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Capítulo 15 - Acordando no Hospital.
De novo, perdi a noção de quanto tempo eu fiquei acordando e dormindo novamente. Poderiam ter sido dias, meses... Ou até duas horas.
Eu sei que quando eu acordei de verdade, minha cabeça doía muito e meu braço ardia em uma dor enorme. Minha garganta parecia estar cheia de areia e meu corpo estava rígido e completamente, dolorido.
O bip incessante do monitor cardíaco estava me incomodando e fazendo minha cabeça latejar e doer mais ainda. Quando fiquei completamente desperta, percebi que quem estava sentado ao meu lado, era Bruce.
Ele estava tão entretido lendo um livro científico que nem quando eu fiz esforço e sentei, ele percebeu. Para atrair minha atenção, pigarreei. E isso surtiu efeito.
-Ah, Filha! Graças a Deus!
Fui sufocada por um abraço apertado. Correspondi como deu, já que eu estava grogue e confusa. Sorri de volta para ele.
-Oi, pai!
-Eu fiquei tão preocupado, meu amor! - Bruce tateou meu rosto e meus braços. -Eu nunca me perdoaria se tivesse acontecido algo contigo...
-Hey... - Interrompi ele, enxugando algumas lágrimas que caíram do rosto de Bruce. - Eu tô bem!
-É, eu sei! Mas... Ah, Maddi! - Fui sufocada por mais um abraço. - Nunca mais faz isso, mocinha! Ou eu vou te botar de castigo! E não importa se você é adulta e independente: Vai ficar de castigo mesmo assim!
Soltei uma risada, escondendo o rosto na curva do pescoço dele, me sentindo tão amada e acolhida, que meus olhos encheram de lágrimas.
-Está bem.- Me soltei dele e o encarei. - O que aconteceu?
Bruce deu de ombros como se não importasse, mas me contou que tinha seis dias que eu estava me recuperando de tudo e que eu tive uma queimadura de segundo grau no antebraço esquerdo.
Steve e Bucky estavam bem e Steve também estava se recuperando, embora já tivesse tido alta. O resto do pessoal todo, não teve nenhum ferimento.
Ao todo, conforme fomos conversando, ele foi me explicando que fiquei cerca de sete dias desaparecida. Ou seja, eu tinha perdido quase duas semanas da minha vida, mas valeu muito a pena.
Eu lembrei, na hora em que vi o Soldado Invernal, que quando Steve me contou sobre as palavras de ativação, ele contou também sobre uma que desarma ele na hora. E para minha glória, eu estava certa com a minha teoria.
É claro que eu amei ficar com o meu pai e minha mãe durante dois dias inteiros, mas a demora para Bucky e Steve aparecerem estava começando a incomodar, de forma que eu quase sufoquei Natasha com tantas perguntas depois de levar uma bronca enorme dela, Yelena, Wanda e Sharon.
Naquele momento, o médico que ia me dar alta no dia seguinte, tinha ficado de passar no meu quarto para conversarmos sobre minha situação e sobre o tratamento da queimadura. Milagrosamente, eu estava sozinha, apenas pensando, enquanto encarava a janela ao meu lado.
O fluxo de carros na Avenida me deixou um pouco entorpecida, junto com o remédio para dor. E talvez, só por isso, eu não tenha ouvido a porta abrir. Levei um susto enorme quando ouvi ela bater, com força.
Sentei na cama, de uma vez. Steve estava parado na frente dela, segurando um buquê de flores amarelas e brancas. Bucky estava mais atrás. Ele também segurava algumas flores vermelhas. Para o meu desagrado, o monitor cardíaco apitou com mais intensidade, mostrando o quão agitada eu estava por ter eles junto comigo.
Fiquei calado, observando Bucky dar um leve empurrão nas costas de Steve, murmurando algo como "Deixa se ser babaca!". Steve concordou e caminhou até o meu lado.
-Hmm... Oi, Maddi.
-Oi. - Recostei nos travesseiros, pegando o buquê que ele esticou, murmurando que eram para mim. - Okay, obrigada.
