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• dias depois • sexta
Ao longo da semana, Chan e Minho se encontraram praticamente todos os dias após as aulas, fosse no auditório, sala de música, informática ou na casa do australiano. O Lee queria que eles escolhessem tudo sobre a coreografia e a apresentação em si para que pudessem começar a ensaiar; sabia que não seria tão simples essa última parte.
Nos últimos dias decidiram detalhes importantes como por exemplo que seriam duas músicas diferentes: uma para o trabalho do professor e outra para o festival. Como não tinham tanto tempo e ensinar o Bang ainda seria uma missão complicada, a primeira apresentação seria o cover de uma música — que ainda estavam decidindo qual seria — e a apresentação para o festival seria uma cem por cento original: coreografia e música por Lee Minho e Bang Chan.
Eles sabiam que não seria tão fácil, mas estavam dispostos a fazer dar certo.
— Certo, então, eu tenho duas opções fnais para o nosso cover. — Minho começou a dizer virando a cadeira em direção do mais novo. — Você vai escolher, ok?
— Por que eu?
— Porque eu amo as duas músicas e as coreografias são incríveis na minha opinião, então você pode escolher o que gostar mais ou achar mais simples. Não sei Bang Chan, só escolhe!
— Tá! — revirou os olhos e riram.
Chan arrastou sua cadeira para perto do mais velho e focou nas duas opções de Minho. A primeira leu que o nome era blackjack, ele não conhecia mas a pegada hip hop o interessou bastante e a coreografia parecia não ser tão impossível assim. A segunda música era taki taki, que Chan conhecia e gostava muito, mas só de ver o cara dançando soube que levaria tempo para que ele pudesse chegar em cinquenta por cento de tanta sincronia.
Eles não tinham todo esse tempo.
— Você é realmente muito bom para escolher coreografias.
— Eu sei, tenho bom gosto. — o mais velho se gabou. — Qual prefere?
— Meu sonho é conseguir dançar como esse cara da coreografia de taki taki.
— Não é impossível, Channie. Difícil e complicado, talvez, mas não impossível. — Minho o reconfortou com um sorriso e tocou seu joelho. Chan sorriu de volta.
— Podemos até tentar depois, mas pelo tempo que temos e por tudo o que queremos fazer, acho melhor ficarmos com a coreografia de blackjack. Eu amei essa música de verdade.
— Certo, blackjack então. — o Lee se concentrou em seu notebook por um tempo e então encarou o mais novo novamente. — Ontem eu passei um tempo escutando o instrumental que me mandou da nossa música, sabe?
— Você gostou mesmo? Eu achei tão... fraco.
— Eu vou dar na sua cara Bang Chan! — esmurrou o braço do mais novo, causando risadas. — Sim, está ficando muito bom. Mal posso esperar para ver a letra desta obra prima produzida por Bang Chan. Me dê um autógrafo antes de ficar famoso, ok? — Chan riu concordando.
— Estou inseguro com a letra. Comecei fazendo algo relacionado ao festival em si, sabe? Mas a letra não bate, preciso de mais uns dias.
— Relaxa, você tem praticamente um mês. Depois disso precisamos já ter tudo pronto para o festival porque aí teremos três semanas para ensaiar a outra corografia. E era sobre a coreografia que eu queria falar.
— Ok ok, diga.
— Ouvindo o instrumental eu tive umas ideias. Ainda vou melhorar elas e também vou esperar você produzir mais um pouco. Quando eu tiver uma base melhor, quero mostrar para você.
— Está bem. — o australiano sorriu concordando.
— Meu Deus, ficamos muito tempo hoje. — Minho falou ao notar as horas enquanto começava a guardar as coisas.
— Sim, já são sete horas. Nem vi o tempo passar.
— Hoje foi produtivo. Vamos pedir comida?
— Por mim tudo bem. A tia Lee vai ficar até tarde no hospital hoje e o Lix disse que ia dormir com o Jisung. Quer me fazer companhia lá em casa?
— Sem dúvidas! Jisung e Felix no dormitório, eca! — fez careta. — Vou dormir na sua casa.
— Sem problemas hyung.
∞
Depois que ambos tomaram banho, pediram algo e comeram enquanto assistiam work it. Minho já conhecia o filme, gostava tanto que já havia assistido diversas vezes desde o lançamento. Romance e dança eram a combinação perfeifa, a Netflix definitivamente tinha acertado mais uma vez em um filme original. O Lee conseguiu fazer com que Chan assistisse e foi engraçado ver como ele reagia ao filme, não deixando de brigar com os personagens em algumas cenas.
Após o término do filme, Minho deixou a televisão no canal de músicas que no momento passava um videoclipe de alguma música que o mesmo não conhecia. Chan ficou quieto por um tempo, até voltar a dizer:
— Às vezes tenho a sensação de que você vai sofrer para tentar me ensinar alguma coisa e não vai adiantar nada. Eu sou mesmo péssimo hyung, e não quero ser o culpado por você não conseguir a bolsa. Essa apresentação será importante para você, deveria arrumar outro parceiro.
— Ei, para com isso agora. — o Lee repreendeu encarando o mais velho seriamente. — O fato de você se preocupar mostra como se importa e se você se importa isso significa que você jamais irá fazer algo proposital para atrapalhar. Sua tentativa já vale muito, de verdade. Vamos nos apoiar e fazer dar certo juntos Channie.
— Obrigado por isso hyung. — Bang Chan sorriu sem jeito.
— Tive uma ideia, vem! — Minho se levantou com pressa e Chan o seguiu.
Minho achava sua ideia engraçada e um pouco boba, principalmente por terem acabado de assistir o filme.
— Sabe quando o Jake ajuda a Quinn a começar a dançar?
— Qual das vezes?
— Acho que é a segunda vez? — riu de sua própria confusão. — Quando ela está com o vestido amarelo.
— Sei!
— Vamos tentar o refrão, pode ser?
— Você sabe a coreografia? — perguntou surpreso.
— Foi praticamente a primeira coisa que eu fiz ao ver esse filme: aprender a coreografia. — respondeu concentrado no celular e então entregou para o mais novo, na parte a qual se referia. — Não vai ser tudo, apenas de quando eles dão as mãos e dançam um de frente para o outro.
— Certo. — respondeu devolvendo o celular.
São poucos segundos, eu consigo. Bang decidiu ser positivo.
(N/A: considerem a coreografia a partir de 1:15 até 1:25)
— Me dê sua mão. — Minho pediu e segurou a mão do mais novo. — São três passos para trás: direita, esquerda direita, soltamos as mãos e viramos. — explicou fazendo os passos devagar e encarou o mais novo. — Podemos tentar uma vez lento?
— Tá. — respirou fundo. — Direita, esquerda, direita e vira. Ok, vamos.
Chan segurou a mão de Minho e olhou atento aos passos dos dois, o Lee cantarolava bem lento essa parte que é rápida da música. “Make your jaw drop drop” devagar para direita, esquerda, novamente a direita e vira. Pararam de frente um para o outro e o mais novo sorria satisfeito consigo mesmo.
— Parabéns pirralho, mandou bem. — Lee implicou rindo.
— Cala a boca. — devolveu também humorado.
— Essa parte é simples. Fica de frente para mim e sua perna tem que ir na direção oposta a minha. Então, se eu vou com a direita você vai com a esquerda. Flexiona o joelho para baixo e para cima, de um lado lada o outro. — explicava enquanto fazia os movimentos.
— Flexiona o joelho, para baixo e para cima... — Chan repetia a si mesmo prestando atenção no mais velho. Suspirou cansado ao não conseguir imitar. — Não consigo! — reclamou fazendo menção de ir se deitar no sofá novamente.
— Consegue sim, volta aqui! — Segurou o braço do mais novo e o trouxe para perto novamente. — Deixe os braços livres, relaxa e presta atenção em mim.
Chan assentiu, mas ficou tenso ao sentir as mãos do outro em sua cintura. Deixou sua atenção no rosto do mais velho e sentiu suas orelhas queimarem ao notar o olhar dele fixo em si. Minho mexeu os corpos, ditando qual perna o Bang deveria mexer. Repetiram então as duas partes que aprenderam agora juntas, o Lee novamente com as mãos na cintura do outro nos últimos movimentos.
Minho estava a confusão interna. Mesmo que agisse normal por fora, por dentro ele estava a completa bagunça desde que soube que Chris e Chan eram a mesma pessoa; ele nem ao menos entendia porque isso o afetava tanto.
Talvez porque ele quisesse mesmo beijar Chris e agora sabia que ele era Bang Chan, um garoto tímido e calmo, extremamente fofo que via todos os dias e havia se aproximado tanto em pouco tempo.
Mas ele não entendia, ele não queria beijar o Bang. Queria?
Concluíram o pequeno trecho de, no máximo, dez segundos sem diminuir a proximidade. Ambos possuíam a respiração pesada, mas Chan sem dúvidas estava mais ansioso. O mais velho estava perigosamente perto demais e ele não achava isso inteiramente ruim.
O que isso significava?
Minho podia jurar que estava aproximando seu rosto ao do outro e poderia facilmente tê-lo beijado, mas foram parados pelo barulho na porta da casa. A senhora Lee havia chegado.
Se afastaram bruscamente e se deitaram cada um num sofá. A dona da casa saudou os dois desejando boa noite antes de ir para seu quarto. Enquanto isso, Minho só pensava se teria mesmo a coragem de beijar o outro e Chan se perguntava confuso se o mais velho realmente iria o beijar e, se caso o beijasse, se ele retribuiria.
Ambos temiam às respostas.
∞∞
então fantasminhas, fiquei sete dias sem postar porque troquei de celular e consegui passar os capítulos pro celular novo hoje
enfimmm espero que gosxxtem ❣️
novembro, 30, 2020.
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