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Capítulo 42.

Rio de Janeiro /Brazil, 12 de julho de 2020

NASCIMENTO DA LIZ

Point of view LUDMILLA

Quando o carro estacionou no hospital em que a Brunna fazia o acompanhamento médico, me questionei do porquê das coisas acontecerem da forma mais louca que tínhamos nos encontrado. Parecia roteiro de filme, sempre tinha que acontecer algo para abalar as estruturas. Dessa vez, eu precisava demonstrar força para que ela visse que não estava sozinha.

Do lado de fora do hospital, nossos pais já estavam aguardando e a Luane era a única que ainda não tinha conseguido chegar.

—Nós já falamos com a médica e ela já estava preparando a sala de cirurgia — Minha mãe disse, tentando ajudar a descer a Brunna do carro. Logo alguns enfermeiros chegaram para fazer isso.

—O que eu tenho que fazer? — Perguntei me sentindo perdida.

—Ei, calma — A mãe da Brunna falou passando a mão no meu ombro num gesto tranquilizador — Vai dar tudo certo e você só precisa manter a calma.

—Com licença — Alguém falou entrando na roda, era a médica que acompanhava a Brunna — Senhora Ludmilla, vamos levar a Brunna direto pra sala de cirurgia, mas antes preciso conversar com você. A sós, se possível — Ela sorriu colocando as mãos no bolso do jaleco branco.

—Claro — Eu respondi assentindo.

—Vai ficar bem, filha? — Meu pai perguntou parecendo preocupado.

—Qualquer coisa vamos estar na sala de espera, tudo bem? — Minha mãe estalou um beijo na minha bochecha — Seja forte.

Eu acompanhei a doutora até um local mais tranquilo no corredor, ela suspirou e me encarou.

—Como tínhamos combinado de antemão, você pode assistir ao parto, mas preciso que fique ciente do que vai acontecer durante e depois do mesmo — A mulher me encarou — A Brunna acabou de completar 32 semanas, estava entrando no oitavo mês, a Liz ainda é um bebê prematuro, por isso é provável que o pulmãozinho dela ainda esteja frágil, então vai precisar ir para a incubadora por um tempo.

—É um parto de risco? Não tem como, sei lá, esperar mais um pouco? — Perguntei começando a suar frio.

—Em outra situação isso seria possível, mas as taxas da sua esposa estão desreguladas, não seria seguro pra ela — Explicou a médica — Você quer acompanhar o parto? Sei que tinham tudo combinado pra trazer um fotógrafo e tudo mais... — Me mostrou um pequeno sorriso.

—Vou assistir ao parto.

—Certo, me acompanhe por favor.

Fui levado para colocar a roupa necessária para entrar no centro cirúrgico e me deram dois minutos para dar notícias para os familiares enquanto arrumavam o restante das coisas.

—Você já viu ela? — A Brunna perguntou.

—Não me deixaram ver ela ainda — Respondi parecendo uma maluca, a essa altura Luane já estava ali, comendo uma das unhas enormes colocadas — Me escutem, é um parto de risco. A médica disse que provavelmente a Liz vai nascer e vai direto pra encubadora, então por favor, mandem energias positivas.

Um dos celulares começou a tocar, o Fabinho se afastou para atender. Me puxaram pra uma roda de oração rápida, mas eu parecia estar em outro planeta, não conseguia parar de pensar em como a Brunna estava. Será que a médica tinha falado pra ela o mesmo que falou pra mim? Eu esperava que não, conhecia a Brunna, sabia que ela ficaria nervosa se soubesse.

—Era o Mister, o jogo acabou e está todo mundo vindo pra cá — Fabinho falou — Vai lá cara, trás a Liz pra gente.

—E a Bru também — Luane falou com os olhos cheios de lágrimas. Eu assenti, respirei fundo e dei as costas pra minha família.

Já no centro cirúrgico, vi a Brunna pela primeira vez desde que chegamos ao hospital, tinha uma horda de enfermeiros e a médica perto dela.

—Oi amor, como você está? — Me aproximei tentando conter o nervosismo na voz.

—Me deram um remédio pra dor — Ela falou devagar.

—Você está pronta? — Perguntei baixinho, a abraçando de maneira desajeitada, ela assentiu como resposta — Vou estar aqui do seu lado o tempo todo.

—Certo, vamos começar.

Arrumaram a Brunna na maca, havia uma espécie de cortina perto do peito que nos dividem e eu fiquei segurando a mão dela. A Bru, apesar de estar com os olhos abertos, não parecia entender muito bem o que estava acontecendo, até eu ainda não tinha entendido direito, mesmo assim engoli em seco e tentei conversar com ela enquanto nossa filha nascia.

Na minha cabeça um parto demorava bem mais do que só vinte minutos, mas escutei a Liz chorar. Brunna também ouviu e apesar de estar sedada, abriu um sorriso. Trouxeram ela até nós e alguém conseguiu tirar umas fotos do meu celular. Aparentemente era uma bebê saudável, mas a médica disse que a levariam para a encubadora, por ser prematura, eles realizariam exames e viriam com notícias sobre ela logo depois.

Quando finalizaram a cesárea, nos deixaram a sós e Brunna começou a chorar.

Point of view BRUNNA

Eu só sabia chorar.

Quer dizer, minha bebê estava viva e uma das enfermeiras disse que a chance dela se recuperar era alta, mas... Quando descobri a gravidez, não imaginei nada disso. Eu e a Lud fizemos planos. Tínhamos encomendado lembracinhas fofas com o nome da Liz, um fotógrafo e uma roupinha bonitinha de saída da maternidade... Nada disso aconteceria. Mas na verdade, isso era o de menos agora.

Só queria ver minha bebê. Saudável.

—Tá tudo bem, amor — A Ludmilla falou segurando minha mão — Precisamos ficar calmas.

—Eu mal vi ela! — Solucei — Eu nem sei com quem ela se parece, se é pequena demais...

—Ei — Ela disse chamando minha atenção — Ela é linda, tá bom? E levaram ela porque era o melhor. Daqui a pouco vamos poder pegar ela no colo, dar banho... Tudo, mas precisamos que ela fique bem primeiro.

—Com licença — A médica disse entrando na sala.

—Doutora, como tá minha filha? — Fui logo perguntando.

—Então Brunna... — Ela suspirou e puxou uma cadeira para se sentar — Você deve estar bem confusa — Olhou pra mim e sorriu — Teve sorte da sua bolsa ter estourado ou talvez não iríamos descobrir o seu estado real de saúde — Disse ela de maneira séria — Suas taxas estavam uma loucura, seu fígado praticamente parado... Enfim... Eu não quero te assustar, porque isso é algo que vamos começar a tratar agora, mas você estava com um início de falência múltipla de órgãos — Fez uma pausa — A decisão de fazer o parto agora foi por conta disso.

—Eu não me importo com isso, quero saber da Liz — Falei pra ela.

—Tá tudo com ela agora? — A Ludmilla se intrometeu.

—Bom, vamos fazer vários exames e mantê-la internada até todas as taxas estarem normais, sobre a Liz... — Fez outra pausa e me encarou — Sua bebê nasceu no peso e tamanho ideias para uma bebê de 32 semanas, mas infelizmente mais precisar ficar um tempo na UTI neo natal, isso porque apesar de já estar com os pulmõezinhos formados, ainda é muito frágil.

Eu voltei a chorar, a Ludmilla me abraçou.

—Tem um tempo até isso se normalizar?

—Mais ou menos um mês — A médica disse se levantando — Não vou permitir entrada de visitas por enquanto, ela ainda está bem fragilizada, mas pode levá-los até a neo natal e mostrar a Liz pelo vidro — Falou olhando para a Ludmilla— Quer que eu avise aos familiares?

—Não, eu mesmo faço isso, obrigada — Respondeu a Ludmilla, respirando fundo.

Ficamos sozinhas, por um tempo, apenas em silêncio enquanto eu me controlava de novo.

—Certo —Ludmilla levantou — Vou falar com nossos pais, tá? Você vai ficar bem sozinha? — Me encarou, eu assenti — Qualquer coisa me grita.

Point of view LUDMILLA

Deixei o quarto em que internaram a Brunna com um peso gigantesco no coração, só queria pegar minha filha e minha mulher e ir embora pra casa. Passar a noite acordado porque a Liz não estava dormindo direito, ter que nanar ela meia hora escutando aquelas musiquinhas de criança...

—Meu Deus, Ludmilla! — Júlia gritou quando me viu — Veio todo mundo correndo!

—Dá notícias pra gente, filha — Minha mãe e todos os outros levantaram.

A sala de espera tinha sido tomada, além dos meus pais, Lulu, Fabinho, Selena, Thiago e os pais da Brunna, todo o time de futebol também estava aqui. Todos eles ainda usavam as roupas do Flamengo e pareciam esperar que eu falasse alguma coisa.

—Ocorreu tudo bem no parto — Eu disse.

—Graças a Deus! — Disseram eles em coro.

—Como que tá minha filha? — A sogrinha perguntou.

—Calma ai gente, preciso de uma água — Falei passando a mão pelo rosto, ainda estava com as roupas de proteção cirúrgica.

Primeiro arranquei as roupas, depois me apareceram com uma garrafinha de água que eu bebi toda em segundos.

—Nem sei por onde começar — Respirei fundo — As taxas da Brunna estavam desreguladas e o fígado dela estava parando, por isso precisavam fazer o parto tão rápido. A médica disse que a Liz nasceu com o peso e o tamanho certinhos, mas o pulmão ainda tá frágil, então ela tá internada numa incubadora — Puxei meu celular do bolso — A gente viu ela e eu até cheguei a segurar um pouquinho — O celular foi passado de um por um até retornar a mim — Eu passei na recepção e vi que quatro pessoas podem subir pra ver ela, então vamos dividir os grupos e ir subindo um por um.

Eles mesmos se organizaram. O primeiro grupo a subir foi liderado por nossos pais, o segundo por Lulu, Júlia, Juliana e eu.

—É tão pequenininha — Comentou a Júlia praticamente com a cara esborrachada no vidro.

—Nossa quando a Brunna conseguir prestar atenção nela, vai ficar irada — A Luane disse soltando uma risada — A menina mal nasceu e já é sua cara — Falou olhando pra mim.

Eu desviei meu olhar pro pacotinho na incubadora. Estava cheia de aparelhos, mas se movia pra colocar os dedinhos na boca.

—Então é linda pra caralho — Falei em tom de brincadeira.

—Nossa, você não muda nunca — Júlia riu.

—Minha filha é feia? Nunca! É a coisa mais linda que já vi na vida — Olhei de novo pra Liz, igual um idiota. Só desviei o olhar quando escutei um flash de celular.

—Que Deus me abençoe com um homem como você caso seja da vontade dele que eu me case um dia — Júlia disse dando tapinhas no meu ombro — Espero que Ele não queira que eu me case, porque ai... Perfeito.

—Você fala isso como se a vida de casado fosse horrível — Juliana falou rindo.

—E deve ser, né? Até você se separou — Júlia  gargalhou.

—Vocês só falam água — Revirei os olhos — A Liz não merece ouvir essas baboseiras.

—Cala a boca — Júlia me mostrou a língua.

Começamos a fazer o trajeto de volta para a sala de espera, Luane e eu ficamos um pouco pra trás.

—Como é que a Bru está?

—Ela chorou demais — Balancei a cabeça negativamente — Ficou se perguntando porque isso tá acontecendo com ela.

—Diz pra ela que as coisas difíceis só acontecem com pessoas que são capazes de suportar. E vocês são um casalzão da porra, vão passar por essa fácil fácil — Me deu um sorriso.

—Você foi incrível no Maracanã, eu diria que um pouco louca, mas como é você... — Eu soltei uma risada quando ela bateu o ombro no meu.

—Eu entraria de boa naquele campo pra te chamar se fosse preciso — Ela me abraçou de lado.

—Obrigado.

—Não me agradece sua idiota — Ela me olhou — Eu amo você e agora amo sua família também.

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