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Capítulo 01. - Sendo criança outra vez
..Meses depois, Nova Iorque.
Eu não vou mentir. Foi muito difícil, no início daquele namoro, controlar os ciúmes que Bucky e Steve sentiam um do outro, o que resultava em várias discussões. Às vezes, pacíficas. Às vezes, acaloradas. Na maior parte das vezes, quando os bonitinhos começavam a discutir, eu saía de perto e deixava eles resolverem o problema deles sozinhos. Afinal, eu estava muito grande para ser babá de dois marmanjos daqueles tamanhos.
É claro que não saímos espalhando que estávamos em um relacionamento à três, mas inevitavelmente, as pessoas mais próximas souberam e eu fui obrigada a revelar essa situação curiosa para Fury. De primeiro momento, ele achou que eu estava apenas tirando onda com a cara dele. Mas quando viu que era sério, parou de rir e ficou surpreso.
Mas para meu alívio, Fury não implicou e nem mesmo mencionou a questão "Trabalho" na conversa , a não ser pela frase "Eu vou poder contar com o seu profissionalismo ainda ou você vai paracer uma adolescente cheia de hormônios?". Bem, mal sabia Fury que mesmo se eu quisesse parecer uma adolescente cheia de hormônios, Steve me colocava para fazer mais coisa do que o normal, evitando assim que fôssemos vistos juntos durante o dia.
Confesso que no começo, essa situação me irritou muito e eu cheguei a suspeitar que poderia ser até mesmo por causa dos ciúmes dele em relação à Bucky. Mas depois, quando estava acompanhando Sharon até a lanchonete, em um dia qualquer, já que o bebê ficou com vontade de sanduíche, percebi que era só uma questão de proteção e autopreservação.
Sem eu estar no meio de Steve e Bucky, o pessoal que passava por mim já me olhava torto e sussurrando. Nada que eu não estivesse acostumada, é claro. Mas realmente, para Steve e Bucky deveria ser mais difícil, até porquê, eles já chamavam bastante atenção sem mim.
Ao longo das semanas, eu poderia dizer que eu e Bruce acabamos ficando bem amigos e eu sabia que era porquê ele estava se esforçando para ser um bom pai, ou ao menos, a figura paterna que eu não tive. E embora, apesar de ter quase um ano essa história de ser filha do Hulk, eu ainda não tinha tido coragem para chamar ele de pai. Soaria falso ou forçado. E como ninguém me forçava a chamar ele assim, continuei o tratando como Bruce, o namorado da minha mãe ou o cara de quem eu era filha.
Em quase um ano, muita coisa tinha mudado, mas muita coisa tinha ficado igual. Talvez, as mudanças mais radicais tenham sido a Mary ser expulsa da equipe depois que foi pega se drogando com algumas das nossas provas de um caso, a Celeste ter entrado para a equipe nova, Chad e Angel terem engatado um romance e, por fim, o Sam e Sharom terem assumido um "Relacionamento sério, mas que não era namoro nem casamento, apesar do bebê e deles terem resolvido morar juntos".
Realmente, aquilo era "apenas" um Relacionamento...
Por falar no bebê, Joseph nasceu uns dois meses antes da hora, o que fez ele ficar internado quase um mês para ganhar peso. E foi aí que vimos o quanto o Sam seria um paizão! Ele ficava o dia inteiro naquele hospital junto com Sharon, a não ser quando tinha missão. Quando o bebê recebeu alta, Sharon chegava a mandar mensagens indignadas para a gente, reclamando que se Sam pudesse, até de mamar dava para Joseph e que ele estava roubando o filho dela.
Yelena fez questão de lembrar que ela não tinha feito o filho sozinha e que era melhor aproveitar o pai "babão irritante". Eu concordava e Natasha só faltou dar na cara dela uns bons tapas por estar reclamando de tédio.
Bem, não era nenhuma novidade que eu, Nat e Yelena éramos as madrinhas de Joseph e que, por causa disso, com apenas três meses de vida, ele tinha mais brinquedos que qualquer criança na idade dele, mas é que não dava para evitar. A gente amava mimar ele e mimar muito!
