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Capítulo 24.

Segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Rio de Janeiro/ Brazil

Acordei com um despertador tocando Kenny G do Matuê, mas continuei de olhos fechados. Talvez estivesse sonhando, a cama estava tão macia e tinha um cheiro tão bom.

Hum... O cheiro. Seria possível estar sonhando com o céu? Tudo ao redor branco, com um cheiro forte e amadeirado... Me espreguicei.

Opa, tem algo de errado, minha cama não é grande desse jeito, levantei num pulo.

Nossa Senhora da bicicletinha rosa, que lugar é esse? Olhei ao redor sem reconhecer nada e o melhor: porque eu não estou com a minha roupa? Meu vestido está dobradinho em cima de uma poltrona, perto dela, no chão estão meus saltos. Passei a mão no rosto tentando lembrar o que diabos tinha acontecido na festa depois do momento que eu decidi ir no banheiro lavar o rosto, depois daí, não lembro de absolutamente nada.

Olhei ao redor mais uma vez, até descobrir que o quarto era da Ludmilla. Numa das paredes tinha pelo menos uns 5 quadros com fotos dela. Meu Deus, que narcisista!

Ok. Sentei na beirada da cama e respirei fundo algumas vezes, tentando colocar em ordem as quinhentas mil lembranças desorganizadas da festa de ontem. Gemi, frustrada comigo mesma e voltei a levantar. Debaixo do meu vestido encontrei a minha bolsa, graças a Deus eu sempre carregava uma escova de dentes reserva dentro dela.

Me arrastei até o banheiro e encarei meu reflexo no espelho. A blusa que eu usava com certeza era dela e isso significava que ela tirou meu vestido e me vestiu com isso... Misericórdia, Brunna. Você não cansa de passar vergonha amada? E onde é que ela estava? Será que tinha acontecido alguma coisa entre a gente e eu não lembro? Puta merda. Minha cabeça começou a latejar, queria descobrir em qual momento eu achei que seria legal beber todas.

Escovei meus dentes, guardei a escova de volta na bolsa e deixei o quarto ainda vestida com a camisa dela. Parecia um vestido em mim, mas tinha um cheiro tão bom que não consegui tirar. Desci as escadas pensando se ela teve que me carregar escada acima ou se eu ainda tinha consciência pra isso. Ela estava na cozinha, na beira do fogão pra ser mais exata, me aproximei em total silêncio e fiquei observando que ela estava fazendo. O microondas marcava que eram seis e meia da manhã, estava tudo nublado do lado de fora e estava fazendo frio.

–Podemos fazer todas as estrelas caírem, com que todos se curvem... – Ela cantarolava baixinho enquanto mexia algo na frigideira. - Tenho você por perto, nunca me senti tão completo... – Continuou cantando até virar e me ver. – Oi. – Abriu um sorriso. – Acabei de passar um café. – Disse.

–Te dei muito trabalho ontem? – Perguntei com uma careta.

–Porque? Você não lembra? – Ela perguntou se afastando pra pegar xícaras.

–Não. – Falei sentando na mesa de costas pra ela, dois segundos depois ela apareceu do meu lado, me estendendo uma xícara. – Então... como eu vim parar numa blusa sua? – Perguntei aceitando a xícara, ela precisou sair correndo porque o que tinha colocado no fogo estava queimando.

–Você chegou tirando a roupa. – Falou rindo.

–Mentira, Ludmilla. – Falei ficando vermelha.

–É sério. – Ela me serviu com ovos, bacon e torrada.

–E hum... Eu fiz alguma outra coisa que não devia? – Perguntei limpando a garganta. – Ou a gente fez?

–Não. – Soltou uma risada. – Você capotou assim que colocou a blusa e eu tive que te carregar lá pra cima. – Disse divertido.

–Puta merda. – Passei a mão no rosto.

–Você não sabe da maior. – Falou me encarando, eu o encarei de volta esperando que ela continuasse. – A gente esqueceu a Luane na festa. – Segurou uma risada.

–Como assim? – Perguntei sem entender. – Ela foi com o Fabinho, não foi?

–Antes da confusão ela veio avisar que ia voltar com a gente, o Fabinho e sua irmã saíram mais cedo, mas acabei esquecendo ela lá. – Riu.

–Véi. – Soltei uma risada. – O que aconteceu?

–Quando a gente chegou meu celular começa a tocar e eu não atendi, achei que era sei lá, alguém querendo confusão. – Ela disse dando uma mordida na torrada. – Quando fui ver tinha 25 ligações perdidas da Lulu.

-Meu Deus, com quem ela veio embora? – Perguntei um tanto quanto preocupada, não me lembro de muita coisa, mas não precisava lembrar pra saber que não fui a única a ficar ruim.

–Aí é que está. – Ludmilla falou bebendo tranquilamente um gole do café que fez. – Nem ela nem o Fabinho apareceram por aqui e eu não sei com quem ela foi embora.

Eu tinha uma ideia, mas eu é que não ia contar. Já tinha feito merda o suficiente ontem, hoje ia ficar quietinha e apenas observar o desenrolar dos fatos.

–Ela deve ter ido embora com as meninas. - Menti. – Acho que te devo desculpas pela maneira que agi ontem. – Fiz uma careta.

–Você não disse que não lembrava de nada? – Perguntou de um jeito debochado.

–Lembro de algumas coisas. – Falei envergonhada. Por exemplo... Eu lembrava da confusão com a ex namorada dela.

–Agora eu sei que você simplesmente não pode beber. – Ela disse rindo e se levantando. – E a Rafaella mereceu, estava me perturbando demais.

–Achei que você tivesse gostado. – Falei fazendo ela parar a caminhada até a pia e me encarar. – Do beijo que ela te roubou.

–Ih, olha as idéias. – Ela disse balançando a cabeça negativamente. – Ela é maluca!

–Eu também sou. – Falei rápido.

–Deu pra perceber. – Ela debochou mais uma vez. – Eu gosto de umas mulheres malucas, vou te contar.

–Você tá me comparando com ela?! – Perguntei pra ela.

-Eu??? – Arregalou os olhos, debochando mais uma vez. – Nunca!

–Esse teu deboche ainda vai te colocar em maus lençóis. – Falei pra ela com um sorriso.

-Só se você levar pro coração. – Falou ela colocando a xícara na pia e voltando pra mesa, onde eu ainda tomava meu café.

–Essa frase me lembrou uma batalha de rima. – Brinquei.

–Jaya Luuck né? – Ela riu. – A Luane vivia vendo essas coisas até um dia desses.

–Sua irmã não tem defeitos? – Perguntei com um sorriso.

–Não tem? Mora com ela pra você ver. – Me garantiu.

–Você fala isso porque são irmãs, aposto que ela falaria o mesmo de você.

–Por falar em irmã, fiquei surpresa de ver sua irmã na festa com o Fabinho ontem, tá sério mesmo o negócio entre eles? – Perguntou ela curiosa. Eu levantei pra levar o prato e a xícara na pia e não aguentei, ia ter que lavar.

–Não tive oportunidade para conversar com ela ainda. – Falei pra Ludmilla. – Mas pra ela ter ido pra uma festa daquelas, eu diria que ela deve gostar pra caramba dele.

–Hum... – Recostou o corpo na pia e me encarou. – Você tem que ir trabalhar?

–Tenho, alguém levou um cartão vermelho na final da Libertadores e agora eu tenho que correr atrás pra esse alguém jogar o Mundial de Clubes. – Falei olhando pra ela.

–Só não esquece que esse alguém fez os dois gols que classificaram o time pro Mundial de Clubes. – Ela falou todo cheia de si.

–Vem cá, a gente precisa conversar sobre uma coisa. – Falei séria, ela me encarou. – Que tipo de pessoa enche a parede com fotos dela mesma? Você é narcisista, cara. – Falei, ela soltou uma risada.

–Achou demais? Pode levar um deles pra colocar na parede do seu quarto se quiser. – Ergueu uma sobrancelha. – Imagina só dormir vendo minha imagem, hum... – Soltei uma gargalhada.

–Você é doente. – Brinquei.

–Que doente o que doida? Isso se chama amor próprio. – Ela disse. – Olha eu preciso chegar um pouco mais cedo no CT hoje, como vamos fazer?

–Você acha que a Luane ia me matar se eu pegasse uma roupa dela?

–Não. – Respondeu. – Mas acho que as calças dela não cabem em você. Você tem tipo... O dobro de bunda dela.

–Nossa Ludmilla, você precisa urgentemente aprender a frear a língua. – Falei dando um tapa no braço dela enquanto subiamos as escadas.

–Olha eu ia falar que tem momentos que é ótimo ter uma língua assim, mas...

–Mas já falou, sua idiota. – Falei rindo.

Ele me levou até o quarto da Luane na casa dela e me deixou sozinha dizendo que ia tomar um banho rápido. Quando entrei descobri que o narcisismo era de família porque tinha fotos dela por todo o quarto, parei de julgar a decoração e sai a procura de uma calça dela que coubesse em mim. Foi difícil e no final a única que coube foi uma de moletom que eu tinha certeza que ela tinha comprado uns três números acima do dela normal. Depois fui no closet dela e roubei um dos moletons do flamengo que os jogadores costumavam usar quando estavam indo para o estádio, ela tinha pelo menos uns três pares, não ia sentir falta de um.

Desci lá pra baixo primeiro que ela, pra colocar o salto e acabei encontrando o Fabinho, que parecia querer entrar em casa no escondido.

–Ahá! – Eu gritei fazendo ele dar um pulo. Soltei uma risada. – Eita, pra ter levado um susto desse deve ser porque tá devendo.

–Nunca precisou. – Ele riu, mas me pareceu nervoso.

–Aham, tá bom. – Brinquei terminando de colocar o salto.

–E você? Não sabia que tinha passado a noite aqui. – Ele disse jogando o tênis que estava usando em qualquer lugar da sala.

–Eu também não sabia até acordar hoje. – Falei rindo da situação.

–A pinga foi braba desse jeito? – Fabinho perguntou rindo.

–Você nem queira saber. – Brinquei levantando. – A gente esqueceu a Luane na festa.

–Como? – Fabinho gargalhou.

-Juro, até agora não sabemos do paradeiro dela. – Soltei uma risada observando a Ludmilla despontar na escada. – E pra você ter ideia, eu só soube disso porque a Ludmilla contou agora de manhã.

–Bem que sua irmã estava comentando que você não podia beber. –Ele disse. – Agora sabemos o porquê. – Riu.

–Bora, ô bebinha. – Ludmilla falou passando por mim pra pegar a chave do carro na mesa de centro.

–Me respeita que não sou só eu que estou de ressaca não, tá? – Falei pegando minha bolsa no sofá e indo atrás dele em direção a saída. – Eu quero é ver como esse treino vai funcionar hoje, todo mundo morto de bêbado ainda. – Soltei uma risadinha.

–Vai ser pesado. – Ludmilla concordou.

Como saímos cedo de casa, o caminho até o CT foi tranquilo. Aproveitei pra ver o Whatsapp que não via desde ontem a tarde, achei estranho o fato da Juliana ter saído do grupo Caminhão de boi e eu parecia ter sido a primeira a ver isso já que nenhuma das outras tinha se manifestado.

Isso também deu brecha pra outra lembrança: ela não tinha ido pra festa ontem e eu tinha encontrado a Andressa com aquela menina maluca no banheiro. Depois iria mandar uma mensagem no privado dela pra saber o que estava rolando.

Quando chegamos no CT a primeira coisa que encontramos foi uma roda dos caras, todos morgados e tirando onda.

–Uiiiii, será que temos um novo casal por aqui? – Reinier falou fazendo graça.

–Reinier, Reinier. Se eu fosse você ficava quieto. – Avisei ele arregalou os olhos e levou a mão até a boca.

–Não tá mais aqui quem falou. – Ele disse sorridente.

–Brunninha ontem deu PT, hein?– Patty falou dando tapinhas no meu ombro. – Emily me mostrou uns vídeos irados.

–Que vídeos? – Quis saber já preocupada, deixar um celular na mão da Emily sóbria já era preocupante, ela bêbada então, nem se fala.

–Por falar em Emily... Alguém sabe do paradeiro da Luane? Fui embora e deixei ela sem carona na festa.

Houve um minuto de silêncio, Arrascaeta, Patty e eu olhamos pro Reinier que ficou vermelhinho vermelhinho. Coitado, fiquei com tanta dó que eu mesmo resolvi tirar o dele da reta.

–Esqueci de te falar, mas as meninas me avisaram agorinha que levaram ela pra casa. Não se preocupa. – Falei pra Ludmilla.

–Menos mal. – Ele disse olhando para um ponto atrás de mim, me virei pra encontrar o Mister caminhando na nossa direção.

–A noite de ontem foi boa, mas temos que trabalhar. – Falou apontando pro relógio no pulso. – Tem Brasileiro e Mundial de Clubes por vir.

O grupo começou a dispersar, uns saíram conversando atrás do Mister, outros ficaram por ali conversando. Patty, Arrasca e Reinier foram comigo pelo corredor jurídico.

–Agora a gente vai tá dando cobertura pra esse moleque? – Patty perguntou batendo na nuca do Reinier.

–Ah, qualé? Uns dias atrás estavam aí, com dó de mim e me chamando de encalhado, agora que eu consegui uma gatinha não querem dar uma ajudinha pra mim? – Ele perguntou para os caras, nos fazendo rir. – Inclusive, muito obrigada amiga, você é uma amiga. – Me estendeu a mão, fizemos um high five.

–Disponha, mas faça o favor de mandar ela contar pra irmã, não quero me comprometer. – Falei jogando o cabelo para trás.

–Claro que mão, tá pegando a atacante. Danadinha. – Arrasca falou rindo.

–Ixquece, Arrasca, Ixquece. – Brinquei me despedindo deles e entrando pra minha sala.

Antes de começar a trabalhar — e olha que tinha trabalho, e muito — mandei mensagem pra Juliana perguntando se estava tudo bem, primeiramente com ela, depois com o relacionamento. Ela respondeu falando que me contaria pessoalmente e acabamos marcando de almoçar juntas.

Fui adicionada num grupo chamado "Tudo nosso nada deles" logo depois, as meninas estava nele e todos os jogadores e suas esposas também. Estavam falando sobre um possível luau na praiazinha particular que tínhamos ido da outra vez. E lá vamos nós para mais um dia agitado no Flamengo.

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