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Capítulo 22. - A Corrida, a cafeteria e o almoço quente.
Eu não fazia idéia de quando tinha sido a última vez que acordei sozinha às quatro da manhã e tão disposta quanto eu tinha acordado no sábado. Devagar, caminhei até o quarto que minha mãe dormia e percebi que ela estava no sétimo sono. Então, apenas escrevi um bilhete e fui colocar minha roupa de ginástica.
Eu abri a porta do apartamento ao mesmo tempo que Sam. Ele ergueu as sombrancelhas, sorrindo para mim.
-Bom dia, Miller!
Fiz um sinal para ele falar baixo e começamos a descer as escadas. Sam em ofereceu o braço e eu aceitei, enquanto falávamos mais baixo.
-Caiu da cama?
-Simplesmente acordei com vontade de correr. - Expliquei, dando de ombros. - Acho que eu preciso pensar um pouco, sabe? Tem acontecido tanta coisa de uma vez...
Sam assentiu, me encarando de lado.
-Você precisa pensar ou você precisa de um conselho?
-No momento, eu preciso pensar para definir que tipo de conselho eu preciso. Entende? - Perguntei, quando chegamos ao térreo. Esperei ele abrir a porta do prédio. - Quer dizer, tem acontecido tanta coisa e de uma vez, Sam... Eu não consigo respirar e nesses últimos dias, parece que minha cabeça vai explodir de tantos pensamentos juntos e ao mesmo tempo!
Caminhamos até o portão, o qual ele também abriu e me deixou passar na frente.
-E você ainda precisa pensar mais?!
-Eu preciso organizar meus pensamentos e achei que correndo ou caminhando seria uma ótima maneira.
Sam assentiu, dando de ombros. Começamos a correr pela rua, em um ritmo comum e lento, só para aquecer.
-E algo me diz que parte desses pensamentos tem a ver com um certo loiro de olhos verdes. Acertei?
-Infelizmente, sim! - Concordei, dando de ombros.
Continuamos correndo. Realmente, eu mal conseguia tirar Steve da minha cabeça e confesso que ele não ajudava se importando comigo da forma que se importava.
Quer dizer, não dava para eu me fazer de cega e ignorar o fato de que Steve me trouxe donuts no dia seguinte ao qual eu disse que estava com vontade de donuts ou que ele me fez massagem durante um tempão quando eu comentei que estava toda dolorida. Também não dava para culpar ele e dizer que ele só estava fazendo aquilo tudo em troca de sexo, porque só fizemos sexo uma vez e ele ainda não havia forçado a barra para tentar de novo.
Eu apenas me culpava por deixar ele fazer essas coisas e gostar disso. Gostar desse carinho, dessa atenção, gostar dele.
E ao mesmo tempo, eu me sentia mais culpada ainda por ficar desejando o tempo todo que Bucky voltasse a falar comigo de novo. Quer dizer, eu tinha certeza que eu não tinha feito nada para ele ficar chateado, mesmo assim, quando eu fiz cara de pau e tentei puxar assunto, Bucky apenas me respondeu "educadamente" e voltou a ignorar completamente minha presença, se jogando para cima de Mary e até da Yelena, juntas.
E eu sabia, do jeito que Mary me encarou, que ela encarava aquilo como se fosse uma competição e ela tivesse ganho o primeiro lugar.
Era óbvio que eu não tinha contado para Steve, mas ele comentou algo sobre "ser bom ver o antigo Bucky de volta" e quando Natasha perguntou o que ele quis dizer, ele explicou que aquele era o Bucky de mil novecentos e bolinha: Babaca, galanteador, galinha...
Para Steve, era legal ter o amigo de volta e eu estava feliz por eles, já que eles pareciam estar sendo mais amigos que nunca.
Mas para mim, só provava que aquele cara legal que eu gostei e até acreditei ser meu amigo não existia e eu me sentia uma idiota por ter acreditado e confiado nele.
E tudo bem, eu deveria estar preocupada com o fato de Sharon saber algo que Celeste também sabia e Steve não ter arrancado dela ainda porque Sharon estava fugindo de todos nós como o diabo foge da cruz.
Mas eu só conseguia pensar nos dois. No quanto Steve estava me fazendo bem e no quanto Bucky estava me fazendo mal. Dois extremos e opostos. E os dois me assustavam.
