Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

|| SEIS - POLICIAL MAU - MILEY

Até que as coisas saíram bem entre nós. Para uma história que terminou da pior maneira possível, tivemos um tempo bom e relaxante. Claro que teve sua exigência de não flertar com a loira da mesa próxima da nossa. Eu não estava fazendo nada a não ser retribuir o cumprimento que veio em forma de uma piscadela. Ele tentava disfarçar mas eu via o ciúme queimar seus bonitos olhos castanhos.

Quando mencionei o ciúme, vi tarde demais que foi o botão errado a se apertar. Ele me lançou palavras que eu sabia estarem entaladas em sua garganta tem muito tempo. Na verdade nós ainda não falamos como deveria mas acredito que no momento certo, faremos. Tirando todo o empecilho do abandono que há entre nós. Barreira por barreira. Até não restar nada, a não ser um longo passo para a reconciliação.

Termino de verificar um e - mail do estagiário que tem algumas dúvidas. Esse garoto chegou aqui tem alguns meses e está se mostrando ser muito bom. É habilidoso ao extremo e se não me engano, será efetivado tão logo o estágio termine. Tento me focar no que ele precisa e quase meia hora depois, repasso para ele onde está errando nos cálculos. No final do e - mail peço para que ele passe na minha sala no fim do expediente. Sempre que posso ajudo os estagiários. Eles são jovens e que assim como eu, só querem um lugar ao Sol. E sei reconhecer um bom talento. Um dia também fui um estagiário, cabeça quente e que aprendeu a duras penas que um bom ouvinte tem tudo.

Através das janelas que vão do chão ao teto, vejo a cidade em movimento. A vista era melhor quando eu trabalhava três andares acima, mas com o acidente muita coisa mudou na minha vida. Não que eu não posso subir as escadas. Quando acordei do coma, pensava que seria muito fácil eu voltar a ter uma vida como tinha antes. Mas não. Foi um caminho longo e árduo mas que me mostrou que com força de vontade tudo é possível.

Olho para as horas e vejo que está na hora do almoço. Uma ideia me vem a mente, seguida de um sorriso tão largo que minhas bochechas doem. Desligo meu computador, verifico se as janelas estão bem fechadas, pego minhas chaves, celular e carteira. E sigo em direção ao estacionamento. Sinto os cabelos de minha nuca se arrepiarem e olho para os lados em busca de um observador. Mesmo estando vazio, sei que alguém tem seus malditos olhos em mim. Respirando fundo, aperto as chaves em minha mão. Continuo a seguir em direção ao meu carro mas quase caio sobre minha bunda quando uma viatura de polícia estaciona quase sobre meu pé.

Sem que o policial saia, eu já sei de quem se trata. E o maldito tinha a intenção de passar por cima do meu pé. Bufo cruzando meus braços e espero. Dimitri com toda a sua altura, que se iguala a minha se aproxima de mim, sem uma palavra qualquer de ambas as partes, ficamos nariz a nariz. Posso sentir sua respiração contra meu rosto e ele a minha. Os olhos quase cinzas medem cada centímetro de mim com uma rigidez calculada.

- Então você voltou para a vida do meu irmão. - suas palavras saem neutras.

Mas no fundo daquele olhar eu vejo fogo e ira. Ainda me lembro do soco que levei no maxilar, o qual não revidei por que merecia, depois de dizer para James que iria me casar. Aquela porra de dor me acompanhou por muitos dias. Mas ainda assim não tenho medo dele e nunca vou ter. Me mantenho calmo. O cara tem uma arma e não quero ser preso por agredir um policial.

- É o que parece! - sorrio lentamente. O gesto parece incomoda - lo.

- A língua continua afiada como sempre.

- Não posso negar.

- Tudo para você parece uma brincadeira não é? - grunhe parecendo perder a calma. Ergo uma sobrancelha divertido.

- Se você diz.

- Olha aqui cara! - bate no meu peito. Eu recuo quase caindo por não estar preparado. O falso ar despreocupado se esvai de mim como água no ralo. - Eu só vou te dar um único e maldito aviso: se machucar meu irmão de novo...- a última palavra sai como veneno de seus lábios. Olha para o céu por um instante. Voltando a me fitar. - Pode ter certeza que te mato e ninguém nunca mais vai achar seu corpo. - diz lentamente. E eu apenas sei que cada palavra é verdade. Sorrio friamente. O olho de cima a baixo.

- Você pode ser a porra de um policial, o papa e até o diabo! Mas não venha falar comigo usando sua maldita farda de bom policial e uma arma.

- Cuidado com suas palavras rapaz! - aponta seu dedo na minha cara. Meu temperamento está indo para a puta que pariu e não me importo. Dou um tapa em seu dedo, jogando - o longe. Suas narinas se dilatam.

- Cuidado você com suas atitudes. - rosno. Quase socando sua cara. Mas me contenho por dois motivos: ele é um policial e irmão do homem que amo. - Não que seja da sua conta. Mas amo seu irmão.

Ele ri como se tivesse ouvindo uma ótima piada. Eu sei que mereço essa desconfiança. Mereço muito mais. Mas não dói menos ter seus sentimentos desdenhados desse modo. Como fizeram a minha vida toda. Ainda que inconscientemente. Aperto minhas mãos em punhos e tento respirar de forma controlada.

- Ama tanto que o deixou quebrado anos atrás.

- Não tenho que me explicar para você! - tento passar por ele. Mas seu grande corpo me impede. Mais uma vez sua mão vai para meu peito.

- Tem! Pois ele só tem a mim nessa vida. Eu sou a porra do escudo dele. E se tiver de protege - lo de você, eu farei. - as palavras são ferozes.

E tenho um pouco de respeito por ele. A farda azul escura brilha no Sol de meio - dia. Ele se parece com James mas diferente da doçura que há no olhar do irmão. Dimitri tem os olhos de quem já viu muito nessa vida. Coisas que lhe arrancamos a esperança na humanidade. Sei o que é tentar proteger quem você ama. Rachel teve essa mesma reação de mim quando conheceu Drake. Seu marido. Claro que não fui com uma arma pronto para atirar no filho da puta. Mas deixei meu recado de que se ele pisasse fora da linha, iria se ver com meus punhos. No fim somos apenas irmãos preocupados. Não queremos uma parte de nós machucados por qualquer um.

- Não vou machuca - lo. - digo sinceramente. É a mais pura verdade. A última coisa que quero é feri - lo de alguma forma. Seus olhos claros ficam no meu rosto por tanto tempo que quase me pergunto se o homem sofreu um derrame bem na minha frente. Mas ele pisca, parecendo estar convencido de algo.

- Bem, estou no meu horário de almoço. - dá meia volta e entra em seu carro. Arrancando com força. Mais uma vez quase massacrando meu pé. Isso só prova que ele fez de propósito.

- Filho da puta! - recebo seu dedo do meio, pela janela.

Balanço negativamente minha cabeça e chego em meu carro. Me sento ali e fico olhando para o nada. Buscando me acalmar. Com meu temperamento normalizado, coloco meus óculos escuros e dou partida. O escritório onde ele trabalha não fica muito longe do meu, com a cidade em constante expansão. O número de engenheiros civis só cresce. Então emprego não nos faltará. Procuro uma vaga no estacionamento semi ocupado. Ao contrário de onde trabalho, o local onde James está desde que voltou da Califórnia é um escritório novo. Sendo referência em sua área na cidade onde morava anteriormente, não hesitou ao começar de novo em um local que é novo. Seu coração não é regido pela ambição. E por isso sou grato.

Saio do carro e me encostando nele, cruzo meus braços e espero. Primeiro eu ouço sua risada e então o rosto lindo aberto em um sorriso doce. Começo a caminhar em sua direção mas travo quando vejo com quem está. Minhas juntas ficam brancas tamanha a força que faço quando aperto minhas mãos em punhos. O filho da puta é o primeiro a me ver. Me lança um sorriso completo e pega o celular no bolso traseiro. Diz uma palavra ou duas e se despede de James. Que por sua vez não entendeu nada.

Daren passa por mim, me dando um olhar de aviso. Que recebo com um de igual intensidade. Mais um para me ameaçar pela segunda vez na porra desse dia. Mostro meus dentes para ele, que entra no carro que está estacionado na frente do meu.

- Hum....o que está fazendo aqui? - indaga mas sua atenção todinha está no carro do amigo que desaparece na esquina. Pigarreio gravemente. O olhar castanho gentil me fita. Mas agora há cautela ali. Nada da leveza de segundos atrás. Merda.

- Vim te buscar para almoçarmos naquele italiano...- deixo no ar. Ele bufa.