Bucky continuou se mantendo longe da gente, indo até a janela e a abrindo. Franzi a testa e perguntei para ninguém em específico, enquanto eu fugia do olhar de Steve.
Eu queria socar aquela cara perfeita dele. E depois, encher de beijinhos.
-Achei que o horário de visitas já tinha acabado...
Bucky não respondeu, mas virou de costas para a janela e de frente para Steve, cruzando os braços. Então, pigarreou.
-É, bem... - Steve parecia muito ocupado em tirar uma linha da calça jeans. - Viemos passar a noite com você.
-Só posso ter um acompanhante.
-Dois, se pagar a "diária". - Bucky explicou. - Maddi, o Steve tem algo para te falar. Não tem, Stee?
Ele assentiu, vermelho igual a um tomate. Me ajeitei na cama enquanto Bucky tirava as flores da minha mão e colocava na mesinha ao meu lado, junto às que ele levou. Ele voltou a olhar para mim.
-Eu vou estar no corredor. Quando terminarem, é só me chamar.
Depois que Bucky saiu e bateu a porta com um som baixo, um silêncio constrangedor ficou no ar, quebrado apenas pelo bip do monitor cardíaco e dos carros na rua. Steve suspirou, levantando e andando pelo quarto.
Eu esperei. Embora Steve fosse muito mais pacífico que Bucky, ele tinha um orgulho e um ego do tamanho suficiente pelos dois. Então, de qualquer forma, eu sabia que ele estava "sofrendo" para tentar pedir desculpas.
A satisfação que eu tive nesse momento foi incrível.
-Você queria falar comigo, Rogers?
Então, ele me encarou e desistiu. Eu quase pude ver todas as barreiras dele desmoronando quando ele caminhou, com pressa, até a minha cama, se jogando contra mim e me abraçando tão apertado, que eu quase sufoquei.
-Me desculpa! Eu não devia ter falado daquela forma contigo, Maddi! Eu sei que você é independente, que faz suas próprias escolhas e... - Ele me soltou e me pegou pelo rosto, segurando as lágrimas. - Eu quase morri de preocupação quando você sumiu e eu confesso que morri de ciúme também!
-Por que ciúme?! - Perguntei, espantada.
Ele soltou meu rosto e deu de ombros, desviando o olhar.
-Achei que você amava mais ele. Entende? Que amava tanto ele que não se importava se eu ia ficar sem você ou não caso algo desse errado.
Continuei séria e cutuquei Steve, até ele me encarar nos olhos.
-Não acha mais?
Ele negou.
-Por quê?
O olhar dele caiu para o meu braço enfaixado. Os olhos dele marejaram de novo e Steve disfarçou, limpando na manga da blusa.
-Você entrou sozinha naquele lugar. Por quê?
Dei de ombros. Encarei o céu escuro pela janela quando percebi que ia precisar dar uma resposta a ele.
-Da mesma forma que eu não podia viver sabendo que um amor da minha vida estava sendo usado e manipulado, eu também não conseguiria viver sabendo que o outro ia morrer preso em um incêndio. - Encarei ele e estiquei a mão em um pedido mudo. - Se eu tivesse que morrer por vocês, eu faria isso sem nem pensar.
Ele desviou o olhar de novo e enxugou os olhos nos ombros, me dando a mão, com força.
-Eu sou um idiota...
-Na verdade... Vocês dois são idiotas. Seria uma pena, mas pelo visto, eu gosto de gente idiota!
Steve riu. Isso fez meu estômago dar um pulinho e meu coração acelerar. Sorri junto enquanto ele se inclinava para frente, buscando minha boca.
Nos beijamos. Leve. Sem pressa. Tão devagar quanto começamos, nos separamos. Nossas mãos ainda estavam unidas.
-Você está bem, Minha Princesinha?
-Eu tô. E você?
-Agora eu tô ótimo! - Ele sorriu, mas deu uma rápida olhada para a porta. Então, virou para mim. - Alguém ativou o Soldado Invernal no banheiro do Aeroporto, invadiu o sistema de segurança e mandou ele ir embora. O Bucky estava semi-consciente o tempo todo por causa do tratamento, mas não conseguia acordar.
Assenti, olhando nos olhos dele.
-E como ele está com isso?
-Péssimo, na verdade. Ele teve pesadelos em todas as noites. Eu dormi com ele e...
-Vocês não me esperaram?!
Steve revirou os olhos quando entendeu o que eu quis dizer e me deu um peteleco no nariz.
- O que eu quero dizer, Engraçadinha, é que eu dormi no apartamento dele. Foi horrível, Maddi... Ele nem queria mais vir aqui ou ficar com você, mas como ele conversou com a psicóloga e o psiquiatra e estava se sentindo melhor... Enfim...
-Tudo bem. Entendi. E aquele cara?
-Que cara?
-O que o Bucky me levou até ele. - Esclareci. - Ele me ofereceu uma vaga de emprego lá e era totalmente louco!
Steve assentiu, lembrando do fato de Bucky ter dito e descrito o homem, mas que não acharam ninguém com aquela descrição.
Como algum tempo depois, ficamos em silêncio, apenas abraçados, Bucky abriu a porta, nos encarando.
-Achei que tinham se matado! Que susto... Posso entrar?
Concordamos. Bucky deu a volta na minha maca e sentou ao meu lado, segurando minha outra mão, enquanto perguntava se eu estava bem, entre outras perguntas até meio sem sentido, mas que eu entendi que eram para evitar qualquer pergunta sobre ele.
Enquanto conversávamos e eles me faziam rir, falando sobre como o Sam chorou igual a um condenado quando viu o Hulk (então, tinha sido ele) tirando eu, Steve e Bucky, desmaiados, de dentro da estrutura, alguém bateu na porta.
Os dois levantaram da minha cama, de supetão, no momento exato em que um médico alto, na casa dos 60 anos, com cabelos e barbas grisalhos, além de um óculos grande demais para o rosto dele, entrava.
-Ah... Desculpe, mas só pode ficar um acompanhante! Isso não é o horário de visitas!
-Eu paguei para ficar, na verdade. - Bucky comentou, prendendo o cabelo em um coque no alto da cabeça, sentando ao lado de Steve, no sofá.
O médico estreitou os olhos para os dois, talvez, em busca de mentiras, mas como Bucky também estava com a pulseirinha azul, ele suspirou, resignado.
-Está bem. Vocês são...?
Observei ele erguer uma prancheta para anotar algo.
-Steve e Bucky.
-Não, eu me referi ao parentesco. Seus nomes, todo mundo sabe!
-Namorados. - Os dois responderam juntos.
O médico olhou por cima dos óculos para mim, incrédulo, murmurando um "Os dois?!". Confirmei com a cabeça, sentindo meu pescoço esquentar. Ele anotou e guardou a prancheta na mesinha, ao lado das flores.
-Bem, Maddison... Posso te chamar assim? Ótimo, vou só fazer mais uns exames e avaliar essa queimadura para te liberar de manhã cedo, está bem? Aliás, sou o Doutor Luke Solo.
-Okay, sem problemas, Doutor Solo. - Concordei.
Em alguns minutos ele verificou minhas pupilas, aferiu minha pressão, checou a glicose, examinou minha garganta e avaliou a queimadura, me indicando uma pomada e limpeza duas vezes por dia até a pele restaurar.
Por fim, ele foi até o receituário e deu uma olhada em todos os meus exames.
-Maddison, por acaso você foi informada da sua anemia, certo?
-Certo. - Concordei, bocejando e me ajeitando nos travesseiros.
-Okay. Eu recomendo a você, e aos seus dois... Hmm... Namorados, né? - Balancei a cabeça, assentindo. - É repouso absoluto, já que pelo que estou vendo no seu ultrassom, há um pequeno deslocamento da placenta, o que torna a gravidez de risco. Estamos entendidos?
Concordei.
Mas então, percebi o que ele falou e o encarei, com a testa franzida.
-Doutor, acho que o senhor confundiu meu receituário.
-Que? Por quê?
-Eu não estou grávida.
Ele Franziu a testa e conferiu novamente os inúmeros exames.
-Está sim, Senhorita Miller. É o seu nome aqui.
-É o que?! - Bucky e Steve exclamaram, juntos.
Rolei os olhos e cruzei os braços, negando.
-Doutor, pelo amor de Deus! Trocaram meu exame com o de outra mulher. Eu tomo anticoncecional certinho. Além disso, eu nem fiz ultrassom!
Ele ergueu as sombrancelhas e estreitou os olhos na minha direção.
-Na verdade, você fez vários exames, Maddison. Inclusive, um ultrassom. Mas tudo bem, vou considerar sua certeza. Se importa se eu pegar a máquina só para tirarmos a dúvida e eu procurar seu ultrassom certinho?
Concordei. No tempo que ele levou para sair do quarto e voltar com uma enfermeira auxiliando ele a operar um monitor, nem eu, nem eles falamos nada. O silêncio estava constrangedor e, embora eu estivesse relaxada, eu não conseguia para de pensar no "E se?". Afinal, eu transava com os dois, sem camisinha, na maior parte das vezes.
Quer dizer, eu sabia que anticoncepcional falhava. Lógico. Mas eu não transava sem proteção no meu período fértil, de qualquer forma.
Como o primeiro ultrassom deu cerca de oito semanas, já dava para fazer pela barriga. De qualquer forma, o médico falou que me indicaria um intra-vaginal depois.
Eu estava tranquila quando ele encostou o aparelho na minha barriga, molhada de gel.
O problema foi no momento em que a imagem se formou e ele apertou um botão que fez o som de um coração agitado reverberar pela sala. Meu coração parou, por segundos. Meu corpo inteiro gelou e meu estômago afundou. Eu não consegui tirar os olhos daquela imagem.
-Aquilo mais escuro é o saco uterino. Pelo tamanho, eu arrisco que o bebê esteja com cerca de 20 milímetros ainda, mas aqui... Já dá para ver a cabeça e os bracinhos....
Um barulho enorme foi ouvido quando Bucky caiu no chão, desacordado. Steve parecia estar tão em choque que nem ao menos percebeu Bucky, no chão, até a enfermeira pedir ajuda com ele.
O médico continuou falando sobre o deslocamento da placenta e o quão perigoso isso era naquele estágio da gravidez, já que o feto mal tinha dois meses completos.
Eu confesso que eu não registrei muito bem as palavras, mas tinha absorvido o suficiente para saber que o risco de um aborto espontâneo era alto. O médico ainda falou por mais quinze longos e irritantes minutos e, então, ele saiu do quarto, dizendo que ia reclamar sobre os outros médicos não terem me avisado sobre gravidez e o risco dela.
Naquela altura, eu tinha perdido o sono e Bucky e Steve cochichavam um com o outro, parecendo levemente desesperados. Eu não consegui olhar para eles. Na verdade, conforme minha ficha foi caindo, eu só consegui ficar preocupada e com raiva.
Quer dizer, eu já não queria um bebê naquele momento. E ainda engravidava e tinha risco de perder? Não parecia muito justo, mas considerando tudo que tinha passado nas últimas três, quase quatro semanas... Era de se espantar que eu ainda estivesse grávida.
Eu não sei quanto tempo fiquei parada, encarando a parede caramelo na minha frente. Mas sei que dei um pequeno pulo de susto quando ouvi Steve ao meu lado, segurando minha mão. Nos encaramos. Eu desabei em lágrimas.
-Me desculpa!
-Pelo que?!
-Por estar grávida! - Exclamei, tentando me controlar. - Você disse que não queria ter filhos tão cedo e eu... Eu não engravidei de propósito, eu juro! Eu nem sabia... Eu não senti nada... Eu nem queria agora, eu juro... Eu só...
Steve pareceu desesperado, enquanto eu chorava compulsivamente. Ele virou para Bucky com os olhos arregalados, pelo que eu vi através das lágrimas.
-Me ajuda!
-O que você quer que eu faça?!
