01 - Senhor Libertino
(Você me faz delirar...)
A sala de jantar estava cheia de convidados para o banquete que estava sendo servido pelos criados. A mesa era grande, onde se assentavam no mínimo cinquenta mais nobres aristocratas e todos os nobres já estavam à mesa com reverência e recato, seguindo todas as normas de etiqueta exigidas da era vitoriana. À minha frente estava ele; um homem nobre e libertino que despertava em mim os desejos mais lascivos.
Levando a taça de vinho até meus lábios e aproveitando o desatento das pessoas presentes, permutávamos alguns olhares decorosamente. Conseguia sentir seus olhares libidinosos passeando pelo meu corpo, ele admirava meu rosto e então descia o olhar até meu busto, cujo o vestido cingido ao meu corpo o marcara de forma minuciosa. Em um intuito de provocá-lo ainda mais, em um gesto suave e discreto, me inclinei um pouco para frente e lancei um sorriso aliciador que o fez desviar o olhar automaticamente. Ele pigarreou, como se estivesse tentando reprimir uma sublime onda de excitação que estara sentindo.
–– Se sente bem bem, Sr. Kristoff? – Perguntou a minha atenciosa mãe que se sentara à esquerda do cavalheiro.
Ele acenou com a cabeça, como um gesto de confirmação e pegando a sua taça, ele toma um gole da sua água e sorri logo após, disfarçando sua inquietação.
— O molho do pernil só está... — ele me olha com malícia no olhar e completa seu pensamento – Demasiadamente urticante.
Ele sorri e volta a saborear, até chegar no último prato, que era a sobremesa. Seus olhos lindos e brilhantes como as estrelas me fascinava. Lançava-me um olhar de quem iria incendiar-me mais tarde, isso deixava-o ainda mais cativante para mim. O observei atenciosamente passar a colher de sobremesa com sorvete em sua língua, com movimentos delicados, enquanto fixava os olhos em mim. De forma involuntária e inoportuna, comecei a imaginá-lo deslizando a sua língua pelo meu corpo despido e um suspiro baixo saiu da minha boca em um intenso frenesi.
A tensão sexual entre nós dois conservou-se durante todo o jantar, até que todos já estivessem satisfeitos. Percebendo que todos estavam distraídos em uma conversa convencional, eu o chamo com o olhar.
Nossos desejos eram intensos, no entanto, devíamos manter uma reverência cortês e formal diante de todos, sem troca de olhares intensos, sem toques ou qualquer outra demonstração de afeto, até que estivéssemos a sós, quebrando uma das normas de conduta. Mas se ninguém percebia, não era como se fosse um problema grave, não é?
Diante da distração de todos ali presentes, conseguimos sair sorrateiramente da visão dos visitantes e de nossos familiares, afugentando-nos à biblioteca que, por ser uma residência nobre, era imensa e cheia de conjecturas importantes.
O rapaz entra e fecha a porta, logo em seguida, ele aproxima-se gradativamente de mim, com um sorriso no rosto.
— A sua fascinante postura puritana ante seus familiares a deixa ainda mais desejável para mim, Senhorita. Mais um segundo e eu teria beijado-a diante de todos os convidados. — ele fala baixo, próximo a minha boca, em um sussurro insaciável. Sinto sua respiração quente e suave que permeava entre nós.
— O seu grande empenho em manter seu prumo durante um jantar formal em minha residência, me deixa ainda mais sedenta pelo senhor, milorde. — Ele sorri como resposta e automaticamente fixa o olhar em meus lábios molhados e avermelhados que estavam sedentos pelos seus.
Ele umedeceu seus lábios com a língua e se aproximou, levando suas mãos firmes até a minha cintura e guiando-me para um beijo cálido e excitante, as nossas línguas entrelaçavam, deslizavam e remexiam como uma dança chamejante e peremptoriamente sincronizada em um salão de festa. Ele tentava aflorar nossos corpos compelindo seu corpo contra o meu, mas o vestido estufado o impedia de sentir meu corpo. Seu beijo era quente e apaixonante e a cada segundo se intensificava como uma chama impetuosa. Ele explorava meu corpo, passando suas mãos pelos meus seios fartos e quadris. Seu toque era doce e selvagem, cheios de desejos que por muito tempo estavam retraídos.
— Preciso senti-lo dentro de mim, agora. — sussurro e arfo contra seus lábios.
Ele cessa os beijos por alguns instantes e me olha com um sorriso tênue, evidenciando o efeito lúbrico de minhas palavras em seu corpo e mente. Sem falar uma palavra, o rapaz observou-me içar todos os tecidos do meu longo vestido azulado, até poder dá-lo acesso à minha parte íntima, o homem insaciável, dando-se conta daquilo, levou um de seus dedos até lá e sentindo a umidade, ele sorriu mordendo o lábio e estimulou minha intimidade amenamente, fazendo-me soltar um gemido breve e abafado.
Com um gesto célere, ele agarrou fervorosamente minha silhueta e me pôs sobre uma das escrivaninhas de madeira envelhecida. Enquanto compelia seu corpo entre as minhas pernas e a medida em que puxava-me para mais perto, eu podia sentir a seu membro exortado que afagava minha intimidade, que se encontrava palpitante de desejo.
— Eu estou devotado a senhorita, pois meus olhos não passeiam pelo seu lindo corpo sem a intensa vontade de desonrá-la assim — suas palavras me deixam ainda mais molhada. Então ele voltou a beijar calorosamente os meus lábios, deixando cair seu sobretudo preto ao chão e agarrando-me com mais força, ele abre a sua calça, segura seu membro completamente ereto e penetra em minha intimidade quente e molhada, sem cessar o beijo. Tento reprimir todos os meus gemidos ao senti-lo entrando e saindo de mim, mas um prazer imenso é espalhado pelo meu corpo, deixando-me incapaz de segurá-los durante seus movimentos.
A sua mão aprazível agarra e apalpa novamente um de meus seios e por cima do vestido que era justo demais para retirá-lo. Sua respiração estava pesada, tombo a cabeça para trás e entrelaço minhas pernas em volta do seu corpo, a fim de fazê-lo entrar mais dentro de mim. O cavalheiro desliza sua mão até meu pescoço, onde aperta-o de maneira firme, mas cautelosa, enquanto penetra veemente em mim.
Concentrado, ele morde meu lábio inferior durante o beijo e cessa seus movimentos, em seguida, me põe de costas para ele, guiando a inclinar-me para a frente, fazendo-me ficar de bruços sobre escrivaninha. Ele levanta os tecidos do meu vestido, dando-lhe uma visão prestigiada do meu traseiro nu, o rapaz contempla por alguns segundos e passa sua mão de maneira sútil, roçando seu membro ereto entre as minhas nádegas. Ele agarra minha nuca com intensidade e entra novamente dentro de mim, em esbrase, delirante, aturdido, deixo escapar um gemido abafadiço de alucinio.
Fecho os olhos e sinto a cume intensa de excitação que vem à tona e finalmente alcanço o ápice do prazer, solto um gemido caloroso ao sentir meu corpo, virilha e pernas enrijecerem como alvos de uma forte tensão elétrica. Uma onda de calor muito grande invade meu corpo e uma euforia inexplicável toma conta de mim. E o mesmo acontece, ofegante e atordoado pelo êxtase, o cavalheiro expele seu líquido quente de enlevo dentro de mim entoando um ruído intenso de prazer e forçando seu corpo trêmulo contra o meu.
Ele amenua gradativamente a intensidade dos seus movimentos e sorri com regozijo. Retornei à minha antiga posição e reparei os fios de seus cabelos que estavam caídos em sua testa molhada de suor em consequência ao calor que nos incendiara. Nossos arfares estavam sincronizados e invadiam todo espaço vazio da biblioteca.
— A senhorita desperta em mim um desejo avassalador. Devo confessá-la que seria uma honra poder saciá-la todas as noites, em qualquer lugar. — o cavalheiro me encara com desejo, dou um sorriso sugestivo e, por cima do tecido, rastejo a mão pelo seu peitoral.
— O senhor poderia tentar, mas deveria antes saber que sou insaciável — falo em um tom provocativo e o rapaz estremece os lábios, sem conseguir tirar seus olhos de mim. Depositei um último beijo em sua boca antes de me afastar.
Ajustamos nossas posturas, desamassando nossas vestimentas e tentando deixá-las, inútilmente, de forma impecável, como estávamos antes de cairmos aqui.
Tudo estava muito calmo até ouvirmos passos serelepes que se aproximavam em direção à biblioteca, sem esperar, corremos até a porta dos fundos e saímos em direção ao vasto jardim da mansão, segurando o riso de medo e adrenalina.
(...)
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