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✨-27-✨

🌟▫️BRUNNA ▫️🌟

- Mila, cadê a nossa barraca? – Perguntei à Camila após ver todas as nossas coisas descarregadas do bagageiro do ônibus. Camila estava à minha frente com as mãos na cintura e começou a contabilizar todos os itens amontoados no chão.

- Repelente, saco de dormir... – Ela olhou para mim. – Esqueci a barraca.

Que porra foi essa que ela disse?

- Como assim você esqueceu, Karla Camila!? Você disse para eu ficar tranquila porque você traria a barraca e agora você me diz que esqueceu? – Eu já estava entrando em desespero. E se os ursos me comessem? Uma cobra me picasse? E se eu sofresse um ataque de abelhas assassinas? Eu não podia dormir ao relento.

Camila percorreu os olhos pelo acampamento onde o resto dos alunos e professores também montavam suas barracas e seu olhar parou num ponto específico.

- Espere aqui que eu vou resolver isso. – Eu a vi seguir até onde Lauren e Ludmilla montavam suas barracas e conversar com elas. Ela apontou para mim e gesticulou enquanto eu via as duas assentirem antes de Camila assentir e caminhar na minha direção com um sorriso muito suspeito na cara. – Já resolvi o problema Bru. A Ludmilla e a Lolo estavam sem parceiros de barraca e agora eu vou dormir com a Lauren e você com a Ludmilla.

Aquilo só podia ser uma piada de péssimo gosto.

- Eu não vou dormir com a Ludmilla! Você sabe muito bem que eu não estou falando com ela. – Ela revirou os olhos.

- Então durma ao relento e seja comida por todos os bichos possíveis. – Ela sabia exatamente como me atingir, idiota!

- Por que você não dorme com a Ludmilla e eu durmo com a Lauren? – Era a solução mais viável para eu manter minha sanidade mental.

- Porque eu solucionei o problema e por isso eu escolho com quem vou dormir. – Ela respondeu como se estivesse coberta de razão, mas ela não estava.

- Mas você causou o problema e eu não tenho culpa de nada. Por que eu tenho que dormir com a...

- Bru, quer ajuda para levar as coisas para minha barraca? – Ludmilla me interrompeu quando perguntou repentinamente perto de mim. Eu nem a vi se aproximar. Eu me virei para ela e me deparei com um sorriso enorme. Ela aguardava uma resposta com as mãos dentro dos bolsos traseiros do jeans. Meu olhar alternou entre ela e Camila e minhas sobrancelhas se ergueram em compreensão.

- Você planejou isso tudo, não foi? – Claro que a culpa era sempre da Oliveira.

- Planejei o quê? – Seu olhar era tão inocente... cobra!

- Que eu dormisse na sua barraca. – Eu expliquei para a idiota, que cruzou os braços na frente do peito.

- Como eu planejaria isso? Você acha que eu falei para Camila deixar a barraca de vocês em casa para que você se visse sem alternativas e tivesse que dormir comigo? – Ela me perguntou como se aquilo fosse o maior dos absurdos.

- É isso mesmo, Oliveira!

- Para de falar merda, Brunna! – Camila se intrometeu em nossa pequena discussão. – Eu coloquei a merda da barraca na bolsa e pedi para a Sofi colocar ela no carro e achei que estava tudo bem e nem prestei atenção nisso. Agora eu vejo que ela não colocou.

- Eu já falei que você tem que parar de explorar sua irmã desse jeito, ela ainda é uma criança. – Ela deu de ombros.

- Mas ela precisa entender desde cedo o que é trabalho. – Ela sempre vinha com essa desculpa para justificar seu comportamento.

- Não importa! – Olhei para Ludmilla que nos observava. – Vamos logo com isso, Oliveira! – Eu peguei minha mochila, algumas coisas leves e me dirigi à barraca que parecia ser pequena demais para nós duas, deixando o resto das coisas para a idiota levar.

O interior da barraca parecia menor ainda e dormir com Ludmilla naquele espaço ínfimo não ia prestar.

- Brunna! – Eu estava agachada dentro da barraca ajeitando as dentro dela e olhei para trás, me deparando com Vanessa ajoelhada em frente à barraca.

- Oi. – Respondi sem muita vontade de responder porque eu ainda estava revoltada em ter que dormir ali.

- Você vai dividir a barraca com a Ludmilla? – Ela perguntou com os olhos percorrendo todo o interior da barraca.

Não parece óbvio que eu vou dividir a barraca com ela?

Eu pensei em responder isso, mas ao invés disso, eu me sentei e a encarei com um sorriso.

- Sim, minha amiga esqueceu a nossa barraca e por sorte a Ludmilla tinha um cantinho para mim.

- Entendo... – Vanessa pareceu refletir por alguns instantes e eu só queria que ela fosse embora para eu continuar reclamando da vida e culpando a Oliveira por tudo. – Eu tenho uma proposta que irá beneficiar nós duas.

Aquela frase estava me cheirando a pentelho queimado, mas eu estava curiosa para saber o que ela queria.

- Sou toda ouvidos. – Respondi como se estivesse em uma reunião de negócios milionários.

- Acho que você já percebeu que eu gosto da Ludmilla, não é?

Claro que eu já percebi, sua idiota, você vive se oferecendo.

- Sim. – Eu dei um sorriso sem mostrar os dentes.

- Bem, eu estou sozinha em minha barraca, que é enorme e queria saber se você poderia trocar de lugar comig...

- NÃO! – Eu a interrompi sem nem mesmo terminar de ouvir a sua proposta tola. Ela franziu as sobrancelhas para mim.

- Por que não?

Por que eu não quero você perto da Ludmilla.

O pensamento involuntário explodiu dentro da minha cabeça e a surpresa fez com que meus olhos se arregalassem consideravelmente. Claro que eu não ia dizer aquilo para a Vieira. Pensa Brunna! Pensa!

- Hum... – Eu sorri para amenizar a veemência do que eu disse antes. – A Ludmilla meio que está me fazendo um favor... – Eu sorri de novo. – Seria estranho eu colocar outra pessoa no meu lugar sem o consentimento dela, entende? – Vanessa olhou para mim por alguns instantes antes de assentir.

- Sim eu entendo... Bem, podemos nos ajudar numa próxima oportunidade.

Sim, uma próxima oportunidade que vai acontecer num momento chamado nunca!

- Claro... – Eu nunca havia sorrido tão falsamente quanto naquele momento.

- Oi Vanessa , posso ajudá-la em alguma coisa? – A voz de Ludmilla se sobressaiu de fora da barraca e eu tive uma visão de seus tênis ao lado de Vanessa que se virou e olhou para cima e sorriu.

Vai embora e só volte depois que essa garota sair, Oliveira!

- Eu vim procurá-la para saber se poderia ficar com você durante o trabalho. – Que merda ela estava dizendo? Eu engatinhei até a entrada da barraca e olhei para cima, encarando a idiota da Oliveira.

- Bem... – Ela coçou a nuca. – Eu não vou poder porque... – Ela olhou para mim. – porque...

- Porque ela vai me acompanhar. – Eu me intrometi na conversa sem saber o que estava fazendo.

- Vai? – Vanessa perguntou olhando para mim.

- Vou? – A babaca perguntou olhando para mim com as sobrancelhas franzidas e eu lancei a olha meu melhor olhar assassino quando o olhar de Ludmilla se desviou de mim para ela. – Ah sim... ela vai. É que Brunna tem sido minha parceira há muito tempo e temos um esquema particular de estudos que você não entenderia e acabaria atrapalhando você a fazer as tarefas...

Sim, tínhamos um esquema particular de estudos no qual cada um fazia a sua parte, juntávamos ela e torcíamos para não nos matar. Era daquele jeito desde o primeiro ano e estava dando certo, bem... mais ou menos certo.

- Desculpe não deixá-la ficar com a gente... – Eu quase fiz um beicinho de lamentação, mas iria ficar muito debochado, por isso, apenas sorri sem mostrar os dentes. O olhar de Vanessa intercalou entre Ludmilla e eu antes dela se levantar.

- Tudo bem, vou falar com Fernanda.

- Fale com Daiane também, ela é ótima nessas coisas de análise de plantas e poderá ajudá-la. – Ludmilla respondeu fazendo a primeira coisa certa do dia.