Steve, por eu saber para onde aquilo estava se encaminhando e deixar. E Bucky por, mesmo sendo um babaca, eu ainda querer ele na minha vida.
Talvez, se eu não me conhecesse, eu acharia que eu estava apaixonada pelos dois de formas diferentes mas com a mesma intensidade....
-Maddison!
-Ham?! - Levei um susto ao ouvir a buzina alta de uma moto e sentir Sam me puxando para trás, fazemos a gente cair no chão. - Ai!
Minhas mãos tremiam quando encarei Sam, que ainda me abraçava, próximo ao corpo dele.
-Meu Deus, mulher! Está maluca?! Quer tentar suicídio? Existem formas mais eficazes de morrer do que esmigalhada por um ônibus!
Senti minhas bochechas esquentarem e levantei do chão, esticando a mão a Sam, e o levantando do chão. Algumas pessoas que já estavam na rua nos olhavam e eu evitei olhar para elas.
-Me Desculpa, Sam...
-Tudo bem! - Sam pegou minha mão. - Mas é melhor me dar a mão para atravessar a rua! Parece uma criança...
Revirei os olhos, mas ignorei. Sam me levou pela mão até o outro lado da rua e me soltou lá. Caminhei direto até um banquinho no meio da calçada e sentei. Sam sentou ao meu lado, me observando.
-O que essa sua cabecinha ruiva tanto pensa, hein, Maddison? Eu tô vendo a fumacinha subir pela sua cachola!
-Sam, como a gente sabe que está apaixonado?
Sam franziu a testa e me encarou, pendendo a cabeça de lado com a pergunta. Ele hesitou, como se perguntasse se eu falava sério ou não. Por fim, apenas questionou:
-Você nunca se apaixonou?!
-Não.
-Impossível, Maddison! - Sam exclamou. - Quer dizer... Você já teve algum namorado, certo?
Dei de ombros, negando.
-Espera... Como assim você tem vinte e três anos e nunca namorou?!
-Nunca foi minha primeira prioridade. - Expliquei. - E sei lá... Eu acho que era um pouco avançada para a minha idade. Todos os caras da minha turma no colégio eram infantis e babacas e eu não me apaixono fácil. Quer dizer, eu acho que nunca me apaixonei a não ser que a paixão pelo Zac Efron em High School Musical conte!
Sam e eu soltamos uma gargalhada quando nos encaramos. Ele negou com a cabeça, esfregando o rosto.
-E a faculdade?!
-Não fiquei nem seis meses... Só perdi a virgindade com um cara menos babaca em uma festa e saí com uns outros, mas nenhum passou do terceiro encontro.
Sam continuou surpreso. Mas quando percebeu que era sério, ele só esfregou os dedos pelos cabelos curtos e soltou o ar.
-Bem, não sei ao certo, mas... A paixão é resposta do cérebro com hormônios, então... Bem... Normalmente as mãos suam, você fica nervoso, tímido, um monte de borboleta se agita em seu estômago e você só consegue pensar na criatura! - Sam fez uma pausa. - Mas é gostoso... Te deixa mais feliz, animado, faz você ver a vida de uma forma mais colorida...
Franzi a testa. E encarei ele de novo.
-E se não for correspondida?
-Aí, dói, né?
-Mas dói o quanto?
-Depende do quanto você gosta. - Sam franziu a testa. - O Steve não correponde?
Virei para o lado e não respondi. O céu começava a clarear e as ruas começaram a ficar mais agitadas. Enrolei durante um bom tempo, ficando muda.
-Ah, não... - Sam exclamou. - Não me diz que você tem o Capitão América lambendo o chão que você passa e quer o imbecil do melhor amigo dele?!
-Tá maluco?! - Me defendi. - Eu gosto do Steve, Sam! E eu gosto muito dele! De verdade... Chega a me dar falta de ar só de pensar em ficar longe ou não ver mais ele...
Sam estreitou os olhos e cruzou os braços.
-Mas...?
-Mas nada! - Levantei e espanei minha calça - Obrigada pela conversa, Passarinho! Eu preciso ir encontrar o Fury, tá?!
-Hey, Maddi! Espera, mulher!
