29.1
Capítulo 29. - Parte um. - A Festa à Fantasia .
Depois que Sharon nos contou da gravidez e de como ela planejava seguir com ela mesmo se Sam não a quisesse, eu e Natasha fomos atrás de Sam e armamos um encontro para os dois, alguns dias depois. O que foi bom, já que Sam estava estranhando o fato de que Sharon estava fugindo dele há mais de uma semana enquanto ela, no embalo do encontro, ficou tão nervosa que saiu contando sobre o bebê.
Quando Steve Rogers voltou da rua acompanhado por Tony Stark e James Rhodes, Bucky estava colocando Sam no sofá com a ajuda de Chad e Pietro, tendo em vista que ele desmaiou e Sharon veio até nós, em pânico, achando que ele tinha tido um derrame ou infarto com a notícia. No fim, foi só um piripaque mesmo provocado pela queda da pressão.
É claro que eu não consegui voltar para casa naquele dia, já que Sam e Sharon levaram muitos minutos para conversar, os quais eu, Nat e Yelena só não escutamos atrás da porta porque Steve não deixou. Mas ao menos, quando o Sol nasceu no horizonte, nós três já tínhamos arrancado todas as informações de Sharon.
Tony também fez eu prometer , naquele mesmo dia, que eu ia na festa de sexta e eu não tive muita opção a não ser, aceitar. Ainda mais quando eu soube que seria festa à fantasia por causa do Dia das Bruxas. Eu poderia até resistir a uma festa comum, mas a uma festa de Dia das Bruxas eu não resistiria. Era um dos meus feriados favoritos desde que eu era pequena, então, não hesitei em aceitar o convite.
Como eu não tive muito tempo naquelas semanas, já que Steve parecia ter levado a sério a frase "preciso de um tempo longe" e me deu tanto trabalho para fazer que só tive um único dia (o da festa) para respirar aliviada, não deu tempo de ir comprar uma fantasia nova. A solução seria procurar uma no meu armário que ainda servisse.
Como minha mãe e Bruce participariam da festa à convite de Tony, eles vieram para o meu apartamento no final da tarde para a gente se arrumar. Eu estava justamente tentando me decidir entre uma bruxa ou uma assistente de mágico quando a campainha tocou e eles entraram depois que eu fui abrir a porta.
Na verdade, eles mal pisaram dentro do apartamento e eu já fui perguntando, enquanto erguia as roupas na minha mão.
-Bruxa ou mágica?!
-O que?! - Martha me encarou confusa antes de ver as roupas. - Ah... Vai de Bruxa.
-É, acho que Bruxa é legal!
Concordei. Mas mudei de idéia minutos depois quando soube que Celeste já ia de bruxa. Como uma olhada no grupo dos Vingadores me fez perceber que ninguém ia de mágica, foi essa roupa que eu escolhi.
Experimentei ela e fui até a sala, onde os dois estavam conversando. Pigarreei para chamar a atenção para mim.
-E então? O que acharam?
-Ué? - Bruce franziu a testa. - Você está linda, mas... Você não ia de Bruxa?
-Mudei de idéia. - Expliquei. - A Celeste já vai de Bruxa e tudo que eu menos quero é parecer com ela!
-Você e a Celeste ainda brigam, é? - Minha mãe perguntou, apoiando a mão no queixo.
-Ela nunca parou de implicar comigo! E garanto que vai piorar agora porque meu pai é o Bruce!
Bruce deu um leve sorriso quando percebeu o jeito que eu falei e confesso que eu fiquei vermelha. Murmurei que ia para a cozinha e me tranquei no quarto, organizando minhas coisas para a festa.
Na verdade, eu meio que perdi a noção do tempo enquanto Sharon nos contava como foi o primeiro ultrassom do bebê e de como Sam chorou mais que ela quando ouviu o coração dele. E embora estivéssemos animadas para saber o sexo, o bebê ainda não tinha mostrado, deixando a gente mais ansiosa para saber.
