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|| BÔNUS - MATHIAS

Eu não preciso da ajuda de ninguém!

É o que quero acreditar e vivo repetindo para mim mesmo desde que tudo começou a ruir.

Vou em direção ao armário onde ficam os utensílios para a limpeza e  me dirijo aos banheiros. Lavo - os com o cabeça na casa da mulher que tem o bom coração de ficar com meu irmão quando estou fora de casa. Ela foi a única coisa boa que me aconteceu até hoje depois que fomos abandonados. Ela milagrosamente não fuma até seus pulmões falharem, não bebe até seu sangue ser álcool puro e tenta viver a vida como dá.

Através das paredes, consigo ouvir os veterinários, funcionários e clientes por toda a clínica. Faço meu trabalho como posso usando toda a minha concentração e da melhor forma. Não estava em meus planos trabalhar aqui. Mas meu pai deixou de levar dinheiro para casa há muito tempo. Eu geralmente comia na escola ou na casa da senhora que cuida do Matteo. Isso mudou no dia que o leite de Matteo começou a faltar.

Enquanto passava por aqui, vi o anúncio de um emprego em meio período. Eu costumo vir depois da escola mas hoje fui cercado pela turma de Brian e meu corpo não aguentaria mais uma surra. O cara mais popular da escola não ficou feliz em seu suspenso. Então agora ele faz da minha vida um inferno. Não basta o que eu vivo em casa. Tenho que aturar um garoto mimado que acha divertido bater em quem não pode se defender.

Encho um balde com água e vou para a recepção passar um pano molhado lá. Sorrio de forma contida quando vejo uma mulher segurar um gatinho que de longe vejo não estar bem. Ela fala de maneira atrapalhada com Marcy e logo Erick vem vê - la e as leva corredor a dentro.

- Mathias, como estão coisas? Precisa de ajuda? - tropeço em meus próprios pés quando ouço sua voz chegar até mim. Instantaneamente sinto minhas bochechas quentes.

- Estão bem! - pigarreio dando de ombros. Tento não olhar para seu rosto. A acho tão bonita. Seu cuidado para que tudo esteja bem comigo enquanto estou aqui me aquece o coração. Mas afasto essa sensação. - Já terminei os banheiros. Agora vou limpar aqui.

- Você foi rápido hoje. Poderia ir na área de recuperação para limpar lá? - me implora com seus olhos escuros como a noite. Evito parecer muito eufórico ao aceitar. Eu gosto de estar perto dos animais. Eles são fofos.

- Claro! - quase grito. Ela ri da minha empolgação.

Levo tudo pelo corredor que leva para a área para qual fui designado. Posso ouvir toda a sorte de sons que vem de lá. A regra é clara em não abrir as portinholas ou tocar nos animais em recuperação. E nunca fiz isso nos poucos dias que estou aqui. Erick é um homem muito simpático mas não quero despertar sua fúria. Marcy que é sobrinha dele diz que não é para eu me preocupar, que é um bom homem mas simplesmente não acredito.

O cartão pequeno, com o número daquele cara queima no bolso da minha jaqueta. Me lembro de ter pego ele novamente quando vi atrás de um carro, o cara entrar no seu próprio e partir para onde quer que estivesse indo. Olhando para os lados no estacionamento do hospital, vi o pedaço de papel que pode me condenar ou me salvar no chão. O peguei e desde então ando com ele nos bolsos de minhas roupas.

Uma parte muito pequena de mim, ainda tem esperança de que se eu um dia arriscar a ligar, tudo ficará bem. Mas sei que não será assim. As coisas nunca acontece do jeito que queremos. E isso é um fato com o qual estou acostumado.

Um grunhido baixo me chama s atenção. Em uma baia, um cão de pêlos quase marron escuros, olhos de um castanho doce e pidão, me olha através das grades. Seu nariz se enfia em uma pequena abertura e ele parece farejar o ar. Meu cheiro.

Engulo em seco olhando por cima de meu ombro, não há ninguém por perto. Ele parece estar tão sozinho. Há algo envolvendo sua cabeça, como a parte de um abajur e na certa impede ele de lamber ou coçar o local onde há uma linha avermelhada e costurada em seu abdômen. Me aproximo um pouco mais de onde ele está. Leio o nome que há na ficha ao lado. Ele se chama Bob. Sua raça sendo uma mistura de Pastor Alemão junto com outros cães grandes.

Abro a tranca e movido por um impulso de coragem, acaricio no sua cabeça e nariz. Ele me lambe alegremente e fareja minha mão. Dou uma risadinha ao sentir seu nariz úmido. Os outros animais se animam, e na certa esperam pela vez deles.

- Você parece muito animado garoto! - esfrego como posso atrás de suas orelhas. Ele se derrama todo. - Você é bem bonito sabia? Matteo  iria adorar você.

A imagem do meu irmão exibindo seu sorriso sem dentes, os olhos bem fechados por causa de seu riso e sua alegria verdadeira por estar perto de um cão desse tamanho me atinge em cheio.

- Acho que vou ter um cão como você quando puder. O que acha Bob? Matteo vai amar!

- Já fazendo arte Bob! Buscando carinho dos outros? - a voz infelizmente muito conhecida por mim, faz - me pular para bem longe de onde estou. O grande cão parece decepcionado com o fim do carinho que recebia.

- Mathias, já pode ir para a recepção. - ergo meus olhos no susto. Ao lado do homem que vi por duas vezes e queria me ajudar, estava meu patrão. Com um semblante que dizia claramente que estava com problemas. Minha respiração engata.

- Eu juro que é a primeira vez. Eu nunca...- engasgo com as palavras. Erick demostra confusão por todo o seu rosto.

- Mathias? - dá um passo para mais perto com a mão erguida. Foi automático fechar meus olhos, tapar minha cabeça e me encolher.

Silêncio.

Acho que nem os animais que estão ali respiram.

- Jesus Cristo garoto! Pensou...- faz uma careta e dá um passo para trás. O homem ao seu lado já não sorria, estava mortalmente pálido e nunca tirava seus olhos de mim.

- Por favor! Não me manda embora! - imploro sem vergonha alguma. Sinto um desconforto em meu ombro.

- Não...- pisca algumas vezes. - Não vou manda - lo embora. Só não mexa com os animais em recuperação tudo bem? - diz com calma.

Aceno freneticamente, mas meu corpo continua tenso. Não olho para trás quando deixo aquele homem e meu patrão para trás. Não dei chance para ele me encurralar novamente como fez ontem.

Na recepção que está praticamente vazia, Marcy se coloca de pé quando vê meu estado. Minha cabeça pulsa e dói atrás dos meus olhos. Mas me mantenho firme.

- O que houve Mathias? Você está pálido e parece que vai cair a qualquer momento. - dá a volta pelo balcão de mármore escuro.

- Estou bem.

- Não! Não está! - toca meu ombro. E poderia sorrir se seu toque não me fizesse quase urinar mas minhas próprias calças. O raio de dor que se concentra em meu ombro e desce por toda a minha espinha, me faz fechar os olhos com força. Saio bruscamente de seu alcance. Seu rosto se contrai. - Desculpa...

- Está pedindo desculpa pelo o que?

- Só me desculpa. - minha garganta arde e passo a ignora - la ao começar a varrer o chão.

Por um momento ela não se move. Mas ao ver que acho a sujeira do chão bem mais interessante que ela, se senta novamente em seu lugar.

Estou fazendo isso por você meu irmão. Só por você.

Quase meia hora depois, eu ouço passos e o som de conversas. Meu patrão e o homem se aproximam de onde estou. Como se estivesse fugindo de seres de outro mundo, junto tudo que usei e ainda de cabeça baixa deixo a recepção. Me escondo no banheiro dos funcionários e tento fazer meu coração bater com menos força e assim ele não sai do meu peito.

Passo a conversa que sei que terei com Erick assim que sair daqui.

O restante do meu turno se passou em um borrão. Era perto das cinco quando deixei a clínica. Estranhamente não fui parado em busca de informações sobre meu comportamento de mais cedo. O que foi um alívio. Não sabia se teria forças para afirmar que tudo estava bem comigo, sem me desmanchar em lágrimas.

A clínica onde trabalho não fica muito longe de onde moro, então faço o caminho todos dias a pé mesmo. No entanto antes que eu pudesse entrar em meu bairro, percebi estar sendo seguido. Olho para trás pela terceira vez e o mesmo carro preto e grande como uma casa está em um ritmo que se iguala a meus passos. Os vidros são escuros, então a possibilidade de ver de quem se trata é nula. Aperto a alça da minha mochila ao cogitar saber de quem se trata.

Aquele cara loiro seria maluco ao ponto de me seguir?

Quando o carro está bem perto, as janelas são baixadas em sua totalidade. Aperto meus olhos para catalogar cada característica do homem grande ao voltante. Seus braços são músculo puro, mesmo ao volante sei com toda a certeza de que ele deve ser alto. E tem os cabelos loiros quase brancos que alcançam a altura dos ombros largos. Os olhos azuis claros estão fixos em mim e não há expressão alguma em seu rosto.

Minha respiração trava tentando entender quem é esse homem e o que quer comigo. Nem ao menos conheço. Ou conheço?

- Ei Mathias! Calma cara, parece prestes a ter um ataque cardíaco! - a cabeça de Jordan surge do lado do homem.

- Isso é por que vou ter sim um ataque cardíaco! - massageio meu peito. Um pequeno sorriso desponta dos lábios do homem.

- Não seja dramático! Não somos assaltantes. Fica tranquilo.

- Hum....- resmungo.

- Esse aqui com cara de mau é meu irmão Paul! Paul, esse é meu amigo. Mathias! - diz despreocupadamente. Meus pés estão presos no chão.

- Não sou seu amigo cara! - digo baixinho com medo do cara de repente descer do carro e me fazer engolir minhas palavras. 

- Somos sim. Quero te fazer um convite! - o sorriso em seu rosto não vacila.

- Não posso!

- Mas você nem sabe o que é!

- Não posso!

Por muitos motivos. Motivos pelos quais não vale a pena alugar seus ouvidos. Quero dizer ou gritar isso em seu rosto mas me contenho. Olho para os lados e não há ninguém.

