Capítulo 1
Enquanto conversava com Ben sobre os demais detalhes que descobri sobre as transações de Novatore e a relação dele com sua mãe, meu celular tocou. Olhei para a tela curioso pelo fato de não reconhecer o número e principalmente para saber quem poderia ser. Peguei o aparelho atendendo a chamada
— Alô?!
— Oi príncipe da minha vida — disse a mulher do outro lado da linha, me deixando completamente confuso. Olhei novamente para a tela do meu celular e então para Benjamin que me encarou curioso. Levantei a sobrancelha piscando várias vezes.
— Creio que você ligou para a pessoa errada — falei já desligando o telefone, mas assim que o coloquei no bolso outra chamada disparou na tela com o mesmo número
— Não foi engano, é com você mesmo que quero falar gatinho. Aqui é a Ju. Juliana Ferrari sua futura esposa — a doida disse assim que atendi a chamada
— Juliana? Mas...como conseguiu meu número, sua maluca? — perguntei e a doida deu uma risadinha toda orgulhosa
— Ah, eu tenho minhas fontes Dominic Petrov — franzi a testa ao ouvi-la me chamar
— Você por acaso é uma stalking ou só é maluca mesmo?
— Nem uma coisa nem outra. A propósito, pare de chamar mulheres decididas de maluca. Eu sou médica, maior de idade e vacinada. Ao que parece meu único deslize foi me apaixonar por você, sem nem ao menos termos nos conhecido. Bom, quer dizer...a não ser pelo beijo. Aliás, você tem o melhor beijo da minha vida, sério!! Seus lábios são macios e quentes e meu Deus você é muito gostoso mesmo. Então, quero saber se quer sair comigo? — tagarelou.
Essa garota diz que não é maluca, mas ela não fala coisa com coisa.
— Hm, obrigado?! E... na verdade, eu estou ocupado agora, mas te ligo mais tarde — onde eu tô com a porra da cabeça?! Com certeza na bunda dela, porque se bem me lembro Juliana é uma puta mulher gostosa do caralho.
— Tá bem, príncipe. Te aguardo ansiosa, um beijo meu marido — sem me perceber dei uma risada alta chamando a atenção de Benjamin.
Que porra de garota maluca.
— Tudo bem? — meu amigo quis saber. Fechei a cara na mesma hora, disfarçando.
— Tudo bem sim. Vamos continuar...como eu dizia sua mãe e Lorenzo...
— Era a Juliana? — Ben insistiu me interrompendo
— Como sabe?
Então, foi você.
Pressionei os olhos acusando-o em silêncio, Benjamin abriu um sorriso sem disfarçar seu entusiasmo. Me mantive sério olhando para ele, mesmo querendo sorrir também — Você deu meu telefone pra essa maluca?
— Ela consegue ser bem persuasiva — disse ajeitando seu terno
— Aposto que sim...
— Vai sair com ela?
— Estou sem nada para fazer hoje, então...— dei de ombros pegando uma bebida e meu amigo riu
— Ela parece ser uma garota legal, além de ser prima da Aby, então, vê se não fode com a garota. Juliana parece ser sensível e romântica
— Não é culpa minha ela romantizar algo comigo, aliás ela me disse que está apaixonada e que irá se casar comigo — disse — espero que ela não ache que isso realmente vá acontecer, já sobre a foda, não posso dizer o mesmo, só não irei fingir algo...
— Sim, eu sei, mas só tenta ir com calma, ok?! Fale com jeito, sem grosserias
— Eu não sou grosseiro, porra — me irritei com seu comentário
— Dom, você fez a Angelina pedir demissão quando a coitada se declarou para você — lembrou-me
É, realmente eu exagerei um pouco, mas o que ele queria que eu fizesse? Que casasse com a garota? Primeiro que ela não me disse que era virgem e eu só soube no momento em que meu pau já estava dentro dela. Merda. O que eu deveria fazer? Não podia continuar, aquilo não estava certo.
— Tudo bem, já entendi. Só...não passa meu telefone pra mais ninguém — falei entre dentes atravessando a sala para deixar o copo sobre o balcão
— Ah, isso a Juliana já exigiu — virei o encarando sem entender — pois é, ela disse para mim também que você será marido dela e eu o padrinho de casamento— disse gargalhando — você tá fodido, cara. Se essa garota for pelo menos um por cento parecido com a Aby, você tá muito fodido mesmo
Algo me diz exatamente isso. E penso que Juliana é ainda pior que Aby.
Precisei tomar mais um drinque para me recuperar do tsunami Juliana. A maluca me enviou um sms com um poema onde escreveu ao final "Dom e Ju" como uma adolescente. Passei pelo menos trinta minutos olhando para aquilo sem entender que porra ela pretendia, porque eu sei muito bem que quero fodê-la até os céus explodirem. Talvez Ben tenha razão, melhor ir com calma, a garota parece realmente interessada em mim de outra forma. Então, vamos resolver isso de uma vez. Sai da boate seguindo ao meu destino. Quando estacionei o carro peguei meu celular procurando o número para ligar, Juliana atendeu no primeiro toque
— Oi príncipe
— Pra começar, pare de me chamar de príncipe porque logo vai descobrir que eu não sou e nunca serei um — falei de forma dura — você está na casa da Aby?
— Você nunca foi porque a sua princesa sou eu. E sim, você é e continuará sendo meu príncipe lindo – Ok, desisto — e sim, estou no apartamento da minha prima
— Desça, estou te esperando aqui em baixo
— O QUÊ??? — a maluca deu um grito quase me ensurdecendo — você...como sabe que está no lugar certo?
— Você não é a única aqui que possui fontes, principessa — flertei — agora desce aqui
— Você é muito mandão, mas as coisas não rolam assim gatinho, irá me esperar porque não estou apropriada. Quero ficar linda e gostosa para você, então me dá uns...vinte minutos que eu já desço
— Não acho que seja possível você ficar ainda mais gostosa, mas tudo bem, estarei aqui
— Você não tem noção, príncipe — disse por fim, desligando a chamada
Passaram-se pouco mais de meia hora e já estava a ponto de desistir, porque se tem algo que eu não suporto é esperar, e Juliana parecia esta me testando, porém quando cogitei ir embora, eis que surge uma mulher absolutamente linda e gostosa pra caralho vindo direto para mim. Minha boca secou, enquanto meus olhos cavalgavam suas curvas. Juliana, filha da puta gostosa. Ela estava com um vestido que parecia uma segunda pele de tão colado e curto além dos limites, era um modelo meio vulgar, mas que caía perfeitamente bem no seu corpo fazendo meu pau latejar dolorido sobre o jeans. Apertei os punhos sob os braços, consciente da presença dela. Ju abriu a porta do carro entrando pelo lado do carona, mas sequer tive tempo de dizer algo, a doida me puxou pelo colarinho da camisa me roubando um beijo e todo ar dos meus pulmões. Sua língua esperta balançou contra a minha macia e molhada, com mordidas rápidas e provocantes. Eu retribui o beijo de uma forma brusca, cobrindo sua boca com a minha, segurando sua nuca, porque eu sentia fome e ela era todo o alimento de que precisava. Um gemido escapou de sua garganta quando segurei seu quadril apertando com força, mas meus movimentos foram interrompidos quando ela segurou meu rosto entre as mãos olhando bem dentro dos meus olhos
— Você é tão lindo. Parece até um sonho — a maluca meio que gemeu — e não me chama de maluca...
Ela quase me roubou outro sorriso.
— Não. Não irei chamá-la de maluca, você já está bem mais além — disse ganhando uma gargalhada e um tapinha no ombro — e você está ainda mais linda e gostosa, a propósito
— Viu só — deu uma piscadinha — mas, e então, príncipe, onde vai me levar?
— Você verá, principessa — dei a partida seguindo para nosso destino.
Juliana, estava sorridente e parecia leve. A todo momento puxava assunto, parecia querer saber tudo a meu respeito, fiquei meio intrigado no início, mas vi que realmente é uma menina ingênua para certas questões. Respondi a tudo, mas não entrei em detalhes. Quando chegamos ao local, desci do carro dando a volta para abrir a porta para ela e entreguei as chaves ao manobrista. Juliana segurou minha mão entrelaçando nossos dedos causando um formigamento por todo o meu corpo com seu toque, olhei de relance para ela porque queria captar cada detalhe de seu lindo rosto quando chegássemos ao local e foi exatamente como eu imaginei. Ju abriu a boca em forma de U, seus enormes olhos escuros se arregalaram quando passou a vista ao redor
— Caramba...isso é... — virou-se para mim abrindo outro de seus lindos sorrisos — você é mesmo um príncipe, não é?!
— Ah, é o que dizem... — dei de ombro fingindo desdém — vamos?
— Vamos!! — nossos dedos continuaram entrelaçados de um jeito que quase não se sabia onde começa um e terminava o outro.
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