Não esperei. Eu praticamente corri de volta até o apartamento e me tranquei no banheiro, em pânico. Minha vontade era de dar cabeçadas no espelho até os cacos penetrarem no meu cérebro.
Me encarei no espelho. Eu precisava de fatos, não suposições. Meus fatos eram simples: Eu e Steve tínhamos um casinho que não era sério. Tanto um quanto o outro podia ficar com quem quisesse, quando quisesse e nenhum de nós dois devia satisfações. Quando queríamos, podíamos nos pegar.
Tá.
Tudo bem.
Até aí, era fácil.
A parte difícil vinha a seguir: Steve gostava de mim? Gostava. Mais do que deveria. Eu gostava dele? Muito. Mesmo assim, porquê não dar um passo maior?! Algo em mim não deixaria e talvez, não fosse só o trauma do relacionamento da minha mãe e do meu pai.
Eu gostava de Bucky? É claro que sim. Afinal, achei que éramos amigos. Mas eu gostava do Bucky ou da versão que ele fingiu ser quando tentou desenrolar o Steve? Definitivamente, eu não gostava desse Bucky babaca. Mas se isso era ele, então era melhor o tirar dos meus pensamentos. Certo?
Quando saí do banho, minha mãe deixou um bilhete na porta do meu quarto. Ela avisou que precisou sair cedo e não tinha hora para voltar, mas que qualquer coisa eu podia ligar para ela. Como se fossr adiantar, não é mesmo? Vivia em caixa postal...
Me vesti e fui direto até a lanchonete que eu e Fury sempre tomávamos Café da manhã quando ele estava me dando dicas para ser agente. Meio que virou nosso ponto de encontro e sempre que ele avisava que queria "tomar café da manhã", era sobre aquele lugar que ele se referia.
A vista dava direto para a frente da Estátua da Liberdade e eu confesso que fiquei tão perdida em pensamentos enquanto olhava a paisagem que não percebi Fury na minha frente até ele cutucar meu braço.
-Meu Jesus! - Exclamei, estremecendo de susto. - Quer me infartar, Tio?
Fury ergueu as sombrancelhas e ergueu um canto da boca.
-Quase vinte e quatro anos e ainda me chama de Tio...
-Desculpe, Senhor. É força do hábito...
-Tudo bem, Maddison. - Fury deu de ombros, cruzando os braços e sorrindo. - Não estamos na Shield mesmo.
Assenti quase ao mesmo tempo que a garçonete perguntava se já tinhamos decidido o que íamos querer. Fizemos nossos pedidos e eu aguardei, enquanto Fury fingia não estar doido para entrar no assunto pelo qual ele marcou nosso encontro.
-Sua mãe está bem? - Fury me perguntou, de repente. - Já tem um tempo que ela não vem me visitar... Fiquei sabendo que ela terminou o relacionamento com o... Como era o nome?
-Remo. - Expliquei e assenti. - Mas eu não sei por qual motivo. Enfim, na semana retrasada ela e o Bruce começaram a sair e eu acho que está rolando algo.
Fury fez uma expressão surpresa e se inclinou para frente, sorrindo.
-Jura, é? Você sabia que os dois...?
-Tiveram um casinho antes que minha mãe engravidasse de mim? Sim, eu fiquei sabendo... - Fiz uma pausa, erguendo uma sombrancelha e o encarando, séria. - Mas acho que você não veio aqui para falar da vida amorosa da minha mãe, veio, Fury?
Fury me encarou por um longo momento, então, negou, cruzando as mãos na mesa e dando um pequeno sorriso.
-Na verdade, eu vim falar da sua. Soube que está saindo com o Capitão América...
Ergui as duas sombrancelhas e senti meu sangue gelar. Então, me ajeitei na cadeira e tentei dar um sorrisinho.
-Achei que não fosse proibido envolvimento entre os Vingadores ou Agentes Filiados...
-E não é. - Fury concordou, sorrindo. - Eu só fiquei muito curioso. Achei que você era o tipo de garota que não se deslumbraria com o Capitão América...
Soltei o ar e dei de ombros, esperando a garçonete depositar nosso pedido na mesa. Ainda tivemos que trocar nossas xícaras antes que eu soltasse o ar novamente e sem encarar ele, comentasse:
-Pelo Capitão América? Não mesmo... - Nos encaramos. - Mas o Steve Rogers é... Interessante.
Fury fez uma pequena careta, mas no final, sorriu.
-E vocês já...?
-Estamos nos vendo. - Informei. - Mas não é nada sério, Nicky!
Ele me encarou, ainda sorrindo.
-E eu deveria estar mais tranquilo com isso? Ele pode ser o Steve Rogers, mas ainda é um homem. E pior do que isso: É um homem que está saindo com a minha afilhada! Pelo visto, vou ter qur socar a cara dele por prevenção!
Esfreguei o rosto, rindo, e desviando o olhar.
-Eu acho que seria melhor você estar mais preocupado com o Steve do que comigo.
Fury riu e bebeu um longo gole do café dele. Então, como em um passe de mágica, ele esticou por cima da mesa uma pasta azul escuro grossa. A peguei, mas não abri.
-O que é isso?
-Isso é diretamente para o Steve, Maddison. Mas algo me diz que você vai saber de qualquer forma...
Assenti e enfiei a pasta na minha mochila, com cuidado. Encarei ele.
-Nível de importância?
-Dez. Tem que ser entregue na mão dele o mais rápido possível. Ele precisa estar a par de tudo isso e eu acho que já enrolei tempo demais para transferir essa responsabilidade para os Vingadores.
Assenti e peguei meu telefone, digitando uma mensagem para Steve e percebendo que aquele número desconhecido havia me mandado outra. Tinha tanto tempo que ele não mandava nada que foi inevitável não sentir um pequeno choque percorrer meu corpo.
Abri, mas não respondi. Afinal, eu não entendi o que "Sinto muito" queria dizer. Sentia muito pelo que?!
Mas como Steve me respondeu, avisando que poderia, sim, me encontrar mais tarde, então ignorei a outra e voltei a conversar com Fury sobre outros assuntos como a morte de Bertran ou o vazamento de informações confidenciais. Seja quem fosse, não vazava só informações dentro da Shield ou que tenham a ver com os Vingadores. Vazaram para a imprensa assuntos relacionados a outros aspectos da Shield e ainda não havia uma pista de quem poderia ser.
É claro que Fury, particularmente, achava que não era uma única pessoa, mas várias juntas. E eu concordava, afinal, quem tinha acesso aos Vingadores não tinha às outras áreas.
Nosso "encontro" terminou cerca de duas horas depois quando Fury encarou o relógio e percebeu que teria que ir para Washington tentar um patrocínio com uma empresa multimilionária. Levantamos da mesa e comecei a caminhar junto dele até a entrada da lanchonete, mas assim que cheguei à porta, na hora em que estava saindo, esbarrei em alguém que estava entrando e eu quase caí no chão e quase derrubei a mulher que esbarrei.
Então, quando ia pedir desculpas, Mary me encarou, surpresa.
-Ah, Maddison! Oi!
-Oi, Mary...
Meus olhos bateram no homem atrás dela. Bucky deu um sorriso sem graça e murmurou um "Oi, Maddi!". Percebi que ele tinha o cabelo molhado, assim como ela e me lembrei que o apartamento que ela dividia com a irmã era alí perto. Engoli em seco.
-Oi, Barnes. - Suspirei e me voltei a Fury que já tinha acenado com a cabeça para eles.
-Que surpresa você por aqui! Veio fazer o que? - Mary perguntou.
Minha vontade foi de responder que estava esperando o metrô passar, mas suspirei e sorri, falsamente.
-Vim tomar um café da manhã com o meu padrinho. - Encarei ela nos olhos e dei de ombros. - E daqui a pouco eu vou encontrar o Steve. Você mora por aqui, não é?
Enquanto Mary me informava o que eu já sabia, Bucky não me encarou. Na verdade, ele parecia bem interessado em observar a lata de lixo ao lado dele e eu sentia o olhar de Fury queimando na minha nuca, até eu me encher de tentar mendingar a atenção daquele imbecil e me despedir de Mary.
Tive que esperar uns quinze minutos para que Fury parasse de falar com Bucky que se tornou totalmente sociável depois que eu saí de dentro da lanchonete e enfim, nos despedimos com um rápido abraço.
