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|| CINCO - ESSE NÃO É O SEU SORRISO - JAMES


Eu vou sair com Miley.

Minha mente grita enquanto ando de um lado para o outro no centro de minha sala. Rose lixa suas unhas recém pintadas de um preto vibrante e me observa de esguelha. Os cabelos castanhos lisos e curtos que lhe batem nos delgados ombros balançam conforme ela as vezes acompanha o ritmo de minhas pernas instáveis. E posso dizer um pouco trêmulas também. Na verdade estou nervoso desde o jantar. Após presenciar aquela maldita discussão, meu coração passou a bater fora do ritmo. Cheio de culpa, saudade, raiva e magoa. E também de um sentimento há muito esquecido por mim e que tinha ignorado até ontem.

Sempre soube que o encontraria uma hora ou outra pela cidade, na qual moramos. Mas foi um período longo sem nos ver e meu pobre coração já havia se acostumado a  ter somente as lembranças de nós dois. Não que eu divulgasse isso para o mundo todo. Do lado de fora, para as pessoas. Eu era o cara que havia superado seu ex. Meu corpo teimoso, no entanto ainda anseia pelo corpo dele. Não só pelo sexo, mas também pela proximidade. O calor de sua presença me acalmava. Estar enroscado a ele em um sábado a noite assistindo a um filme qualquer, era o paraíso.

Pisco uma vez  e dou tapinhas com força em meu rosto. Não posso pensar nisso. Aceitei ser seu amigo  novamente. Mesmo sabendo que vou me foder no final. Sim sou pessimista e um pouco masoquista. Um bela mistura.

Rose ri novamente quando tropeço. Lhe dou um olhar atravessado.

- Qual a graça?

- Nada! – seus lábios finos se tornam uma linha fina quando inutilmente tenta esconder seu sorriso. Seu ventre muito inchado treme com sua risada silenciosa.

Admito que ver seu sorriso verdadeiro, após meses de sorrisos falsos ainda é um presente e um alívio. Rose chegou em minha vida de forma inusitada mas simples ao mesmo  tempo. Tinha acabado de me mudar  de volta, me borrando por ter de vê – lo  novamente e com um mar de coisas para arrumar. Minhas amigas e seus maridos juntamente com meu irmão me ajudaram na mudança. Agradeci a Deus por não terem tocado no nome do maldito. Durante a primeira semana me dividi entre arrumar minha casa, dormir e me habituar com um novo escritório.

Após duas semanas de pura correria, me permiti relaxar quando sai para dar uma volta. Somente para respirar um pouco de ar de puro. Eu não sabia que essa decisão simples, iria trazer uma pessoa tão forte e amiga que é Rose para a minha vida. Ela estava deitada sob uma ponte. Rosto sujo, magra de dar dó e com os olhos bonitos e um pouco repuxados tão sem vida, que me atingiu em cheio. No início não foi nada  fácil. Ela não aceitou minha ajuda, grunhia para mim e me jogava coisas. Tinha medo do que poderia fazer com ela ou com seu bebê. O que me impulsionou a insistir mais um pouco. Foi só quando ela teve um episódio de um quase aborto, que se rendeu a bondade humana com a qual não estava acostumada. No hospital, foi confirmado que eu já desconfiava: ela estava anêmica e desnutrida.

Depois de uma longa conversa com o médico que a atendeu, resolvi leva – la para casa. Recebi um olhar de estranhamento e fui enfrentar a fera. Para minha surpresa, ela aceitou sem protestar. Não foi nem um pouco espantoso que ela foi recebida de braços abertos por meus amigos e meu irmão. No início não falávamos mais do uma ou duas palavras dentro de casa. Mas com jeitinho, fui ganhando sua confiança. Mas só fui saber de sua história meses depois. Quando viu o rosto de um político na tv e desmaiou. Desde aquele dia nunca odiei tanto um ser humano quanto odeio o homem que fez mal a ela de forma de tão profunda,  obrigando – a  fugir.

Passo a mão por meus cabelos bufando baixinho. O som de um objeto sendo colocado sobre a superfície de vidro da mesa de centro corta o ar. Apoiando o queixo sobre o punho, suspira e me olha de cima a baixo. 

- Você pode cancelar sabia? – diz suavemente. A sobrancelha esquerda perfeita se ergue. Sorrio fracamente. – É sério!

- Hum...

- Não é obrigado a sair com o cara que te fodeu anos atrás. – quase  gargalho de sua sinceridade. Sendo a característica que mais amo nela. Se algo a incomoda, ela vai dizer na sua cara. Não importando se gosta ou não.

- Não, não sou.

