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2 - Kira

Quando a minha vizinha me mandou uma mensagem a dizer "A sua filha ainda não saiu para a escola. Está tudo bem? Estou preocupada!", apenas pensei que Ilyana tivesse acordado gripada ou talvez com uma daquelas dores menstruais, que por vezes a deixam abananada durante dias a fio, mas quando cheguei a casa e vi o espelho da casa-de-banho partido, senti uma pontada no coração.

Lewis estava a dar aulas de apoio extracurriculares. Talvez fosse melhor assim. Tinha esperança de resolver o que tivesse que ser resolvido, sozinha. Claro que isso se provou falso e até ingénuo da minha parte, mas nunca na vida pensei que iria lidar com o que lidei.

Quando na procura de minha única filha, a encontrei fechada, completamente encolhida, na dispensa, os meus olhos ganharam outro tamanho. Pior que isso, foi o facto de ter tido o pressentimento, que esta não era a primeira vez que ela se tinha colocado nesta situação "estreita".

— Tudo bem Ilyana? — perguntei calma. Eu tentava ser uma boa mãe, mesmo nas piores situações, eu falava para a minha filha, sempre de uma maneira que não a assustasse ou afastasse de mim. Isso sempre resultara. Qual não foi o meu espanto, quando ela correu da dispensa sem me responder e se trancou no seu quarto!2

Nos dezanove anos da sua vida, ela tinha sempre se sentido protegida ao pé de mim e de seu pai e agora estava fugindo e eu nem sabia porquê.

Pela primeira vez, eu sentira-me no escuro com a minha filha.

Nos dias que se seguiram, ela andava estranha, estava a faltar às aulas e eu vi-me na obrigação de ir até à sua escola, quando tive um horário sem aulas, para avisar a escola que Ilyana estava doente por um tempo indeterminado. Consegui esconder o que estava acontecendo de Lewis, durante quatro dias, mas Ashley, cruzou-se com ele um dia que fora buscar a sua irmã à escola e perguntara por Ilyana, desmascarando assim a minha omissão. O meu marido já estava sofrendo tanto com a morte de seu pai, que eu não queria preocupá-lo desnecessariamente, mas a minha omissão magoara-o. Claro que, como qualquer casal sólido, após uma discussão sobre comunicação entre casal, trabalhámos em equipa para encontrar a melhor maneira de ajudar a nossa filha, que indescritivelmente estava perdida.

Juntos, resolvemos contactar um psicólogo que viesse a casa, pois Ilyana nunca reconheceria que precisava de ajuda psicológica, para recuperar do sofrimento que a morte de seu avô lhe causara.

Consegui arranjar o número de uma psicóloga de notoriedade.

A Dra. Prue Maclaud tinha experiência com casos traumáticos e felizmente tinha uma hora vaga. Dois dias após a nossa ligação, ela apareceu lá em casa ao mesmo tempo que eu e Lewis. Ilyana estava fechada no armário de seu quarto.

Vi a Dra. Maclaud tocar no queixo com seus dedos, reação que me apercebi que fazia quando algo estimulava o seu interesse. Ilyana olhou para a Dra., ainda dentro de seu armário e arregalou os olhos de medo.

Eu e Lewis olhamos um para o outro extasiados com a atitude de nossa filha e Dra. Maclaud apresentou-se, mostrando a mão a Ilyana, prestando-lhe auxílio para sair de seu armário. Ilyana aceitou extremamente desconfiada e sentou-se em cima da cama, onde a Dra. lhe fez sinal para se sentar. Sobre o lado direito da cama, estavam imensas folhas. Aproximei-me e li discretamente de longe, do que se tratava. Os meus olhos de professora conseguiam vislumbrar ao longe os cabeçalhos. Ilyana andava lendo sobre organizações de conspiração. Já tinha vistos aquelas folhas naquele mesmo sítio, mas agora havia mais. Todas elas falavam sobre organizações infiltradas, maneiras de monitorar e espionar a vida da alguém... Foi nesse momento, que levei um soco da cruel realidade que se estava a passar em minha casa. Eu não sabia o que se estava a passar ao certo, mas não era um simples trauma. Neste momento eu tinha a certeza.

Quando a doutora Maclaud pediu para ficar a sós com Ilyana, eu falei das teorias da conspiração de Ilyana, a meu marido, completamente confuso.

— O que isso tem haver com o estado perturbado dela? — perguntou-me bebendo um café a ferver. Não sabia como ele conseguia.

— Temo que tenha tudo a ver — sentamo-nos à mesa da cozinha e esperamos que a Dra. Maclaud nos chamasse.

~~~

Prue Maclaud entrou pela cozinha, pedindo licença e falando baixo.

— Eu acho que é melhor fazer análises. Testes psicotécnicos... esse tipo de coisas. O caso dela, com certeza merece uma análise mais detalhada para sabermos com o que estamos a lidar.

Mais uma vez eu e meu marido nos entreolharmos confusos e com algum medo.

— Não me levem a mal — começou, estávamos temendo que ela abandonasse o caso de Ilyana, sem antes a ajudar — Eu acho que não sou a pessoa indicada para seguir a vossa filha, mas não se preocupem, eu vou falar com uma colega minha, ótima psiquiatra...

— Psiquiatra? — interrompeu Lewis — Isso é uma ofensa? A minha filha não é louca.

— Não disse que é louca - a Dra. parecia compadecida pelo meu marido — Mas pelo quadro clínico que ela apresenta, penso que seria melhor ser seguida por uma psiquiatra e não por uma psicóloga.

Lewis pareceu aceitar os factos. Os dois estávamos a ficar preocupados. Como mãe senti que algo não estava bem. O meu marido praticamente tremia de nervos e eu tentava ser a racional ali, a otimista, mas estava complicado.


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