Só me lembrei que estava ficando atrasada quando minha mãe bateu na porta do quarto avisando que ela e Bruce já estavam praticamente prontos. Saí do quarto e encarei eles na sala. Eu até ia falar mais alguma coisa, mas eles estavam muito ocupados sendo dois vampiros que estavam se beijando, então só segui para o banho mesmo.
É claro que demorei nele, afinal, eu ia em uma festa chique e não tinha tido tempo para me cuidar nos últimos dias com tudo que vinha acontecendo. Passei quase uma hora entre me depilar, hidratar o cabelo, fazer esfoliação na cara, ajeitar a sombrancelha e tirar o buço...
Claro que minha mãe ficava me apressando de dez em dez minutos, mas Bruce estava calmo e rindo do nervoso dela, enquanto mandava ela me deixar ter meu tempo. Só para constar, ele tinha ganhado vários pontos comigo por isso.
Eu tive a impressão que a campainha tocou, mas como ninguém disse nada, deixei para lá e não prestei mais atenção, continuando meu banho normalmente. Mas percebi que sim, a campainha tinha mesmo tocado quando saí do banheiro e entrei no meu quarto, enrolada no roupão.
Steve estava deitado na minha cama, com o braço sobre os olhos. Ele não viu eu entrando, bati a porta, o que fez o corpo dele dar um pequeno pulinho. Ele me encarou, erguendo a cabeça e sorriu amplamente, enquanto sentava.
-Ah... Oi, Minha Princesa!
-Oi, Capitão. - Provoquei ele, vendo Steve suspirar e morder o canto da boca, me encarando sério. - O que faz aqui?
-Achei que ia querer uma carona. - Ele se ajeitou na cama, me dando espaço para sentar ao lado dele. - E para falar a verdade, eu tô morrendo de saudade...
Steve esticou a mão, hesitante, mas como viu que eu não ia desviar do toque dele, sorriu e pousou a mão no meu rosto. Sorri de volta, fechando os olhos, enquanto segurava a mão dele.
Céus, como eu senti saudade daquele toque!
-Eu senti a sua também, Capitão.
-Garota... - Steve se inclinou sobre mim e beijou meu pescoço várias vezes, me deixando arrepiada. - Você não devia me chamar assim, nesse tom de voz, se não quiser que eu quebre minha promessa.
Mordi a boca, sentindo a mão dele percorrer meu pescoço. A outra mão de Steve pousou no meu joelho e foi subindo pela minha perna, enquanto eu me segurava no corpo forte, tentando não enlouquecer.
-Steve, meus pais estão na sala.
Isso fez ele parar, suspirando. Nos afastamos e nos encaramos. Segurei a risada, o que fez ele me olhar torto.
-O que foi, Maddi?
-Achei que você ia dizer "E daí?" Ao invés de parar e ficar vermelho!
Steve riu e negou.
-Olha, eu posso ser um depravado, de vez em quando, mas... Sua mãe ainda é a sua mãe e seu pai é meu amigo. A gente vai ter tempo para isso depois!
E como se tivessem adivinhado que a gente falava deles, Bruce bateu na porta do quarto.
-Hey, Maddison... Desculpe atrapalhar, mas é que como o Steve vai te dar carona, eu e a Martha achamos melhor irmos indo. Tem algum problema?
Steve sorriu. Um sorriso safado e depravado. Engoli a vontade de rir e levantei da cama, indo até a porta e a abrindo. Encarei Bruce.
-Ah, não tem problema, não! A gente vai daqui a pouquinho, não é, Steve?
-Claro! - Ele concordou. - A Maddison só precisa parar de falar que nem uma arara e começar a se arrumar!
Olhei por cima do meu ombro para ele e o fuzilei com os olhos. Ele tinha um sorriso idiota no rosto e minha vontade foi de socar a cara dele.
-Bem, está bem, então. Tchau, Maddi. Tchau, Capitão!
-Tchau, Bruce! - Encarei minha mãe no inicio do corredor. - Tchau, Mãe!
-Tchau, Maddi! E Steve... - Ela fez uma pausa, enquanto ele parava ao meu lado. - Juízo os dois e usem camisinha!
-Mãe!
Steve riu, ficando vermelho. Bruce ergueu as sombrancelhas, enquanto eu olhava para minha mãe, respirando fundo.
