04
Capítulo 04. - Ultimato.
Eram cerca de seis e meia da manhã quando uma movimentação ao meu lado em tirou do sonho intenso e gostoso que eu estava tendo com uma loja de tortas de aniversário. Respirei fundo, sentindo Steve sair de cima de mim, bocejando, e percebi que era porque o bebê estava chorando.
-Que horas são? - Perguntei, rolando na cama e encarando o relógio. - Ah…
-Bom dia, Princesa! - Steve me beijou rapidamente nos lábios e levantou o corpo da cama, se espreguiçando. - Viu ver o Dy, tá? Deve ser a fralda…
Concordei, esfregando meus olhos. Segundos depois, meu telefone vibrou algumas vezes. Me estiquei e o peguei, desbloqueando a tela. Eram algumas mensagens de Bucky.
"Bom dia, Meu Anjo!
Espero que tenha dormido bem apesar de não me ter do seu lado…
Mas seus problemas acabam hoje, afinal, eu tô chegando aí para te roubar para mim e te encher de beijos (isso, claro, se o Dy colaborar!).
Morrendo de saudade de você!
Ps: Alpine está mandando umas lambidas!
Beijos!"
Respondi as mensagens com um sorriso bobo no rosto, enquanto brincava com os meus cordões, pendurados no meu pescoço: O Triângulo e o coração e a aliança do meu pai.
Não era exagero dizer que levantei até mais animada naquele dia, fazendo logo a cama para não ter que fazer depois. Como Dylan parou de chorar e um cheiro gostoso de café começou a invadir meu nariz, achei melhor ir tomar um banho. Peguei uma toalha na gaveta, roupas novas e minha bolsa com meus pertences.
Caminhei pelo corredor, até a porta do banheiro. Mexi na maçaneta e, como não estava trancada, eu não me liguei que o chuveiro estava ligado. Continuei digitando no celular com Bucky.
-Maddison! Pelo amor de Deus!
Franzi a testa e encarei minha mãe e Bruce no box do chuveiro, puxando umas toalhas para se tamparem, já que eles estavam pelados. Completamente pelados.
Arregalei os olhos, incapaz de me mover, vendo minha mãe sair do colo dele.
-Meu Deus… São sete da manhã! - Reclamei. - Eu tenho um bebê em casa!
-Maddison Lea! Sai agora!
Abaixei quando um pote de shampoo voou na minha direção e comecei a rir.
-Tranquem a porta, pelo amor de Deus! - Berrei, fechando a porta atrás de mim. - Isso é constrangedor, sabiam?! E traumatizante!
Escutei minha mãe me xingar e corri para a cozinha, descendo as escadas, rindo sozinha. Steve estava com Dylan na cadeirinha, assistindo um desenho, enquanto comia morangos. Sam estava ao lado dele e os dois me encararam como se eu fosse maluca quando entrei no ambiente, rindo da minha barriga doer.
-O que deu nela?!
-Você é o namorado! Se não sabe, eu que não vou saber!
-O Bruce… E aí… Eu tô….
Eu não conseguia nem mesmo falar durante alguns minutos, quando eu finalmente me acalmei, sentando ao lado de Sam e bebendo uma xícara de café.
-Qual é a graça?
Encarei os dois e olhei na direção das escadas, vendo que nem minha mãe, nem Bruce vinham daquela direção. Me deu vontade de rir de novo mas quando Sam pegou a espátula da mão de Steve e ameaçou enfiar em uma parte particular minha, eu me controlei, me inclinando para frente.
-Escutem… Não vão sair contando para ninguém, certo?
-Claro que não! - Sam reclamou, indignado. - Quando eu contei algo que você me disse?
-Nem eu!
-Ótimo… Eu acabei de receber umas mensagens do Bucky, avisando que vai chegar aqui no final da tarde…
Sam gemeu em protesto, batendo no próprio rosto.
-Ah, que felicidade! Acabou a minha paz! Meu Deus… Achei que ele só voltava semana que vem!
Dei de ombros, ignorando a reclamação e chutando Steve por debaixo da mesa antes que ele e Sam começassem a discutir.
-Ai, doeu, Amor!
-Escutem! - Voltei a falar baixo, rindo. - Eu estava distraída, então, não percebi que o chuveiro estava aberto e…
Tive mais um acesso risos até Steve me enfiar um tapa na bunda e eu retribuir na orelha dele, sendo puxada para o colo dele a seguir. Me acalmei mais uma vez, sentindo ele me dar vários beijos, enquanto Dylan ria do desenho, mordendo o morango distraidamente.
-O que tinha no chuveiro?
-Um macaco voador! - Sam riu, esfregando o rosto. - Pelo amor de Deus, Stee! Até eu sei o que tinha no chuveiro e tem a ver com um pepino verde!
Eu caí na gargalhada de novo, vendo Steve erguer as sombrancelhas para mim, surpreso. Confirmei com a cabeça, o que fez ele soltar uma risada alta e histérica, derramando café na perna da calça.
-Eu trabalho com detalhes, Ruiva! - Sam reclamou, me dando um tapinha na coxa. - Como eles estavam?!
-Na parede. - Informei. - E eles não estavam só nos beijos!
-Meu Deus, Amor! - Steve esfregou o rosto, rindo. - Nossa…
-Foi constrangedor! - Dei de ombros. - Quer dizer, minha época de pegar meus pais transando já acabou há anos!
-Tá na época dos seus pais te pegarem transando! - Sam concordou, dando de ombros. - Bem… Se bem que depende. Minha avó tinha setenta e pouco e meu avô uns oitenta quando peguei os "Véio" na cama! Estavam mais animados que eu!
Steve cuspiu café longe, sujando minha perna, enquanto eu tentava desengasgar ele. Isso assustou Dylan, que começou a chorar, esticando os bracinhos para mim. Deixei Sam desengasgando Steve e peguei o bebê no colo, abraçando ele apertado, enquanto eu balançava Dylan.
O caos se instaurou na cozinha por cerca de vinte minutos, já que Dylan não queria parar de chorar e a gente não conseguia parar de rir depois que Sam contou que, quando foi passar um fim de semana na casa da mãe de Sharon, logo depois do bebê, a mãe dela encontrou os dois pelados na mesa da cozinha.
Só nos acalmamos um pouco quando Bruce bateu na porta, pedindo licença. Fiz um sinal para os meninos pararem de rir e, graças a Deus, eles mudaram de assunto tão rápido que até eu fiquei impressionada com a capacidade deles.
-Hm? Pai?
-Sim? - Bruce perguntou, de costas para mim, enquanto colocava café em uma xícara.
-Eu posso conversar com você?
-É claro…
-Pai…
Bruce me encarou, virando o rosto sobre os ombros, completamente vermelho. Suspirei e dei Dylan para Steve, apontando para ele.
-Eu. Você. Varanda. Agora!
-Eu tenho a opção de não ter essa conversa?
-Nem um pouco! - Passei por ele e o puxei pela mão, sorrindo. - Vem logo, pai!
Bruce me acompanhou, de mãos dadas comigo, enquanto passávamos pela sala. Chegamos aos degraus da varanda e o forcei a se sentar nos últimos, ao meu lado, enquanto eu olhava o mar quebrar na praia.
O som das ondas eram relaxante e isso me fez ficar mais confiante para puxar assunto quando ele ficou em silêncio, constrangido demais para falar qualquer coisa.
-Escuta, pai… Eu sei que isso foi constrangedor…
-Constrangedor foi pouco! - Bruce tirou os óculos e esfregou o rosto, pondo a caneca de lado. - Para de rir, Maddison!
Suspirei, puxando a mão dele. Entrelacei nossos dedos, empurrando ele com o ombro.
-Desculpa mas foi bastante engraçado! De verdade… Minha mãe me jogou um shampoo!
-Eu fiquei com muita vergonha!
Dei de ombros, negando.
-Não precisa ficar assim, Bruce! Eu sei que você e minha mãe transam e, embora seja uma cena que eu prefiro não presenciar, não tem nada demais! Não há nada que eu não tenha feito ou visto…
-Eu prefiro não saber os detalhes, meu amor! - Bruce me abraçou pelos ombros, respirando fundo.
Voltei a rir, só até perceber o olhar dele.
-Enfim, o que eu estou tentando dizer é: Pelo amor de Deus, não precisa ficar um clima estranho entre nós, está bem?
-Claro! Sem problema… - Bruce suspirou, apoiando a cabeça na minha. - Eu te amo, sabia?
-Eu sei. Eu te amo muito também!
Abracei Bruce pelos ombros, enchendo ele de beijos, o que o fez ficar constrangido. Não me importei, afinal, minutos depois, para se livrar dos beijos, ele começou a fazer cócegas em mim.
As nossas risadas eram bastante altas e eu senti meu coração encher e ficar quentinho de tanto carinho que eu estava sentindo naquele momento, quando Bruce me puxou para o colo dele e me abraçou, como se eu fosse um bichinho de pelúcia.
-Você a melhor filha do mundo, meu amor… E desculpa ter posto vocês nessa situação…
Encarei ele, dando de ombros.
-Não foi sua culpa.
-É claro que foi! O Hulk…
-Foi um acidente!
-Um acidente provocado pela minha ganância e o meu ego, Maddison.
Fiquei em silêncio, enquanto observava ele olhar para o mar, com o olhar triste e perdido. Suspirei, atraindo a atenção dele.
-Oh, pai… Por qual motivo o Hulk existe?
-Eu… Achei que eu podia recriar o soro do Steve, potencializando ele com raios gama. - Bruce explicou, esfregando o rosto. - Eu era meio idiota, filha… Na verdade, sei lá… Eu queria ser o primeiro a patentiar o soro e ficar rico. Enfim…
Hesitei. Então, perguntei o que eu queria saber há algum tempo?
-Hm… E por quê você aplicou o soro em você?
-Eu apliquei em mim e no meu parceiro porque não tínhamos autorização do laboratório para testarmos em cobaias.
Mordi os lábios, aproveitando a distração dele com uma formiga na madeira da escada.
-Você tinha um parceiro?
-Tinha. Ele morreu na explosão. - Bruce me encarou. - O nome dele era Ben Hunt. Ele era brilhante e me ajudou a decodificar o soro, mas… Pelo visto, deu muito errado.
Ben Hunt. Agora eu tinha um nome para começar. E foi isso que eu fui fazer assim que o horário de almoço passou e Dylan resolveu que parar de chorar e ir dormir era uma boa idéia.
Natasha estava com Steve e Sam na casa do Tony, mas eu preferi não ir. Não tinha avisado ainda para Steve sobre esse tal de Ben, mas eu acionei alguns contatos importantes na Shield, depois de uma rápida pesquisa superficial e comum no google.
O homem tinha 43 anos na explosão e tinha dois Phd's, um mestrado, quatro pós graduações e muitos prêmios, assim como Bruce. O corpo foi encontrado destruído nos meio dos escombros da Clínica.
Eu precisei esperar por cerca de duas horas até meu contato principal retornar meu email fictício. Ele me enviou a ficha pessoal de Ben, uma detalhada e extensa lista de informações sobre a formação do homem e mais alguns documentos importantes.
Dei uma boa olhada no homem. Ou melhor, na fotografia dele. Ben era bonito e alto, tendo um sorriso bastante carismático. Havia um certo contraste entre ele e Bruce. Não que meu pai não fosse bonito, mas com certeza, esse era o extrovertido da dupla.
Ben deixou uma esposa, Hannah, que havia morrido cerca de quatro anos antes, de câncer de garganta, e dois filhos: Oliver e James. Não havia fotos deles em lugar algum, então solicitei ao meu contato também.
Analisando novamente a foto de Ben percebi que ele era bastante famíliar para mim, como se eu já tivesse visto o rosto dele antes. O maxilar marcado e os olhos fundos me atraíram, me fazendo ter certeza do conhecimento dele.
Suspirei e voltei a fazer outras coisas no laptop em meu colo. E só por curiosidade, eu entrei no site de controle de Fury, com a nova senha decriptografada. A mensagem de acesso era "Se for a Maddison, cai fora!" e eu não aguentei a risada.
Eu era uma cobra criada, mas era uma cobra criada por ele.
Prossegui com a busca pelo site, indo até Daniel, o homem que eu achei ser meu pai por anos. Segundo as últimas informações, ele teve um pedido de habeas corpus negado recentemente pelo Juíz do Estado. No entanto, o antigo parceiro dele tinha sido solto há uns oito meses e respondia em liberdade condicional com conduta exemplar.
Quando cansei e enviei todos os formulários que Steve tinha pedido, desliguei o laptop e encarei Dylan, deitado entre os travesseiros no meu quarto. Conectei o aparelho no carregador e peguei meu telefone, dando uma olhada nas redes sociais e me surpreendendo de perceber que uma antiga amiga de escola estava indo para o quarto filho.
Claro que eu não tinha moral nenhuma para falar dela, mas eu tinha um único e ela já estava com quatro aos 25 anos… Eu não conseguia me imaginar com tantos filhos assim. Quem sabe mais um ou dois, no máximo, e já era muito!
Como eu mandei mensagem para Steve perguntando se ele já voltava para casa e a resposta foi "Reunião Vingadores. Não agora", levantei da cama e olhei o relógio, decidindo que eu ia tomar outro banho e esperar Bucky chegar.
Levei Dylan para o banheiro no carrinho, mas para minha sorte ele não acordou nem mesmo quando eu escorreguei e bati a testa no vidro do box.
Depois, botei uma roupa leve e fui para a cozinha, preparar a janta de Dylan e minha. Eu estava terminando de fritar frango quando ouvi a porta abrir e olhei por cima do ombro, esperando ver Bucky. Na verdade, não era ele quem estava na porta, acenando.
Respirei fundo e voltei para a cozinha, tentando controlar meu tremor. Então, desliguei a frigideira e peguei a arma do meu coldre, andando decidida até a porta.
-Oi, Maddi… Hey, calma! Abaixa essa arma! Ficou maluca?!
Encarei Henry e destravei a arma.
-Eu sei muito bem o que você está fazendo, Henry! Eu e mais gente… Portanto, eu vou te dar um prazo.
-Do que você…?
Mirei a arma na direção da virilha dele, o fazendo se calar e me encarar com ódio.
-Ou você termina com a Natasha e expõe o escroto que você é, ou eu mesma vou fazer isso! Você tem três dias, Henry.
Como eu suspeitava que ele faria, Henry deu um leve sorrisinho e me encarou.
-E você? Vai terminar com os seus namorados quando?
-Henry, é melhor você não tentar nenhuma gracinha! Eu vou falar com a Nat e…
-Você tem certeza que a Natasha vai acreditar mesmo em você? Justo quando eu já insinuei que percebi o jeito que você me olha?
Respirei fundo, tentando raciocinar. Ele podia mesmo ter feito isso. Henry abaixou q minha arma, me encarando.
-E além disso, eu não tive culpa, Maddison… Acabamos nos apaixonando perdidamente, mas você tinha medo por causa do bebê e d…
Meti a arma na cara dele de novo. Dessa vez, com força, atingindo o nariz dele. Minha mão doeu, mas ver ele desequilibrando para trás e me encarando, assustado e com raiva, me fez não ligar para isso.
-Eu tô falando sério! Três dias ou eu mesma falo com ela, não importa o que você tenha dito! Estamos entendidos, Henry?!
-Isso vai ter volta, Maddison.
-Eu tô morrendo de medo!
Henry virou as costas e saiu pisando duro. Encarei minha mão, percebendo que ela ficou roxa, mas como Dylan começou a chorar, guardei a arma no coldre e corri para ele.
Quando Dylan estava mais calmo de novo, dessa vez, começando a se sujar com papinha enquanto comia, ouvi o ronco de uma moto do lado de fora da casa.
Sorri, sabendo a quem pertencia aquela moto. Dylan virou para os lados, procurando pelo pai e soltando uns gritinhos. Quem chegou primeiro na cozinha foi Alpine, pulando e miando na direção de Dylan, enquanto Bucky berrava pela gata.
-Ela está aqui, Bucky! - Gritei de volta. - Na cozinha!
Ouvi ele xingando enquanto entrava pela sala e batia com o joelho na quina do sofá. Levantei da cadeira e peguei Dylan, o limpando com o papel toalha. Caminhamos na direção da sala.
Mas eu paralisei assim que percebi o estado da cara de Bucky: Ele estava todo esfolado e ensanguentado.
Oiie, Pessoal! 💕
Cheguei com o último capítulo antes que vocês queiram me matar KKKKKK Por enquanto, apesar dessa cena da Maddi e do Henry, tá tudo tranquilo demais, né? 👀🤭 Tem que ter uma agitação!
Por falar em agitação...
A MADDISON ACHANDO OS PAIS NA HORA DO VUC VUC EU PASSEI MAL DE RIR ESCREVENDO KKKKKKKKKKKK
E ela tentando contar para o Steve e o Sam... Me senti MUITO representada KKKKKKKKK Hoje meu irmão caiu dentro de um bueiro e eu não conseguia falar sobre sem rir
...
😂😂😂😂😂😂
Podem rir, ele tá bem! Foi só um susto mesmo KKKKKK
Enfim, gente...
Até o próximo capítulo!
Beijos! 💋💋
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