- Mas quer...

- Olha é complicado. – murmuro me lembrando do que disse a ele ontem.

Meu rosto queima ao me recordar que após nossas acusações, eu disse a queima roupa que ainda o amava.  Mas não sinto por ele somente amor. É raiva e mágoa. E por isso não achei saudável começar nada com ele. Isso destruiria a nós dois. Estava disposto a manda – lo embora da minha casa e da minha vida como fez comigo naquele quarto de hospital. Mas então ele propõe amizade e o que o idiota aqui faz? Aceita. Merda!

- A vida não é simples James.

- Tem razão.  Não é. Mas  eu deveria ter resistido mais.

- Não há como resistir aquele monumento. – se abanda dramaticamente. – Ele pode ter sido um canalha com você anos atrás, mas não deixa de ser lindo.

- Está do lado de quem?

- Do amor! – dá uma risadinha. Ela tenta se levantar mas com sua barriga enorme desse jeito, fica difícil. – Me ajuda aqui.

Corri para ajuda – la a se firmar. De frente um para o outro e com ela sorrindo amplamente para mim, segura meus ombros com firmeza, ela tem que olhar um pouco para cima por causa de minha altura.

- Eu ainda tenho que dar um soco na garganta dele por ter te magoado. – rimos juntos.

- Por que na garganta? Há tantos lugares para bater.

- Bem, é até onde eu alcanço e vi isso em um filme. E gostei. - faz graça. Um segundo de silêncio se passa e então diz lentamente. - Há muita coisa não resolvida entre vocês, é preciso falar sobre, para que um círculo  possa se fechar e quem sabe dar lugar a um outro maior e melhor.

- Não quero começar nada com ele. – me apresso em dizer.

- Vocês são amigos.

- Me deixei levar pelo momento. – digo com o estomago em nós de tão nervoso que estou.

- Só resolvam isso logo. E se acontecer um sexo quente...- tapo sua boca, ela ri atrás dela. Tentando arrancar a maldita imagem de seu corpo muito junto do meu. Não é a hora de pensar nisso. Daqui a pouco ele aparece para me buscar.

- Estou com medo. – confesso baixinho.

- Todos nós temos. – Acaricia minha mandíbula. Pego sua mão e suavemente beijo o interior do seu pulso. – O que fará diferença é a maneira como vamos lidar com ele.

- Quando você cresceu mulher? – finjo estar chocado. Ela ri alto, jogando a cabeça para trás.

-Eu sou um poço de maturidade.

A campainha toca e fico tenso. Ela massageia meus ombros. 

- Deixa que eu atendo. Leve seu tempo, quando estiver pronto. – aceno distraidamente. Ela vai gingando até a porta, não abrindo mais do que o suficiente para que seja possível ver somente seu rosto. Mesmo não vendo sua expressão facial, sei que uma carranca está marcando suas feições bonitas. Ela diz algo e  logo a voz grave de Miley flutua até minha, me deixando meio zonzo. Engulo em seco, criando coragem. Jesus se somente sua voz faz isso comigo depois de tantos anos.

Imagina...

- Oh meu Deus! Estou tão fodido.

Pego minha carteira e as chaves do meu carro, decidindo ir no meu próprio veículo.
Quando chego na porta, encontro – os em um concurso de encaradas. Nenhum dos dois sequer pisca. Tomo meu tempo medindo meu de novo amigo da cabeça aos pés. Ele usa um coturno preto, calça jeans preta e uma blusa branca. Quase tenho um ataque cardíaco ao ver o cordão com um pingente na forma de uma âncora que dei para ele ainda na universidade. Se ele está usando, é sinal de que... pisco uma vez. Não é sinal de nada.

- Está pronto? – diz sem ao menos me olhar. Rose mostra os dentes retos para ele em uma postura ameaçadora.

- Eu vou com meu carro. – digo e quase danço estranhamente como Hope, ao não gaguejar. Isso o arranca de sua concentração.

- Eu vim de carro. – diz entre dentes. Nego lentamente e com uma pontada de exultação ao ver a insistência ganhar terreno entre nós. Preciso ter o controle de algo. E se ir a esse Pub dirigindo meu próprio carro é um indicativo disso, que seja.

- Vou no meu. – cruzo meus braços.

- James...- seu dedo indicador passa por sobre seus lábios em sinal de nervoso.

- Vou com meu carro ou não vou a lugar nenhum com você! – ele pensa por um segundo ou dois. Rose contribui com a situação rindo alto.

- Por que pensei que seria fácil? – diz para ninguém em particular. - Vou te passar o endereço por mensagem. – não espera por mais nada ao sair andando e entrando no seu carro. Meu celular vibra em meu bolso fazendo – me pular. Minhas sobrancelhas se juntam.

- Isso mesmo James, faz ele suar.

- Não estou fazendio nada.

- Sei. – beija meu rosto e me empurra para a varanda, fechando a porta com força na minha cara.

- Ei!

– Boa sorte em resistir aquilo tudo.

- Debochada!

O percurso foi feito em um silêncio tenso. Seu carro seguia na frente do meu a uma distância segura.  O endereço enviado para mim, pisca na tela e acredito que em alguns minutos, estarei lá. Com a atenção  fixa na estrada, me lembro de como eram nossos momentos juntos. Eram suaves e cheios do contentamento de de simplesmente estarmos na presença um do outro. Nada comparado aquele que protagonizamos na minha sala de estar. Cheio de tensão. Hoje nada é como antes. Me pergunto o que se passava na minha cabeça ao aceitar te - lo na minha vida como um amigo novamente. Na certa uma vontade latente de estar com ele novamente. E essa mesma vontade vai me ferrar. Seu perfume, que é o mesmo persiste em minhas narinas. Bufo tentando dispensar esses sentimentos. Logo ele está diminuindo a velocidade.

O Pub em questão é bem localizado e na entrada já vejo muitos carros estacionados. Miley tem uma vaga garantida. Ele estaciona e logo salta do carro para dar a volta me esperar e na certa abrir minha porta. Não lhe dou chance de ficar muito perto, ligo o alarme e sorrio fracamente, quando me conduz através das pessoas e então entramos no ambiente quente e acolhedor. Nos sentamos em uma mesa alta com vista para a rua. A noite estava um pouco fria mas nada que fizesse com que as pessoas, não se permitissem sair para jantar, dançar ou como ele está fazendo, ir a um Pub.

Sobre a superfície escura e brilhante da mesa retangular, algumas garrafas de água estavam dispostas. Não houve tempo para iniciar uma conversa pois logo um homem de pele dourada, sorriso largo e gentil acompanhado de olhos escuros e bonitos se colocou diante de nossa mesa. Com tapas audíveis nas costas, eles se cumprimentaram.

- James, esse é Alex Hill. O dono do Pub.

- Prazer em conhece - lo, Alex! - aperto a mão forte que me oferece.

- E esse é...- engasga com suas palavras mas seu um sorriso é sincero, aponta com o queixo para mim.

- Amigo desse chato. - reviro meus olhos.

- Bem, nessa questão concordo plenamente com você. Você é chato para caralho Miley!

- Não começa um complô Alex. Pelo amor de Deus!

- É a verdade. - rimos. - O que vão querer beber?

Seu olhar pousa em meu rosto. Dou de ombros apoiando meu queixo sobre minha mão esquerda.

- Vou ficar com a água por enquanto.

- Eu vou de água também.

- Se quiser beber algo além de água, vá em frente. Posso dirigir por você. - digo suavemente. Ele me olha por um segundo mas nega lentamente. Sua mão vai para sua perna e ali no topo de onde seria seu joelho, faz uma leve massagem.

- Vou passar. Estou tomando remédio. - minha língua queima para perguntar o motivo. Mas me seguro, desviando meus olhos.

- Estamos com música ao vivo. Pedidos especiais estão em aberto. Qualquer coisa é só chamar.

Nos deixa para atender uma mesa cheia de mulheres que não devem ter mais do que vinte e um anos. Elas parecem ser amigas mas fisicamente são muito diferentes. Uma delas, uma loira alta, de cachos comportados e olhos de um verde quase translúcido pisca na direção do meu acompanhante. Fecho minhas mãos em punhos sob a mesa, vendo Miley oferecer seu melhor sorriso. A vontade que tenho de arrancar esse sorriso no tapa é grande mas me contenho. Ele não é nada meu. E nunca foi.

Voltando sua atenção para mim, mantenho meu rosto neutro. Aos poucos ele fica sério, toma um pouco de sua água. Faço o mesmo sentindo minha garganta subitamente seca.

- O que foi?

- Nada! Bonito o lugar. - emendo outro assunto. - Costuma vir aqui sempre?

- Desde que inaugurou, é a primeira vez.

- Hum...

Sem nada para dizer a mais, me ocupo em olhar para os transeuntes. Todos com suas vidas nada perfeitas, com seus problemas mas que de alguma forma conseguem sorrir. Serem felizes. Um toque sútil queima minha pele. Reconhecendo - o retiro o mais delicadamente possível minha mão da sua. Forço um sorriso. Ele olha para a própria mão, com o que vejo ser saudade. Mas de que? E na certa estou vendo as coisas erradas.

