|| DEZOITO - PEQUENO BEN - JAMES
O choro alto e agudo de Ben atravessa minha névoa de sono, me sentei esfregando meus olhos. Olho ao redor meio perdido e quando escuto sua mãe chorar junto com ele, corro rapidamente para meu banheiro, escovo meus dentes e lavo meu rosto torcendo para a água me despertar de verdade. Seco meu rosto e mãos e coloco minha calça de dormir fina e indo em direção ao seu quarto. Encontro - os quase em desespero. Rose usa uma blusa pelo avesso, os cabelos lisos antes perfeitos estão parecendo um ninho de ratos, a expressão cansada denuncia que assim como eu, não tem dormido tão bem.
Ela não me pediu, mas mesmo assim tirei algumas semanas de férias. Tinha duas acumuladas na casa, para dar todo o suporte que ela iria precisar. Ambos somos novos nessa coisa de criar um bebê, mas juntos estamos aprendendo. E tivemos uma enfermeira conosco nos dois primeiros dias para nos dar um auxílio, também. Tudo o que eu puder fazer por eles farei. Ben é meu afilhado, se ele precisar do mundo. Eu darei. Sua mãe é minha amiga, a qual também considero como uma irmã que nunca tive. Estarei aqui para ela sempre que precisar. Então, estamos ambos com noites não dormidas.
Enquanto seu bebê chora a plenos pulmões, ao ponto de suas bochechas ficarem completamente rubras, ela tenta lhe dar de mamar, mas ele não pega, seus pequenos punhos estão fechados com força. Lágrimas estão escorrendo por seu rosto. Com o coração apertado em meu peito, pigarreio baixinho. Mas ela não me ouve, está muito ocupada tentando entender o que nosso príncipe quer.
- Deixa eu pega - lo um querida! - me inclino e passo meu dedo pelos cabelos pretos como a noite dele. Ele faz beicinho.
- Ai Deus! Eu não sei mais o que fazer! - entrega ele e alerta os dedos no colo em seguida. Ben fica quieto por um segundo ou dois para logo voltar a chorar. Seu minúsculo corpo se contorcendo todo em meus braços.
Rose se ergue, é tão diferente vê - la sem aquela barriga toda. Vê - la sem o ventre inchado, me dá a impressão de que ela perdeu algo. Mas ela só ganhou. Com uma semana após o parto que teve duração de quase vinte e sete horas, ela está novamente no que acredito ser seu corpo de antes da gravidez. Pegando seu rosto com uma de minhas mãos livres, limpo suas lágrimas com suavidade.
- Calma amor! - a abraço de lado. - Já viu se ele tem febre, cólica ou...
- Eu...eu não sei. Já vi se está com febre, mas graças a Deus não.
- O que acha de se sentar um pouco? - aponto suavemente para a poltrona branca com detalhes verde água que escolhemos juntos meses atrás.
- Tudo bem! - acena fungando profundamente.
Já instalada, observa - me andar calmamente pelo quarto com Ben. Que já não chora tanto mas somente resmunga fazendo beicinho. Nesse meio tempo consigo verificar se sua fralda guarda alguma surpresa e massageio sua barriguinha. Ele só se retorce um pouco parecendo sentir cócegas mas não chora mais.
- Acha que sou uma péssima mãe? - paro no meio da minha caminhada. Vou até ela e acaricio seu rosto.
- Claro que não! Tudo é novo para você amor! E também para mim. Afinal de contas sou o padrinho dessa delícia não é?
- Você é mais do que isso para ele James. - me dá um sorriso sincero. - Você me salvou. - beija a palma da minha mão, levando - a até sua bochecha ainda úmida. - Você nos salvou. Serei grata por isso até o fim da minha vida.
- Eu só fiz o que era certo. - dou de ombros.
- Fez mais que isso. Me deu uma nova chance e isso não tem preço.
- Para mulher! Fiz o que todo ser humano decente faria. Ajudei alguém que precisava.
