importavam se ele era um assassino ou não, elas só queriam algum entretenimento, e Park Jimin era o melhor deles.

Depois do ataque de pânico que teve Jimin, foi demitido, recebeu uma quantia pelo tempo de serviço prestado. Sua vida em Ambler não tinha tanto sentindo, e agora que o seu passado havia sido relembrado nada mais ali o importava. Precisava sair dali, precisava recomeçar de novo.

Quando chegou em seu apartamento, Glória o esperava. Jimin foi recebido com um abraço de conforto, e então chorou.

Chorou tudo o que precisava, tudo que estava guardado por tanto tempo. Enquanto ele chorava Glória pedia aos deuses que tivessem piedade do seu menino. Ele não merecia tudo aquilo.

As horas haviam se passado e Jimin acabara dormindo abraçado ao colo de Glória, ele parecia uma criança precisando de proteção. Quando ele acordou, já havia tomado a sua decisão.

— Aceito! Aceito morar na Bulgária. 

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