Fury não era de abraçar ou demonstrar carinho em público, mas confesso que eu mesma fazia questão de fazer isso e ele nunca me rejeitou. Talvez, eu tivesse mesmo alguns privilégios. E sinceramente? Adorava eles!
Eu cheguei a subir na minha moto e colocar o capacete, mas ele me chamou.
-Maddi?
-Sim, Fury?
-O que aconteceu alí dentro?
Rolei os olhos e dei de ombros.
-O Soldado Invernal é um idiota. Só isso!
-Achei que eram amigos.
-Acho que o senhor está sabendo demais!
-Acho que você está me contando coisa de menos!
Soltei uma risada muda e como percebi que Bucky e Mary estavam vindo para fora, acenei um tchau e caí fora.
Realmente, eu fui encontrar com Steve. Mas não na Shield. Eu fui direto até o meu apartamento e comecei a preparar um almoço, já que eu tinha convidado ele para almoçar.
Foi o tempo de colocar uma torta de peito de peru com queijo no forno e desligar os legumes e Steve tocou a campainha. Gritei um "Tá aberto!" e continuei me concentrando na comida.
-Você deixa qualquer um entrar no seu apartamento, é? - Steve perguntou, encostando na porta da cozinha.
Dei uma pequena olhada para ele por cima do meu ombro e sorri. Steve estava lindo como sempre, em uma blusa de botão azul clara e uma calça levemente apertada. Os cabelos bagunçados casavam com a jaqueta jeans e eu me controlei para não começar a babar alí mesmo, sentindo meu estômago virar gelatina.
-Eu estava esperando você, né? Me ajuda aqui? Põe a mesa para mim?
Steve concordou. Mas antes, veio até mim, me dando um abraço apertado e um beijo lento e molhado, que me fez ter vontade de desistir do almoço. Quando ele percebeu isso, se soltou de mim, rindo, e foi botar a mesa.
Me controlei para não jogar uma batata quente na nuca dele e em poucos minutos, estávamos conversando e almoçando. E era óbvio que eu devia ter entregue a pasta a ele correndo, mas eu tinha outros planos para depois do almoço e, dependendo do que fosse, podia atrapalhar completamente.
Depois que lavamos a louça e guardamos, acho que Steve tinha a mesma intenção que eu, já que quando eu me virei para ele, depois de fechar o armário, Steve me prendeu entre a pia e os braços dele, me encarando nos olhos. Sorri, jogando meus braços por cima dos ombros dele, fazendo um leve carinho na base dos fios loiros.
Ele soltou um gemido baixo de satisfação e me encarou, intensamente, com desejo transbordando pelo olhar. Sorri.
- Perdeu alguma coisa, Capitão?
-Meu senso... - Steve suspirou e passou os dedos pela minha bochecha.
Obsrrvei ele lambendo os lábios e me puxando contra ele, por dentro da minha blusa. Eu mal conseguia raciocinar, então, só tentei focar o olhar nos olhos dele e inclinei a cabeça de lado.
-Ham?
-Nad não, Miller. - Steve riu e me encarou nos olhos novamente. - Sua mãe...?
-Saiu e não tem hora para voltar.
-Ah... Que bom!
-Bom?!
-Maravilhoso, na verdade, meu bem! Não concorda?
Concordei, sentindo Steve me puxar pela nuca enquanto sua mão ia direto à curva da minha cintura, fazendo meu corpo bater contra o dele. Nossas bocas de encontraram no meio do caminho e eu o mantive perto de mim pelo rosto, enquanto o beijava com vontade. Com tanta vontade...
Ele me tinha completamente.
Recuei, respirando fundo. Minhas mãos tremiam quando nos encaramos. Steve franziu a testa, me encarando, confuso.
-Eu fiz alguma coisa errada?
-Não! - Exclamei, passando a mão pelo peito dele. - Eu só fiquei sem fôlego...
Em teoria, eu não menti, afinal, perdi o fôlego mesmo. Mas foi mais pelo rumo dos meus pensamentos do que pelo beijo, em si.
-Desculpe...
-Você está pedindo desculpas por fazer uma garota perder o fôlego? - Perguntei, rindo. - É sério, Stee?
-Bem... - Steve riu, sem graça, enquanto coçava a nuca. - Sei lá...
Ri e me joguei contra a boca dele, o beijando, enquanto tentava pensar em nada. Deu certo quando Steve se agachou e me pegou no colo, me prensando contra a porta da geladeira e me beijando intensamente.
-Steve... - Segurei o rosto dele, o encarando nos olhos. - Vamos pro quarto?
-Achei que não ia pedir, Princesa! - Steve sorriu, descendo beijos molhados pelo meu pescoço e me tirando da geladeira.
Cerca de uma hora depois, eu estava jogada sobre o peito dele, sentindo os dedos de Steve percorrerem toda a minha coluna, enquanto minha respiração voltava ao normal e o coração dele desacelerava aos poucos contra minha orelha.
Tinha sido mais incrível que na primeira vez. E eu suspeitava que todas as vezes seriam melhores que as últimas.
Ergui meu olhar para ele e o observei, com os olhos fechados e um pequeno sorriso no rosto. Sorri junto e respirei fundo, sentindo o cheiro da pele dele penetrar no meu nariz.
-Que foi, Maddi? - Steve perguntou, ainda sem abrir os olhos. - Você está tensa...
-O Fury pediu para eu te entregar algo e disse que tinha que chegar na sua mão o mais rápido possível...
-Hmm... - Steve comentou. - Acho que dá para esperar um pouco mais.
Ele me encarou e tirou a minha franja da frente dos meus olhos.
-Steve, ele disse que era sério.
-Você não lembrou disso quando estava gemendo meu nome!
-Steve! - Comecei a rir, ficando vermelha e dando um tapa nele. - Seu idiota!
Steve riu, me observando levantar da cama e catar minha calcinha no chão. Ignorei o olhar dele e peguei a blusa de Steve, a vestindo.
-Ficou mais bonita em você do que em mim, sabia? - Steve comentou, sem tirar os olhos de mim.
-Você deve dizer isso para todas as garotas que dorme! - Brinquei, tentando não ligar para o incômodo que o pensamento me causou.
-Ninguém usa minha blusa...
Revirei os olhos e me joguei em cima dele com a pasta azul em mãos, sentindo Steve me abraçar de novo e me manter próxima a ele.
-Vou só me vestir e vejo isso aí.
Concordei, deixando Steve ir procurar a roupa dele enquanto eu tomava um banho para tirar o suor do corpo. Mas quando eu saí do banheiro, ele não estava mais no apartamento, mas ao menos, deixou um bilhetinho na cama, junto com uma florzinha que pegou no vaso da cozinha. O peguei e li.
"Desculpa sair sem me despedir, Princesa. Mas eu preciso investigar isso e é muito importante. Juro que amanhã eu sou todinho seu, o dia todo!
Obrigado por hoje!
Com carinho,
Seu Capitão ♡".
E era claro que a idiota ficou em um surto interno e levemente externo por causa de um bilhetinho. E eu nem me importei com isso!
Ooie, Meus xuxuzinhoos! 💕
Domingo chegou e com ele, finalmente, trouxe mais um capítulo de Voltage.
E MINHA NOSSA GENTE... A GENTE TEM 4.75K DE VISUALIZAÇÕES! 🥺🥳💥🥰🤭
Imagina o susto que levei quando eu abri isso, já que no último capítulo que postei estávamos com cerca de 3.22... EU TÔ TÃO FELIZ E EMPOLGADA! MUITO OBRIGADA MESMO!
Falando sobre o capítulo... A Maddison é meio burrinha, né? Mas sim, ela ja percebeu qur gosta dos dois, mas está tentando se enganar por causa do jeito que o Bucky está tratando ela!
Além disso, alguém faz alguma idéia do que poderia estar na pasta? 👀 Só digo que é algo ligado à Maddison, porém, o Steve só vai perceber depois...
Ai, gente... Eu tô muuuuito animadinha para postar os próximos capítulos hehehe tenho certeza que vocês vão amar!
Até lá!
Beijos! 💋💋
Ps: Alguém aqui shippa BuckyNat?? 👀 Essa autora que vos fala tomou coragem e em breve, vai começar a postar uma fanfic desse casal. Porém, já dá para adicionar na Biblioteca, contendo os avisos e as artes feitas para ela!
Se quiserem dar uma olhadinha, me ajuda muito!
Agora, sim...
FUI!
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