É o restaurante que costumávamos ir sempre quando estávamos juntos. Sei que estou mexendo em uma ferida recém aberta mas quero lembrar dos nossos tempos onde não havia essa parede de gelo entre nós.

- Não! - diz firmemente. Pisco uma vez.

- O que?

- Sei o que está tentando fazer. E te aviso aqui e agora: não vai funcionar. - passo a língua por meus lábios repentinamente secos. Ele pega o movimento mas desvia o olhar.

- O que estou tentando fazer? - ergue o queixo em desafio e por um momento quero morder bem ali. Para arrancar o gemido que é só dele.

- Voltar ao que éramos. E não é possível. Não daquele jeito...- seu rosto se amassa com uma careta. - Não...- me aproximo para tocar seu braço, ele recua. Engulo em seco.

- Tudo bem, sem italiano. - tento sorrir. - Abriu um tailandês aqui perto. Topa? - ele não responde por um segundo mas tentando se recompor, acena levemente.

- Vou no meu carro. - tenta dar a volta por mim. Hoje não.

- Vamos no meu. - ele já está negando antes mesmo de terminar a frase.

- Miley...

- Não vou te matar na próxima esquina homem! - digo exasperado.

- Não é isso seu grosso! - bate o pé no chão.

- Então está decidido! Vamos juntos, juro te entregar inteiro para que volte a trabalhar. - pisco um olho. Socando meu ombro, entra batendo os pés com força no chão. Não consigo frear o sorriso no rosto.

- E pare de sorrir assim! - quando coloco o cinto de segurança e foi partida, ele grunhe.

- Não consigo! - pisco - lhe um olho, jogando minha cabeça para trás rindo alto.

Revirando os olhos, olha o tempo todo para a paisagem do lado de fora, conforme abro caminho pela rua. Durante o percurso penso uma vez ou outra no diálogo um tanto agressivo que tive com seu irmão. Não o julgo mas é como eu disse para ele. Que quando estivesse sem sua farda, ele poderia vir falar comigo. De homem para homem. Intimidação não funciona comigo. Posso ter todos os defeitos, mas não venha me ameaçar.

Um vibrar corta o silêncio entre nós. De relance vejo - o olhar fixamente para a tela do celular. Um gemido deixa seus lábios, os dedos indicadores vão para as temporas. Bem, ele está envergonhado. Escuto quando se vira em seu lugar, o banco rangendo baixinho sob seu peso.

- Meu irmão foi te ver! - murmura fracamente.

- Sim. - não forneço nenhuma informação a mais. Ele se contorce em seu lugar e quero rir mas me seguro.

- Por favor! Só me diz que ele não enfiou uma arma na sua cara.

- Não. Mas quase que meu pé não sai ileso disso. - tento aliviar o clima.

- Me desculpa. Por favor!

- Não se desculpe. Eu no lugar dele faria a mesma coisa.

- Quase passar por cima de um homem? - diz sarcasticamente. Gargalho mais uma vez.

- Não. Dar um pequeno aviso. Drake não escapou desse momento.

- Vocês são impossíveis. - suspira baixinho. - Ele te machucou Miley? - diz totalmente sério agora. E no meu interior queria fazer a caveira do irmão idiota. Mas me contive.

- Fique tranquilo, no fim deu tudo certo.

- Eu não teria tanta certeza! - o restante do caminho é feito mais uma vez em silêncio. Mas esse não é denso. É leve e relaxando em meu assento, nos levo para o almoço.

Foram os sessenta minutos mais felizes da minha vida desde o acidente. Nós rimos, contamos um pouco do que fizemos nesses anos todos longe um do outro. De nossos trabalhos e por esse tempo limitado, sai da área cinzenta onde minha vida fica na maioria das vezes. Sorrindo com ele ou apenas saboreando de uma ótima comida. E no fim do almoço, quando pedi a conta fazendo questão de pagar e leva - lo de volta para seu trabalho. Percebi que posso fazer isso mais vezes. Que a vergonha que sentia no passado quando saíamos juntos não mais existe. Que após derrubar todas as paredes que ele levantou especialmente para mim, podemos sim ser felizes. Sem o medo de nos destruir.

Após deixar o escritório, chego em casa com o mesmo maldito sorriso. Bob se enfia entre minhas pernas e quase me derruba no processo. Mas nem a possibilidade de cair de cara no chão diminuiu minha alegria. Me jogo no sofá, o cão que parece mais um urso se joga sobre mim sem um pingo de educação. Sua enorme língua quase tomando todo o meu rosto ao me lamber. Gargalho tentando sair de seu ataque.

Bob veio para mim ainda filhote. Não queria um cão muito grande. Pois sempre tive medo. Mas escondia muito bem. Poe, o cão do idoso da minha amiga é grande mas meu cão supera. Pensei em devolve - lo para o abrigo do qual o adotei quando percebi o quão grande ficaria. Mas desisti assim que cheguei em casa e seu grande corpo se chocou contra o meu. O bichinho não tem noção da força que tem mas é tão ou mais carinhoso que um cão minúsculo. Decidi ficar com ele e não me arrependo. Deixo uma carícia atrás de sua orelha e vou tomar um banho. A bolsa que sempre levo está pronta.

Como não queria ir de carro, peço por um táxi. Chego no hospital perto das seis da tarde. Não é meu dia de estar aqui. Costumo vir geralmente aos sábados e domingos. Mas preciso espalhar minha pequena alegria para esses pequenos. Quando eu finalmente tirei o pau da minha bunda, percebendo que não era o fim. Passei a dedicar um pouco do meu tempo para crianças que conseguem sorrir através da dor. Contando histórias para eles, consigo proporcionar um pouco de normalidade para eles.

Na recepção encontro com Mary, a mulher que foi minha enfermeira pelo tempo que fiquei aqui. A abraço apertado beijando seu rosto. Os cabelos pretos estão presos em um coque alto. Seu sorriso luminoso reflete o meu. Ela me entrega o crachá dos voluntários e me guia pelos corredores tão familiares. Dolorosos e felizes.

- Vai me contar o motivo desse seu sorriso?

- Um lindo sorriso não acha? - aponto o dedo para meu rosto e me gabo. Ela gargalha baixinho.

- Sim. Mas queria saber o motivo. - me observa atentamente.

- James....- murmuro. Ela força um sorriso.

- O cara que te deixou com você ainda numa cama de hospital? - trinco meus dentes. Nos conhecemos em um momento crítico para mim, mas ela não tem o direito de julgar o homem que amo. Tento dizer o mais calmamente possível.

- Eu o mandei ir embora Mary. Não se esqueça disso.

- Quem ama de verdade, não abandona o outro desse jeito. - meu sangue esquenta.

- Naquele momento não estávamos preparados para nada sério. Bagagem demais.

- E agora estão? - grunhe parecendo perder um pouco da compostura. Seguro - a pelos ombros e faço com que olhe para mim.

- Não sei. Só o tempo dirá.

- Miley...- a solto lentamente. Volto a andar. Ela me acompanha em silêncio.

- Sei o que estou fazendo! - afirmo para mim e para ela. - Como elas estão hoje?

Sua atenção está em seus sapatos brancos. Quando ergue o rosto novamente. Toda a irritação foi embora. A Mary que conheço está de volta.

- Algumas dormem por causa da medicação. Mas Jhonny está acordado.

- Como está o tratamento dele?

- Progredindo. - seu humor vacila assim como o meu.

- Só vou dar um abraço nele para não cansa - lo e no sábado volto.

- Estaremos esperando por você. - me abraça de lado.

Encontro Jhonny assistindo TV. Os olhinhos escuros fixos na tela. Está sendo exibido seu desenho favorito. Assim que me vê na porta do quarto, se agita. Mas fazendo minha melhor expressão travessa, pressiono meu dedo indicador contra meus lábios, pedindo silêncio. Ele ri fracamente atrás de sua mão minúscula. Me sento na cadeira perto de sua cama, olhando para trás dramaticamente.

- Fica frio tio Miley. Estamos sozinhos. - levo minha mão ao peito, em falsa surpresa. Seus dentinhos pequenos aparecem através da risada silenciosa.

- Então estamos a salvo? Seu médico me dá arrepios. - finjo estremecer.

- Aqui é nosso forte lembra? Nada pode nos assustar.

Sorrio e seguro sua mão na minha. Está tão gelada mas somente ficamos ali. Com ele narrando o episódio inteiro para mim, como se eu não estivesse assistindo também. Mas não reclamo. Há dias tão ruins que ele não fala uma palavra sequer e ouvir sua voz nesse momento, é meu maior presente.

15/06/20

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro