Em 1808 Dom João desembarcava aqui em Salvador fugindo dos ataques de napoleão (bem covarde ele) então, toda a família real, toda mesmo pois em Portugal não ficou nenhum sucessor da linhagem dos Bragança. Continuando, os nobres seguiram até o Rio de Janeiro e lá vivem até 1820 quando eclodiu a revolução liberal em Portugal e a família real teve que retornar a metrópole.
(os liberais citados aqui não são os mesmos de hoje não tá)

D. João então decide nomear seu filho mais velho, D. Pedro I como príncipe e regente do Brasil, este em 1822 proclama a República.

Esta proclamação significou o fim da subordinação brasileira a capital portuguesa e também expulsou as forças da família real mandando-os volta para Portugal.

Dom Pedro I enfrentou diversas revoltas em seu tempo de mandatário, uma delas foi a confederação do Equador 1824, uma revolta separatista em prol da independencia de Pernambuco que se espalhou para outros estados do nordeste.

Só por curiosidade o Ceará foi o primeiro estado a proclamar o fim da escravidão e também foi o primeiro a querer ser independe. Doido né? O Ceará é pioneiro.

Neste mesmo ano foram definidas as regras do sistema eleitoral brasileiro, a partir da  Constituição de 1824 também foi criada a
Assembleia geral, órgão máximo do Poder Legislativo, e composta pelo Senado e pela Câmera dos deputados.

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Para poder votar em 1824 você precisaria atender a esses critérios:

🔲 Pertencer ao sexo masculino

🔲 Idade mínima de 25 anos (Exeto homens casados, clérigos, militares e bacharéis formados estes não precisam ter idade mínima)

🔲 Ter comprovação de renda anual de 100 mil réis

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A votação ainda era indireta, ou seja o eleitor elege a pessoa que irá eleger o candidato. O eleitor de paróquia (aquele que comprova 100 mil réis) vota no eleitor de província, aquele que possui renda de 200 mil réis, que escolhe quem serão os deputados que para serem candidatos precisam ter renda de 400 mil réis, já os candidatos do senado precisam ter 800 mil reis. Hoje em dia não precisa ter comprovação de renda para ser candidato mas ainda assim você precisa ter grana para ser eleito.

Essas regras serviam para os homens burgueses pudessem ter todo o poder de decisão na mão deles. Perceba que mulheres, negros livres, escravos e pessoas sem posses não podiam votar, poise é uma eleição muito elitista não acha? 

Voltando para a história, em 1825, a eclode a revolta da cisplatina aqui no Brasil, Dom Pedro I renúncia ao trono na tentativa de ser coroado em Portugal mas perde a coroa para seu irmão Dom Miguel, então ele decide retomar ao Brasil e sofre a derrota da guerra da cisplatina e o território em disputa se torna o Uruguai. O Brasil perdeu o Uruguai, cara, kkk...

Por fim Dom Pedro I abdica de vez o trono e uma junta governista se forma para tomar conta do Brasil até que D. Pedro II estivesse maior de idade. Essa junta governista é o que podemos chamar de vovó do centrão, inclusiva eles tem o mesmo ideais até hoje.

Uma série de revoltas movida por interesses diversos tomam o Brasil como a Guerra dos Farrapos, a Sabinada, a Cabanagem, a Revolta dos Malês e a Balaiada. Buscando estabilizar os conflitos D. Pedro II é coroado às pressas no que ficou conhecido como golpe da maioridade. O golpe foi feito pela junta governista (centrão) que declarou que o menor, o Pedrinho II, fosse emancipado para poder ser coroado como rei. Pra você vê que nem todo golpe é inconstitucional, viu, fica a dica.

A coroação do menor atingiu o objetivo de centralizar novamente o poder, agora o rei de 14 anos é o árbitro dos conflitos das oligarquias.

Em 1845 o imperador se vê encurralado, pois o tráfico de escravos passava a ser proibido, potências internacionais precionaram o Brasil para que fosse proibido o uso de mão de obra escrava. Então pedrinho aprovou a lei Eusébio de Queirós para deixar bem claro que o Brasil comprometido com o fim do tráfego de pessoas escravizadas.

Apesar da infância problematica Dom Pedro II foi um bom líder da nação, primeiramente porque era amigo dos livros e sabia escutar as pessoas, ele foi descrito como um homem calmo, reservado e centrado, em seu comando o Brasil venceu três grandes conflitos, os conflitos diplomáticos com o Império Britânico, a vitória militar sobre o Uruguai e o fim da escravidão.

Em 1870 o Brasil ganha notoriedade internacional pois Dom Pedro cultiva boas relações internacionais e a economia andava bem com o ápice do café e a modernização na infraestrutura. Mas com certeza o ato mais notório do monarca foi as ações graduais contra a escravidão. Dentre as leis temos:

✔️ A lei Eusébio de Queirós 1850
Que proibia a entrada de africanos em situação de escravidão

✔️Lei do ventre livre 1871
Lei afirmava ser livre qualquer criança nascida pessoa escravizada

✔️ Lei do sexagenário 1885 
Lei que tornou livre qualquer pessoa maior de sessenta anos

✔️ Lei aura 1888
Foi a lei definitiva que aboliu a escravidão aqui no Brasil.

A questão da abolição dividia opiniões naquela época, os setores agrícolas reclamavam a perca da mão de obra e exigiam indenização enquanto outros setores progressistas criticavam a falta de políticas sociais de inclusão (até porque libertaram os escravizados para continuarem trabalhando como escravos) a partir daí, em 1889 começou então o racha definitivo do Império de Pedrinho.

A igreja desejava que o Brasil se submetece aos mesmos decretos do papa, militares queriam ter autonomia junto com os custos elevados pela guerra do Paraguai tudo isso foi um prato cheio para fomentar a revolução.

Diante da situação delicada o partido liberal manda uma série de reformas políticas que davam uma maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do concelho de estado e mandatos não vitalícios para o Senado, essas medidas eram para tentar manter Dom Pedro no poder mas o projeto da reforma nem sequer foi aprovado.