|| VINTE E DOIS - VOCÊ SERIA? - JAMES
- Então? - a ruiva intrometida quase sobe na mesa onde estamos, parecendo muito ávida por informações.
Dando - lhe um olhar que não informa nada, levo meu tempo mastigando e degustando de minha comida. Ela me dá um olhar atravessado, sabendo muito bem o que estou fazendo. Quase gargalho do seu desespero mas me seguro. Não querendo inalar minha comida no processo. Jenah espera pacientemente, os cabelos castanhos estão longos e em ondas sobre os ombros, a deixando espetacular.
- Você está fazendo de propósito! - bate com a mão aberta sobre a mesa. Ben pula no lugar em seu bebê conforto. - Desculpa bebê, a titia aqui está muito curiosa e seu tio aí não colabora!
- Só te digo uma coisa Mad! - Rose se mete. - Foi bom. - põe a mão ao lado da boca pintada com um batom roxo escuro e se inclina como se fosse contar um segredo. - Ele chegou andando diferente aqui! - mas diz alto saindo uma risadinha no final. Jenah engasga e busca pela taça com água com desespero. A ruiva lhe dá tapas nas costas.
- Então finalmente rolou o sexo selvagem? - não para de bater até até Jenah esteja respirando tudo menos sua comida.
- Pode - se dizer que sim. - digo de forma plana, fazendo - a se contorcer em sua cadeira desejando mais informações.
- E?
- É só isso que terá de mim!
- Não! Você é mau!
- Não sou. Não vou dar detalhes da minha noite maravilhosa. - digo com um suspiro, as cenas do seu corpo junto ao meu, aquecendo meu rosto.
- Gente, olha esse olhar de "fui fodido com vontade"!
- Eu fui, não vou negar. - ela ri alto. Jenah parecendo mais calma sorri levemente para mim.
- Como você se sentiu depois de tudo? - pergunta gentilmente.
Apoio meu rosto em uma mão e com a outra mexo na comida. Eu venho pensando no que foi nossa primeira vez depois de anos. Eu sei que não foi só sexo. Uma junção de corpos em busca de um prazer insano. O ato só confirmou o que eu sabia mas não queria admitir nem para mim mesmo. Nunca deixei de amar aquele loiro abusado, um tanto confuso e impulsivo. Que a confiança que ele mesmo minou aos poucos antes, está sendo aos poucos reconstruida por ele. Pelos seus pequenos atos. Mas o martelo que foi responsável por quebrar a redoma onde me escondi, foi ele ter me beijado em público. Mostrando o quanto realmente mudou nesses anos todos. Que sua mudança é algo além de palavras e sim atitudes. Que são sólidas.
- Se não estiver pronto para responder, nós entendemos tudo bem?
- Nós não entendemos não! - a ruiva diz alto. Rose concorda com acenos frenéticos.
- Mad...- ela bufa tomando um pouco do seu vinho.
- Olha, eu vi vocês se esconderem, lutarem entre si e ficarem longe um do outro. As vezes tinha que escolher qual de vocês iria no aniversário do meu filho que ama vocês dois. Todo e qualquer relacionamento é complicado. Mas quero ver vocês felizes, juntos ou separados. Muitos me vêem como a palhaça do grupo e adoro. Pois a vida é tão curta para sermos sérios o tempo todo. Não quero te pressionar ou algo do tipo. É só que, Miley está firme em te ter de volta. E será injusto você dar esperanças para ele, se não tem intenção de não ter nada sério com ele. - diz de forma muito séria. Engulo em seco, pois nunca na minha vida a vi desse jeito.
Pego sua mão na minha, e aperto com firmeza.
- Fique tranquila amor, eu não sei onde vamos parar. Miley acredita que estamos namorando. - rimos do jeito apressado do homem. - Mas pretendo ser o mais sincero possível com ele. - digo a verdade.
Há uma chama que queima em mim, essa chama clama pelo homem que nunca saiu da minha vida verdadeiramente.
Ela joga os cabelos para o lado, abrindo um sorriso completo.
- Bem, teremos mais sexo selvagem então?
- Mad!
- O que? Ser uma mulher séria cansa sabia! Guarde bem minhas palavras, não é sempre que fico nesse espírito.
Não há como segurar. A risada simplesmente nos escapa e quando me dou conta estou debruçado sobre a mesa arfando e com lágrimas escorrendo por minhas bochechas, quase derrubo a taça onde há um pouco de vinho, que está ao meu lado. Ela me pisca um olho. Estando mais sério, aspiro o ar fresco que nos rodeia no jardim. No início iríamos sair para almoçar mas com Ben ainda tão novo, estamos evitando sair com ele. Rose tem estado muito mais perto de Mad, isso depois da festa de pijama delas onde fizeram um alvo com o rosto de Dimi.
- Como Hope está se saindo no futebol amor? - seu rosto se ilumina ao pensar na filha. A pequena tem a todos nós enrolados em seu dedo mindinho.
- Está indo muito bem. Eu tinha medo dela ter crises durante os treinos. Mas a natação tem feito muito bem para ela. As crises de asma estão menos frequentes, o que é um alívio.
- Isso é bom. Tenho muito orgulho dela por não deixar a opinião alheia parar ela.
- Eu também. Muitos realmente acham que o esporte é só para meninos. Eu não acho isso e é o que importa. Minha filha tendo liberdade para fazer o que gosta é o que conta.
- É isso ai.
- Quando será o primeiro jogo dela?
- Daqui há quatro meses.
- Conte conosco para estar lá.
- Eu sei. - voltamos a comer.
- Você e Dimi? - Mad pergunta do nada. Rose nem se abala no entanto.
- Ele está lá e eu aqui. - aperto meus olhos em sua direção. - O que?
- Nada.
- Aquele alvo que fizemos naquela noite, não foi por que ele era o cara mais agradável do mundo. Vai, fala.
Minha amiga observa o filho no bebê conforto. Toca lentamente suas bochechas rosadas e tenta domar os cabelos escuros que nunca ficam no lugar.
- Não estou pronta para um relacionamento agora.
- Tome seu tempo Rose! - Jenah a apoia.
- Nem sexo sem compromisso? - balança as sobrancelhas ruivas com diversão. Um guardanapo voa em direção ao seu rosto. Ela ri alto desviando do objeto. - É uma pergunta válida. Nem todo mundo quer um compromisso.
- Você está certa. Mas no momento quero focar em cuidar do meu filho e arrumar um emprego para mim. Está na hora de caminhar com minhas próprias pernas.
- Não ligo de continuar sendo suas pernas. - entrelaço seus dedos nos meus.
- Talvez eu possa te ajudar Rose. - minha ruiva entra no modo sério novamente.
- Sério? Eu não ligo de até lavar pratos. Eu só preciso ter um emprego para que eu tenha meu salário com dignidade. - a abraço por seus ombros magros. Sei o quanto seu passado pesa sobre ela e o quanto a envergonha.
- Sim, a secretária do meu marido vai se aposentar daqui a quatro meses. Posso conversar com ele e a vaga é sua. Você tem noção dos programas básicos de computador? - uma nova onda de animação enche ela. É nítida em seu rosto.
- Sim. E se não souber, eu aprendo. Prometo.
- Esse é o espírito Rose. Nunca desistir de seus sonhos, mesmo que para nós estejam tão longe de serem realizados. - se recosta em sua cadeira. - Quando descobri estar grávida de Hope, eu me senti um pouco perdida. Perdi meu namorado que não acreditou que fui dopada e estuprada. Não tive o apoio da minha mãe, que tanto precisava. Na universidade, tinha dias que eu só queria dormir. Ou desistir de tudo. Mas no dia que ouvi o choro da minha filha pela primeira vez, eu decidi continuar sendo forte. Por mim e por ela. Que eu era capaz de criar uma criança e terminar meus estudos. Tive amigos no meio do caminho para isso, minha avó e Dante. - Rose olha com orgulho para Jenah. É uma mulher na qual você pode se espelhar.
- As vezes sinto que não vou conseguir.
- É normal se sentir assim. Você é humana no final de tudo. Mas o que não pude deixar acontecer é se dominar pelo medo.
- Eu não vou! - diz com firmeza.
- Eu sei que não. E vocês tem a nós se precisar de qualquer coisa.
- Você tem a mim criança! - Mad pisca - lhe um olho.
- Você tem a nós amor! - beijo sua bochecha.
- Então finalmente você vai conhecer as crianças do Miley?
- Vou. - sorrio pensando em como vai ser a tarde de hoje.
Miley me convidou para ir com ele contar histórias para as crianças no hospital. No início achei estar ouvindo errado. Mas quando ele continuou me encarando com um semblante sério, esperando por minha resposta, vi que ele não estava brincando. Todo sábado e domingo, ele tira um momento do seu fim de semana para distrair as crianças de suas dores com histórias que são alegres, as distraindo de sua dor e momento se sofrimento. Saber disso lançou uma nova ótica do homem por quem sou loucamente apaixonado.
Me fazendo ver que ele não é só lindo do lado de fora, mas por dentro também. Se doando quando ninguém mais faz.
- Acho muito bonito esse gesto dele sabe? Eu por exemplo nunca tinha me disponibilizado para fazer algo do tipo. Mesmo fazendo doações para instituições de caridade, faltava mais envolvimento entende? Por isso, hoje em dia, eu vou em orfanatos distribuidor brinquedos, contar histórias ou somente dar abraços nas crianças que precisam. Luke ama tudo o que fazemos nos orfanatos. Ele com aquele tamanho todo diz que se sente importante. - gargalho imaginando aquele pingo de gente no meio daquele monte de crianças louco para brincar.
- Ele vai ser um ótimo garoto quando crescer.
- É o que eu mais quero. Ainda tenho medo de estar mimando muito ele por ser filho único. Mas quando ele implora para ver os amiguinhos do orfanato, eu tenho certeza de que estou fazendo um bom trabalho.
- Claro que está. Te disse isso. - Jenah beija seu rosto.
Meu celular vibra em meu bolso. Não consigo segurar o sorriso que quer rasgar meu rosto ao ler o nome do meu amigo piscando na tela.
"Vamos de jantar hoje? Chama o loiro abusado para ir!" Carinho
"Já tem um restaurante em mente?" Eu
"Não estou a fim de sair hoje. É minha folga, quero ficar em casa. Eu vou cozinhar!" Carinho
"Está carente amor?" Eu
"Bem, não tenho seu corpo quente e gostoso para me aquecer. Então, o negócio é ficar com minha mão mesmo 😏!" Carinho
"Não seja um porco!" Eu
Faço careta mas a vontade de rir na não vai embora. Desde que chegou a cidade, nós nos encontramos algumas vezes. De acordo com o que me disse semanas atrás, o caso em que está trabalhando é mais complexo do que pensava. Tanto que além deles estão mais dois de seus colegas na cidade. Ambos lindos demais. Daniel Silver e David Silver.
"Vou falar com Miley!" Eu
"Eu já fiz isso, ele vai falar com você 😎😎😎" Carinho
"Não vou nem me dar ao trabalho de perguntar como conseguiu o número dele." Eu
- De repente o celular ficou mais interessante do que nós mulheres!
- É.
- É o ridículo do Daren!
- Bem, até eu me perderia por aí com esse homem.
[...]
- Então, como foi falar com Daren sem ser entre os dentes? - provoco assim que salto do carro, não dando tempo para que Miley abra minha porta.
- Foi...- passo o dedo indicador sobre o lábio inferior. Uma mania que evidencia que está pensando. Tentando organizar suas ideias.
- Foi? - olho ansiosamente para ele. Eu disse a verdade naquele dia. Daren iria continuar sendo meu amigo. Ele não fez nada de errado para que fosse afastado da minha vida.
- Estranho? - bufo. Dou um pulo no lugar quando sinto sua mão envolver a minha.
Pode parecer bobo para os de fora. Mas ainda me surpreende que ele faça isso com tanta normalidade. Ele continua gritando para o mundo com simples gestos que realmente mudou. Que finalmente está se dando a oportunidade de ser ele. Não tivemos notícias de sua mãe, a não ser por Rachel dizendo que a mulher está acompanhando com afinco sua gestação. Quando me lembro do que ela fez dias atrás, me sobe uma raiva fora do comum. Pois a mulher continua vendo o filho como se algo estivesse errado com ele.
- O que está errado?
- Como? - aperta meu nariz, fazendo - me fugir dele. Mas não vou muito longe por nossas mãos estarem unidas.
- Está muito pensativo.
- Não é nada. - não quero esfregar o clima bom entre nós. - Acho que estou ansioso para conhecer suas crianças.
- Você vai ama - las, pelo que Mary disse ao telefone, elas estão bem dispostas hoje.
- O que estamos esperando então?
- Talvez, eu precise de um beijo como incentivo. - toca os lábios enquanto faz um beicinho. Quase avanço nesse homem para morde - lo.
- Aqui? - ele para, dá de ombros e abre seu melhor sorriso. Aquele que monstra dentes, gengivas e tudo. Que chega literalmente em seus bonitos olhos.
- Onde mais? - enlaça minha cintura com seus braços com força. Meu corpo se moldando ao seu. A temperatura de repente sobe a um nível sem igual. Sua boca toma a minha com fome, ânsia e sua língua quente dança com a minha. - Agora sim, isso foi um incentivo. - joga os cabelos para o lado. Soco sua barriga, tirando seu ar no processo.
- Como você é palhaço. - resmungo tentando não pensar em mil maneiras de despir esse filho da puta gostoso. Há crianças nos esperando.
De mãos dadas, somos recebidos por uma enfermeira de idade muito simpática. Na recepção nos identificamos e logo somos direcionados para a ala das crianças. E como a tal amiga de Miley informou, as crianças estão realmente no seu melhor estado. Todas usam pijamas personalizados. As bochechas estão rubras e há ansiedade em seus olhos.
- Tio Miley! - elas gritam jogando os bracinhos no ar.
- Olá crianças. Sentiram minha falta?
- Não! - ele finge ofegar, levando a mão dramaticamente ao peito amplo.
- Oh, me ajude James! Estou ferido.
As pestinhas gargalham com vontade. Pegando sua bolsa, Miley abre e espalha diversos livros entre eles que estão acomodados em puffs e mantas.
- Esse é o seu James tio Miley? - olho para Miley que tem a decência de corar como um adolescente. O menino minúsculo de cabelos pretos e olhos curiosos aguarda sua resposta.
- Seu?
- Talvez!?
- Você chegou! - de repente estou longe do meu namorado enquanto observo uma mulher um pouco menor que eu, abraça - lo e aperta - lo com muita intimidade.
- Sim e trouxe companhia. Eu disse que traria ele. - o sorriso da tal mulher não é mais caloroso ou nada do tipo. É tão forçado que nem vontade sinto de falar com ela.
- Você seria? - me olha de cima a baixa. O castanho de seus olhos faiscando com algo desconhecido para mim.
- James, o namorado! - jogo diretamente. Algo nessa mulher não está certo. A maneira como ela me olha ou como segura ou abraça Miley é estranho. E não é ciúmes.
- Aquele que também o abandonou quando ele mais precisou? - diz cinicamente. Temos uma segunda Lilian aqui?
- Mary eu já disse que não foi assim!
- Não interessa! - entra no meu espaço pessoal. Faço de tudo para as crianças não perceberem o clima pesado entre nós. - Ele foi embora mesmo assim.
- Mary, aqui não é o lugar! - Miley parece estar perdendo a paciência.
- Eu sei. - muda drasticamente. Pisco uma vez em confusão. - É só que, é difícil aceitar que voltou para ele depois de tudo.
- Como? Olha eu não sou obrigado a ouvir isso. - tento passar por ela. Mas Miley segura delicadamente meu braço.
- Fica meu amor. - se vira para Mary. - Nós já falamos sobre isso. Fui eu quem errou muito com ele. E sou grato pela segunda chance que ele está me dando. E ficaria feliz se você mantivesse sua opinião apenas para si. - ela tem mágoa estampada em todo o seu rosto.
- Eu só quero te proteger.
- Eu sei me cuidar Mary! - diz suavemente. - Agora por favor, deixa isso para lá. As crianças estão esperando.
Sorrindo para ele, beija seu rosto pegando - o de surpresa e nos deixa. Pigarreio.
- Devo me preocupar? - ergo uma sobrancelha em questão.
- Com? - pergunta confuso. Nego suavemente ao perceber o quão lento ele é.
- Ela gosta de você amor.
- Eu também gosto dela. Somos amigos.
- Meu Deus, você realmente não sabe não é? - nega suavemente. - Ela é apaixonada por você Miley.
Ah se James souber que Mary é lelé da cabeça! Eu num digo é nada. Kkkkkk
11/07/20
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro