|| VINTE E QUATRO - A LIGAÇÃO - MILEY
Guardo o último prato seco no armário, entrego o pano de prato para ele e o vejo secar as mãos perfeitas distraidamente por algum tempo. Não tiro meus olhos dele durante todo o ato. Nos dirigimos para o sofá da sala ainda em silêncio.
Não falamos muito desde que chegamos, não forcei um diálogo pois achava que ele precisava de tempo, mas agora com ele perdido em seus pensamentos, acho que fiz errado em não pressionar. Com tudo o que aconteceu, não fomos jantar com Daren. O homem após confirmar que faria o que eu pedi, exigiu um jantar ainda essa semana. Acho que ele está carente demais.
Quando chegamos do hospital, pedimos uma pizza e comemos falando um pouco das crianças e informei para ele que havia conversado com Mary. Mesmo que não tenhamos dado um fim a conversa, acredito que ela tenha recebido o recado. Deus, ainda é difícil aceitar que ela tenha sentimentos por mim e por isso eu me sinto culpado. Será que mesmo inconscientemente eu lhe dei esperanças? Afasto esse assunto por agora de minha mente. Sinto que meu namorado precisa de mim focado.
Me jogo no sofá ao seu lado.
Ele suspira massageando as temporas.
- Está com dor de cabeça? Posso pegar um comprimido e água para você. - ele nega suavemente se virando para mim.
- Não é isso. - sorri minimamente. - Eu estou preocupado com você Miley.
Sem nenhuma explicação de sua parte, sei do que está falando.
- Não precisa ficar. - digo simplesmente. - Sei o que estou fazendo.
- Sabe mesmo? - se inclina em minha direção, deixando um beijo suave em minha mandíbula. Os olhos castanhos parecem me implorar que eu o entenda. - Você mandou que uma pessoa fosse seguida hoje. - fecho minhas mãos em punhos.
- Se eu estiver certo, ele é tudo menos uma pessoa meu amor! - seguro seu rosto bem pertinho do meu para que não perca nada. Nenhuma palavra do que vou dizer. Eu preciso que ele entenda. - Você não estava naquele quarto, não viu o quão apavorado ele estava. Acho que ele nem percebeu que estava tão nervoso. - minha voz fica rouca de emoção. A primeira delas é raiva. Eu quero ajuda - lo de alguma forma e vou conseguir.
- Só não vá preso tudo bem?
- Eu não vou! - toco seu nariz, dessa vez ele não se afasta. Ele solta o ar com força de seus pulmões e deita a cabeça em meu peito. - Rose vai ficar bem? - me lembro que só a vi quando fui busca - lo em sua casa para irmos ao hospital.
- Está sim. Ben tem chorado menos a noite e Jenah está com ela. De acordo com a mensagem dela, Hope estava agitada. Seguindo - a por toda a casa, implorando para segurar o bebê. - sorrio com o pensamento.
- Elas a aceitaram sem reservas não é?
- Sim. No início minha barriguda na época era apenas uma estranha para eles. - traça desenhos em meu peito sob minha camisa. - Mas isso não impediu que elas a recebessem de braços abertos. Mas não esperava menos delas sabe? Minhas meninas são demais.
- Elas são. - beijo sua cabeça, aspirando seu perfume. - E sobre Hope, Jenah que se preparare, a menina quer irmãos.
- Jura? - dá uma risadinha.
- Juro. Jenah explicou que não estava pronta para mais filhos agora. Acho que ela aceitou somente naquele momento.
- Acho que ela sente falta, sabe? Ela tem os primos mas Luke muitas vezes não está por perto e Jordan já tem quinze anos.
- Você tem razão. - pigarreio gravemente. - Por falar em Jordan, ele é amigo de Mathias.
- Sério? Então ele deve saber o que está acontecendo com ele não é?
- Talvez! Ele parecia na verdade perdido com a situação toda. - murmuro me lembrando do que aconteceu no hospital.
- Ketlyn me disse semanas atrás que estava preocupada com o filho. - deixa um beijo em meu peito.
- Ele deve estar preocupado com o amigo.
- Claro.
- Sabe o que me perturba?
- Diga.
- O comportamento do pai do garoto. O tal Sandro entrou no quarto com um semblante estranho no rosto. Mas mudou assim que me viu. - James se senta e olha atentamente em meu rosto. - Em seguida, ele agiu como se não nos conhecesse. Ele conversou com Jordan na recepção por alguns minutos e nos viu.
- Ele pode ter memória de curta duração. - dou um olhar atravessado para ele. - O que? Tudo pode acontecer.
- Se você diz. - o abraço enterrando meu rosto em seu pescoço. Deixo um beijo úmido e bem demorado ali. Ele se arrepia todo. - Vai dormir aqui em casa hoje? - quase faço beicinho ou choramingo como um bebê.
- Você quer? - diz de um jeito arteiro, seus dentes castigam seu lábio inferior. Dou um tapa forte em sua bunda, fazendo - o gemer e pular ao mesmo tempo. - Argh, doeu!
- É para doer mesmo e também estou sentindo falta de seus gemidos. - mordo seu queixo. Suas pupilas estão dilatadas e as minhas devem estar no mesmo estado.
- Está sentindo mesmo? - se senta em meu colo bem devagar, acompanho o movimento parecendo ávido. É como ficar muito tempo desejando por um pouco de água em meio a um ambiente árido. Sua bunda perfeita ficando sobre minha ereção muito feliz. Solto um grunhido apertando sua cintura.
- Estou. - me inclino em direção a sua orelha e deixo uma mordida ali. - Especialmente quando o faz bem pertinho do meu ouvido.
Com os lábios macios e carnudos que tanto gosto, me puxa pela nuca e toma sua boca na minha. Sua língua ávida pede passagem e dou com o maior prazer. Meu corpo está queimando e desejando o dele. Não estamos tão intimamente um com o outro desde o dia que fomos na pizzaria. São muitos compromissos e o tempo se torna nosso inimigo. Por isso arranco sua camisa e deixo mordidas desde de seu bonito queixo e desço lentamente por seu peito. Chupo gostoso seus mamilos escuros, deixando por vezes mordidas suaves. Escuto seus gemidos que me deixam ainda mais duro por ele. Meu pau dói desesperado para estar dentro dele.
Não quero me afastar dele, o levando para meu quarto. Depois do dia que tive, só quero me perder em seu delicioso corpo. O qual não mudou nada depois de todos esses anos. Sinto minha camisa ser arrancada de mim, os botões voam para todos os lados. Não estou muito preocupado com isso, quando James roça sua ereção incrivelmente dura contra a mim. Quase me afogo em minha própria saliva, quando minha boca se enche d' água ao desejar leva - lo em minha boca.
Em um piscar de olhos, ele está longe de mim. Quase grito desesperado para te - lo perto de mim novamente. Mas me seguro aí vê - lo rebolar lentamente diante de mim. Desço minha mão por meu corpo e ainda sob minha calça, me acaricio. Abro um pouco mais minhas pernas quando fica completamente nú diante de mim, se ajoelhando com um olhar aquecido e afasta minha mão, substituindo pela sua. Adicionando uma pressão perfeita, o observo extasiado ele me masturbar com desejo crú marcando suas feições fortes. Deixando um beijo sob o tecido, que sinto como se não estivesse com duas camadas de roupas separando seus lábios de mim, ele abre o botão seguido do zíper de minha calça e me pega em suas mãos. Jogo minha cabeça para trás quando sinto o primeiro golpe de sua língua quente. Ele leva seu tempo somente me lambendo como se eu fosse um sorvete que deseja tanto. Mas minha perdição se dá quando ele chupa com força a cabeça do meu pau, me fazendo ver estrelas.
- Oh puta que pariu! - incapaz de suportar mas sem gozar como um adolescente, o ergo atacando sua boca. Ele geme e se posiciona novamente bem no meu colo.
- Não gostou amor? - diz com uma pitada de humor na voz. Solto um grunhido enquanto tento afastar minha calça e cueca mas é uma missão perdida, estou sentado.
- Quase gozei, se quer saber! Mas no momento meu único desejo é te foder com força! Posso? - digo com um sorriso sacana rasgando meu rosto.
- Que pergunta mais idiota! - brinca revirando os olhos. - Eu estou pelado no seu colo, se isso não for uma boa permissão não sei o que é.
Deixo um beijo gentil em sua testa, deixando - o saber que novamente isso entre nós é mais do que uma simples transa. Que é mais que uma união de corpos cheios de desejo. Sou eu amando seu corpo como deveria, doando uma parte de mim de todo o coração. Ele ainda não me disse as três preciosas palavras para mim desde aquele dia. Mas sei que aos poucos vou chegar a atravessar a parede que está entre seu coração e eu.
Quando me afasto um pouco dele, encaro - o e ergo logo dois dedos diante de seus lábios.
- Hum... guloso. - murmura antes de engoli - los e chupar como fazia com meu pau minutos antes.
- Ah Jesus! Você vai me matar! - sua língua rodeia meus dedos. Testo sua entrada, que se aperta em antecipação. Sondo - a e aos poucos penetro ele. Faço movimentos suaves, ele cavalga meus dedos com um sorriso atrevido no rosto.
- Você realmente quer me matar não é?
- Essa é intenção amor. Agora por favor, né fode!
Não respondo de imediato, tentando recuperar meu controle. Não posso entrar de repente assim, posso machuca - lo. Mas ele tira essa opção de mim, quando se ergue por um momento, se posicionando bem sobre meu pau. E senta com rapidez, ambos gritamos. Amasso sua bunda em minhas mãos e seguro pois o apressado tinha começado a se mover.
- James! - digo entre dentes, suor escorrendo por meu rosto.
- Não está doendo. Se move vai!
- Ah caralho! - deixo minha cabeça cair contra seu ombro.
Ele beija meus cabelos e toma a direção. No início é devagar, nossos gemidos são como música para meus ouvidos e alma. Deus, e pensar que fiquei sem isso por anos. Por minha própria culpa. Aos poucos seu ritmo aumenta e logo estou entrando e saindo de dentro dele como se minha vida dependesse disso. Nossos lábios se juntam de forma bruta, dentes e língua se encontrando.
- Mais forte amor! - nos giro e em segundos o tenho debaixo de mim. Suas pernas em volta de minha cintura. O penetro enquanto com uma mão, o pego masturbando - o com rapidez. Ele grita e geme arranhando minhas costas. - Ah! Estou perto!
Aproximo minha boca de seu ouvido, nunca abrandando meu ritmo. Deixo uma mordida bem perto do lóbulo de sua orelha. Ele goza gritando, talvez acordando a vizinhança inteira no processo, mas não me importo. Pois estou seguindo - o, me derramando dentro dele. Estamos respirando pesadamente. Nossos corpos suados e há gozo em todo o lugar mas só quero ficar perto dele. Sentir sua presença ao meu lado ou debaixo de mim, nesse caso.
- Precisamos de um banho. - acaricia minhas costas.
- Não sinto minhas pernas! - o infeliz ri da minha situação. Deixando um beijo casto em meu pescoço diz.
- Que bom, eu também não.
- Hum...
- Miley, precisamos realmente nos levantar, tomar um banho e limpar o sofá.
- Jesus Cristo homem! Espere um minuto.
- Não. Você vai dormir.
- Não vou! - murmuro sentindo o cansaço do dia me pegar.
- Vai sim seu preguiçoso. - dá tapinhas em meus ombros.
Com cuidado saio completamente de dentro dele, que geme com o ato. Nos sentamos lado a lado e suspiramos. Entrelaço seu dedo indicador ao meu entre o espaço que há entre nós no sofá, e digo mais uma vez uma coisa que nunca vou né cansar.
- Eu te amo sabia? - digo não tirando os olhos de nossos dedos juntos. Há silêncio de sua parte e arrisco olhar em seus olhos.
Não há palavras de sua parte. Mas a gentileza e calor em seus olhos diz muito e isso para mim já é suficiente. Só preciso de sua confiança em mim. Ainda temos tempo e tanto eu quanto ele, não vamos a lugar nenhum.
- Quem vai primeiro? - diz suavemente. Minha garganta se fecha. Evito olhar ele novamente. Não posso tomar banho com ele, só de pensar em ter ele no box comigo sentado em um banquinho.
- Eu vou. - pigarreio baixinho quando minha voz quase denuncia minha hesitação.
- Tudo bem! - beija meu rosto e sorri. - Vou limpar nossa bagunça.
Meu banho não é muito demorado, saio somente de cueca encontrando James segurando uma toalha, uma camisa e cueca que acredito pego em meu armário. Enquanto ele passa por mim, mesmo com as muletas, deixo um tapa em sua bunda fazendo - o pular e gritar. Dou risada indo até meu armário. Na frente do qual termino de me secar e visto uma cueca preta.
Me jogo na cama, com as mãos atrás de minha cabeça. Um tempo depois, sinto o cheiro do meu sabonete no ar. Olho para a porta do banheiro e por Deus, meu pau fica duro na hora. Ele não deveria ficar tão bonito usando minhas roupas.
- Bonita blusa! - brinco quando se senta na cama ao meu lado.
- É sua, gostou?
- Em você? - lhe pisco um olho. - Adorei.
- Sobre o que pediu para Daren...- murmura fracamente depois de minutos de silêncio onde somente nossas respirações eram ouvidas.
- Não pedi para que matasse o infeliz. Relaxa!
- Eu sei. Por que ele?
- Por que não ele? - retruco. - Ele já foi um soldado, hoje é segurança particular e é honrado. Posso ter um ciúme filho da puta dele. Mas sei que leva seu trabalho a sério.
- Você não o conhece.
- Não tão intimamente. Mas o pouco que vi na casa de Jenah anos atrás, me mostrou que ele sempre luta pelo certo.
- Só não quero vê - los machucados. - o puxo para que se deite em meu peito, quando ouço sua preocupação em cada palavra dita.
- Não vamos. - me separo dele e abro a gaveta do criado mudo ao meu lado.
Pego o creme que uso todas as noites antes de dormir. Além de manter o coto limpo e seco, é bom manter a pele em volta dele hidratada. Antes que possa derramar um pouco na palma de minha mão, meu pulso é segurado com suavidade.
- Posso? - diz baixinho. Engulo em seco, meu coração disparado. Aceno rigidamente.
- Si - sim...
Com um sorriso pequeno, põe um pouco de creme na palma de sua mão esquerda e a leva até onde é necessário. Não tiro meus olhos de cada movimento dele. Sua mão é tão leve que se estivesse de olhos fechados, não notaria o toque. E como se tivesse criando uma obra de arte, vai massageando a pele em volta do coto delicadamente, espalhando o creme no processo. O gesto tão simples, mas com um peso tão grande, traz lágrimas malditas para meus olhos. Mas seguro, não vou chorar. Não na frente dele. É tão gentil o gesto que é melhor até que o sexo que tivemos na sala. Isso faz - me lembrar o motivo de ama - lo.
É ele por completo. Sua risada alegre e alta, as palavras sempre gentis e firmes quando precisamos, os olhos castanhos que te prendem com uma intensidade sem igual. A boca maravilhosa e seu coração.
Quando termina, beija meu peito e se levanta para lavar as mãos e seca - las. Ele volta e se deita novamente em meu peito, seu ouvido bem perto de onde meu coração bate desenfreadamente em meu peito.
- Boa noite amor!
- Boa noite! - murmuro baixinho.
Com os acontecimentos do dia anterior, achei que dormir seria uma tarefa difícil. Mas foi o contrário. Assim que fechei meus olhos, senti meu corpo afundar e o sono me reivindicar. Tive uma noite de sono ininterrupta mas sem sonhos. E com o corpo quente do meu namorado ao meu lado, tudo se tornou melhor.
Acordo com o cheiro de ovos inundando o ar. Sorrio ao me sentar na cama e estalar minhas juntas. Procuro por ele no quarto mas não o vejo. Um focinho úmido toca minhas costas e gargalho alto. Me viro dando de cara com Bob. Os grandes olhos castanhos me fitam com interesse. Beijo seu pelo macio e com as muletas, vou até o banheiro. Escovo meus dentes, lavo meu rosto e o seco. Em seguida tomo um banho rapido e volto para o quarto. Seco - me e coloco uma calça de moletom cinza gasta, camisa preta e me sento para enrolar a meia de compressão e colocar minha prótese.
Na sala, vejo James com meu notebook no colo. Julieta praticamente dança pela cozinha enquanto canta e faz o café da manhã. Ela me vê, interrompe sua performance e manda um beijo no ar. O pego, levando - o para meu peito lhe dando uma piscadela marota.
- Bom dia luz do dia! - beijo o rosto dele. Ele retribui o beijo e aponta para seu colo.
- Peguei emprestado tudo bem?
- Ele é todo seu! - olho para a tela, vendo que responde a e - mails. - Não estava de licença?
- Sim, mas pelo visto o trabalho não quer sair de mim.
- O café está pronto gente!
- Vamos arrumar a mesa. - faço beicinho. - Não faça beicinho amor! - aperta minhas bochechas.
A porta da sala se abre, revelando minha irmã carregando uma mochila amarela com desenhos de diversas cores. A menina não vê ninguém, a não ser eu. Seu pequeno corpo se chocando contra mim. Ela envolve meu pescoço com seus finos braços e me enche de beijos.
- Isso tudo é saudades? - faço cócegas nela que tenta fugir e ri alto.
- Um monte assim tio! - abre os braços o máximo que pode.
- Eu sinto mais!
- Não, eu que sinto! - enterra o rosto em meu peito.
- Então, a que devo o prazer da invasão? - minha irmã faz careta, passando por mim. Deixa um beijo na bochecha de James e na cozinha em minha amiga. Me ignorando totalmente. - Vai me responder irmãzinha?
- Hoje Drake e eu vamos sair para jantar.
- E?
- E você sabe não é? Comida, suco para mim e eu mont...- tapo meus ouvidos de forma dramática. Ela ri bebendo água.
- Eu não preciso ouvir isso.
- Você quem perguntou!
- Não seja tão literal.
- Você gosta! - me pisca um olho. - Fique feliz, hoje vocês terão uma noite de pijamas.
- Sim, sim tio! - dá pulinhos em meu colo.
- Vamos ter muita pipoca? - acena freneticamente. - Chocolate? Jujuba?
- Não vai encher a garota de açúcar Miley! - balança o dedo em minha direção. Agora sou eu que pisco para ela. - Estou falando sério Miley Sunders!
- Você está ouvindo alguma coisa bebê? - Helena dá uma risadinha negando suavemente. - Eu também não! - gargalho.
- James, por favor! Você parece ser o único adulto aqui. Não deixa eles passarem dos limites?
- Ei! - minha amiga protesta com um sorriso no rosto.
- Só disse verdades! - joga a mochila ao meu lado. E beija muitas vezes a filha. - Mamãe te ama muito. Se comporte ok?
- Também te amo mamãe!
Ela beija meu rosto e logo se despede de nós. James arruma a mesa com um Bob passeando entre suas pernas. Ele ri a cada vez que o focinho dele se choca contra suas mãos em busca de atenção. Helena está muito concentrada em um jogo no meu celular, sua pequena língua no canto da boca a torna mais fofa ainda. Ambos pulamos quando meu celular toca. Ela suspira frustrada por ter seu jogo interrompido mas me entrega o celular. Fico confuso quando na tela vejo um número desconhecido piscar.
Ao atender, sou recebido por uma respiração profunda e o som de um bebê chorando. Fico em alerta no mesmo instante e devagar coloco minha sobrinha no sofá ao meu lado e me ergo.
- Alô? - digo ansioso e nem sei ao menos por que. O bebê chora um pouco mais alto. - Alô! Quem é?
- Eu disse que não precisava de ajuda! - soluça uma voz que reconheço. Ele chora baixinho e tenta em vão acalmar a criança. - Mas eu menti! Menti! Eu...- diz com a voz quebrada. O som me atingindo em tantos níveis. - Por favor! Me ajuda!
13/07/20
Agora vai gente!!!!
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