-Vai logo!
Ela ergueu as sombrancelhas como se soubesse o que íamos fazer assim que ela saísse. E por Deus, ela sabia mesmo.
Afinal, quando eles foram embora, Steve me segurou pela cintura, fechando a porta do quarto com o pé e me encostando nela.
Nos olhamos nos olhos e eu senti meu desejo por esse homem multiplicar por mil quando ele segurou a parte frontal do meu pescoço e encostou a testa na minha, me prensando contra a porta. Minha respiração estava irregular e meu ventre contraído de vontade .
-Me diz que quer que eu pare e eu paro, Princesa.
Droga. Eu não queria que ele parasse. Mas seria errado. Droga... Porcaria de homem gostoso!
Segurei os braços dele, subindo minhas mãos por eles, até parar em sua nuca e brincar com meus dedos nos fios loiros. Steve suspirou, ficando arrepiado.
-Sabe que se a gente tiver um momento, isso dá ao Bucky o direito de ter um momento comigo, certo?
Steve suspirou e me encarou nos olhos. Ele estava levemente decepcionado, talvez, esperando que eu já tivesse escolhido ele. Mas assentiu.
-Tá, tudo bem. Eu só não preciso saber se tiveram ou não, está bem?
Assenti. Ele pressionou mais a mão na minha garganta, levando a boca até a minha orelha e mordendo. A outra mãos dele desamarrou meu roupão, enquanto ele sussurrava:
-Agora... Fica quieta que eu vou te fazer minha.
-Steve...
-Shhh! - Steve deixou os dedos escorregarem para o meio das minhas pernas, deslizando dos meus seios até lá embaixo, pela barriga, enquanto eu me segurava nele. - Só minha agora. Entendeu?
-Entendi...
Ele deslizou o dedo pela minha intimidade já vergonhosamente úmida, me fazendo arrepiar com o toque do dedo gelado. Um gemido escapou pela minha boca, enquanto eu encostava a nuca na porta.
-Entendi...?
-Entendi, Capitão.
-Ótimo. Boa garota!
Ele me invadiu com dois dedos mas eu não consegui nem gemer, já que ele me beijou, finalmente. Meu coração explodiu em batimentos acelerados e eu pulei no colo dele, sentindo ele me levar para a cama. Eu estava com saudades, embora uma parte de mim me dizia que era errado, já que eu também estava com saudades do Bucky.
Tentei não pensar nele naquele minuto e me concentrei em tirar o roupão, ficando nua, enquanto Steve estava ajoelhado entre minhas pernas, tirando a blusa e jogando longe. Era uma cena maravilhosa de ver e eu não consegui tirar meu olhar dos dedos dele percorrendo minha pele até pararem na minha intimidade de novo, entrando e saindo de mim do jeito que eu gostava.
Arqueei o quadril, buscando mais contato ao mesmo tempo que ele se inclinava sobre meu quadril e escorregava a língua por mim, me sugando em seguida e me fazendo soltar um grito de prazer.
Eu me contorcia contra a boca dele, sem pudor nenhum, fechando os olhos e o segurando pelos cabelos, sentindo aquela onda de prazer se acumular no meu baixo ventre até explodir, segundos depois, de um jeito que só me deixou mais excitada e ansiosa para ter ele de novo.
Steve se ajoelhou entre minhas pernas de novo, sem tirar o olhar do meu, tirando o cinto e levando a mão até o bolso, para pegar uma camisinha na carteira.
Sentei na cama, tirando o resto da calça e da cueca dele, vendo a ereção de Steve saltar para fora. O peguei na minha mão, brincando com os dedos até que Steve estivesse gemendo, para o colocar na minha boca.
Eu só parei de o sugar quando Steve pediu para eu não parar. Deitei na cama e esperei ele terminar de respirar fundo e me encarar com raiva.
-Eu disse para você não parar, Miller.
Esperei até ele ter posto a camisinha e sorri, "inocentemente".
-Eu ouvi, Capitão. - Puxei ele pela mão, fazendo Steve pressionar o quadril contra o meu. - Mas eu quero você dentro de mim. Agora.