- O que está fazendo por aqui? - ele mora na zona rica da cidade. Não tem nada o que fazer aqui e ainda está se arriscando ser assaltado.

- Dando uma volta. - diz falsamente.

- Você está me seguindo? - dou um passo para trás. Seus olhos castanhos se arregalam. O irmão olha para ele talvez esperando uma explicação.

- Não seguindo...

- Fica longe de mim! - solto as palavras entre dentes. Ele se cala pesando minhas palavras.

- Não posso! Eu já estive no seu lugar Mathias...- agora quem arregala os olhos sou eu. Ao ponto de dor.

- Você não sabe nada de mim. E fica longe de mim! - aponto o dedo indicador na sua direção. Pouco me importando que esteja com seu irmão que pode me quebrar no meio. Preciso sair daqui.

Minhas pernas fazem a ação automaticamente. Sem olhar para trás, corro como se minha vida dependesse disso e depende. Chego na casa de Ellen e me deixo cair nas poucas escadas que levam a sua porta. Ponho as mãos em meu rosto e tento me recompor. 

A porta se abre e logo uma mão pousa delicadamente sobre meu ombro. Forço - me a não pular a dez metros da mulher.

- Está tudo bem Mathias?

- Sim! - pigarreio quando minha voz sai grossa. - Sim, como está meu irmão? - me coloco de pé.

A mulher de meia idade, cabelos escuros, olhos da mesma cor e corpo mediano me oferece um sorriso. Ela é uma das poucas pessoas que permito chegar tão perto. Perto de saber tudo de mim. A vejo como uma tia que está aqui para ajudar.

Quando mamãe foi embora e Matteo teria que ficar com nosso pai enquanto estou na escola, entrei em pânico. No entanto ela surgiu como se fosse enviada dos céus e se prontificou a ficar com meu irmão. Não sei o que aconteceu comigo mas eu simples confiei nela. E meses se passaram e Matteo não recebe a ira do homem que deveria cuidar, amar e protege - lo acima de tudo.

- Elétrico hoje. Já mamou, tomou banho e agora está brincando.

Paz é tudo o que sinto.

- Vou dar um abraço nele. - tento passar por ela mas sua mão segurando delicadamente meu braço me para.

- Você já comeu Mathias? - meu estômago ronca mas ignoro.

- Sim.

- Você está mentindo!

- Temos que ir embora. Meu pai....- engasgo com a última palavra.

- É só um sanduíche com um copo de leite.

Finjo estar relaxado enquanto dou mordidas grandes e as vezes nem respiro. Escuto Matteo dá risadinhas na sala.

- Obrigado, estava muito bom! - sorrio satisfeito. Esse sanduíche vai salvar meu dia.

- Vou guardar as coisas dele na mochila. - diz suavemente. Quando a vejo desaparecer no que penso ser seu quarto, solto o ar que nem sabia estar prendendo sob seu escrutínio.

Dez minutos depois, ela vem carregando - o. Ele realmente parece estar animado hoje. Os cabelos loiros, iguais ao de mamãe são finos e estão apontando para todas as direções. Seu macacão azul escuro destaca seus olhos claros. Enquanto ele é a imagem de nossa mãe, eu sou a cópia fiel de bordo pai. E me odeio ao olhar no espelho todos os dias.

Assim que me vê, ele se agita nos braços dela. Com o coração calmo, o pego e cheiro seu pescocinho cheio de dobras. Ele ri alto, babando minha bochecha em sua imitação de beijo. Seguro suas costas pois ele não é tão firme.

- Oi, sentiu saudades de mim? - ele deita a cabeça em meu ombro bom. - Obrigado por cuidar dele.

- Não agradeça.

- Assim que receber meu primeiro salário, vou te pegar. - ela nega suavemente.

- Não precisa me pagar. Sei que precisa desse dinheiro.

Não discuti com ela. Eu realmente preciso dese dinheiro. Ainda que seja pouco, mas é meu e é fruto do meu trabalho. Me despeço dela e a passos calmos vou para casa. Ando o mais devagar possível.

- Finalmente você chegou! - diz a partir do sofá. Na pequena TV no canto da sala, um jogo de basquete é exibido. Na sua mão esquerda há uma cerveja.

- Estava na escola.

- Venha mais cedo para casa. Estou com fome.

Engulo as palavras ácidas e carregadas de todo o rancor que sinto por ele. Meu ombro ainda sente o peso de sua bota. Ele me bateu só por que não tinha comida. Ele não fez compras, então nosso armário estava vazio.

- O... O ar - armário está vazio... - aperto meu irmão em meus braços. E está estranhamente quieto.

- Agora está cheio. Agora vai fazer a porra da comida, por que estou com fome!

Aceno lentamente. E vou para meu quarto onde deixo Matteo na cama, cercado de travesseiros para que não caia. Na cozinha, de cabeça baixa eu repito uma vez ou outra que, isso tudo vai ter fim. Só tenho que aguentar um pouco mais. O número de telefone daquele homem pisca mais uma vez na minha mente mas o ignoro.

25/06/20






















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