- Você costumava sorrir mais.

- Eu costumava fazer muitas coisas.

- Exemplo...

- Ser fiel a mim mesmo. - as palavras saem cortantes. O atingindo do jeito que eu queria.

- Não o obriguei a vir comigo James. - diz secamente. Sua postura antes relaxada, fica tensa.

- Não, não fez. - suspiro tentando não terminar tão cedo com nosso noite. Meu celular vibra e pego.

"Você, seu safado! Quando iria me dizer que voltou com Miley? Dois traidores vocês são." Mad

Sorrindo digito rapidamente.

"Não voltei!" J

A resposta dela não demora segundos. Posso vê - la roer as unhas bem cuidadas esperando por uma resposta minha.

"Sim e unicórnios existem!" Mad

"Não temos nada Mad!" J

"Vou falar com Jenah!" Mad

Agora é um sorriso totalmente diabólico que curva meus lábios. Jenah vai me odiar por uma hora ou duas mas vale a pena.

"Jenah já sabe!" J

"O QUÊ?" Mad

Não respondo pois sei que ela está nesse momento ligando para nossa amiga, exigindo uma explicação. Quase caio da cadeira ao me permitir rir, um pouco da tensão da noite indo embora. Não foi por maldade que não contei a minha ruiva sobre a volta significativa de Miley para minha vida. Foi por saber que ela iria até minha casa com seu arsenal de perguntas. Perguntas essas que não estou pronto para responder. Não ainda.

- Senti falta desse som. - o encanto é quebrado por sua voz rouca. As risadas altas das mulheres da outra mesa chegam até nós. Mas uma vez a mulher loira pisca em direção a ele. Ele retribui erguendo sua garrafa de água.

- Sentiu...- murmuro em um tom sarcástico. - Por que não faz assim! - me inclino um pouco em sua direção. Os olhos sérios me fitam sem piscar. - Se levanta, usa seu charme que continua o mesmo e se senta com sua amiguinha lá!

Piscando uma, duas e três vezes, na certa tentando se orientar. Ele faz o contrário. Ri tão alto que é ele quem quase caí da cadeira. O som me toca profundamente. Mas não demonstro. Preciso reforçar meus muros.

- Meu charme?

- Só ouviu isso? - evito bater na mesa. Ah, estou fazendo um papel ridículo aqui.

- Está com ciúmes?

- Não! Não quando nunca tivemos nada! - digo mordaz. Eu preciso ir embora. Estou estragando nossa noite sendo um cara amargo que ainda tem raiva do cara que o deixou.

Ficamos em silêncio. Somente o peso do nosso passado pairando entre nós.

- Acho que devo ir embora. - me coloco de pé. Sua mão grande agarra meu pulso, me detendo. Se foi a brincadeira e o jeito despreocupado dele. Agora só há seriedade.

- Quando falei que queria ser seu amigo novamente, era verdade. Eu senti falta de tantas coisas suas mas o que mais doeu em mim foi perder sua amizade. Se for preciso vou reconquista - la aos poucos. Só me dê essa chance.

- Se tiver de flertar com outra enquanto está comigo, saímos outro dia. - sem me conter volto no assunto.

- Não estava flertando. Ela é linda e não posso negar. Mas no momento estou muito ocupado tentando arrancar um sorriso verdadeiro de um certo carinha.

Dou de ombros, sorrindo. Ganhando um ofegar dramático dele, vejo sua mão ir contra seu peito.

- É disso que estou falando! - decido tomar uma cerveja.

- Acho que vou querer uma cerveja.

Sem perder tempo, faz sinal para Alex vir até nós. Conversando rapidamente, logo tenho uma cerveja bem gelada diante de mim.

- Como conseguiu meu número? - decido matar minha curiosidade.

Desde o momento que recebi o endereço via mensagem em meu celular, quero saber como conseguiu meu número. Desde que terminamos tudo, deletei tudo dele da minha vida. Principalmente seu número de telefone, que me tentava diariamente a ligar para ele.

- Não consegui. Sempre o tive. - se não tivesse tanta gente ao redor, meu silêncio seria quase opressor. Ignorando o queimar de algo que não quero reconhecer em mim, pigarreio.

- Como está sua irmã? - decido ir por outro caminho.

E pelo resto da noite, mesmo com tantas palavras não ditas entre nós, eu pude curtir uma boa noite de conversa, companhia e muitas risadas. E quando Miley me deixou em casa com um beijo demorado em meu  rosto. Soube que estava muito ferrado.


15/06/20

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