Eu fui ao céu e voltei quando Steve me beijou, apenas para me distrair e me invadir, firme e fundo, de uma vez. Eu mal conseguia segurar os gemidos quando ele começou a estocar, devagar, mas intensamente.
Minhas mãos passearam pelo corpo dele. As de Steve faziam um caminho pelo meu que me deixava louca. A barba dele arranhava minha pele e os dentes mordiam com tanta força que eu só conseguia puxar o cabelo dele e cravar minhas unhas na pele das costas dele com a mesma força.
Steve pôs minhas pernas no quadril e eu o apertei contra mim, ouvindo ele enlouquecer. Não demorou muito para ele se desmanchar de prazer, me apertando contra ele e me encarando nos olhos, ainda sem parar de estocar, apesar de já ter atingido o ápice.
Eu podia o olhar nos olhos o dia todo e eu nunca cansaria. Eram lindos e tão puros...
-Te amo. - Sussurrei, fazendo carinho nele. - Eu te amo demais...
Steve levou a mão à minha intimidade e em alguns segundos, fui eu que me derreti, o beijando, sem pressa nenhuma.
Eu e Steve ficamos apenas abraçados até que a nossa respiração tivesse regularizado. Ele me abraçava contra si com um carinho enorme, mas mesmo assim, me senti na obrigação de me virar para ele.
-Stee...
-Eu sei. Eu não devia ter feito isso, mas eu realmente estava com saudade de você. - Ele suspirou. - E tá, se quiser transar com o Bucky porque transou comigo, tudo bem. Ah, e só respondendo...
Ele se inclinou sobre mim, sorrindo.
-Eu te amo muito também.
Sorri, o beijando calmamente mais uma vez. Nos separamos com alguns selinhos.
-É melhor a gente tomar um banho, que tal?
-Ótima idéia, Minha Princesa! - Steve riu, pulando da cama e me pegando no colo. - Próxima parada da Carruagem Real: Chuveiro!
Comecei a rir da bobeira dele e fui para o banho. E eu jurava que a empolgação dele para ir até lá era para uma segunda rodada mas Steve só me ajudou a tomar banho, lavando meu cabelo, sem tentar mais nada.
Ele tinha tanto carinho por mim que eu ficava fraca. Eu via isso na forma com que os dedos dele se esfregaram contra o meu couro cabeludo, na forma que ele penteou meus cabelos ou que esfregou o sabonete pelo meu corpo.
No jeito que ele me olhava como se eu fosse o mundo dele.
Levei menos tempo dessa vez para me arrumar do que da primeira e quando me encarei no espelho, até que eu gostei do que eu vi. Eu vestia uma meia calça cheia de furinhos e um short brilhoso, além de uma blusa tomara que caia preta com detalhes em braço. Para completar, a fantasia tinha uma cartola e um casaquinho com luvas e uma varinha mágica.
Para minha surpresa, Steve estava vestido de Falcão e ele me explicou que Bucky estava de Capitão América, enquanto Sam vestia a do Soldado Invernal. Achei criativo.
Chegamos na Torre Stark com cerca de uma hora e meia de atraso, mas ninguém ligou realmente, afinal, as festas do Stark eram. conhecidas por não terem hora para acabar.
Realmente, quando eu entrei no espaço reservado para a festa, não parecia só um Auditório sem as cadeiras. Aquela era quase uma boate.
Haviam pessoas a perder de vista, as luzes neon deixavam a decoração de aranhas, abóboras e chapéus de Bruxa em destaque. No palco, havia um DJ tocando uma música eletrônica tão alta que as paredes reverberavam e as luzes piscavam em sincronia com a batida.
Steve me encarou, chegando perto de mim para falar.
-Eu te vejo mais tarde?
-Claro! Devo estar perto da Nat!
-Ou do Bucky.
-É, por aí...
Ele assentiu e saiu de perto de mim e depois disso é que notei que Chad e Angel, que já estavam meio bêbados chegaram perto de mim, animados.
-NOSSA, VOCÊ ESTÁ LINDA! - Angel berrou, o que fez eu rir. - A FESTÁ TÁ MUITO BOA, NÃO TÁ, CHAD?!
