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|| DOIS - O REENCONTRO - JAMES

Com tudo o que há em mim, sigo com minha péssima atuação de "não estou nem ai para você." De costas eretas, movimentos calculados e sorriso congelado em meu rosto, dou ou tento dar atenção para as palavras de Daren. O homem está a trabalho aqui em Portland e nem bem tinha posto os pés aqui e já me ligou, exigindo ter um jantar comigo. O que não recusei por dois motivos. O primeiro deles era a saudade absurda que estava sentindo dele. E o segundo mas não menos importante, era a comida maravilhosa que esse restaurante serve. Claro que ignorei com sucesso o fato desse lugar, ser o preferido daquele canalha. Moramos na mesma cidade, o que se torna impossível não nos encontrarmos uma vez ou outra. E nem me lembre dos aniversários das crianças. Mas nesse tempo todo que estou morando aqui, isso não aconteceu de fato. Até hoje.

Eu poderia ter continuado a morar na Califórnia, mas chegou um tempo que vi que simplesmente lá não era meu lugar. Minha família e amigos estavam aqui. Meu maldito coração fodido estava aqui. Mesmo eu negando até a morte.

Só me restava me conformar que ele nunca iria dar um passo para sua própria liberdade e eu seguiria com minha vida. Mas não, o filho de uma boa mãe tinha que estar no mesmo restaurante que eu hoje. Deus, quando fomos guiados pela hostess muito simpática em direção a nossa mesa, quase dei meia volta e sai do lugar. Mas minha boa educação não me permitiu e eu tinha um homem  muito gostoso para jantar comigo.

Olhando para Daren, tento gravar cada linha rígida de seu bonito rosto. Os lábios finos mas que são de um tamanho proporcional ao seu rosto, nariz com uma quase imperceptível curva, queixo em um formato triangular e tinha seus olhos. Eram de um cinza quase liquido. Não que sua aparência seja somente o que me atraiu nele. É seu jeito leve, quase infantil de levar a vida.

Quando o conheci, não esperava por um relacionamento e nem ele. E anos depois estamos aqui, com nada entre nós, além de uma bela amizade, um pouco colorida as vezes  mas é algo só nosso. Sorrio levemente e tento ver o que as outras pessoas veem quando olham para nós.

Para os de fora somos vistos como um casal perfeito. Um dia quase nos tornamos um, mas vasculhei dentro de mim pela chama poderosa que um dia senti pelo meu melhor amigo. Mas não a encontrei, constatando tristemente que ele tinha levado junto com ele, quando deixou meu apartamento para seguir a vontade da mãe.

Se casando com sua amiga de infância. Aquele foi o pior dia da minha vida. Foi quando constatei que não era tão importante para ele. Foi quando também, decidi deixar ele ir. Mas isso não durou por muito tempo.

Seu acidente me levou em direção a ele novamente. Sinto meu coração se comprimir em meu peito quando imagens de Miley  naquela cama de hospital, pálido e parecendo estar morto ao invés de estar passando por um coma, me acertam com força.

Tomo um gole de vinho, sentindo minha garganta subitamente seca. Mas então, como se tivesse sendo atraído por um maldito imã, minha atenção se volta para a mesa deles. E desejei não ter feito. Eles parecem estarem tão perto um do outro. E não digo apenas fisicamente. É algo mais. Uma ligação que sempre me causava uma certa inveja quando estávamos juntos.

Sem me conter solto um pequeno suspiro, que parece ter sido ouvido por ambos, que se viram em minha direção. Julieta, com seus grandes e belos olhos castanhos, não mantém o contato visual por mais do que alguns segundos, seu rosto perfeito se tornando escarlate. Mas ele não. O infeliz parece me desafiar a desviar o olhar primeiro. Não faço e para meu desespero como em câmera lenta, o maldito sorriso de lado começa a nascer bem na lateral de seus lábios carnudos.

Um toque suave me arranca do concurso de encarada. Me viro sorrindo forçadamente para meu amigo mas não antes de ver o seu sorriso estúpido desaparecer. Como se ele tivesse algum direito. Reviro meus olhos.

- Sabe, seu sorriso é tão bonito! - olho um pouco atordoado para seu rosto perfeitamente barbeado.

- Hum... Obrigado? 

- Mas não esse que toma todo o seu rosto.- faz uma careta, quase me inclino por sobre a mesa para apertar suas bochechas e tomar sua boca na minha mas me contenho. O homem não fica feio nem com uma carranca em seu rosto. - E é mais falso que os peitos de minha tia.

- Sua tia tem peitos falsos? - seguro um sorriso verdadeiro agora. Pisco uma vez rindo e me dando conta do que ele disse. – Palhaço, você não tem uma tia!

- É desse que eu gosto. - me pisca um olho cinza em minha direção. - Se quiser podemos ir embora carinho. -  fica sério na certa sentindo minha apreensão, mas nego suavemente.

- Eu não vou embora só por causa dele! - digo entre dentes, enfiando o garfo com força demais na carne. Seus olhos pegam o movimento e agora é ele que se segura para não rir.

- O homem não para de olhar para você. E não tiro a razão dele, você está muito gostoso hoje. - reviro meus olhos nem um pouco afetado por suas palavras.

- Que ele morra engasgado com a comida dele e quem sabe a namoradinha dele não o ajude. – disse amargamente. Tão amargo que me auto recriminei em ter soado tão afetado. Tanto tempo sem ver esse maldito que mexe comigo mais do que o recomendável e aqui estou eu secretamente me roendo de ciúmes.

- Olha, acho que preciso te acalmar! – o tom rouco de sua voz não me passou despercebido.

- Não precisa! - sinto minha garganta seca e a boca cheia d'água. Senti falta da boca e língua divina desse homem.

- Quem sabe alguns beijos? - faz beicinho.

- Você, seu safado! Só quis me ver para abusar do meu corpinho! - brinco apontando o garfo em sua direção.

- A comida daqui é ótima também. - dá de ombros.

- Só me esqueci que agora moramos na mesma cidade. - murmuro bebendo um pouco do meu vinho. Nós nos evitamos como pudemos, penso que fizemos um bom trabalho até hoje.

- Vocês formam um bonito par! - com sua declaração, acho que entrou vinho em meus pulmões. Engasgo com a bebida escarlate e logo o tenho atrás de mim, sua mão batendo com força em minhas costas. - Jesus carinho! Respira!

Quase todo o restaurante está focado em nós. Sinto meu rosto arder de vergonha e tenho vontade de me enfiar sob a mesa, assim como fez o pequeno Luke na semana passada. Minha amiga não sabia se ria ou chorava quando em seu momento de se esconder, o garotinho levou tudo que havia sobre a mesa consigo.

- Está melhor? Tome um pouco de água, vai ajudar.- lhe dou um olhar atravessado.

- Isso é culpa sua! Tanta coisa para falar. - jogo o guardanapo na sua direção.

- Bem, vocês não param de se comer. Ou se resolvem ou se separam de uma vez. – cruza as mãos  atrás da cabeça. Sua postura como sempre relaxada.

- Estamos separados! – digo o obvio quando consigo respirar sem sentir o gosto do vinho tão intensamente.

- Puff! Se você diz!

- Se continuar com esse assunto, não vai ter acesso a esse corpo maravilhoso!

- Você não teria coragem! – diz com falso horror. Gargalho de sua expressão facial.

Estava tão distraído com ele que não notei o clima do restaurante mudar até começar a ouvir gritos. E estavam muito próximos a nós.

- O que está fazendo aqui sua assassina! – grita uma mulher de porte altivo, roupas de marca, cabelos loiros que lhe chegavam até os ombros delgados. E era contida por um homem negro, tão ou mais alto que Miley.

Julieta chorava abraçada a ele, o rosto delicado enterrado no peito largo dele, que lançava olhares mortal em direção ao casal. Tive um sentimento em relação a ela, que nenhum ser humano merece: pena. Pois diante de todos estava uma mulher quebrada além da conta. Daren olha para a situação em alerta, na certa pronto para intervir se algo saísse do controle.

- Não acha que já é o suficiente Rebeca? – vocifera Miley e nunca o vi tão nervoso. Como se tivesse ouvido uma ótima piada, a mulher ri alto, choro misturado aos seus xingamentos.

- Você é outro covarde! Assim como ela, não é capaz de se assumir de verdade! Me diz, o homem que abandonou está vivo ou se matou como fez minha irmã?

Senti como se tivesse levado um tapa. Me colocando de pé rapidamente, assim que o segurança chega e tenta dar fim a discussão, peço pela conta. Mesmo um pouco temeroso pelo fato da discussão ter adquirido um nível intenso, o garçom se aproxima da nossa mesa e como sempre acontece, rachamos a conta. Deixo o restaurante sem olhar para trás, mesmo que meu coração grite para que eu faça. Assim que o ar frio da noite bate contra meu rosto, eu percebo que fiquei sem respirar. De alguma forma suas palavras me afetaram mais do que deveria.

Me fazendo pensar nas pessoas que além de mim sofreram com as escolhas de ambos. Quando soube do casamento pela boca do próprio Miley, eu senti tanta tristeza por perder alguém que tinha escolhido agradar a família a ficar comigo. Ele não estava negando somente a mim, mas a si próprio também. E ouvir as palavras em um tom tão sofrido e odioso da boca da mulher, me fez pensar naquela época. Era como se só eu estivesse sofrendo. Mas claramente havia mais pessoas envolvidas nessa história e uma delas tirou a própria vida. Esfrego ambos os meus braços, me sentindo frio de repente.

Braços me envolvem e logo seu perfume assim como sua presença me confortam.

- Vem, vou te deixar em casa!

- Mas seu hotel fica no lado oposto de onde moro. – digo suavemente.

- No momento você precisa de um banho, roupas confortáveis e uma boa noite de sono. – murmura sobre minha cabeça. Em passos lentos, nos leva até onde estacionei meu carro. Quando estamos prontos para ir e ele coloca o carro em movimento, me viro prestando atenção no seu perfil.

- Desculpa se a noite não saiu como você esperava.

- Adoro seu corpo carinho, mas acima de tudo somos amigos. Seu bem estar emocional vem muito antes do meu tesão por você! – diz sendo como sempre brutalmente sincero.

- Eu sei! – me viro e observo a rua passar por nós lentamente. Quase quarenta e cinco minutos depois, ele estaciona suavemente em frente a minha casa. Nenhum dos dois fazemos menção de sair. – Entra comigo? – há um segundo ou dois de silencio.

- Tem certeza? Onde está Rose? – um sorriso involuntário se abre em meu rosto.

- Absoluta! E pode ficar tranquilo, ela está na casa do meu irmão.

- Oh, finalmente resolveram se assumir? – ri baixinho ao saltar do carro.

- Ainda não sei. Eles não me dizem muita coisa.

Dando a volta, abre a porta do meu lado e juntos caminhamos em direção a minha casa. Como de costume, o homem entra primeiro e verifica se está tudo seguro. Se sentindo satisfeito, me autoriza a entrar.

- Aqueles dois são a versão hétero sua e de Miley. Dois teimosos.

- Miley fez a escolha dele anos atrás! – bufo e me jogo ao seu lado no sofá. O homem já está descalço e sem sua camisa. Os músculos me tentando.

- Ele deixou a amiga no altar e foi atrás de você, não se esqueça! – um gosto amargo toma minha boca.

- Acredite, não vou esquecer nunca.

- Você não teve culpa, você sabe sim?

- Ele se acidentou ao vir atrás de mim. – fecho meus olhos tentando expulsar a imagens de sua figura estendida naquela cama de hospital.

- Não temos controle de nada nessa vida carinho. Por isso não tinha a menor chance de você ao menos advinhar que um motorista muito doidão bateria na lateral do carro do seu amor.

- Ele não é meu amor! – ao invés de rebater minha afirmação muito acalorada, ri apertando em um ponto especial na base do meu pé.

- Não tenho roupas aqui.

- Pare de ser um safado! Você tem roupas suas aqui.

- Eu tenho, é verdade! O que acha de tomarmos um café da manhã juntos amanhã?

- Claro! Vou aproveitar que está aqui e te curtir muito! – aperto suas bochechas, fazendo – o grunhir.

Ficamos conversando um pouco mais na sala. Minha mente as vezes voltando na situação nada confortável no restaurante. Peguei uma cerveja para nós na geladeira, fazendo uma nota mental para comprar mais dessas. Meu irmão acha que minha casa é um bar, por isso ele vem quase toda sexta – feira após seu turno e se instala no meu sofá. Meu irmão nunca mais foi o mesmo depois de Claire, mas é bom te - lo na minha casa. Ele ficou longe por um tempo, mas logo se aproximou. Se tomar cerveja em minha casa toda sexta - feira, o deixa perto de mim. Que assim seja.

Arrumo o quarto de hóspedes para Daren e vou tomar um banho em meu quarto, deixando – o tomar o dele. Vestindo somente uma camisa solta e uma cueca boxer vermelha, me deito para dormir e sem minha permissão, seu rosto toma meus pensamentos. E pelo menos em minha mente, ele pode ser meu.


Mais um genteeeee.


Para quem não se lembra em Hope, esse é Daren Williams.

14/06/20





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