- Você não entende meu amigo?
- O que? - pergunto genuinamente curioso.
- Nem todo ser humano é decente.
- Infelizmente nisso você tem razão. - faço careta. Penso em quanta maldade há nessa terra. Roubos, mortes, inveja, preconceito. As vezes penso que nós seres humanos não passamos de gente cheia de ódio. Suspiro olhando para o bebê que agora dorme em meu peito.
- Ele dormiu. - diz aliviada.
- Acho que ele estava querendo o colo do padrinho dele. É dos meus, exigente.
- Exibido. - deixa um tapa fraco em meu ombro.
- O que posso fazer se ele gosta do melhor?
- Você reclama do loiro lindo mas é igualzinho a ele.
- Nem tanto. Aquele homem se acha demais! - finjo um aborrecimento que não tenho.
Esse Miley disposto a fazer de tudo para recuperar nosso tempo perdido é novo para mim ainda. Tento pisar com cautela nesse novo caminho que estamos trilhando seja como amigos ou o que quer que nós sejamos. Mas ele com o jeito apressado de ser, tem outros planos. Não que eu esteja reclamando. Só tenho um certo receio de tudo dar errado em algum momento.
Quando disse muitas semanas atrás que não era possível voltarmos ao que éramos era verdade. Não podíamos e eu não queria. O que havia entre nós era um arremedo de relacionamento. Que era escondido de tudo e de todos. E que só me fazia sofrer. O fazia padecer também em silêncio.
Agora com ele sem o peso de apresentar uma imagem para as pessoas em sua vida, que de alguma forma queriam molda - lo a sua maneira. Ele é alguém novo. A mesma essência brincalhona, as vezes debochada e irônica. Um pouco impulsivo mas é algo dele.
Meus lábios ainda sentem intensamente o formigar do beijo que trocamos na porta da minha casa. Ainda sinto a alegria de finalmente conhecer a irmã formalmente, sem máscaras ou mentiras. A satisfação de sairmos juntos e realmente curtirmos o passeio.
Nunca vou esquecer como foi nosso passado. Impossível. Tantas pessoas se machucaram em tantos níveis. Eu continuo amando - o mas minha confiança nele, está sendo reconstruida aos poucos. E não pretendo apressar nada. Somos dois adultos e ambos sabem o que querem. E é nisso que vou me firmar.
- Quer que eu o coloque no berço? - ela diz olhando hipnotizada para o filho. Beijo seu rosto e o entrego a ela. Nesse meio segundo que ele vai para o colo da mãe, ele se estica todo ainda de olhos fechados e resmunga um pouco mais, prendemos o ar esperando pelo escândalo. No entanto ele não acorda, soltamos o ar aliviados.
- Sim. Tome um banho e venha para a cozinha, vou fazer um chá para nós. E você vai dormir para repor suas energias mamãe!
- Mas com quem ele vai ficar?
- Como com quem oras? - reviro meus olhos. - Comigo.
- James...
- Eu tenho dias acumulados na casa amor. Estou aqui para ajuda - la no que for. Não reclame ok?
- Obrigada.
- Não agradeça.
Quarenta minutos depois, ela aparece na cozinha de banho tomado, roupas na direção certa e rosto mais tranquilo, as olheiras ainda aparecem sob seus olhos mas ela parece menos tensa. Indico com o queixo a cadeira para ela, que se joga suspirando alto. Derramo lentamente o chá em uma xícara diante dela, que o adoçou de acordo com seu gosto. Me sentando a frente dela, faço o mesmo. Não buscamos por uma conversa, pois o silêncio entre nós não é incomodo. A babá eletrônica está ao meu lado.
- Estava pensando...
- Ainda tem tempo para isso? - brinco suavemente, seus lábios sobem sobre a borda da xícara.
- No chuveiro, é um bom lugar para pensar. Acredite!
- Eu sei. No que tanto pensava amor? - ela fica em silêncio por dois segundos ou mais. Seu rosto se ilumina mas há cautela em seu olhar.
- Estava pensando em trabalhar. Não seria agora. Meu bebê ainda é muito pequeno, mas quando ele estiver com seis ou oito meses, queria estar trabalhando. - ligo meu dedo indicador com o seu sob a mesa.
- Sabe que não precisa não é? - faz careta. - Você e Ben não me incomodam em nada. Amo ter vocês aqui e não vou perder nada só crescimento dele.
- Eu sei. Mas quero ser independente amigo. - murmura com a voz baixa e dolorida. Por um tempo ela parece mergulhar em memórias profundas e que a machucam. Uma lágrima desliza facilmente por seu olho esquerdo, marcando sua bochecha. Seco - a de seu rosto. - Desde que fui expulsa de casa aos dezoito, nunca tive algo meu. Tudo na minha vida sempre foi muito controlado. Primeiro por meu pai que achava interessante me proibir de me relacionar com outros garotos mas que me tocava sem minha permissão. - meu coração para em meu peito mediante a moça informação.
Eu sei um pouco de sua vida que ela me contou depois de alguns meses. Mas agora ela libera aos poucos como era sua vida na própria casa. Lugar onde deveria se sentir segura. Mas acontecia o contrário. Era onde agora sei que ela vivia um inferno.
- Meu Deus...
- Segundo ele, eu era dele. Garoto algum tinha direito a mim. Eu era seu objeto de desejo. Não sua filha.
- E sua mãe? - digo com dificuldade.
- Morreu quando nasci. - toma um pouco mais do seu chá. - Mas não iria pertencer a ninguém. Por isso quando fiz dezoito e não entrei para uma universidade, fui a um bar e perdi minha virgindade com um motoqueiro que nunca tinha visto na vida. Eu fiz questão de contar para ele. Com raiva ele me bateu e me expulsou. Eu não tinha amigos, então fiquei pelas ruas por uns dias. Não conseguia emprego em lugar algum. Foi quando comecei a me prostituir. Eu chorava todos os dias por fazer aquilo. Mas era o que não me deixava passar fome entende? - implora com os olhos.
- Não a julgo amor. Nunca fiz. - asseguro com certeza. Nunca a julgaria. Na vida, as vezes temos que fazer certas coisas que nem sempre vão agradar as outras pessoas. Mas quem sou eu para julgar?
- Foi quando conheci "ele"! - diz engolindo em seco. Sua respiração fica rápida e me levanto me sentando ao seu lado. A abraço de lado. Beijo o lado de sua cabeça. - Fiquei deslumbrada pelo mundo que me oferecia e não percebi que assim como meu pai, eu só era seu objeto de desejo. Que ele possuiria pelo tempo que quisesse. Nunca mais dormi com mais alguém depois dele. Mas então fiquei grávida e homem polido mudou bem diante dos meus olhos. Depois de me bater, jogou um bolo com notas de cem em meu rosto machucado e exigiu que eu desse um jeito naquilo. Eu fiz. - sorri largamente. - Peguei o dinheiro, cortei meus cabelos, os pintei e fugi daquela cidade maldita.
- Você é uma mulher forte Rose. Nunca duvide disso.
- Por isso quero trabalhar. Quero te um cantinho só meu e do meu filho. Eu quero ter orgulho de olhar ao redor e dizer: isso é fruto do meu trabalho. Eu pude dar isso para meu filho. Quero que ele tenha orgulho de mim entende?
- Eu entendo amor. Sempre tive muito orgulho de você e acho que isso nunca vai mudar ein?
- Tomara que não. - ri baixinho. - Sei que é um assunto muito pesado para as quatro da manhã mas eu precisava falar. Colocar para fora e agora estou bem mais leve.
- Você pode falar comigo a qualquer momento. Sempre. - acaricio seu queixo fino. - Agora vai dormir um pouco, pois as seis nosso bebê estará exigindo seu alimento precioso.
- Eu vou. - se coloca de pé após beijar meu rosto. - Obrigada mais uma vez.
- De nada. Agora vai mulher, antes que eu te tranque no seu quarto.
- Bobo! - apoio meu queixo em um punho meu enquanto a observo desaparecer corredor a dentro.
- Você é mais forte do que imagina amor. - murmuro para mim mesmo, no instante que um resmungo sai da babá eletrônica. Sorrindo volto para o quarto de Ben. Ele está com os olhos azuis abertos e acompanha o movimento dos brinquedos suspensos no ar.
[.....]
Olho para o relógio mais uma vez e evito bufar alto. Miley está atrasado tem quinze minutos. Desde que começamos a nos ver ele nunca se atrasou, então estou preocupado com ele. O que não vai interferir em nosso passeio. Estamos indo uma uma pizzaria que não precisa ser reservada com antecedência. Se fosse, já teríamos perdido nossa reserva.
Ben está no sofá com a mãe ao lado, Dimi está no outro sofá. Ele acabou de chegar, como faz em todas as sextas - feiras, antes de se instalar no sofá para assistir seus jogos, pega uma cerveja e joga os pés calçados nas botas pretas, sobre minha mesinha de centro. Já tentei chuta - los de lá mas ele não se moveu muito. Seus olhos estão presos em Rose que faz um ótimo trabalho em ignora - lo desde que chegou.
- Alguém vai me dizer o que está acontecendo? - arrisco.
- Nada!
- Tudo! - meu irmão grunhe.
- Nada ou tudo gente? Olha vocês se gostam...
- Hum...- minha amiga massageia suavemente a barriguinha de Ben que dorme sem nenhuma preocupação no mundo.
- Que tal você se preocupar em esperar o loiro aguado que, pelo que vejo te dará um bolo?
- Ele não me dará um bolo. E não desconte suas frustrações em mim. Vai transar um pouco homem, quem sabe seu humor não melhora? - ele ri baixinho, mas não há humor algum no som.
- Não está adiantando muito. - silêncio se segue até sua declaração. Pisco uma vez tentando me orientar entre eles. Rose parece muito pálida, meu irmão tem a cabeça baixa.
Estou além de confuso, pois eu jurava que estava acontecendo algo entre eles. Eles até saíram juntos quando ela estava grávida. Jesus eles se beijaram já. Rose parecia estar no céu.
Sentindo meu sangue ferver, jogo uma almofada nele.
- Eu vou estar no quarto do Ben amigo! - se ergue com o filho. Suas mãos tremem e evita olhar para frente. - Se o loiro lindo aparecer, diz que estou no quarto se quiser ve - lo.
- Rose...
- Bom encontro James! - diz cortando qualquer coisa que o babaca que tenho como irmão tinha para dizer e sorri pequeno.
- Obrigada amor. - beijo os dois. Quando não estão por perto mais. Me viro parecendo estar possuído para meu irmão. Que ergue as mãos em rendição. - Acho melhor você ir embora.
- O que?
- Olha aqui Dimi! - aponto meu dedo para seu rosto. Ele não gosta muito mas estou pouco me importando para o que ele gosta ou não. Ele que não venha dar uma de policial para meu lado. - O que eu disse sobre machucar minha amiga? - ele abre a boca como se fosse falar algo. Mas não permito. - Não sei o que está acontecendo, mas aconselho a resolver a merda que for na sua vida e depois você volta a estar perto de nós. Rose já passou por muito na vida para te aguentar.
- Nós não somos um casal!
- Tudo bem.- concordo plenamente e muito cslmo. Ele me observa desconfiado. Pelo visto somente Rose estava se iludindo o tempo todo.- Quero você longe dela. Deles!
- James...
- Estou falando sério Dimitri. Você não era assim, por que está agindo desse jeito, eu realmente não sei. Você não se abre comigo. Com ninguém. Rose não vai servir de conforto ou segunda opção de ninguém.
- Não sabe do que está falando! - uma veia cresce em sua testa. Mantenho meu queixo erguido. Ele sabe do que estou falando. Mesmo não mencionando Claire que nos deixou tem dois anos, ele sabe do que falo. Eu pensei que ele estava seguindo em frente quando demonstrou interesse em Rose. Mas devo estar muito enganado.
- Talvez sim, talvez não. Mas nesse momento, eu estarei do lado dela.
- Vou embora. - pega seu colete, coldre e tudo mais. Fico firme.
- Até! - quando a porta se fecha, solto um suspiro, massageando minhas temporas. A campainha toca me tirando do caos que são meus pensamentos. - Oi! - digo ao abrir a porta, dou - lhe espaço para que entre. - Está atrasado! - brinco suavemente.
- Estou e me desculpe! - passa a mão pelos cabelos loiros e os bagunça. - Fiquei preso em uma reunião.
- Tudo bem! - aperto seu braço levemente. - Só fiquei preocupado pois nunca se atrasa. - tento passar por ele para pegar minha carteira. Mas sua mão segurando minha cintura, me detém no lugar. Engulo em seco, sentindo meu coração na minha garganta. Os olhos que estão presos em mim. - Hum...
- Acho que está esquecendo de alguma coisa.
- Eu acho que não! - passo minha língua pelo meu lábio inferior. Seus olhos seguem todo o trajeto.
- Merda! - respira fundo. - Eu senti sua falta sabia?
- Sentiu é?
- Sim. - fecha se possível for o espaço entre nós. Nossas respirações ofegantes se misturam. - Mas especificamente de sua boca gostosa!
- Só da minha boca?
- Não só dela. Eu vou te beijar.- murmura terminando com os poucos centímetros que separava nossos lábios. Seu gosto que não mudou nada, inunda minha boca quando sua língua mergulha com tudo nela. Mordendo meu lábio inferior com força, arranca um gemido meu. Por um momento me esqueço que estou na minha sala, com minha amiga e seu bebê em casa. A vontade de tirar a roupa desse homem e monta - lo é mais forte que tudo.
- Olha lá bebê, tio Miley se aproveitando do seu padrinho! - ele pula para longe de mim.
- Sempre chegando nos momentos oportunos não é Rose? - diz sarcasticamente. Olho para ele que tenta disfarçar sua ereção enfiando as mãos nos bolsos de sua calça.
- Meu timing é perfeito. - sorri. Ben resmunga e Miley se ilumina todo. Fui prontamente esqueci quando o homem pegou - o nos braços e começou a conversar baixinho com ele como se fossem velhos amigos. A imagem em si desperta desejos e sonhos há muito tempo adormecidos.
- Ah meus ovários! - me abano dramaticamente tentando desviar a linha de pensamentos que minha mente queria seguir.
- Como você está Rose? - ela dá de ombros, mas parece bem triste sob a camada de seu jeito despreocupado dela.
- Bem, ele não nos deixa dormir a maior parte da noite mas o amo com todo o meu coração. - o sorriso dele é lindo.
- Minha sobrinha também chorava muito quando bebê. Eu geralmente a embalava peito a peito, ela dormia em questão de segundos.- Me lembro que sempre consigo fazer nosso bebê dormir quando estou sem camisa.
- Me empresta seu peito? - nós rimos.
- Você tem o meu mulher! Não está satisfeita?
- Talvez não! - mostro - lhe o dedo do meio.
Depois de um tempo, Miley entrega Ben para a mãe e nos despedimos dos dois. Ela promete me ligar se precisar de mim, o que me deixa mais tranquilo. Sem ânimo algum para dirigir, aceito ir no carro dele.
04/07/20
Gente, eu sei que para muitos o ritmo do livro deve estar lento. Mas é o ritmo dos personagens ok? Hoje será capítulo duplo. Espero que gostem.
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