Chad riu e concordou, enquanto dava o braço para nós duas e começava a andar entre as pessoas.
-As festas do Tony são maravilhosas!
-Já foi a muitas? - Perguntei, aumentando o tom de voz.
-Em todas desde que descobri quem é meu pai! Por falar nisso... Os seus estão alí!
Acompanhei o dedo de Chad e percebi minha mãe e Bruce sentados no sofá, onde Rhodes estava no meio, contando alguma piada para eles e para Clint e Tony. Chad suspirou.
-É sempre a mesma piada: Bum! Era isso que procurava?!
Comecei a rir quando percebi que Chad tinha dito a mesma coisa que Rhodes e ao mesmo. Angel também riu. Então, ela virou para mim.
-Hey, como é ser filha do Hulk? Você não tem medo de... Sei lá? Ele virar o Hulk?
Peguei a bebida que a garçonete semi-pelada ofereceu e neguei. Realmente, parando para pensar, embora eu já tenha visto o Hulk antes, eu nunca tive medo do Bruce se transformar nele perto de mim.
-Na verdade... Não!
-Nossa! Legal, né? Mas e como está a relação de vocês?
-Normal, ué. - Dei de ombros, bebendo um longo gole. - Não estamos nos tratando como pai e filha nem ficando cheios de abracinho ou sei lá o que. Mas ele é legal e eu gosto bastante de conversar com ele.
Os dois assentiram. Parei para observar eles e percebi que eles pareciam um Rei e uma Rainha-Zumbis. Mesmo assim, estavam lindos e impecáveis.
Olhei ao redor e perto da mesa de docinhos, percebi que Celeste e Mary estavam fofocando, claramente, enquanto me olhavam. Suspirei e Revirei os olhos.
-Hey, não liga para ela! - Angel se inclinou para perto de mim e falou mais alto. - Ela morre de inveja porque tudo que ela se esforça para ser, você é sem fazer nem força!
Franzi a testa e encarei ela, surpresa. Não pelo fato de Angel ter dito que Celeste tinha inveja de mim. Isso era um pouco óbvio. Mas pelo jeito que ela falou da prima.
-Não devia estar falando assim dela... - Chas comentou, rindo. - Sua prima pode ficar magoadinha!
-Ela que se foda! - Angel revirou os olhos. - Sinceramente, eu e a Celeste... A gente não se gosta, mas temos vantagens em trabalharmos juntas. Enfim... Ela é uma cobra, sinceramente!
Chad me encarou, murmurando um "Tenho que embebedar ela mais vezes" e eu não consegui segurar a risada. Continuamos comversando por algum tempo enquanto Angel soltava o verbo e nos contava vários podres da prima.
Confesso que fiquei chocada com alguns, afinal eu não esperava aquilo tudo, mas foi ótimo saber que eu teria como revidar caso ela fosse me irritar naquela noite.
Só quando eu já estava no meu quinto copo de bebida, avistei um cara com o braço "metálico" e uma peruca ridícula na cabeça que ia até a altura da cintura dele. O ataque de risos foi alto quando Sam se aproximou da gente, sorrindo, e me abraçou.
-Hey, Ruiva! A Sharon e a Nat estão te procurando pela festa todinha!
-Meu Deus, Sam! - Exclamei entre risos. - O que é isso na sua cabeça?!
-Eu tinha que achar algo para imitar aquele texugo que o mau-humorado chama de cabelo, né? Aliás, que fique bem claro que quem escolheu essa fantasia foi o Steve! E eu não sei porque aceitamos essa idéia idiota!
Começamos a rir enquanto Sam tirava a peruca e murmurava que aquilo coçava igual a um inferno.
-Será que o Bucky não botou pó de mico aí? - Chad indagou, rindo.
-Se ele tiver feito isso, é um homem morto!
Voltamos a rir com a careta que ele fez, mas como Angel e Chad começaram a se beijar como se não houvesse mais amanhã logo a seguir, eu e Sam seguimos para fora daquela rodinha.
Antes de chegarmos perto das meninas, Sam pegou outra bebida e me encarou.
-Eu posso levar um papo contigo?
Franzi a testa, mas assenti e o segui para a varanda, onde menos gente estava acumulada e não precisaríamos berrar tanto para nos fazer ouvir. Sam demorou um pouco para falar.
-Como você sabe se está fazendo a coisa certa?
Me apoiei no parapeito e encarei ele, sorrindo de lado.
-Normalmente, eu tento ver o prós e os contras, Sam. No caso, você está falando do bebê, não é?
-É, eu tô falando do bebê... - Ele coçou a nuca e encarou o céu, que naquela hora, já estava escuro. - Não é que eu esteja na dúvida sobre assumir, Maddi. Não me entenda mal...
-Me explica.
Sam virou para mim e falou, devagar.
-Eu não estou me recusando a ter o bebê. Pelo amor de Deus, eu gosto da Sharon e eu nunca senti uma emoção tão grande como quando eu ouvi o coração dele... É só que... - Ele hesitou e voltou a olhar para o céu. - O que eu tô querendo dizer é: Ele vai gostar de mim? Será que eu vou ser um bom pai? Como eu vou saber se eu estou fazendo as escolhas certas? E se eu fizer algo de errado e for uma merda de pai?!
-Samuel!
Segurei ele pelos ombros e o sacudi até que ele calasse a boca e me encarasse. Ele terminou de beber o líquido âmbar do copo e me encarou. Estava claramente nervoso e quase em pânico. Soltei o ar.
-Olha, eu não tenho como dizer que você vai fazer tudo certo, Sam, até porquê você é humano e vai errar em algum momento da sua vida. Mas... Como alguém que cresceu sem o amor do pai, eu posso apenas dizer que se você o amar, o apoiar e incentivar nas coisas que ele ama, mesmo que você não concorde... Ele vai te amar. Quando eu era pequena, eu sentia falta de ter um pai. Ter para quem correr quando minha mãe brigava comigo, ter para quem contar as coisas, me fazer companhia... E as minhas amigas todas tinham um pai, então... Sam, olha: Eu sei que você está nervoso e ansioso, até porquê esse bebê não foi planejado. Mas eu te conheço, eu sei que vai amar ele e que vai ser um pai incrível!
Ele tinha lágimas nos olhos quando me abraçou apertado.
-Obrigado, Ruivinha!
-Disponha, Passarinho!
Nos soltamos e ele levou uns dois minutos para normalizar a respiração e meter um sorriso no rosto, me encarando e cutucando minha barriga.
Quase deixei a cartola cair da minha cabeça e ele só parou de me cutucar quando ameacei enfiar minha varinha em uma parte muito particular.
-Nossa, calma, estressada! Nem parece que transou antes de vir para cá!
Arregalei os olhos e encarei ele, surpresa.
-Hey! O Steve te contou?!
-Eu sou seu vizinho, Maddison! Eu acho que vocês esqueceram isso, né?
Senti minhas bochechas ficando completamente vermelhas e suspirei, revirando os olhos. Sam continuou me olhando de lado.
-Além disso, você tem uns chupões pelo pescoço...
Não falei nada. Sam me encarou, dessa vez, falando sério.
-Já decidiu?
-Não. - Admiti, baixinho. - O Steve foi perfeito hoje. Mas eu to ansiosa para ver o Bucky. E tenho certeza que quando eu encontrar ele, vou ficar ansiosa para ver o Steve de novo. E vice e versa em um ciclo sem fim!
-Complicado...
-Você já passou por isso? - Questionei. - Essa indecisão entre duas pessoas?
-Na verdade, não. - Sam ponderou. - Mas eu tenho uma prima que namora dois caras também e ela garante que ama os dois.
-Mas os três namoram entre si? Porque tenho certeza que por mais apaixonadinhos que eles sejam, eles não vão querer se namorar...
Sam soltou uma risada e deu de ombros.
-E se eles dois ficassem com você, Maddi?
-Não vai rolar.
-Por quê não? - Sam me acotovelou. - Ninguém tem nada a ver com a sua vida e não é proibido em lugar nenhum namorar com dois caras!
-Não é imoral para a Shield?
Sam deu de ombros.
-A Shield emprega pessoas transexuais. Quer algo mais "imoral" para os conservadores do que isso? Além disso... Você é afilhada do Fury. Podia usar o "privilégio" ao seu favor!
Fiquei quieta. Mas depois, neguei.
-O Steve nunca aceitaria isso, Sam.
-O Bucky aceitaria?
Encarei ele, pensando. Eu não sabia mesmo...
-Talvez... Mas também não sei.
-E você? Você aceitaria namorar os dois?
Mas antes que eu pudesse falar algo, Clint e Bruce vieram até nós e nos cumprimentamos.
-Hey, desculpa interromper vocês mas é que o Tony vai fazer um pronunciamento e pediu para todos estarem no Salão.
Assentimos e entramos de volta. A música ainda era alta e agitada. Clint e Bruce nos guiaram para perto dos Vingadores. Uma rápida olhada me fez perceber que Bucky e Steve estavam perto de Natasha e Wanda, mas nenhum deles olhava para mim. Sam apenas murmurou um "Já volto" e foi na direção deles.
-Você está bem?
Levei um susto e encarei Bruce, sorrindo.
-Eu acho que eu tô, Bruce.
-Você e o Steve...?
-Hm... - Dei de ombros. - Digamos que eu ainda não sei como vou escolher um.
Bruce riu e me encarou, cruzando os braços e ajeitando os óculos de grau. Então, ele esticou a mão e ajeitou a minha cartola que estava torta.
-É injusto essa pressão para escolher um só, né? Eu imagino como você deve estar se sentindo...
Dei um leve sorriso e suspirei.
-Eu vou sobreviver, eu acho.
Todas as luzes se apagaram e só a do palco ficou acesa, onde um... Tigrão?! É, Aquilo era um Tigrão do Ursinho Pooh... E só quando ele falou, eu reconheci Happy.
A festa aplaudiu as palavras de agradecimento ao pessoal ter vindo e todas aquelas coisas que se diz normalmente em eventos. Tony Stark apareceu no palco vestido de...
Ele estava originalmente vestido de Homem de Ferro.
-Uau! Original, né? - Sussurrei para Bruce, que apenas deu uma risada em resposta e deu de ombros.
-Segundo ele, não existe fantasia melhor no mundo!
-Senhoras, senhores e seres indefinidos... Sejam bem vindos à Primeira Edição da Festa Anual de Halloween de Tony Stark! Acho que o Happy ja disse tudo que eu gostaria de dizer a vocês, mas transferi a tarefa para ele para poupar palavras e conservar minha voz para esse momento.
Todo mundo riu, inclusive eu. Virei para Bruce e observei o sorriso dele.
-Algo me diz que você sabe o porquê disso.
-Fica olhando. - Bruce respondeu. - Você vai amar a idéia!
Assenti, enquanto Observava Tony chamar Pepper e Peter Parker disfarçado de Homem Aranha, é claro, no palco.
Enquanto Tony enrolava para dizer qualquer coisa, Peter tecia uma teia da metade da parede para o teto e só quando ele estava quase acabando, percebi a frase que uma lâmpada iluminou logo a seguir.
"PEPPER, CASA COMIGO?".
Ooie, Gente! 💖
Cheguei com um capítulo que eu amei tanto escrever! Nossa, flui muuuito bem e muito rápido, tanto que tive que dividir em duas partes. Inclusive, a segunda parte sai amanhã!
(Eu sugiro, Vocês pedem e Eu faço, né? )
Precisamos falar sobre o Hot hehehe 🥵 Que delícia de homem! (E aqui fica o questionamento: Vamos ter hot no próximo? 👀)
E sobre o Sam todo nervosinho porque vai ser pai! Ai, eu amo demais e não aguento! 🥺❤
Bem, eu espero muuuito que tenham gostado! Alguém quer arriscar se a Pepper vai aceitar? Hehehe
Até amanhã! Não se esqueçam de deixar a estrelinha aqui embaixo, por favor! Além de um comentário qualquer!
💕
Beijos! 💋💋
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro