12.
Capítulo 12. - Vazio.
Percebi que Steve gritou por mim e gritei de volta, tentando acalmar ele, avisando que eu estava bem. Os dois tinham parado atrás do carro e eu me esgueirei para perto deles, ao ouvir mais tiros explodindo vidros próximos a nós.
-Você está bem, Sam? - Perguntei, tentando sair de debaixo do carro.
-Levei um tiro, Miller! Como eu tô bem? Jesus!
-Droga, o escudo tá dentro do carro! - Steve reclamou. - Não vou conseguir alcançar.
-Seguiram vocês? - Perguntei.
-Mais fácil terem seguido vocês! - Steve exclamou. - Me dá cobertura, Maddison!
-Steve! Não!
Não adiantou nada. Eu precisei arrancar a pistola da cintura de Sam e me virar para dar cobertura a Steve quando ele ergueu o corpo e se jogou dentro do carro. Um tiro quebrou o espelho retrovisor, que explodiu em vários cacos. Senti alguns deles cortarem a pele dos meus braços.
Eu havia acabado de tentar derrubar um cara enorme que se escondeu atrás de uma van de turismo amarela quando Steve saiu do carro, se escondendo atrás do escudo, depois de jogar a maleta de Bucky para mim.
-Sai daqui, Maddi! Leva o Sam para um local seguro! Eu vou te dar cobertura!
-Não vou sem você! - Gritei, finalmente, acertando o ombro do homem.
Como resposta, algo atingiu o meu ombro e, por sorte, tinha sido apenas mais um vidro. De qualquer forma, enquanto Steve atraía atenção para ele, me ignorando, claramente, doeu para retirar do meu ombro e sangrou muito.
Eu não queria, mas Sam me arrastou pelo estacionamento, Mancando, até conseguir entrar em um carro preto e que parecia bem caro. O vidro estava destruído e por isso, foi fácil para Sam enfiar a mão e abrir a porta, enquanto eu ainda tentava ignorar a dor e a ardência no ombro direito.
Por mais sorte ainda, o dono deixou a chave na ignição e Sam me empurrou para dentro do motorista.
-Eu não vou sem o Steve! - Reclamei, vendo ele dar a volta e se enfiar no carro. - Eu já perdi o Bucky, não posso perder ele também, Sam!
Minhas mãos estavam tremendo e eu percebi que estava chorando quando Sam me segurou pelo rosto e tentou manter a calma.
-Maddi, me ouve: Vamos dar a volta, pegar o Stee e cairmos fora!
Ouvi uma explosão e virei ao mesmo tempo que percebi que jogaram Steve contra um carro, amassando a lataria toda. Engoli um soluço e comecei a andar com o carro.
-Merda! Não tem segurança ou polícia nessa porra?! - Sam exclamou, irritado.
Pelo que pude perceber, a polícia estava ocupada com algo grande para dentro do aeroporto. Minha visão estava embaçada o que fazia com que eu esbarrasse em todos os carros existentes. Eu sabia que Fury ia comer meu fígado vivo devido aos processos, mas eu precisava chegar perto de Steve.
-Para ai!
Sam gritou e, por reflexo, eu parei. Enquanto ele pulou para trás de mim e acionou as Red Wings, eu peguei a pistola e, conferindo que ainda tinha mais dez balas, mirei com a mão esquerda e atingi um dos homens que estavam espancando Steve enquanto um terceiro o segurava no local.
Isso fez ele conseguir se soltar e pegar o escudo, acabando com os outros dois em segundos, apenas.
Uma outra explosão pôde ser ouvida quando o Falcão de Sam abriu fogo contra um segundo grupo.
-Ah, Meu Deus! - Exclamei, ao perceber que um carro vinha em alta velocidade na nossa direção. - SE SEGURA, SAM!
Ele apenas gritou, se segurando no banco, conforme eu dei ré e entrei na esquerda. Sam foi jogado para o lado quando eu saí da vaga que me enfiei e deixei o carro passar. Voltei a correr e percebi que Steve usava o escudo para se defender de alguns tiros na direção dele, então virei para a esquerda e senti Sam cair em cima de mim.
-STEVE!
Steve entendeu o que eu quis dizer quando viu o carro. Ele pulou por cima dos outros carros estacionados com uma facilidade incrível e usou o teto deles para correr na nossa direção. Estacionei ao mesmo tempo que ele entrou pela janela, caindo no banco de trás.
Arranquei, saindo do estacionamento com tanta velocidade que arranquei a placa de controle de saída. Mesmo assim, não conseguimos respirar por vários minutos, já que eles nos seguiam com duas motos.
-Merda! Vai mais rápido! - Sam gritou.
-Não dá! - Respondi, gritando. - Mais rápido que isso, vou perder o controle!
-Vira para a esquerda! - Steve gritou. Ele usava o escudo para nos proteger dos tiros. - Agora, Maddison!
Obedeci quase passando por debaixo de um caminhão. Tive a impressão que as motos seguiram reto, mas logo estavam ao nosso alcance de novo.
-Só tem esses dois? - Perguntei, tentando olhar por cima do escudo.
Minha mão tateou embaixo do banco do motorista, onde eu deixei a maleta de armas do Bucky quando entramos. Minha mão fechou no cano de uma delas e percebi que era uma mini-pistola.
-Só! - Steve franziu a testa. - O que você vai...?
-Sam, pula para cá!
Sam obedeceu, gemendo de dor. Éramos um emaranhado de braços e pernas quando eu pulei para o carona ao mesmo tempo que ele assumiu o motorista. Tirei meu pé do acelerador quando ele pôs o dele.
-Essa não é a arma do Bucky?! - Sam questionou.
Assenti. Coloquei meu dedo sobre o leitor de digital, vendo a luz azul ficar verde. Já tinha meses que ele cadastrou minha digital em todas as armas dele para o caso de uma emergência como aquela.
-Sai da frente!
Steve chegou para o lado quando pulei para trás, batendo minha cabeça no teto quando Sam passou por cima de um bueiro. Perdi os motoqueiros de vista por segundos, mas logo os achei novamente. Foquei minha visão e tentei me manter o calma possível, embora meu braço estivesse dormente e latejando.
O primeiro tiro não passou nem mesmo perto e fez com que mais tiros atingissem o carro. Steve me protegeu, até que eles tivessem parado de novo.
-Ai! Maddison!
-Meu Deus! Desculpa!
Arregalei os olhos quando Sam virou o carro e me fez enfiar o joelho entre as pernas de Steve. Ele chegou a perder a cor dos lábios, enquanto acariciava o membro por cima da calça, gemendo de dor.
-Espero que ainda funcione!
-Fica calma, Maddi! - Sam riu, dirigindo e gritando. - O Capitão é forte! O Capitãozinho deve ser também!
-O que?! - Franzi a testa e revirei os olhos. - Não, seu idiota! Isso!
Ajustei a arma para potência máxima e atirei. Isso fez a moto ir pelos ares em uma explosão que sacudiu a rua e fez os meus cabelos encharcados de sangue balançarem.
Sam não parou de dirigir quando eu caí sentada, ao lado de Steve.
-Desculpa...
-Tudo bem! - Ele assentiu e deu de ombros. - Já levei joelhadas piores!
Assenti.
Enquanto Sam dirigia, notei que o pedaço de vidro ainda estava espetado no meu ombro e, apesar dos protestos de Steve e de Sam, o arranquei. Eu estava cortada em vários lugares, inclusive no rosto. Sam também, além de ter levado um tiro e não ter certeza se a bala havia saído. O único que parecia um pouco melhor era Steve, mas mesmo assim, notei que ele respirava com dificuldade.
-O que aconteceu? - Perguntei, indicando a respiração dele.
-Tô bem, amor...
-Steve...
-Acho que quebrei uma costela!
Assenti. E então, percebi que Sam estava nos levando para um Hospital. O silêncio no carro se instaurou e, agora, que a adrenalina começou a baixar, eu tremia.
Minhas mãos foram para o meu telefone, com a tela rachada, mas ainda funcionando. Disquei o número de Bucky. O telefone estava desligado.
Minhas lágrimas começaram a correr de preocupação. De cansaço. Dor. Tudo junto.
Quando chegamos, Sam foi avaliado e precisou de uma cirurgia para a retirada da bala, o que durou quase duas horas. Steve realmente tinha quebrado umas três costelas e eu precisei de pontos em vários lugares e uma típoia, já que desloquei o osso do ombro e tive que por no lugar.
Eu estava na recepção quando Sharom chegou, junto com Natasha e Pietro. Eles estavam juntos quando liguei avisando. Steve se aproximou de nós alguns minutos depois, trazendo um chocolate quente para mim. Eu agradeci, mas não consegui tomar nem dois goles.
Eu estava em uma crise de pânico tão forte que desmaiei minutos depois. Ao acordar, eu estava deitada em um quarto e um homem estava discutindo com Fury na porta dele. Um soro estava preso à minha mão, então, apenas sentei.
-Fury?
-Ah... Você acordou. - Fury suspirou e indicou com a cabeça. - Esse é o Senhor Evan. Ele tem algumas perguntas a fazer para você, Maddi. Mas lembre que se não se sentir confortável, não precisa responder.
Assenti, vendo o distintivo do FBI. Suspirei e passei as próximas uma hora e meia respondendo tantas perguntas que fiquei tonta. Para a minha sorte, o médico apareceu me liberando e me receitando calmantes.
Quando saí do quarto, com Fury me acompanhando e me informando que a carga tinha sido recuperada, mas que ninguém tinja visto Bucky, encontrei com minha mãe e Bruce na recepção.
Fui sufocada por um abraço deles e sorri, enquanto eles faziam um milhão de perguntas para mim.
-Sem querer ser metido, mas deixem a Maddi respirar! - Fury pediu.
-Desculpa, amor! - Martha segurou meu rosto entre as mãos e sorriu. - É que eu fiquei tão preocupada!
-Você está bem mesmo, Maddi?! - Bruce me encarou, tentando olhar nos meus olhos.
Mas eu desviei. Assenti, sorrindo. Naquele dia, eu fui para a casa dele, descansar. O médico disse que eu não podia fazer muito esforço para não abrir os pontos ou deslocar o ombro novamente.
Foram as piores vinte e quatro horas da minha vida. Eu queria chorar. Queria ligar para Steve. Queria saber o que estava acontecendo. Mas eu apenas fingi estar bem e tranquila na frente deles. Quer dizer, eu sei que eu teria o direito de me descabelar, mas eu queria mostrar que estava confiante e bem.
No dia seguinte, Steve se ofereceu para me levar para uma "Reunião" com Fury inexistente. Aceitei a "carona" e avisei que ia dormir no meu apartamento.
Realmente, eu fui para a Shield para saber como estava o andamento das investigações, mas não tinha novidade alguma e os presos não colaboraram com nenhum lugar que pudesse me indicar a localização de Bucky ou o porquê nos atacaram.
Foi só quando anoiteceu que Steve achou melhor me levar para o apartamento dele. E eu desabei, finalmente, me trancando no banheiro quando Alpine apareceu miando, talvez, procurando por Bucky.
Me tranquei no banheiro de Steve e entrei na banheira, ligando ela. Minhas lágrimas se misturaram ao líquido que caía do chuveiro em mim e eu chorei tanto que achei que meus pulmões iam explodir. Minha cabeça chegava a latejar.
Eu podia ter perdido Steve também naquele tiroteio. Eu não tinha Bucky comigo. Tinham levado ele e eu não fazia idéia de quem ou porquê. Isso me matou um pouquinho. E eu suspeitava que cada dia a mais, ia me matar.
Ele podia estar sofrendo. Ele poderia estar sendo maltratado. Ele podia...
Dei um soco na água da banheira, com raiva. Eu não queria pensar naquela opção. Eu me recusava. Mas quem poderia querer matar ele e por quê?
Tudo bem. Sejamos honestos. Muita gente, claro. Mas não fazia sentido na minha cabeça.
Voltei a chorar, sentindo metade do meu peito quebrar em um milhão de caquinhos. A outra metade, que era feita de Steve, estava apertada e pequenininha, embora eu soubesse que ele estava bem. Há alguns metros de mim, apenas. Atrás daquelas paredes.
Mas eu precisava ver ele. Eu precisava tocar nele. Me certificar que ele estava bem e que não ia a lugar algum. Eu não ia suportar perder meu outro amor. Não quando eu nem sabia onde um deles estava.
O desespero foi tanto que eu nem mesmo me vesti. Saí do banheiro enrolada em um roupão e com uma toalha na cabeça, seguindo o cheiro de sopa.
Me aproximei da cozinha devagar. Uma espiada dentro fez meu coração quebrar em outros mil pedacinhos. Steve estava debruçado sobre a mesa, chorando de uma forma comedida. Mas inegavelmente, chorando.
Sentei ao lado dele. Steve só percebeu minha presença quando eu, finalmente, expulsei o que estava se passando pela minha cabeça naquelas quarenta e oito horas.
-Foi minha culpa.
Ele se virou para mim e enxugou as lágrimas, correndo.
-Que? Sua culpa? Por quê?
-Eu pedi para ele ir pegar um salgado para me deixar sozinha com você, Stee...
Ele ficou calado. Depois, suspirou e negou, pegando minha mão, a beijando.
-Não foi sua culpa, amor. O Fury disse que estavam seguindo vocês.
Eu não respondi nada. Não ia conseguir com o nó enorme que eu tinha na garganta. Para piorar minha situação, Steve apertou minha mão entre os dedos e suspirou.
-A gente vai achar ele, Vida.
Soltei uma risada, sem graça e o encarei.
-Tem certeza?
-Eu tenho fé.
-Mas não tem certeza.
Steve suspirou de novo. Ficamos em silêncio.
-Eu fiz sopa.
-Tô sem fome.
-Quer dormir?
Neguei. Steve suspirou mais uma vez. Então, ele se levantou. Mais uma vez, meu coração disparou e, ante que eu pudesse pensar, levantei correndo e o segurei pela mão, o puxando para mim.
-Onde você vai?!
-Calma, Maddi... Eu só ia respirar, eu...
Ele engoliu a vontade de chorar e eu me senti a mulher mais idiota do mundo.
-Eu preciso pensar.
-Eu sou muito idiota. O Bucky é seu melhor amigo, Stee!
-Ele é seu namorado. Tudo bem...
-É. Mas você também é. - Nos encaramos nos olhos por bastante tempo. - Vamos deitar um pouco, Stee...
Surpreendentemente, ele assentiu. Pegando minha mão e me levando ao quarto dele, Steve me ajudou a tirar o roupão por causa do ombro e eu aceitei a ajuda dele para colocar apenas a blusa que ele me entregou.
Em troca, sentei atrás de Steve e, um lado de cada vez, fiz massagem nos ombros dele. Steve estava tenso e nervoso. E não que a massagem tenha feito milagre, mas ele relaxou um pouco. Beijei a pele do pescoço e dos ombros dele, inspirando o perfume do local, enquanto eu o abraçava pela cintura.
Steve suspirou, recostando o corpo no meu, enquanto pegava minha mão e respousava sobre o coração dele. Estava agitado. Ficamos em um silêncio confortável.
-Amor? Você tá chorando?
Confirmei, percendo que sim, eu estava. Enxuguei meus olhos na camisa dele. Steve beijou minha mão. Então, ele virou de frente para mim, se ajoelhando no colchão, enquanto enxugava meus olhos.
-A gente vai achar ele, Maddi. Eu tenho certeza.
-Eu só queria saber se ele está bem! Que ódio...
-Não foi culpa sua, minha Princesa. - Ele beijou minha bochecha de um lado. Depois do outro. - Não foi culpa dele.
Segurei as mãos dele e o encarei nos olhos, me perdendo naquela imensidão azulada. Meu coração acelerou e o puxei para mim, beijando os lábios dele com suavidade.
-Me promete que você não vai embora, Stee?
-Por que eu iria embora, meu Bem? Eu estou aqui! - Steve encostou a testa na minha, acariciando minha orelha de um jeito que me deixou mole. - Eu estou aqui, entendeu, amor?
Assenti. Mesmo assim, eu o abracei, forte, por vários segundos, absorvendo o cheiro da pele do pescoço, o calor dos braços dele, o coração batendo contra o meu.
Eu precisava de Steve e dessa vez, não era por tesão. Eu precisava do amor dele, da segurança, dos beijos. Eu precisava sentir que ele era real. E eu sabia que esse medo era irracional, que ele estava alí na minha frente e não viraria pó no minuto em que nos soltássemos.
Mas pelo jeito que ele me olhou quando nos afastamos, eu sabia que ele também estava com medo de me perder. Eu sabia que ele também precisava de mim.
Bucky não era só o meu namorado. Ele era o melhor amigo, quase o irmão dele. Ele era tão importante para Steve quanto era para mim. Éramos dois náufragos de um mesmo barco esperando qualquer tipo de notícia que impedisse que nos afogassemos na escuridão de um mar desconhecido.
E só tínhamos um ao outro para nos mantermos firmes e desafogados.
Meu coração pulsou de expectativa quando ele ergueu minha blusa, me puxando contra ele, com tanto carinho, que eu me senti flutuando até bater contra o Colchão. Em segundos, a calça dele desapareceu.
Eu e Steve viramos um só em mais alguns segundos. Ele me cercava por todos os lados com os braços, a presença e o amor. E eu esperava que ele sentisse e percebesse que eu estava alí por ele da mesma forma que ele estava por mim.
Estávamos nadando juntos, em uma mesma direção, tendo um ao outro como descanso e porto seguro. Nossos movimentos eram sincronizados e completavam um ao outro, enquanto nos mantinhamos próximos.
Nos encaramos nos olhos e eu senti meu corpo afundar, sem nem mesmo tentar lutar contra o sentimento que me afogaria a seguir.
Atingimos nosso ápice juntos, entre beijos e promessas que incluiam Bucky, mesmo que nenhum de nós tenha citado o nome dele. Mas ele estava alí, tão presente e real quanto nós dois e nossa respiração pesada e ofegante. Dois náufragos se permitindo afogar pela mesma intensidade e imensidão.
Não conseguimos dormir nessa noite. Na verdade, mal conseguimos dormir em noite nenhuma e quanto mais tempo passava, mais insônia eu tinha. A Gatinha dele me fazia companhia todos os dias quando eu voltava da Shield e me enfiava debaixo das cobertas da cama de Steve, esperando que ele chegasse, talvez, com notícias melhores do que as que eu tinha levado, que de forma resumida, se resumiam a zero.
Foi só quando já faziam três semanas inteiras do desaparecimento dele que precisei ir ao meu apartamento, pegar alguns documentos e outras roupas, já que eu já havia usado todas as que deixei no de Steve, que ouvi a campainha tocar.
Me lembrei da Câmera e sem atender a porta, fui até a sala, ligando a televisão. Alguém que vestia um casaco preto tampando a cabeça e que eu julguei ser uma mulher alta e magra, estava se afastando da minha porta à passos largos.
Corri para lá, mas não achei ela quando encarei o corredor. De qualquer forma, meu impeto de correr atrás dela foi cortado quando percebi uma rosa e um papel grudados na minha porta.
Com o coração acelerado e a boca seca, os peguei e abri. Era uma carta digitalizada, endereçada a mim.
"Maddison,
É um prazer, finalmente, conhecê-la. Muito embora você não saiba quem eu sou, tenho um imenso prazer em dizer que sou um grande fã e admirador de sua capacidade intelectual e habilidades físicas.
Mas não estou aqui para convencê-la do quão boa você é e do quão poderosa poderia ser juntando-se às pessoas corretas. Tenho certeza que está ciente desse fato.
Seu namorado está comigo. E eu sinto ter ficado quase um mês com ele te deixando preocupada, mas levei esse tempo para descobrir do que ele é capaz com as palavras certas. Eu confesso que, antes, ele era apenas um meio de chegar até você, mas agora, eu sei que pode ser muito útil que eu tenha os dois ao meu lado.
No verso da carta há um endereço. Você não deve passá-lo para ninguém e muito menos, contar o meu contato ou seu namorado não vai voltar para você. Eu vou esperá-la nesse endereço até o sábado, às quatro horas. Encare isso como uma chance de despedida.
Att,
Mikado. "
Meus olhos focaram na assinatura. Mikado. Era aquele nome que o Steve tinha dito. Era mesmo uma organização.
Eu não sabia o que fazer naquele momento. Então, comecei a pensar. Eu tinha mais seis dias pela frente. Então, a promessa de nunca mais ver meu namorado poderia ser apenas uma ameaça vazia, achando que eu iria correndo de encontro a ele.
Mas se ele me deu um prazo longo, então não poderia reclamar, se de repente, alguém achasse a carta por acaso. Tudo bem, agora eu sabia que estava sendo vigiada. Mas eles não poderiam saber se eu fingisse estar com a carta.
Talvez, eles tivessem grampeado o apartamento e hackeado meu email. Eu preferia não arriscar. Então, usei o Scanner da minha impressora para scannear a carta e fazer algumas cópias.
Saí do apartamento, com a carta em mãos, desesperada. As lágrimas eram reais. Elas estavam por lá, a carta e a boa vontade só fizeram com que descessem mais rápido.
Fiz questão de jogar meu celular pela ponte do Brooklin e, ao chegar na Shield, a primeira coisa que fiz foi arrastar Sam, Natasha e Steve para dentro do quarto dele, me aproveitando do isolamento acústico.
Enquanto Natasha ia chamar Fury e o resto dos Vingadores, Steve fingiu ir me procurar no apartamento, para pegar a outra carta e verificar as gravações de segurança.
Ele voltou no momento certinho em que liberaram a sala de reuniões para decidirmos o que fazer.
Ooie, Pessoal! 💕🦋💫
Então... Vocês ainda devem estar sofrendo, né? Eu sei... Por favor não me matem! KKKKKK
Aliás, não sei se vocês acharam sem noção um hot meio poético no meio disso tudo que estava acontecendo, mas... Eu senti que a Maddi e o Steve precisavam disso. Desse apoio, desse amor... Então, desculpa se alguém não gostou ou achou meio sem noção 👉🏻👈🏻👀
Aliás, gente... Eu preciso fazer uma pergunta para vocês, maaaaas... É bem retórica, só uma idéia que me passou pela cabeça hoje e cheguei a comentar no grupo... Mas vocês acham legal uma segunda temporada de Voltage ou é desnecessário, sabe? Deixa só essa mesmo e acabou, segue em frente?
Enfim, não é para se iludirem. Eu não garanto nada!
Até quarta feira!
Bjs! 💋
Ps: Eu não sei se vocês viram, mas... Acabei de lançar uma fanfic com o nosso bolinho, o Sam Wilson, e se vocês pudessem dar uma forcinha lá, eu agradeço! 💖🥰
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