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☀️▫️LUDMILLA▫️☀️

- Filha, você está bem? - Minha mãe perguntou com o cenho franzido aos pés da escada.

- Estou sim mãe, por quê? - Eu perguntei sem tirar os olhos de Brunna, que descia a escada na minha frente.

- Sua pele está muito vermelha. - Ela respondeu me analisando enquanto eu me aproximava dela, logo tateando meu rosto. - Você também está quente, acho que está com febre... - Ela divagou enquanto eu tinha a plena noção do que me deixou pegando fogo.

- Eu estou bem, mãe. - Afastei-me indo em direção a cozinha, onde Brunna já estava se servindo. - Eu estava fazendo um pouco de exercício antes da Brunna chegar e ainda não me recuperei. - Menti, me sentando ao lado de Brunna, vendo seu corpo se retrair com o meu ato.

- É bom mesmo você começar a se cuidar.

- Eu engordei um pouquinho. -Levantei um pouco a camisa para ela ver os ossinhos da minha costela que estavam aparentes, mas ela me ignorou porque era teimosa feito uma mula.

- Mas isso é porque você fica enchendo a cara de porcaria. -Enchia mesmo, não estou nem aí.

- Mas tem muita gente que gosta de me observar, não é, Gonçalves? - Ela começou a tossir e eu dei uns tapas nada delicados em suas costas.

- Quem anda te observando, filha? Já está na hora de desencalhar. - Ela olhou para Brunna com um sorriso e apoiou o cotovelo em cima da mesa e o queixo nas duas mãos. - Brunna, você não tem nenhuma amiga que gosta de garotas para apresentar pra Ludmilla? Ela parece um filhote de Satanás, mas no fundo é um amor de garota, não é filha? - Ela se inclinou por cima da mesa com a intenção de apertar minhas bochechas, mas eu desviei sem saber onde enfiar a cara.

- Desculpe tia Sil, mas eu não tenho ninguém para apresentar para essa daí. - Ela me olhou fazendo pouco caso.

- Ludmilla é apaixonada por uma garota há um tempão, mas não me diz quem é, você sabe de alguém?

- Mãe! Brunna não sabe de ninguém, por que ela saberia? Nós só estamos fazendo um trabalho juntas. - Eu quase berrei, sem olhar para Brunna. Minha mãe tinha uma boca enorme.

- Abaixa esse tom para falar comigo porque eu não sou suas amigas. Mirian concorda comigo que já passou da hora de vocês se darem uma oportunidade para se acertarem. - Ela dirigiu o olhar para Brunna. - Quando Ludmilla plantou a Cherry para voc...

- Mãe! - Eu a interrompi sentindo meu rosto pegar fogo.

- Foi a Ludmilla quem plantou a Cherry? - Eu sabia que Brunna estava olhando pra mim, mas eu não tinha coragem de encará-la.(Cherry-Cereja em inglês)

- Sim, inclusive é ela que sempre faz a cestinha que você recebe cheio de cerejas, você não sabia? - Fechei meus olhos e suspirei.

- Não sabia, eu pensei que era a senhora quem sempre os fazia. - Disse Brunna se referindo à cerejeira que eu havia plantado em meu quintal especialmente para ela.

Foi antes de eu saber que gostava dela de um jeito diferente. Eu deveria ter por volta de 11 anos quando tentei fazer as pazes com Brunna, mas não sabia como dar o primeiro passo. A paixão dela por cerejas sempre foi evidente. E era esse um dos motivos pelo qual eu a chamo de "Cerejinha".

Enfim... Tive a brilhante ideia de plantar uma cerejeira para ela, eu sabia que iria demorar pra ela crescer e dá os primeiros frutos. Quando as primeiras cerejinhas ficaram maduras, eu fiquei muito sem graça de entregar pessoalmente, então fiz uma cestinha e deixei em sua porta. Nos anos seguintes, sempre que a cerejeira se renovava e dava novos frutos eu fazia a mesma coisa e ela não teria descoberto isso se minha mãe não fosse uma linguaruda.

- Já terminou de comer, Brunna? - Meu tom saiu mais rude do que eu pretendia porque eu estava me sentindo ridícula, acuada e envergonhada.

- Tenha modos, Ludmilla! Eu não te dei essa educação. - Minha mãe ralhou.

- Tudo bem tia, eu sei que sua filha é uma ogra. - Eu olhei para ela com o canto dos olhos e ela estava me encarando e logo em seguida limpou a boca com o torso da mão antes de se levantar. - Terminaremos esse trabalho outro dia Ludmilla, eu preciso ir. - Ela sorriu para a minha mãe. - Se importa se eu levar mais desses waffles? Estão deliciosos!

- Não minha filha, pode levar todos, a Ludmilla vai comer um mingau de aveia que vou fazer para ela. - Brunna pegou o prato maior onde os waffles estavam empilhados.

- Obrigada tia, depois eu devolvo o seu prato. Tchau! - Ela sorriu para a minha mãe e olhou para mim mais uma vez antes de sair. Levantei e fui até a janela, acompanhando seus passos com o olhar e no instante em que ela entrou dentro de casa, me virei para a minha mãe.

- Por que a senhora fez aquilo? - Minha mãe deu de ombros e sorriu.

- Eu só queria ajudar! Há quanto tempo você vai ficar apenas presenteando a garota com cerejas?Já está na hora de mudar de tática, Ludmilla.

Maldita hora que fui abrir o jogo com a minha mãe. Fazia um tempo que eu havia me assumido para os meus pais e contado que eu era apaixonada por Brunna.

Eu havia me preparado por semanas, morrendo de medo sobre como contar e da reação deles, mas grande foi a minha surpresa quando eles disseram que já sabiam (durante uma crise de riso que eu não entendi), inclusive que já haviam percebido há tempos que o meu "ódio" pela Brunna não passava de "fogo no rabo", que minha cara de idiota perto dela me denunciava muito. Foi exatamente com essas palavras "cara de idiota".

Minha mãe trabalhou durante anos como orientadora pedagógica em colégios antes de se dedicar à vida de dona de casa e sempre procurou se manter próxima dos adolescentes e jovens para os aconselhar, inclusive vivia fazendo isso em grupos nas redes sociais. Era um pouco estranho ter uma mãe tão atualizada sobre dramas adolescentes da minha geração, ainda mais quando ela tentava se enturmar com meus amigos.

Enfim...

Minha mãe nunca havia se intrometido no meu relacionamento infernal com a Brunna, mas parecia que ela havia mudado de ideia.

- Eu tenho meus planos e ela saber que sou eu que sempre deixo as cerejas na porta dela não fazia parte deles.

- Eu só quis ajudar. - Ela deu de ombros mais uma vez. - Você vai me explicar aquele chupão no pescoço de Brunna ou eu vou ter que adivinhar?

Aquele era um ótimo momento para eu morrer. Eu só queria que Deus me levasse.

- Que chupão? - Eu me fiz de desentendida.

- Para cima de mim não, Ludmilla! Até um cego conseguiria ver aquela marca. - Eu bufei e coloquei um pouco de suco de laranja no meu copo.

- Eu ainda não estou preparada para falar sobre isso. - Não estaria preparada nunca. - Eu tenho um plano e assim que ele estiver concluído, eu conto tudo para senhora, ok? - Ela assentiu e eu beijei sua testa antes de seguir para o meu quarto com o copo de suco.

Eu precisava pensar.

🌟▫️BRUNNA ▫️🌟

Eu não sabia o que pensar.

Já fazia duas horas que eu estava fitando o teto pensando no que Silvana havia me dito e no que havia acontecido no quarto com Ludmilla.

Eu olhei para espaço ao meu lado na cama. Havia exatas cinco cestinhas sobre ele. Todas elas haviam sido customizados a mão e acompanharam as cerejas que foram deixadas na minha porta em datas intercaladas. Eu sempre havia pensado que eram presentes de Silvana porque eu sabia sobre suas habilidades manuais e ela sempre fazia presentes para a minha família, mas jamais em toda a minha existência eu poderia imaginar que era Ludmilla, e não Silvana responsável por aquilo.

Digo, eu comi todas as cerejas e todas elas estavam boas, nenhuma estava envenenada ou coisa parecida. As cestas não eram outra coisa senão lindas, ou seja, não havia nenhuma pegadinha sem graça.

Por que Ludmilla plantara logo uma cerejeira quando eu sabia que nenhum dos Oliveiras gostava de cerejas? Sem falar a demora que é pra ela dá seus primeiros frutos. E por que ela me chamava de "Cerejinha"? Será que tem alguma coisa em relação a essa cerejeira? A cerejeira foi batizada com o nome de "Cherry" também...

- Porra, Ludmilla! - Resmunguei, afundando minha cara no travesseiro.

Ainda tinha aquela merda que havia acontecido no quarto dela. Eu sabia que ela só estava me ensinando e tal, mas a última coisa na qual eu havia pensado foi na merda de uma aula.

Eu não conseguia esquecer o tremor em meu estômago quando seus dedos passearam por minha pele ou o modo que meu coração se acelerou quando sua língua tocou o meu pescoço. Eu não queria nem pensar no latejar que senti lá embaixo quando todas aquelas coisas aconteceram.

E se Silvana não houvesse nos interrompido?

- Porra, eu ainda vou ficar louca!

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