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Capítulo 09.

Quarta-feira, 06 de Novembro de 2019

A caminho do Tribunal do RJ

Ryan Martins era um dos advogados desportivos mais conhecidos do Brasil, depois de ter representado Paolo Guerrero no caso internacional do antidoping ficou ainda mais conhecido. Dois anos atrás, quando eu ainda era uma novata, nos conhecemos. Trabalhando para a mesma empresa de advocacia, logo começamos um romance um tanto quanto proibido, já que tal empresa abominava relações amorosas entre funcionários. Nosso relacionamento durou um ano e meio, foi quando ele decidiu sair da empresa e montar seu próprio negócio e foi quando eu terminei.

Ah, mas porque terminou com ele, Brunna? Bem.. Digamos que ele enfeitou minha cabeça com pelo menos uns dois pares de chifres... Já diz o dito popular "Um homem sem chifres é um animal indefeso."

Ele parou na minha frente e me encarou sorrindo.

–Oi! – Disse animado, como se fosse um barato estar me encontrando.

–Oi. – Cumprimentei ele só porque era o jeito mesmo.

–Quanto tempo. – Ele sorriu. Ryan não era feio, pelo contrário, era muito bonito. Os olhos verdes e a boca rosada foi a primeira coisa que percebi quando o conheci, hoje mal conseguia olhar direito para aquele rosto.

–Pois é. – Apertei os lábios. – Desde quando você trabalha para os juízes?

–Não trabalho, mas você deve saber que esse caso é importante demais pra deixar passar. – Ergueu uma sobrancelha olhando rapidamente para a Ludmilla. – Você está ótima. – Completou me olhando de cima a baixo.

–Eu sei. – Abri um sorriso pra ele, que riu com escárnio e se virou para a Ludmilla, desta vez encarando-a.

–Você está em boas mãos. – Ryan disse olhando para a Ludmilla.

–Eu sei. – Ela respondeu.

–Mas estaria melhor se eu não estivesse aqui. – Meu ex falou todo convencido, revirei os olhos.

–Não sei não, estou convicto de que seria impossível encontrar alguém melhor que ela pra essa ocasião. – Ludmilla respondeu chamando minha atenção, ela cruzou os braços em frente ao corpo e encarou Ryan de um jeito... Ameaçador? Que isso. – E não sei se você percebeu, mas tá incomodando, então se nos der licença... – Ela fez menção de ir embora e eu estava indo atrás dela quando Ryan me segurou.

–Será que a gente pode... Conversar? Depois da sessão. – Ele disse, olhei pra mão dele no meu braço e me soltei do seu aperto.

–Ryan, não tenho nada pra conversar com você. – Suspirei.

–Me dá uma chance de me explicar, a gente pode começar do zero. – Insistiu tentando me tocar, esquivei.

–Se você não percebeu, tenho trabalho a fazer. – Virei as costas dando o primeiro passo para ir embora.

–Você sabe que vai perder. – Ele disse me fazendo paralisar, virei a cabeça para encará-lo.

–Bom, você não é o único advogado bem sucedido daqui. – Pisquei e me virei, tremendo de raiva.

Acompanhei a Ludmilla, mal sabia pra onde ela estava indo, mas precisava muito respirar ar puro e colocar as ideias no lugar. Descobri que ela teve a mesma ideia que eu e paramos do lado de fora do tribunal. Meu celular começou a tocar e eu abri a bolsa pra pegar.

–Oi! Tá tudo bem? – Emily perguntou do outro lado.

–Tá sim. – Respondi, mas obviamente não estava nada bem.

–Já está no tribunal? – Questionou minha amiga. Tinha até esquecido do nosso ritual, sempre que uma de nós duas ia representar alguém no tribunal, ligavamos e dávamos forças uma a outra.

–Sim, começa em 15 minutos. Você não acredita quem é o idiota que está representando o juiz, eu juro que vou esganar o Ryan quando sair daqui. – Tentei respirar fundo, mas estava puta.

–Tem alguém aí do seu lado? Não é bom estar falando isso do lado do seu cliente, por exemplo. – O lado profissional da Emily falou, eu me virei pra Ludmilla, vendo que ela estava prestando atenção em mim.

–Estou sozinha. – Menti. – Você acredita que ele teve a ousadia de dizer que vou perder o caso? Eu tô tremendo de ódio de um idiota desses.

–Relaxa minha filha, você sabe que ele só disse isso pra te desestabilizar. E outra: você sempre foi melhor do que aquele cara e não tô falando só de profissão não, então nem vem se abalar com isso. Você consegue porque é uma advogada foda. – Emily completou o incentivo, eu fechei os olhos.

–Ai Emily. – Respirei fundo. – Valeu, vou desligar. – Avisei.

–Tá bom, mantenha a calma quando estiver frente a frente com ele, frieza sempre. – Minha amiga disse, eu ri e desliguei a ligação em seguida.

–Porque mentiu? – Ludmilla perguntou enquanto largada o celular de qualquer jeito dentro da bolsa.

–Ela disse que não é legal falar essas coisas na frente do cliente. – Falei sem olhar pra ela, aproveitando para conferir se todos os papéis estavam ali e o pen drive também, o pen drive era muito importante.

–Então porque falou?

–Sei lá, nem pensei antes de falar, desculpe. – Olhei pra ela, que abriu um sorriso.

–Não foi nada, gostei de conhecer esse seu lado mais ... esquentadinha. – Me lançou um olhar suspeito, com um sorriso em seguida.

–Haha, muito engraçada. – Revirei os olhos. – Vou entrar, encontro com você na saída. – Avisei.

–Espera. – Ela disse me fazendo parar de andar. – Escutei o que o outro advogado disse e não acredite nele, ele não deve saber o quanto você trabalhou e o quanto você está preparada para estar aqui. – Me encarou. – E mesmo que ele recorra sua decisão, temos outra oportunidade.

–Uau, bom conhecer esse seu lado também. – Falei pra ela. – Obrigada pela confiança, tenho que ir.

–Boa sorte.

A sessão durou quase uma hora, então tivemos um intervalo de 15 minutos para ter a decisão do juiz. Como pensei, Ryan recorreu a decisão, que nos seria favorável. Ele usou e abusou da carta que tinha na manga: o charme e a lábia. Já eu usei o que eu tinha de melhor: o profissionalismo e o pensamento rápido, consegui fazer todas as perguntas que queria e consegui interromper muitas dele.

–Você foi bem. – Ludmilla falou quando me aproximei, sentei ao seu lado.

–Teríamos ganhado se ele não tivesse recorrido. – Suspirei.

–Você fica sexy quando está trabalhando. – Ela falou apertando os lábios.

–Oi? – Pisquei.

–Você fica toda séria e... Enfim. – Abriu um sorriso.

–Você acabou de dar em cima mim ou foi só impressão? – Franzi o cenho, ela abriu um sorriso maior.

–Uau, você pega as coisas tão rápido. – Levantou um olhar.

–Descarada. – Falei, mas estava sorrindo. – Aí, o juiz voltou.

Não deu outra, como Ryan recorreu, o caso foi para 2ª instância, seria tudo revisto, provas seriam acrescentadas. A sessão foi marcada para daqui a 15 dias, ou seja, dia 21 de novembro, dia do meu aniversário e dois dias antes da final da Libertadores. Isso mudaria completamente os planos do flamengo, que ia sair do Rio no dia 20. Fiz tudo que podia pra tentar mudar a data para um dia antes, mas não consegui.

–Nada. – Falei quando encontrei a Ludmilla do lado de fora do tribunal. – Tudo o que consegui foi o horário mais cedo, às seis.

–Relaxa, vamos conversar com o Braz quando chegarmos. – Ela me observou. – Tá tudo bem?

–Será que... você pode dirigir? – Perguntei.

–Claro. Não tá se sentindo bem?

–Tô bem, só queria... – Fui interrompida.

–BRUNNA! ESPERA! VAMOS CONVERSAR! – Virei só o suficiente pra perceber que era mesmo o Ryan.

–Droga.

–Vamo correr. – Ela me olhou de lado.

–Que? Tá maluca? – Perguntei vendo ela segurar meu braço.

–O cara tá vindo correndo atrás de você, vamo correr, entrar no carro e vazar. Me dá a chave. – Pediu. Entreguei a chave do carro e do nada. DO NADA. Começamos a correr.

–Ai aí aí. Calma aí, calma aí. – Parei a corrida e agachei pra pegar o sapato, quase deixei um pra trás, mas ela conseguiu pegar morrendo de rir.

–BRUNNA! VOCÊ PROMETEU PORRA! – Ryan gritou agora de mais longe, me virei vendo que ele tinha desistido de  correr então com toda liberdade do mundo lhe mostrei meu belíssimo dedo do meio e entrei no carro.

–Isso foi bem louco. – Comentei sem ar.

–Você ficou sem ar?! 500 metros?! – Perguntou gargalhando enquanto colocava a chave na ignição. – Tá sedentária hein minha filha? Fazer uns exerciciozinhos. – Riu.

–Me respeita. – Falei, mas acabei rindo mesmo. – Onde você jogou meu salto? Caramba, foi uma das coisas mais loucas que já fiz na vida. – Gargalhei. – Você precisava ver a cara dele quando mostrei o dedo do meio. Impagável.

–Eu joguei seu salto aí atrás cinderella. – Riu, finalmente dando partida no carro, arrancando com tudo chega precisei me segurar pra não meter a cara no airbag.

–Vai com calma querido, ainda não é um rally ou uma corrida de fórmula 1 não. – Brinquei.

–Relaxa que isso foi só um teste, a diversão de verdade começa agora.

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