- Vou conversar com Fernanda primeiro. – Ela começou a se afastar, mas se virou uma última vez. – Aliás, estou ansiosa para o show na semana que vem. – Ela piscou e continuou caminhando em direção a barraca de onde ela nunca deveria ter saído.

Show? Quem falou em algum show? O que isso tem a ver com plantas? Vão colher maconha para fumarem no show? Ridículas!

- Aqui estão as suas coisas. – Ludmilla colocou as bolsas que segurava com apenas uma mão, dentro da barraca, entrando logo em seguida. Definitivamente aquele espaço era muito, muito pequeno.

- Entrou aqui para quê? – A barraca era dela, mas eu não estava nem ai, eu só não queria que ela ficasse tão perto.

- Você vai mesmo ficar comigo durante o trabalho? – Ela perguntou ignorando minha pergunta.

- Eu fiz isso pela Daiane. – Anunciei como se aquilo explicasse tudo e a vi assentir seriamente.

- E o Melton? – Ela inclinou a cabeça para o lado, olhando em meus olhos. Charles era um garoto completamente chato e sem graça, mas ela não precisava saber daquilo.

- Ele vai me entender. – Respondi com um dar de ombros.

- Vocês têm se falado muito? – Ela perguntou sem me fitar enquanto abria a minha mochila e começava a organizar as minhas coisas dentro da barraca.

- Por que isso é da sua conta? – Juro que minha intenção não era ser grossa, mas eu fui.

- Porque eu... – A resposta dela foi interrompida pela voz da professora convocando os alunos para iniciarmos as tarefas.

Dizer que o trabalho foi um saco seria redundante. Todos os insetos do mundo pareciam estar alojados naquela reserva e todas as plantas que nós precisávamos analisar pareciam as mesmas para mim, por isso, deixei que Ludmilla fizesse todo o trabalho sozinha enquanto eu pensava no que havia acontecido com Vanessa na barraca mais cedo.

Eu poderia sustentar a desculpa de que tudo aquilo era por causa de Daiane, mas a ideia de Vanessa com a Oliveira não me agradava desde o começo. Talvez eu estivesse sim com ciúmes e aquilo era muito, muito assustador.

Quando paramos para almoçar Vanessa apareceu mais uma vez se esfregando em Ludmilla e aquilo já estava me deixando irritada de uma forma que eu nem conseguia mais disfarçar e acabei descontando tudo na Oliveira. Para melhorar a merda toda, Charles não largava do meu pé e me xinguei por ter iniciado algum tipo de contato com ele.

Voltamos para dentro daquele monte de mato e a única que parecia estar achando aquilo o máximo era Daiane  que, com sua roupa de safari, analisava as plantas como se estivesse fazendo um estudo científico muito importante.

Dado momento daquela palhaçada meus pensamentos se desviaram de Ludmilla para Clara que estava um pouco a minha frente. O que Lucas estava falando com ela? Porque ele estava colocando o braço nos ombros dela? Eu adiantei alguns passos pronta para tirar aquele idiota de perto da minha amiga, mas Camila foi mais rápida e o enxotou.

- O que ele queria com você? – Eu perguntei me pondo ao lado da minha melhor amiga enquanto Camila estava do outro lado.

- Ele me convidou para sair. – Ela respondeu de um modo tímido.

- Você não vai sair com ele. – Camila sentenciou e Clara olhou para ela com as sobrancelhas erguidas.

- Você acha mesmo que eu sairia com ele? Camila, ele é a representação de tudo que não me atrai em um garoto. É egocêntrico, zombeteiro, galinha e cruel. Eu jamais sairia com um cara assim.

Depois daquilo eu fiquei mais tranquila porque Lucas era a última pessoa por quem Clara deveria se apaixonar. Só de pensar no que quanto ele poderia se aproveitar da inocência e bondade dela me deixava com vontade de ir chutar a cara dele.

Aproveitei que Ludmilla estava fazendo toda a pesquisa e me concentrei em Clara e Camila durante o resto do tempo em que ficamos na mata. Volta e meia, meu olhar se dirigia à Ludmilla que acompanhava Daiane e Lauren na pesquisa. Também vigiei Vanessa e diversas vezes encontrei seu olhar direcionado a Ludmilla e pensei seriamente em ajudar minha parceira na pesquisa, mas enquanto ela se mantivesse longe, não haveria perigo.

A pior e melhor parte daquela merda toda foi o banho. Os alunos se banhavam na porcaria de uma cachoeira enquanto os professores aproveitavam a água de uma cabana que havia no acampamento. Eu jurei para mim mesma que se algo tocasse os meus pés, eu iria gritar até morrer. Eu assisti ao filme da Anaconda então sabia que tudo poderia acontecer, por isso, me recusei a entrar na água mesmo como corpo pinicando como o inferno (o inferno pinica?).

- Bru, eu posso segurar você. – Ludmilla se prontificou enquanto eu estava sentada em uma das pedras observando aquele ninho de anacondas que eles chamavam de cachoeira. Seu torso estava coberto apenas pela parte superior de um biquíni preto e não era uma boa idéia ficar grudando nossos corpos semidespidos daquela maneira. Eu abri a boca para recusar seu convite, mas vi Vanessa se aproximando com aquela barriga tanquinho e sem aviso prévio eu pulei no colo de Ludmilla, me agarrando a seu corpo como um coala enquanto engolíamos um monte de água de anaconda.

Apesar do medo que eu sentia, as coisas não foram tão horríveis. Brincamos de briga de galo, sacaneamos a Clara, quase afogamos a Camila, fugimos da Camila, apanhamos da Camila... Já disse o quanto minha amiga era agressiva? Mas Camila era fofa quando queria. Eu interagia com Ludmilla porque... bem, eu estava grudada ao corpo dela então não podia ignorá-la totalmente e ela era divertida quando não estava infernizando a minha vida.

Quando a noite foi chegando, eu senti toda a empolgação se esvaindo e com isso, minhas reservas para com Ludmilla cresceram novamente e eu me afastei.

Naquele momento estávamos nós duas dentro da barraca e eu estava escondida em meu saco de dormir observando Ludmilla ajoelhada a minha frente fechando o zíper de entrada da barraca, nos enclausurando ali dentro. O short dela deveria ser curto daquele jeito? Por que ela usava um top fitness para dormir? Ela era a indecência em pessoa. Continuei observando-a enquanto ela ajeitava algumas coisas no fundo da barraca e ligava o lampião elétrico ajustando sua luminosidade de forma que deixava apenas uma leve penumbra dentro da barraca. Quando eu a vi terminar de fazer aquilo e começar a se virar, eu rapidamente fechei meus olhos e fingi estar dormindo.

- Brunna, eu sei que você não está dormindo, eu quero conversar com você. –Eu sentia a movimentação de seu corpo próximo ao meu, mas mantive meus olhos fechados. – Bru, é sério!

- Fala logo, Oliveira! –Eu sentenciei abrindo os olhos e me deparando com seu rosto muito próximo ao meu, mas eu nem podia protestar porque não havia espaço na barraca para que ela pudesse se afastar.

- Por que você está me ignorando? Digo, o que eu fiz para você parar de falar comigo assim do nada? Eu tento te entender, mas por mais que eu pense, eu não consigo. As coisas estavam começando a ficar bem entre a gente e de repente você começou a me ignorar, ai hoje quando fomos tomar banho de cachoeira você parou de agir como se eu não existisse e quando fomos jantar eu pareci me tornar invisível. Eu não estou cobrando nada, mas só me ajude a te entender para eu saber o que fazer. O que você realmente quer de mim? –Seu tom de voz era baixo e seu olhar analítico e ansioso. Eu inspirei fundo tentando obter algum tempo.

Como eu ia explicar para ela uma coisa que nem eu sabia? Desde aquele beijo dentro do armário de vassouras meus pensamentos alternavam entre todas as divisas de sentimentos. Uma hora eu queria esgana-la, na outra eu queria beijá-la, na outra eu queria que ela fosse para o inferno e na outra eu queria que ela me levasse ao céu. Eu não podia colocar aquilo tudo em palavras ali, enclausurada num espaço mínimo com uma garota que me deixava à beira da loucura. Por isso, eu expliquei da melhor forma que eu podia, o que eu sentia naquele momento. Eu agarrei seu rosto e a beijei.

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