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Capítulo 41.


OBS: Esse capítulo terá narração de vários personagens, FIQUEM ATENTOS!!!

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Rio de Janeiro /Brazil, 12 de julho de 2020

Final do Campenato Carioca - Oito meses de gestação

Point of view BRUNNA

—Isso, isso — Acompanho a Layla pelo corredor que leva até o setor oeste da arquibancada, Luane tá agarrada no meu braço porque a essa altura do campeonato, com oito meses de gestação, eu pareço uma pata choca — Todas as vezes que acontece alguma coisa em campo, você já sabe automaticamente que é um trabalho seu, agora por exemplo, se um torcedor rival fez alguma merda e sacaneia o Flamengo, como foi o caso daquele do Vasco, o Braz vai sempre te avisar e você vai abrir o processo — Explico.

Estou prestes a tirar a licença maternidade e agora que confiava na Layla (tanto na pessoa quanto na profissional) ia deixar ela a cargo de tudo até que eu voltasse.

—Olha lá, aqueles são meus pais! — Layla gritou balançando as mãos na direção do casal já na arquibancada — Quer ir lá conhecer eles? — Se vira para me encarar.

—Vai ficar pra próxima, tô morrendo já — Sorri para ela, que retribuiu. Depois disso, me deu um abraço desajeitado, por conta da barriga imensa e se afastou.

—Não dá pra acelerar não? — Luane perguntou bocejando. Eu parei no lugar, sentindo uma dor estranha no "pé" da barriga.

—Cacete, que estranho — Resmunguei pra ninguém, voltando a andar.

—O que foi? — Luane perguntou já assustada — A gente já tá chegando — Avisou olhando pra frente.

Realmente, meus pais, os pais dela, Selena, Fabinho, Thiago e Júlia já estavam atentos ao jogo, que tinha acabado de começar. O sol estava matando, mas graças a Deus não estava batendo diretamente aqui.

—Eu preciso ir ao banheiro — Avisei para Luane.

—Ta de sacanagem com minha cara?! — Ela praticamente gritou, mesmo assim me ajudou a fazer a volta e começamos a caminhar em direção ao banheiro.

No meio do caminho, eu precisei parar de novo. Eram dores de contração, provavelmente de treinamento. Até aí tudo bem, mas o problema foi que não parou e de repente me senti molhada. Como se tivesse feito xixi nas calças. Olhei pra baixo na mesma hora que a Luane, apenas pra confirmar minha suspeita.

—Caralho, minha bolsa estourou — Comecei a hiperventilar.

—MEU DEUS! GENTE, CORRE AQUI! — Luane começou a gritar para chamar atenção dos nossos familiares que estavam meio que perto — VAI NASCER, AH MEU DEUS A LIZ VAI NASCEEER! VOCÊ TÁ BEM? PORRA, FALA COMIGO! — Me chacoalhou.

—Eu preciso sentar, preciso sentar — Comecei a repetir, tentando controlar minha respiração.

—QUE FOI? — Outra pessoa chegou perguntando.

—Vamos sentar ela, corre. MOÇO DÁ LICENÇA A MUIER DA LUDMILLA TÁ PASSANDO MAL! — Luane gritou empurrando um rapaz, que caiu de bunda no chão

—Meu Deus, o que rolou? — Selena chegou perguntando.

—A bolsa estourou, cacete! — Luane falou passando a mão pelo cabelo, completamente apavorada — A gente tem que levar ela pro médico agora.

—Não! — Me intrometi.

—Que não o que? Comeu merda no almoço? — Júlia m me puxou pela mão, uma nova contração me pegou e eu sentei, gemendo de dor.

—Eu não vou sair daqui sem a Ludmilla mãe do filho que eu vou parir — Falei colocando a mão no barrigão, pra tentar conter a dor.

—MALUCA, A LUDMILLA TÁ JOGANDO, VAMO EMBORA DAQUI! — Júlia gritou mais desesperada do que todo mundo, a essa altura, meus pais e os pais da Ludmilla já estavam ali, todos tentando me convencer a ir pro hospital.

—Eu não vou sem ela, não vou — Balancei a cabeça negativamente.

—Então, tá — Luane soltou um suspiro — Deixa comigo, vão levando ela pro carro e fiquem esperando na saída do vestiário, eu vou com a Ludmilla nem que precise pular no meio do campo!

Point of view LUANE

AGORA FUDEU!

Como eu vou fazer pra avisar a Ludmilla que a Brunna vai parir? Nem era hora dela parir ainda, ela tinha acabado de completar oito meses de grávida e o parto estava marcado pro mês que vem, é um puta azar do caralho.

O Maracanã tá lotado pra porra e pra todos os lados que olho não encontro uma saída, até que...

No setor Norte, bem ao lado do setor Oeste que era onde eu estava, as torcidas organizadas faziam a festa e bem na beirada da arquibancada o líder deles gritava a música de torcida num microfone, para que os outros cantassem em seguida.

Beleza.

Era lá que eu ia.

—SAIAM DA FRENTE, A FILHA DA LUDMILLA VAI NASCER!

—Sai daqui, tá trapalhando porra! — As pessoas gritaram enquanto eu passava, tentando chegar no outro setor o mais rápido possível.

—EU SOU IRMÃ DA LUDMILLA! CARA CHATO! — Empurrei um que tentava passar a mão na minha bunda — NÃO ME TOCA, nojento!

—Irmã da Ludmilla — Uma menina riu quando eu passei — Então eu sou a mulher grávida dela, a barriguinha saliente eu já tenho.

Eu tentei ignorar a maioria dos comentários não parava de pensar "ela vai parir, ela vai parir, ela vai parir..." chutei geral, pulei a mureta e quando cheguei no cara, mal conseguia respirar de tão cansada. Cutuquei ele centenas de vezes antes que ele me desse atenção.

—Tá me atrapalhando, criança — Respondeu o cara que tinha duas vezes meu tamanho.

—Sou irmã da Ludmilla e preciso avisar que a mulher dela entrou em trabalho de parto — Falei com a respiração toda desregulada, tinha chiclete grudado na ponta do meu cabelo e eu tava fedendo a cerveja velha. Eca!

—Tá bom, senta lá — O cara riu e levou o microfone até a boca — Nós queremos respeito e comprometimento, isso aqui não é vasco... — Gritou ele, eu o cutuquei de novo — MENINA CHATA DA PORRA! ME ERRA! — Ele gritou.

—Moço! VOCÊ NÃO TÁ ENTENDENDO A BRUNNA ENTROU EM TRABALHO DE PARTO, OLHA AQUI — Puxei o celular da pochete que estava carregando e coloquei algumas fotos — A FILHA DA LUDMILLA VAI NASCER! — Gritei pra quem quisesse ouvir e olhei pro cara desesperada — Ela não quer ir pro hospital sem ela e ela tá jogando. Por favor, moço, me ajuda porque eu não sei o que fazer — Quase chorei de desespero, o cara me encarou e levantou uma das sobrancelhas, olhando pra foto.

—Vai nascer mesmo? — Perguntou ainda desconfiado, apertando os olhos em minha direção.

—Moço a bolsa dela estourou, PELO AMOR DE DEUS DÁ UM GRITO NESSE MICROFONE AI — Tentei roubar o microfone dele, mas ele me segurou pelo braço como se eu não pesasse nada.

—Se vamos fazer isso, vai ser em grande estilo, confia.

Eu aguardei, estava tão nervosa que minha vontade era colocar o almoço todo pra fora. O cara levou o microfone até a boca e começou a cantar.

Point of view LUDMILLA

Eu odeio o Fred. Cara reclamão do caralho, fazia meia hora que ele estava alugando o ouvido do juiz. Eu só queria jogar meu futebol e ir embora pra minha casa depois, como podia ser difícil desse jeito? Já tinha desistido e mandado uns três jogadores do Fluminense tomar no meio do c... quando o Willian Arão chutou a bola no meio do meu saco.

—Tá maluco porra? — Eu xinguei, só não corri na direção dele porque tinha doído pra caralho.

—ESCUTA! — Ele gritou colocando a mão em forma de concha atrás da orelha, eu olhei pra arquibancada, ainda com a mão no saco e escutei.

—OLE, OLE, OLE, OLE LUDMILLA A SUA FILHA VAI NASCER, CORRE! OLE, OLE, OLE, OLE LUDMILLA A SUA FILHA VAI NASCER, CORRE!

—O que? — Fiquei sem entender.

—Corre sua palerma! — Arão deu um murro na minha nuca.

—Mas ainda não é hora da Liz nascer — Falei olhando pra platéia de novo, em direção às torcidas organizadas.

Foi quando vi. Para qualquer outra pessoa, era só mais uma formiga no meio do maracanã, mas pra mim era a Luane, vestida com uma blusa toda colorida, balançando um bucket amarelo de um lado pro outro. Ela agarrou o microfone do cara da torcida organizada e gritou:

—OLE, OLE, OLE, OLE LUDMILLA A SUA FILHA VAI NASCER, CORRE!

Daí eu me desesperei, não podia sair do campo assim do nada, então saí correndo até o banco de reservas.

—MISTER! MISTER! — Ele me olhou — A Liz vai nascer, você precisa colocar alguém no meu lugar.

—Como caralhes a Liz vai nascer? Tu precisas jogar! — Mister me empurrou de volta pro campo.

—Eu tô vazando, minha filha vai nascer! Caralhes! — O imitei, pronto pra deixar o gramado.

—Estás a falar sério? — Ele me encarou, eu encarei de volta.

—Escuta! — Apontei pra arquibancada, que ainda cantava a mesma coisa.

—Caralhes, vou te tirar agora! — Ele saiu correndo — Lincoln, vais a entrar agora! Não, sem aquecimento. Corre, corre.

Foi o meio segundo mais angustiante da minha vida, todos os jogadores, até o idiota do Fred parou o jogo e fiquei esperando o cara levantar a placa de substituição e quando levantou, eu fui mais rápido que o Bruno Henrique, em cinco segundos estava descendo pelo vestiário.

—Que porra é essa? — O Braz gritou quando eu escorreguei e meti bunda no meio do chão, ele me estendeu a mão, eu neguei, desamarrando as chuteiras.

—Essas porras dessas travas só servem na grama, caralho. Nessas horas nada ajuda! — Praguejei.

—O que aconteceu? Alguém morreu? — O Marcos saiu correndo atrás de mim, ele praticamente sem fôlego e eu só de meia e com a bunda latejando da queda.

—A BRUNNA VAI TER A LIZ! A LIZ VAI NASCER! MINHA FILHA VAI NASCER, SAI DO MEIO — Empurrei alguém.

—ME DÁ NOTÍCIA — O Marcos ficou pra trás, gritando.

Quando saí pro lado de fora, o carro do Fabinho estava com a porta aberta, eu só pulei pra dentro.

—Meu Deus, meu Deus, meu Deus — Murmurei quando entrei e encontrei a Brunna gritando.

—Cadê a Luane? CADÊ? — Júlia gritou do banco do carona.

—EU SEI LÁ DA LUANE! — Gritei fechando a porta do carro num estrondo.

—Quebra porra, tem geladeira em casa não? — Fabinho xingou do banco do motorista.

—Tá fazendo o que parado aí seu lesma? VAMBORA! — Bati na cabeça dele.

—E a Luane? — Perguntou colocando a chave na ignição.

—Ela pega um uber. VAMBORA PORRA!

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