-Vem aqui!
Bucky suspirou, levantando do sofá e ficando ao meu lado. Steve revirou os olhos e o encarou.
-Bucky, isso é uma gravidez, não uma bomba! Chega perto e me ajuda!
-Certo... - Bucky se empertigou, pondo as mãos nos bolsos e respirando fundo. - Maddison, vai dar tudo certo!
Silêncio. Eu funguei, alto. Bucky deu um pulo para trás, estremecendo. Comecei a rir, aceitando o papel higiênico que Steve pegou do meu banheiro.
-Amor... - Steve me chamou, mas eu ignorei. - Hey, Princesa... Olha para mim, Maddison.
Ergui meu olhar e enxuguei os olhos.
-Não pede desculpa. Aconteceu. Só isso.
-Mas você disse que....!
-Isso foi antes de ter um bebê na sua barriga! Meu Deus, Maddi! Você não está achando que eu vou rejeitar esse bebê, está?!
Dei de ombros, picando meu papel úmido. Bucky ainda mantinha uma certa distância, completamente pálido e assustado.
-Talvez, não precise. Você ouviu o médico. Tem chances altas de não vingar!
-Ele disse que você precisa repousar, amor! Ele não disse que você vai perder! - Steve encarou Bucky. - Pela última vez, homem do céu, me ajuda!
-Mas o que você quer que eu faça, Steve?! Eu nunca lidei com uma gravidez, eu não sei o que fazer!
Soltei o ar e encostei nos travesseiros. Eu já tinha parado de chorar e agora estava mais triste do que com raiva, enquanto observava os dois dicutindo.
Um pensamento me passou pela cabeça, mas só quando eu cheguei no meu apartamento e contei a situação para os meus pais, deitada na minha cama (já que Steve não tinha deixado, nem mesmo, eu percorrer a distância da sala até o quarto), que alguém também expressou a mesma preocupação que eu.
Bucky tinha acabado de usar a expressão "O bebê da Maddison" ao invés de "Nosso bebê", como Steve fez durante toda a conversa, quando Bruce o encarou, interrompendo.
-Espera... Eu estou confuso! De quem é o bebê?
-Do Steve.
-Do Bucky.
-Não sei.
Minha mãe ergueu as sombrancelhas. Soltei o ar quando Steve e Bucky se encararam.
-Stee, esse bebê é seu.
-Como você pode ter certeza?
Bucky abriu e fechou a boca várias vezes, então, deu de ombros.
-Bem, é que... Você... É que como você tomou a frente com os cuidados da Maddison, eu achei que... Bem, podia ser pela semana também!
Bruce me encarou.
-Você está de quanto tempo?
-Oito semanas.
-Hm... - Minha mãe contou nos dedos. - Isso dá dois meses. O que teve há dois meses?
-O nosso aniversário de namoro.
Os dois se entreolharam.
-Merda!
-Fudeu....
Bruce franziu a testa, talvez, sem entender. Minha mãe foi a primeira a pegar no ar.
-Ah... Você nem me contou!
-Ela não contou o que?
Silêncio. Engoli em seco.
-Digamos que vai ser impossível, pelas contas, saber quem é o pai do bebê. - Expliquei. - Pode ser qualquer um...
Bruce esfregou o rosto e respirou fundo. Muito fundo.
-Vocês fizeram o que eu acho que fizeram?!
Steve e Bucky se encolheram. Minha mãe acariciou os ombros de Bruce, tentando o acalmar.
-Calma, amor... Não é tão ruim!
-Eu adoraria não estar sabendo detalhes da vida sexual da minha filha!
-É só não perguntar, ué...
-Bucky! - Steve meteu um tapa nele e minha mãe teve que segurar Bruce pela blusa, antes de eu gritar:
-Eu estou grávida e não posso fazer esforço ou ficar nervosa! Querem que eu perca o bebê?!
Bruce se acalmou e Bucky saiu de trás de Steve. O assunto "pai do bebê" se estendeu por horas e só na hora de dormir, Bucky finalmente se aproximou de mim, me dando um abraço.
-Maddi? Antes de você dormir... Posso conversar o que foi que eu e o Steve decidimos em relação à paternidade?
Assenti, dando a mão a ele, ansiosa.
-Você Não quer...?
-Calma, me ouve primeiro.
Ele se ajeitou na minha cama eu deitei sobre ele, o abraçando. Bucky ficou brincando com uma mecha de cabelo minha, enquanto falava.
-Vai ser impossível sabermos de quem é o bebê sem um exame de DNA...
-Vocês querem um?
-Eu posso falar ou você vai tentar advinhar todas as minhas frases?
Calei a boca. Ele bufou.
-Voltando... Eu, realmente, achei que era do Steve, tá? Mas também pode ser meu... E a gente não vai entrar no mérito da paternidade.
-Como assim?
-Se você deixar, nós dois vamos ser o pai dele. Literalmente. Não importa quem fecundou, nós dois queremos ser os pais.
-Tá...
-Só tem mais uma coisa, Maddi. Se você, um dia souber, não conta para a gente. Não vai fazer a menor diferença. De verdade.
-Okay, eu não conto.
-Oi. - Steve bateu na porta, entrando no quarto. - Posso entrar?
-Já entrou, né? - Bucky ergueu as sombrancelhas, continuando abraçado comigo.
Steve ignorou ele e foi ajeitar algumas coisas no armário. Bucky começou a passar os dedos, de leve, na minha barriga que estava coberta só por uma blusa de algodão. Esperei ele estar bem concentrado em tentar sentir qualquer coisa.
-Buh!
Bucky estremeceu até a alma e, em um impulso, com raiva, me enfiou um travesseiro na cara, enquanto eu quase morria de falta de ar de tanto rir.
-Ai, mas que ódio de você, garota! Caramba, hein!
-Bucky, isso é um bebê! Por quê você está tão assustado, hein?
-Tô com medo de machucar você ou ele. Não tô assustado, sua palhaça!
Steve deitou do meu outro lado, me abraçando também, o que fez Bucky recuar um pouco e virar de barriga para cima, cruzando os braços com um bico infantil.
-Olha, Stee... Eu namoro um cara de cinco aninhos!
-Cinco? Achei que ele tinha feito três!
-Vão à merda!
-Hey, tem um bebê aqui! - Steve brigou, fazendo um carinho leve na minha barriga. - Para de xingar, homem!
Bucky revirou os olhos e virou para o lado, pegando o celular. Ignorei ele e me virei para Steve.
-O Bucky já conversou comigo. Por mim, está tudo bem se para vocês, estiver tudo bem.
-Claro que está. Não faz muito sentido a gente ficar esperando para ver quem é o pai se, muito provavelmente, fizemos juntos e mesmo que seja dele, eu vou amar ele como se fosse meu.
Dei um sorrisinho e desviei o olhar.
-Isso, se vingar, né?
Steve me puxou contra ele, beijando minha testa e fazendo um carinho no meu rosto.
-Calma, amor. Vamos seguir as recomendações certinho, tá? E se por acaso, você perder... A gente pode tentar de novo. Não se preocupa.
Assenti, fechando meus olhos e sentindo o cansaço tomar conta de mim, ciente que os próximos dias seriam estressantes e muito tensos.
Ooie, Gente! 💕
Pois é... A Surpresa que eu sei que vai decepcionar muita gente era o bebê. 👀👉🏻👈🏻😅
Mas não se preocupem, eu não vou abordar de forma detalhada a gravidez e o foco da leitura a partir de agora não vai ser o bebê. A Maddison continuar sendo agente normalmente, continua namorando e tendo hots com os meninos...
O bebê só vai acrescentar coisas importantes para a segunda temporada, mas isso, você só vão perceber ao longo dessa terceira parte 👀
Bem, mas é como eu sempre digo quando enfio bebês nas fanfics: Vocês são livres para escolherem continuar acompanhando ou não!
Enfim, espero que tenham gostado do capítulo! Até o próximo que sai na quarta feira!
Beijos! 💋💋
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