Enquanto eu refletia sobre isso, continuei pilotando a moto na direção da casa de Bruce. Ele e minha mãe já moravam juntos há meses e eu estava aproveitando que Bucky e Steve estavam fora da cidade com uma parte dos Vingadores, para curtir meu dia de folga na casa deles. Não que eu nunca fosse lá se os dois estivessem aqui. Eu sempre ia ou recebia eles no meu apartamento e, normalmente, ou os dois estavam junto comigo, ou separados.
Mas é que eu realmente não tinha ido visitar eles naquela semana, afinal, eu estava ajudando na logística e planejamento da missão que eles foram. Então fiquei a semana inteira ocupada, sem tempo para quase nada.
Quando estacionei em frente ao prédio de Bruce, procurei a chave que ele tinha me dado na minha mochila e abri o portão da garagem, estacionando na vaga de visitantes segundos depois. Uma vizinha dele estava saindo do carro na hora que tirei o capacete e acenei de volta, sorrindo.
Essas pequenas coisas me deixavam completamente balançada. Afinal, se fôssemos analisar com calma, parecia que eu sempre tinha sido filha dele, não que eu só descobri isso há quase um ano.
Subi de escada mesmo e bati na porta do apartamento às quatro horas em ponto. O cheiro de queimado e o som de panelas caindo me fazia perceber que ele devia estar tentando cozinhar. Achei melhor tocar a campainha, já que possivelmente, Bruce não me ouviu.
Segundos depois, ele abriu a porta, sujo de fuligem e descabelado. Entrei quando Bruce me deu passagem e sorri, olhando a bagunça ao meu redor.
-Meu Jesus... Que bagunça é essa?
-Eu estava procurando um tubo de ensaio.
-Mas você não tem vários? - Questionei, tirando o casaco e pendurando no cabideiro.
-Não com CO2. Enfim, entra... Eu tentei fazer uma lasanha, mas acho que me distraí.
Assenti, seguindo ele para a cozinha, onde uma fumaça preta tomava conta do forno. Arregalei os olhos, incrédula.
-Você se distraiu?!
-Na rua. - Bruce explicou. - Eu fui comprar umas coisas mas esqueci da lasanha... Enfim, sua mãe viajou ontem. Ela te avisou?
Observei ele tirar a lasanha e tentar sacudir a travessa para jogar ela no lixo, mas estava tão queimada que Bruce achou melhor jogar a travessa inteira no lixo.
-Avisou. O Fury precisava de ajuda, né?
-Na verdade, era o Phill. - Bruce esclareceu.
-Ah... Bem, pensei que eu podia, bem... Se você estiver ocupado, não tem problema, mas pensei que eu podia passar por aqui, sabe? Para a gente, hm, conversar, sei lá...
Percebi que estava nervosa quando comecei a torcer os dedos e subir e descer na ponta dos pés. Bruce me encarou e franziu a testa. Provavelmente, ele estava ocupado e eu já ia dizer que voltava outro dia quando ele perguntou:
-Já que está aqui, quer me ajudar a montar uma maquete de um protótipo neuro-central?
-Não entendi nada do que você disse, mas quero! - Sorri, soltando o ar.
-Ótimo! Vem comigo!
Segui Bruce para a porta do apartamento que vivia trancada e eu nunca tinha entrado. Enquanto ele desbloqueava a porta, foi falando, empolgado, sobre o que era uma maquete de um protótipo neuro-central e eu só entendi que era algum tipo de robô acionado por comando de voz que poderia fazer cirurgias. Ou algo assim.
A sala era ampla e bem iluminada. Talvez, tivesse o básico de tudo que ele tinha lá no laboratório do Complexo. Fiquei vidrada em um conjunto de vidrinhos coloridos que faziam bolinhas coloridas subirem e estourarem na superfície.
-Maddison! O que você está fazendo?
Pulei de susto, afinal, eu me dei conta de que estava praticamente enfiando o dedo dentro do vidrinho azul. Endireitei a postura e dei de ombros.
-Seguindo você.
-A não ser que você queira perder o dedo, sugiro que saia de perto desse vidrinho. Isso é ácido!
-Ah...
Segui na direção dele e fiquei quietinha no banquinho que Bruce indicou, depois de fazer um sinal com os dedos, indicando que ele estava de olho em mim. Me senti uma criança de cinco aninhos fazendo coisa errada. Suspirei, irritada.
Bruce me lançou o mesmo olhar que Steve me lançava de vez em quando, quando cismava que eu estava fazendo algo impulsivo ou inconsequente.
-Você vai me ajudar a colar esses adesivos coloridos, está bem? Tem que colar no lugar certinho, se não, vou apresentar errado. Consegue?
Assenti, pegando os adesivos coloridos e observando a imagem que ele me deu de modelo. Nos dois primeiros minutos, fiquei revoltada de não estar fazendo nada mais importante.
Depois, fiquei tão empolgada em ficar colando um milhão de adesivinhos que quando acabaram, suspirei, frustrada.
-Já acabou?
-Já! - Sorri. - Colei certo?
Bruce deu uma olhada em volta do protótipo e sorriu, assentindo.
-Uau! Certinho! Acho que vou te dar outra coisa para fazer. Quer?
Assenti, empolgada. As tarefas que Bruce me deu eram bem simples até, mas passar um tempo com ele, mesmo que calados, enquanto Bruce estudava alguma coisa, era a melhor parte. Eu me sentia de novo com oito anos, quando minha mãe precisava ir fazer alguma coisa e não tinha com quem me deixar e era obrigada a me levar junto.
Quando meu estômago roncou pela ddécima vez, dessa vez, mais alto, Bruce tirou os olhos de um microscópio e me encarou.
-Isso foi seu estômago?
-Não. - Menti.
-Hm... - Bruce me encarou, batucando a caneta no caderno ao lado dele. Então, olhou para o relógio e tornou a olhar para mim. - Acho que já deu por hoje, né, Maddi?
-Se você diz... - Comentei, colando um post it em um dos protótipos. - Deixa só eu terminar aqui...
Bruce recolheu as coisas dele enquanto eu terminava de catalogar as coisas por cor dos post its e, por fim, quando eu estava quase terminando, ele arrancou o post it da minha mão, rindo da minha careta indignada.
-Aaaaah, Bruce! Eu estava terminando!
-Você termina depois da pizza, Maddison! Vamos comer!
Cruzei os braços, fazendo um biquinho, mas segui ele para a cozinha, onde Bruce pediu uma pizza de Marguerita para a gente e refrigerante.
Sentamos no chão da sala mesmo, apoiando a pizza na mesinha de vidro, enquanto eu colocava um filme do catálogo da Netflix.
-Sabe que isso não era um costume? - Bruce comentou, atraindo minha atenção.
-O que?
-Isso... Comer pizza, assistir filme... Sei lá, eu não costumava fazer isso antes de você.
-Ah, desculpa...
-Não, Maddi! - Bruce espanou as mãos uma na outra e sorriu. - Isso é bom! Quer dizer... Tem feito bem, sabe? Acho que eu precisava desacelerar de vez em quando. Quer dizer, se você não estivesse aqui, eu ia estar no laboratório até agora, sem comer e sem pausa.
-Ah... - Assenti, abraçando meus joelhos e apoiando a cabeça nos braços. - Às vezes, eu acho que tô atrapalhando, sei lá...
-Não está, Maddison.
-Tem certeza? - Perguntei, incerta. - Você devia estar querendo aproveitar a ausência da minha mãe para terminar isso, né?
-Não... Quer dizer, sim, essa foi a intenção. Mas garanto que eu tô amando ficar aqui com você! De verdade!
-Jura?
-Juro!
Estiquei o dedinho para ele, que franziu a testa, me olhando confuso.
-Jura de dedinho?
-Devo supor que jurar de dedinho é importante?
-Muito!
Ele entrelaçou o dedinho ao meu e sorriu.
-Juro de dedinho!
Sorri, separando nossos dedos a seguir e pegando um pedaço de pizza.
-Por falar em importante... E os seus namorados? Voltam quando?
Encarei ele, dando de ombros.
-Pode ser amanhã, ou daqui a um mês. Sei lá... Mas eles não costumam demorar, né?
Bruce assentiu. Quando eu anunciei que estava com os dois, ele levou um certo tempo para se acostumar com a idéia da filha dele ter dois caras, assim como a minha mãe. Mas até que depois de um certo tempo, os quatro se davam muito bem.
Bem, sou obrigada a dizer que cada um tinha seu genro favorito. Enquanto Bruce se dava melhor com Steve, minha mãe e Bucky se identificaram mais e isso gerava um pouco de ciúmes um no outro, mas ao menos, os dois eram os preferidos juntos, um de cada.
-Maddison, eu posso te fazer uma pergunta mais íntima? - Bruce questionou, de repente, fazendo eu deixar uma linguiça da pizza cair. - Se você não se sentir confortável, tudo bem. É só que eu... Bem, eu fiquei curioso e eu sei que não tenho nada a ver com isso ou...
-Nunca fizemos à três. - Dei de ombros. - O Bucky e o Steve se recusam a se verem pelados e acham que seria muito estranho transarem na presença um do outro, ainda mais comigo. Enfim... Embora, eu esteja curiosa, eles não. Fazer o que, né?
Bruce franziu a testa e me encarou, surpreso. Hesitei.
-Não era isso que você ia perguntar?
-Definitvamente, não! Meu Deus, Maddison!
Desviei o olhar, sentindo meu rosto esquentar violentamente. Eu queria abrir um buraco no chão para enfiar minha cabeça e nunca mais sair de dentro. Bruce pigarreou.
-Eu ia perguntar se você realmente ama os dois igual, ou se tem algum que você ame um pouquinho mais. - Bruce suspirou. - E me poupa dos detalhes íntimos!
Sorri, sem graça, concordando.
-Eu amo os dois. - Afirmei, segura. - Mesmo depois dessr tempo todo de relação, eu ainda amo e quero eles com a mesma intensidade.
-Mas você acha que tem algum deles que te ama mais?
Hesitei, um pouco. Eu tinha me feito aquela pergunta um milhão de vezes, mas a verdade, era que a resposta não importava. E daí se fosse Steve a me amar mais? Ou o Bucky? Contanto que eles me amassem e estivessem felizes... Então, estava tudo certo.
-Não acho que um me ame mais. Sei lá. Cada um tem um jeito, não dá para comparar.
-É, mas você e o Steve ficam mais à vontade, certo? - Bruce franziu a testa, me analisando. - Eu só estou tentando entender como funciona isso.
Assenti, dando de ombros. Afinal, eu não saí contando para meus pais como nosso namoro funcionava. Era natural para mim ter os dois, não havia necessidade de tratar como se fosse coisa de outro mundo, embora muita gente ainda via isso como libertinagem.
-Bem, o Steve não se importa com demonstração de afeto em público, se é o que está tentando dizer. E sim, ele é mais carinhoso que o Bucky. - Concordei. - Mas aí, eu lembro que o Bucky é um doce quando tá sozinho comigo e que faz todas as minhas vontades e quase me sufoca de tanto que "mima". Entende? Não dá para escolher.
-Claro... - Bruce arregalou os olhos, sorrindo.
-E você e minha mãe? Como lidam com o Hulk? - Perguntei.
-Bem, o Hulk gosta muito da sua mãe e da Natasha, então... Ele não aparece quando ela está junto e, se aparecer, ele não machuca ela, de jeito nenhum.
-Isso também é tipo uma relação à três, certo? - Perguntei, sorrindo. - Quer dizer, você e minha mãe se amam e o Hulk também ama ela.
-Mas a gente não divide! - Bruce respondeu, rindo. - E sua mãe não faz muita questão de ver o Hulk! Então... Não é igual!
-Mas é tipo isso!
-É, realmente, é tipo isso!
Comecei a rir ao perceber que ele estava vermelho igual a uma pimenta. Aos poucos, Bruce me acompanhou na risada e só percebemos que o filme tinha acabado depois de uns vinte minutos.
Acabei dormindo por lá mesmo e, como eu tinha que acordar cedo para ir trabalhar, e Bruce para ir em um Congresso, seis e meia da manhã, eu já estava subindo as escadas do meu prédio.
Meu dia foi levemente estressante, já que Yelena ficou no comando e isso já explicava muita coisa sobre minha dor de cabeça. Porém, piorou já que ela mandou que eu ficasse no comando dos Novatos junto com Chad.
Infelizmente, isso incluía tomar conta de Celeste também. Quando eu e Chad nos juntamos, a primeira coisa que fiz foi pegar os papéis dos objetivos diários e os passar, freneticamente.
-Oh, Ruiva! O que você está fazendo?
-Procurando algo bem trabalhoso e demorado.
-Por quê? - Chad franziu a testa.
-Celeste.
-Ah... - Chad riu, cruzando os braços. - Eu acho que vi uma Ocorrência para entregar na Pensilvânia. Ela vai ter que ficar, ao menos, oito horas fora.
-Te amo! - Exclamei, sorrindo para ele.
-Todo mundo me ama, isso não é novidade!
Revirei os olhos e peguei a ocorrência de São Francisco. Entreguei a ele.
-Manda ela para lá. Agora.
-O que eu vou ganhar com isso, hein? -Chad reclamou, se esparramando na cadeira da sala de controle.
-Se a Celeste não estiver aqui, eu não fico de mal humor. Se eu não ficar de mal humor, a Yelena não fica de mal humor. A Angel também não vai ficar de mal humor. Você quer mesmo ganhar algo a mais que isso, seu Preguiçoso?! Levanta essa bunda e vai mandar ela para longe!
-Ai, tá bem! Estressadinha! - Chad levantou assim que joguei a pasta com a ocorrência nele.
-Cuidado comigo, Chad! Ou eu posso virar o Hulk e esmagar você!
Ele soltou uma risada e passou por mim, me abraçando e me dando um beijo na testa. Sorri de volta, dando um tapinha na bunda dele. No fim, Chad não era absolutamente nada do que eu pensei que fosse quando o conheci e éramos muito amigos hoje em dia. Ele quem deu mais apoio com a equipe quando decidi que ia ficar com meus dois namorados.
Claro que isso não impedia Bucky de morrer de ciúmes dele. Mas como eu não dava atenção ao ciúme dele, nunca discutimos por causa disso. Tínhamos outras coisas mais importantes para discutir.
Com Celeste fora, tive mais liberdade para fazer minhas tarefas naquele dia com mais calma e no meu ritmo. Além disso, deu para acompanhar Sharon na consulta com o Pediatra, afinal, Sam estava fora também. Joseph era o bebê mais calmo e risonho do mundo e eu confesso que pensei que, quem sabe, daqui a alguns anos, eu pudesse convencer Bucky ou Steve a terem um bebê. Ou a adotarmos. Também serviria.
Eu cheguei no apartamento esgotada e pronta para cair na minha cama, mas assim que abri a porta do quarto, minha campainha tocou e eu achei, em primeiro lugar, que poderia ser Sam, até me lembrar que ele não estava sequer nos Estados Unidos e não morava mais no prédio.
Lembrei do síndico que poderia ter vindo reclamar de qualquer coisa e caminhei até a porta de novo, olhando pelo olho mágico e percebendo que não havia ninguém pelo corredor.
Eu culparia meu sono e meu cansaço até, se não tivesse visto a rosa grudada na minha porta com uma fita durex. Franzi a testa a pegando. Não tinha um bilhete, nem nada. Entrei de volta e, só por garantia, ativei o alarme e dormi ao lado da minha arma.
Mas quando amanheceu, eu esqueci completamente a história da rosa. Afinal, a campainha estava tocando há uns 15 minutos, me obrigando a levantar. Assim que andei até a porta, completamente irritada de ter sido acordada às seis da manhã sendo que eu podia ter dormido até as nove, abri a porta e encarei olhos esverdeados e um sorriso lindo.
Meu sorriso cresceu no meu rosto quando me joguei nos braços de Steve, o abraçando apertado. Encarei o rosto dele, machucado. Suspirei.
-Por quê você está sempre machucado, Stee? Entra! - Puxei ele para dentro e olhei para o corredor. - Cadê o Bucky?
-Ele foi para a Shield. Disse que estava cansado demais para vir para cá agora, mas pediu para eu pedir a você para ir no quarto dele assim que der porque "está morrendo de saudade". - Steve revirou os olhos e fez aspas com os dedos, sentando no sofá.
-Ele é tão fofo! - Exclamei, sentando ao lado dele.
Nos encaramos.
-E eu não sou, não? - Steve reclamou. - Sabe, eu podia ter ido descansar, mas vim aqui dar atenção para a minha namorada! Eu não fico fofo fazendo isso?
Sorri, sentindo meu rosto esquentar. Quase um ano e eu não tinha acostumado com nenhum dos dois me chamando de namorada. Steve me puxou contra ele, beijando meu rosto, antes de me dar um selinho demorado.
-Eu realmente senti sua falta, sabia?
-Mas você só ficou cinco dias fora, Stee!
-Foram uma eternidade! - Steve bufou. - Ainda mais com o Tony, Bucky e Sam no mesmo ambiente, discutindo de dez em dez minutos!
-Tadinho de você, meu amor! - Debochei, rindo. - Deve ter sido muito difícil mesmo, né?
-Muito! Eu achei que ia acabar perdendo a paciência e enfiando o escudo na bunda de cada um deles! - Steve deitou no meu colo, com a cabeça no meu peito. Levei minhas mãos para o cabelo dele, fazendo carinho. - Hmmm... Isso é bom! Continua, vai!
-Abusado! - Reclamei, mas continuei. - Hey, eu passei o dia com o Bruce há uns dias... Minha mãe fou viajar!
-Jura? - Steve perguntou, fazendo carinho na minha perna. - E foi bom?
-Eu gostei. Foi divertido. Acho que vou fazer isso mais vezes!
-É uma boa idéia, Princesa.
Olhei para meu relógio e Suspirei.
-Steve, eu tô cansada...
-Eu sei. Eu também. Quer dormir um pouco?
Concordei, arrastando Steve para o quarto. Acabamos dormindo cerca de dez minutos depois e é lógico que nos atrasamos e muito. Afinal, acordamos só ao meio dia, quando Yelena me ligou para saber se morri.
Com certeza, eu não tinha morrido mas ter ouvido um sermão de vinte minutos sobre ela saber que eu "não tinha ido em São Francisco para um trabalho atrasado" e mandar "Steve levantar a bunda branca da minha cama e ir trabalhar" me fazia ter vontade de esganar Yelena.
E só por Deus, eu ainda não tinha enganado ela.
Ooie, Pessoal! 💕
Cheguei com o primeiro capítulo da segunda parte da fanfic e, que até agora, é a minha favorita. Afinal, não teremos apenas romance: Teremos brigas, surpresas, mistérios, ação (a fanfic tava paradinha, né?), aproximação entre pai e filha... Aí, eu tô amando demais essa parte! 🤗💕
Aliás... COMASSIM JÁ 12K?!?! VOCÊS SÃO PERFEITOOOOS! 😭❤🤧
Obrigada pelo apoio, gente! Eu tô tão feliz que vocês estão curtindo... Continuem comentando e deixando o voto no capítulo que isso me anima muuuito! Hehehe Eu tô parecendo uma máquina de escrever com essa fanfic heheh
Bem, espero que tenham gostado desse primeiro capítulo! Quarta eu volto com o próximo!
Beijos! 💋💋
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