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7° Taça

SALVEEEEEEEEE

Neste capítulo têm mais interação entre os Jikook do que na soma dos 6 anteriores, então aproveitem! E comentem também hahaha

Enfim, é isso: espero que gostem do capítulo de hoje, deixem ase isso acontecer e boa leitura 💕


🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈


O carro do Sr. Park parece uma nave.

Ao descermos, o carro está parado na entrada da empresa. Um homem entrega a chave ao CEO, que agradece antes de ir para o lado do motorista. Eu, é claro, permaneço paradinho no lugar, me perguntando o quão podre de rico meu chefe pode ser.

A cor do veículo se assemelha ao cinza escuro, quase preto, e eu nunca imaginei que uma lataria pudesse brilhar tanto igual essa. Eu consigo ver perfeitamente o meu reflexo nela.

Além disso, o teto do carro bate exatamente na altura da costela de Park, o que me deixa curioso para saber se cabe uma pessoa dentro dele. Ou melhor: duas pessoas.

— Vai ficar só olhando? — ele indaga, pronto para entrar no veículo.

— Hm... Como abre a porta? — Sem brincadeira, não tem maçaneta!

É então que, pela primeira vez desde que o conheci, vejo os dentes brilhantes de Park Jimin quando ele abre um sorriso atrevido para mim. Ele passa a língua entre os dentes brancos de forma lenta e ousada e abaixa, entrando no carro. Segundos depois a porta do carona sobe lentamente, enfim abrindo.

Sinceramente? Que sorriso...

Limpo a garganta e entro no carro, puxando a porta de forma meio desajeitada já que estou acostumado com portas abrindo para frente e não para cima.

Por dentro é ainda mais luxuoso. Eu nunca vi algo tão bonito de olhar igual esse carro por dentro. Tudo parece brilhar.

— Gostou? — Jimin pergunta, dando partida. Eu sinto o carro vibrar sutilmente, mas não ouço nada. Entretanto, os vidros escuros das janelas descem e eu enfim consigo escutar o ronco do motor.

— Do sorriso? Amei. O senhor fica lindo, deveria sorrir mais. — Eu o olho a tempo de ver os olhos roxos saírem do painel lentamente e virem para mim. — Ah, você estava falando do carro?

Ele trinca o maxilar e espreme os olhos na minha direção, e eu me sinto pequeno.

— É um carro realmente muito... elegante — digo, tentando mudar de assunto.

Senhor — me corrige com rudeza, provavelmente de alguma informalidade que eu sequer notei ter usado.

Park volta a olhar para frente e coloca marcha no carro, arrancando com tanta força que me faz encolher no banco de couro.

— Coloque o cinco, Jeon.

Eu o faço com pressa, engolindo em seco quando o sinal fecha e dá a impressão de que vai acelerar mais, mas então, de forma sutil, pisa no freio e o carro vai parando devagarinho.

— Me diz que vamos chegar vivos lá, por favor — peço, olhando-o de rabo de olho.

Jimin passa a língua entre os lábios rosados e engata a primeira, apoiando o cotovelo esquerdo na janela e a mão direita no volante chique.

— Confia em mim.

Ele só diz isso.

Confiar?

A minha vida?

Em um Cupiditatem?

É pedir para morrer.

Exatamente a mesma coisa.

— Você gosta de se mostrar, não é? — provoco, ganhando a atenção dele; mas apenas por breves segundos já que o sinal fica verde e ele logo volta a olhar para a rua.

— Acho que às vezes você esquece que eu sou seu chefe. E que você pode perder o emprego a qualquer momento. — Mantém os olhos na estrada. — Toma cuidado com o que fala, Jeon Jungkook.

— Só fiz uma pergunta... — murmuro, não me sentindo ameaçado. — Se quisesse alguém babando o seu ovo teria escolhido outra pessoa.

Ele pisa no acelerador.

— Dá pra ir mais devagar? — peço, apertando a fita do cinto de segurança. — Por que a gente não veio no meu Fiat Uno? Ele não passa de cem quilômetros por hora.

— Você é engraçadinho, Jeon... — Park então diminui a velocidade, mas ainda está a quase 120 km/h.

— Park, pelo amor de Lilith, por que e para que tudo isso? — Olho para o homem. — O carro.

Ele estala a língua no céu da boca.

— Vai dizer que ele não é lindo?

— Sim, mas... — Não digo mais nada.

Ele então para novamente no sinal fechado.

— Eu tenho dinheiro, então porque não? — indaga simplista, me fazendo quase revirar os olhos. — Além do mais, o ronco do motor dele me excita. — Pisa no acelerador, exibindo o barulho que o carro faz. — Muito.

— Hm... — Ele me olha brevemente, então posso ver o quanto as pupilas estão dilatadas.

Ele realmente está excitado.

— É confortável — continua. — Elegante. Rápido. Exclusivo. — Sorri ladino. Ele volta a olhar para frente, e a dirigir já que o sinal abre segundos depois. — Só há sete desse, então...

— No mundo todo?! — indago, surpreso.

— No mundo todo, Sr. Jeon — confirma, mantendo uma velocidade boa desta vez, mas apenas porque a quantidade de carros na rua não o deixava correr mais.

E eu agradeço por isso.

— Não quero nem perguntar o valor. — E eu realmente não queria saber, porque fico inconformado como alguém pode gastar tanto dinheiro com uma coisa que não vai durar para sempre. Entretanto, é como ele mesmo disse: tem dinheiro, então porque não?

— E não vou dizer — diz. — Mas saiba que você está sentando em ouro. — Olho para o banco de couro. — É costurado com fios de ouro.

Eu já comentei que Cupiditatens sentem prazer em se exibir? Em mostrar que tem poder? Já, né? É insuportável.

— O senhor se acha, Sr. Park.

— Eu sei, Sr. Jeon, obrigado por reparar. — Eu sinto a satisfação dele apenas pelo tom de voz.

Nego de forma sutil com a cabeça e olho para a janela, decidindo prestar atenção na paisagem borrada. Quase não dá para ver alguma coisa direito, mesmo que ele esteja em uma velocidade bem abaixo do que aquele carro potente consegue chegar.

Não sei com precisão quanto tempo tudo fica em silêncio, mas se passam muitos semáforos vermelhos. Em um momento Park fecha as janelas porque o vento está muito forte e tudo fica ainda mais silencioso.

— Por que não atendeu ela? — pergunto bem baixinho, que é mais do que o suficiente para que me escute. Minha atenção ainda está do lado de fora, no que passa diante dos meus olhos pela janela.

Park não responde.

Por minutos caímos em outro silêncio. Eu não ouso olhá-lo, tampouco perguntar outra vez. Sei que estou sendo impertinente.

Entretanto, para a minha surpresa, ele responde.

— Porque eu não quis.

Do jeito dele, mas responde.

Me ajeito no banco de couro e ouro e encosto a cabeça para trás, mantendo a atenção na janela. Eu poderia facilmente dormir. Não faz barulho, parece que está flutuando no asfalto e o som baixo e suave que sai do rádio apenas colabora.

Contudo, antes que eu pudesse fechar os olhos, Park diz:

— Falar com a minha mãe sempre é um problema. — O tom é tão baixo quanto o meu anterior, mas eu escuto perfeitamente. — Com meus pais, na verdade.

Umedeço os lábios com a ponta da língua e decido não olhar para ele. Jimin parece não gostar de ter os meus olhos sobre ele enquanto conversa. Todas as vezes que conseguimos conversar de maneira decente não estávamos olhando diretamente um para o outro.

— Amare? — palpito.

— Sim. Os dois — responde, me fazendo morder o lábio inferior.

Amare e Cupiditatem não é algo hereditário. É uma caixinha de surpresa. Tipo um Kinder Ovo. Você não sabe o que vai vir.

Amares podem ter tanto filhos igualmente Amares, quanto filhos Cupiditatens. Assim como Cupiditatens podem ter tanto filhos Cupiditatens, quanto filhos Amares. Da mesma forma que um Amare e um Cupiditatem podem ter filhos tanto Amare, quanto Cupidi. A probabilidade é a mesma: 50%.

Não é algo escolhido.

Eu tenho dois pais Amares, mas sou um acidente que aconteceu entre dois Cupiditatens. Eu não gosto muito de falar sobre isso, devo admitir.

Só descobriram, de fato, a minha natureza depois dos meus dez anos de idade, já que é quando, normalmente, aflora o comportamento e muda a cor dos olhos. A puberdade, podemos assim dizer. De qualquer forma, nascendo Amare ou Cupidi, eu jamais teria a atenção dos meus pais biológicos, porque ter nascido Amare não foi o motivo deles terem me colocado na adoção – e não vou entrar nesse assunto agora.

Esse não é o foco.

Crianças Amares começam a demonstrar afeto, compaixão e amor pelas pessoas à sua volta. Gostam de ficar perto das pessoas que amam, principalmente da família.

Crianças Cupiditatens são o contrário. Elas demonstram frieza, neutralidade em diversas situações e costumam se isolar, principalmente da família. E mais principalmente ainda se a família for Amare.

Às vezes fico me questionando certas coisas, sabe? Porque eu sou Amare e recebi amor dos meus pais a partir do momento em que fui acolhido, assim como demonstrei amor por eles também. Entretanto, a pergunta que me faço é o quão difícil e doloroso deve ser quando não há reciprocidade. Porque é muito comum pais Amares terem filhos Cupiditatens. Ou Cupiditatens (se engravidam por acidente, como foi o meu caso) terem filhos Amares. A questão é que não tem devolução de afeto nesses casos.

E eu não sei o que é mais doloroso: pais que não recebem o amor de seu filho, ou filho não ter amor de seus pais.

É absurda, porém comum, a quantidade de casos em que crianças e adolescentes Amares morrem por falta de afeto.

Jimin é Cupiditatem, filho de Amares. Oh... Não deve ter sido nada fácil. Porque às vezes os pais demonstram seu amor pelo filho mas, por ser um Cupidi, ele se sente sobrecarregado, sufocado, pressionado.

Assim como Amares morrerem em seus primeiros quinze anos de vida, é comum Cupiditatens abandonarem suas casas, suas famílias, tão cedo; ainda na adolescência. Para construírem suas vidas sem aquele sufoco que chamam de Amor.

— Filho único? — ouso perguntar. Ele demora para responder.

— Não. Eu tenho uma irmã mais nova. — Noto que a paisagem mudou. Uma vez prédios, agora consigo ver mais verde, mais árvores. Estamos saindo da cidade. — Amare. — Sopra um riso. — Achei que me deixariam em paz quando ela nasceu, mas me ligam todo o final de semana nos últimos vinte anos.

Jimin tem trinta e cinco anos. Cinco anos mais velho que eu. E eu sei disso porque li a vida dele toda no Wikipédia. E eu só vou confiar porque foi Stacy que publicou.

— Eles te amam, apenas se preocupam — murmuro. — O senhor sempre vai ser o primeiro filho deles.

Em mim machucaria, mas sei que Jimin não está sentindo nada. Na verdade, ele sente raiva por não o deixarem em paz.

Ele sopra outra risada contida, mas não diz mais nada.

— Eu conheço uma pessoa — começo a contar, mais para prolongar a conversa do que qualquer outra coisa. Porque Jimin até que é legal quando não está sendo grosso. — Cupiditatem. Filho de mãe Amare e pai Cupidi. Só que o pai dele sumiu quando descobriu que ela estava grávida, então ela criou e cuidou sozinha. — Sorrio fraco.

— E ele também a deixou?

— Não. — E então a figura de Namjoon brilha na minha mente, o que me faz sorrir mais para a janela. — Quando ele cresceu e percebeu que nunca saberia o que era sentir o calor aconchegante de um abraço afetuoso, ou a sensação gostosa que toma o peito quando se ama alguém, ele... ele passou a fingir. Fingir que a ama. Ele a abraça mesmo não sentindo vontade, diz que a ama mesmo não sendo verdade, porque ele sabe reconhecer o quanto ela foi boa para ele. Desde os doze anos ele tenta retribuir tudo porque sabe o quanto isso é importante para ela.

Namjoon é um amorzinho.

— Esse cara é muito otário — Park diz de uma maneira que soa engraçado, então não consigo segurar a risada.

— Ele é um Cupiditatem admirável. O único que eu suportaria viver pelo resto da minha vida — digo. — De qualquer forma, não dá para exigir nada de vocês.

— Não seja tão duro, Sr. Jeon. Não temos culpa de nada.

Mordisco o lábio inferior e me viro lentamente para o lado do motorista, vendo Park com apenas uma das mãos no volante enquanto o cotovelo esquerdo está apoiado na janela, além da mão livre que alisa a própria testa. A atenção dele está totalmente voltada para a estrada.

— Jamais os culparia, Sr. Park. Quem sou eu para tal, afinal. — Ele trava a mandíbula e me olha por breves segundos, logo voltando os olhos violetas para frente.

Eu disse que quando olho para ele parece que um muro é erguido entre nós. Ele não fala mais nada depois disso e eu desvio o olhar de volta para a janela.

Por minutos, de novo, o silêncio se instala entre nós. Não estamos mais na cidade. Tudo o que se vê de um lado a outro da pista são as altas e bonitas árvores. De diferentes tipos. Para frente, o asfalto da rodovia reta se perde no horizonte, algumas poucas curvas.

Eu nunca tinha vindo para essas bandas.

— Posso fazer uma pergunta? — quebro a quietude quando pergunto.

— Acabou de fazer.

Suspiro e mantenho o olhar no vidro levemente escuro por conta do insufilm.

— Por que segurou a minha mão ontem? — Ele não diz nada. — No elevador.

— Porque eu quis.

Reviro os olhos.

— Não dá para conversar direito com você.

Nada é dito por minutos.

— Porque eu achei que precisasse que segurasse — quando eu já havia me conformado com a resposta anterior, ele me surpreende ao falar.

— E precisava — confirmo. — Mas por quê?

Eu me senti muito bem, claro. Porque eu gosto de saber que tem alguém do meu lado. E, dependendo da pessoa, eu me sinto até mesmo protegido. Entretanto, ter sentido a mão de Jimin segurando a minha com tanta firmeza, mas sutileza ao mesmo tempo, me pegou desprevenido. Eu não esperava. O que não quer dizer que eu tenha sido ruim.

Para falar a verdade, eu não sei o que pensar sobre isso. Talvez eu só não queira admitir que eu tenha me sentido muito bem. Que eu tenha gostado. Porque Park Jimin é meu chefe.

E Cupiditatem.

— Não sei, Jeon.

Passo a ponta da língua entre os lábios de forma lenta, fechando os olhos de novo.

— Park?

— Sim?

Pressiono os dentes dianteiros em meu lábio inferior, abrindo a mão sobre a minha coxa.

— Nada.

Abro os olhos e fecho a mão com um pouco de força, sentindo minhas unhas grandinhas marcarem minha palma, mas não ao ponto de machucar.

— Estamos chegando? — Sinto a garganta seca de repente. Quero entender o motivo.

— Sim — Park responde, acelerando mais. Eu não sei exatamente o quanto, mas sei que estamos a mais de 150 km/h. Porque as coisas passam rápido pelos meus olhos, mesmo que a impressão é que o carro esteja devagar.

— Jeon? — me chama.

— Sim?

Jimin não diz nada. Entretanto, segundos depois, sinto os dedos dele escorregarem pela minha palma. Me sinto nervoso de novo, como no dia do elevador, mas abro a mão e permito que ele termine de unir a palma macia à minha.

— Por que está fazendo isso agora? — pergunto, mantendo os olhos na paisagem borrada apesar de não conseguir focar em nada lá fora.

— Não sei. — O tom é tão baixo e manso que nem parece aquele CEO carrancudo.

— Se você matar a gente, eu mato você — deixo claro, tentando não focar no fato de ele estar dirigindo apenas com uma mão nesse momento.

— Confia em mim, Jeon.

Não sei se devo, nem se posso, mas cogito na possibilidade. Entretanto, não falo nada. Em vez disso, separo os dedos e os deslizo entre os de Park, entrelaçando-os.

Eu não sei o que está acontecendo, mas não quero soltar. Não quero me afastar e não quero que ele me afaste.

Só que é exatamente o que acontece quando, minutos depois, sinto a velocidade do carro diminuir, e então a paisagem começa a tomar forma outra vez.

— Estamos chegando — o empresário anuncia, e sinto a mão dele afrouxar a minha devagar até soltar completamente. Me ajeito no banco e olho para frente, mas vejo pela visão periférica Park usar a mão que anteriormente segurava a minha para reduzir a marcha conforme vai pisando no freio.

Me pergunto por que caralhos o carro dele não é automático!

Não sei quanto tempo passamos na estrada, mas estamos muito afastados da cidade. Os altos e luxuosos prédios foram substituídos pelo verde natural. Entretanto, as altas árvores também ficaram para trás. A vegetação, apesar de verde, é baixa. Vinhas. Há construções, certamente, mas são todas feitas em madeiras; como celeiros.

A plantação de uvas é de perder de vista. Dos dois lados da pista, para falar a verdade. A rodovia corta quilômetros e quilômetros de vinhas, até o horizonte.

— É enorme — digo, admirado.

Park então sai do asfalto e entra numa curta estrada de terra, parando o carro metros depois na portaria. Ele abaixa brevemente a janela e o homem nem hesita antes de liberar o portão.

— Viu? Chegamos inteiros — debocha quando estaciona em frente a uma das enormes construções de madeira. Há cinco desses; uma do ladinho da outra. Elas devem ter uns cinquenta metros de comprimento. Talhado acima da porta de uma delas está escrito: ARMAZÉM I.

— Ainda bem! Não tenho seguro de vida.

É lógico que tenho, está em uma das cláusulas do meu contrato.

— Tem sim. — Olho para o lado a tempo de ver o Cupidi abrir a porta do carro. — Você não leu o seu contrato, Jeon Jungkook?

Ele sai logo depois, me deixando sozinho. Eu tiro o cinto, mas não sei exatamente como abre essa porta maldita.

Caramba, para que todos esses botões no painel servem?

— Não mexe aí — estou prestes a apertar um deles quando a porta sobe, mas então Jimin alerta. — Quantos anos você tem? Doze?

Ele consegue ser um cavalheiro às vezes, até a porta abriu para mim. Mas só às vezes, porque na maioria delas ele é um pedaço de pedra.

— Você costuma abrir a porta para as pessoas? — pergunto enquanto saio do carro luxuoso.

— Só para os curiosos que adoram mexer no que não deve. — Fecha a porta moderna e ajeita o terno. — Vamos.

Devo admitir que o Sr. Park é um homem muito bonito. Elegantíssimo. Os fios loiros dos cabelos são lisos e, como sempre, perfeitamente penteados para trás. O tronco saudável é realçado pelo paletó de marca. A cintura fina desenhada pela calça social sofisticada. A tatuagem, que nunca tive a oportunidade de ver completa, o dá um ar ainda mais misterioso ou sei lá. O rosto é jovial e livre de pelos, apesar de estar se aproximando dos seus trinta e seis anos.

Park Jimin é um homem belo.

Ele começa a andar na frente e eu vou logo em seguida, tendo a visão das costas. É larga na altura dos ombros e vai afinando ao longo do tronco, até a cintura.

Pisco algumas vezes e foco a atenção ao redor. Nós somos recepcionados por uma mulher cujos cabelos longos, lisos e loiros brilham. Mais claro que os de Jimin, deu para ver chegando de longe. Ela beija Park no rosto e faz o mesmo comigo – os lábios nem chegam a tocar em mim –, exibindo um enorme sorriso marcado com um chamativo batom vermelho.

— Estão à sua espera, Sr. Park — ela diz. Apesar de Amare, sei notar quando alguém está tentando seduzir outro alguém, e é exatamente o que essa mulher está fazendo com Jimin.

Preciso mesmo dizer que ela é Cupiditatem? Acho que não, né?

— Obrigado, Annabeth.

A porta do armazém está aberta e Park sabe onde deve ir, eu apenas o acompanho um pouco mais atrás. Annabeth é quem ocupa o lugar ao lado dele.

Junto deles, passo para o lado de dentro, ficando simplesmente fascinado com o tamanho desse lugar. O interior parece ainda maior do que olhando de fora. Há muitos, incontáveis, caixotes de vinhas. Todos carregados, empilhados uns sobre os outros. Mas não é aqui o lugar que deveríamos estar.

Os dois continuam andando até quase no fim do armazém conversando. A mulher conta que todas aquelas uvas haviam sido colhidas naquela manhã mesmo e que haviam pessoas lá colhendo mais. Todas iriam descer ainda naquele dia para... não entendi bem para quê. E não sei o que "descer'' queria dizer.

Até a gente, de fato, descer.

A escada no fim do armazém leva ao subsolo. É tão grande quanto o armazém, se não maior. Só que a ideia de estar abaixo da terra não me causa uma sensação muito agradável.

Aqui embaixo tem enormes máquinas que eu não faço a mínima ideia para que servem. Jimin, entretanto, parece bem atento a tudo o que acontece à nossa volta. Faz questão de olhar cada uma daquelas máquinas, além de conferir diretamente com os funcionários que tomem conta delas como estão os processos.

— Desengaçadeiras. Depois da colheita, são trazidas e colocadas aqui para retirar os ramos dos cachos das uvas — ele conta para mim.

Oh, isso é interesse. Há muitas máquinas funcionando ao mesmo tempo.

Entretanto, não ficamos aqui embaixo. Pouco tempo depois estamos novamente no andar de cima, porém no armazém do lado. ARMAZEM II. Em vez de caixotes de uvas inteiras, neste havia elas já sem os ramos. E no subsolo há máquinas diferentes do armazém anterior.

E então Jimin faz questão de ir em todos os armazéns, checando todos os processos. Ele explica todos para mim. Esmagamento, fermentação (feito tanto em tanques de aço inox quanto em barris de carvalho), trasfega, estabilização, e mais alguns processos que já nem me lembro mais.

Chegamos então em um dos últimos armazéns, onde Park me conta que é feito o amadurecimento do vinho. A bebida é colocada em barris de madeira (ou em tanques de aço) e fica dentro deles por um tempão antes de enfim ser engarrafado. Depois de engarrafada, ainda fica mais um tempo de repouso antes de ir para o mercado. E essa etapa de amadurecimento e engarrafagem pode durar semanas, meses ou anos. Jimin diz que depende muito do tipo de vinho e da preferência do produtor dele.

— Tudo isso é vinho? — indago, correndo os olhos pelos milhares barris gigantes de madeira.

— Sim. Estão todos cheios. Estão prontos para serem tirados deles e engarrafados — explica, tocando um dos barris. — Alguns litros foram engarrafados há um tempo. Vim provar hoje.

— E se não estiverem do seu agrado? Ou do jeito que havia planejado? — Park então suspira de forma longa e pende a cabeça para o lado, passando a mão livre na nuca.

— Então será um desperdício. — Arregalo os olhos só de pensar em todos aqueles milhões de litros serem jogados fora. — Não vamos pensar nessa possibilidade, sim? Tem que dar certo. — Se afasta do barril. — De qualquer forma, nunca deu errado. Eu sei o que estou fazendo. E eu nunca erro.

Rolo os olhos.

— Coisa feia, Jeon. — me repreende, me dando as costas. — Vem, vamos à degustação.

Eu aperto um pouco o passo para conseguir andar ao lado dele. Enquanto Jimin dá um passo, eu dou dois. Não que minhas pernas sejam curtas (até porque eu sou o mais alto entre nós), é ele que dá passadas muito largas.

Nós entramos no último armazém e eu me vejo mais uma vez encantado com a quantidade, só que desta vez de garrafas. São muitas.

— Essas ainda não estão prontas para consumo, tampouco comercialização — Jimin conta. — Elas vão ficar por mais alguns anos aqui, descansando. São da safra do ano passado.

— Uau... Isso é realmente incrível.

Eu o escuto soprar uma risada baixa, e quando olho noto olhos violetas em mim.

— Que foi? — ouso perguntar.

Park apenas nega com a cabeça e passa a dar passadas calmas para longe de mim, continuando por uma das longas prateleiras cheias de garrafas lacradas e rotuladas. Nenhum desses vinhos fazem parte do novo lançamento; até porque Park ainda está decidindo sobre a arte dos rótulos e o formato das garrafas em si.

Descemos para o subsolo deste armazém, onde existem mais algumas milhares de garrafas, porém essas ainda estão em processo de engarrafamento e rotulagem. Há bastante pessoas aqui embaixo, a maioria ocupada com alguma tarefa. Entretanto, uma mulher tão bem vestida quanto a que nos recepcionou vem até nós.

Ela sauda o loiro e a mim com uma simpatia absurda e até mesmo brinca com o homem por ele estar com uma marca vermelha de batom no canto da boca. Park me olha de rabo de olho, como se perguntasse o porquê de eu não ter avisado e eu apenas dou um sorrisinho e ergo os ombros para ele.

Não tenho nada a ver com isso.

— Engarrafamos essas há quase um mês, como pediu — ela conta quando aponta para uma prateleira com muitas garrafas. — Usamos os litros que sobraram da safra passada.

— Resolverei sobre o novo modelo ainda essa semana — Park diz, pegando um dos litros escuros. — Mandarei para cá e preciso que mande rotular todas para o próximo sábado. Jeon ligará em breve dando maiores instruções.

— Sim, senhor — diz apenas, entregando a ele um saca-rolhas sofisticado.

— Espero que ninguém tenha tomado antes de mim. — Olho para a mulher ao mesmo tempo que ele e ela solta uma risadinha.

— Sabe que o senhor tem exclusividade. Ninguém ousaria tal atrocidade.

Jimin tira a rolha, mas tampa de novo logo em seguida, o que me deixa confuso. A mulher cujos cabelos são encaracolados parece estar acostumada, até mesmo estende a mão para receber o saca-rolhas antecipadamente.

— Vem, Jeon — chama por mim, passando a mão em duas taças antes de caminhar em direção a saída. Não é pelo lugar em que entramos.

Todos os armazéns tem duas entradas/saídas. A de pessoas – a que nós entramos – e a de caminhões, afinal, todas essas uvas e litros de vinho precisam chegar e sair por algum lugar. Foi feita uma estrada que começa lá em cima e vem descendo para o subsolo, onde os caminhões são descarregados/carregados.

Onde acontece a magia, como disse Park.

Nós saímos por essa passagem. Subimos e saímos atrás do ARMAZÉM V, em um lugar que dá de frente para todos aqueles quilômetros de plantação de uva que vi quando chegamos.

A beleza desse lugar transcende. O sol está brilhando, mas o clima não está tão quente, o que deixa tudo mais agradável.

— Park... Esse lugar é lindo! — exclamo, correndo os olhos pelo imenso vinhedo.

O homem não diz nada, apenas continua andando em direção às vinhas. E quando penso que vai parar, ele entra no meio da plantação. Céus... Jimin reluz embaixo desse sol. Ele parece um ser magnífico de outra dimensão; ou então um príncipe daqueles filmes da Disney. O vento suave bagunça os fios claros, tirando-os do lugar. Em algum momento em que estávamos lá dentro ele desabotoou o paletó e agora as lapelas esvoaçam conforme avança entre as uvas.

Eu juro que estou escutando uma música épica no fundo e que está tudo em câmera lenta.

— Onde estamos indo? — pergunto. Meu tom é um pouco mais elevado para que consiga me escutar. Uma fileira de plantação de vinhas nos separa; eu estou de um lado, ele do outro.

Park me olha através das folhas e dos cachos de fruta e mostra aquele sorriso mortal pela segunda vez para mim só nesse dia, voltando a olhar para frente logo em seguida.

— Esse cheiro me agrada. — Ele então diminui a caminhada até parar, e passa do lado de lá para o lado de cá, parando bem na minha frente. — É bem diferente do ar pesado da cidade, não?

Assinto. De fato, o ar aqui é mais leve. Fora o cheiro de folhas verdes e terra molhada que é extremamente agradável.

Eu pego as duas taças de vidro quando o enólogo as estende para mim e o observo abrir a garrafa de novo. Como já havia tirado a rolha antes, bastou puxá-la.

— Gosta de vinho, Sr. Jeon? — Despeja dois dedos da bebida vermelha escura em uma das taças. Até mesmo o jeito que segura a garrafa é elegante.

— Bebo de vez em quando — confesso, ocultando, é claro, que bebo apenas quando estou na merda.

— E você gosta? — Despeja na outra, me olhando por cima dos cílios longos.

— Não gosto de álcool, admito. Mas o vinho desce. — Tampa a garrafa de novo. — Não gosto da sensação de ressaca no dia seguinte. Aliás, a gente deveria estar bebendo agora?

Assim que eu concluo a minha fala, Jimin faz uma expressão um tanto quanto engraçada, mas que dá a impressão de estar sentindo dor; de estar sofrendo.

— Você não bebe pra ficar bêbado não, né, Jeon Jungkook? — Pega uma das taças da minha mão.

— Talvez?

Ele fecha os olhos e nega com a cabeça, como se estivesse muito desapontado com a minha resposta.

— Vinhos são bebidas delicadas, Jeon. Não é cerveja, nem pinga. — Abre os olhos e agita de forma sutil o líquido escuro. — É para apreciar, não ficar bêbado.

Comprimo os lábios ao tentar esconder um sorriso, vendo o homem revirar os olhos para mim.

— Coisa feia, Park — repreendo, como fez comigo mais cedo.

Ele inclina a taça dele na direção da minha.

— Faça as honras, vou deixar você provar primeiro. Quero ver a sua reação. — Também inclino a minha na direção dele, tocando os vidros com sutileza.

— Que honra — digo, levando a taça até os lábios.

Na verdade, me sinto realmente honrado. Quero dizer, ninguém provou ainda, tampouco ele. E eu serei o primeiro.

O que significa isso? Eu não sei. Jimin não parece ser do tipo que faz isso com frequência. Inclusive, tenho que ficar atento para não me acostumar com o cara que está na minha frente neste momento, porque algo me diz que não vai ser sempre que eu o verei.

— Vou ensinar só uma vez. — Segura meu pulso antes que eu pudesse, de fato, sentir o gosto da bebida. — Feche os olhos — pede. Como em poucos momentos durante toda aquela manhã, ele olha dentro dos meus olhos.

Engulo em seco, mas faço o que me pediu, mesmo querendo mantê-los abertos.

Park solta meu pulso para segurar a taça por cima da minha mão. É quente e macia, eu gosto.

— Você deve usar os sentidos, é assim que se aprecia — diz de forma suave, aproximando a taça do meu nariz. — Sente alguma coisa? — Aspiro com calma, sentindo bem fraquinho, quase inexistente, o aroma da bebida.

— Pouca coisa — sou sincero.

Ele afasta a taça e eu abro os olhos, e então ele gira a bebida no vidro como fazia com o dele tempos atrás.

— Tente outra vez.

Ele solta a minha mão e eu levo a taça até perto do meu nariz, fechando os olhos antes de aspirar de novo.

— Mudou, não foi? — Concordo.

— Ficou mais forte. — Abro os olhos e ele concorda. — É... amadeirado.

— Barris de carvalho — explica. — Agora sim você pode beber — diz. — Com calma, Jeon. Paciência e sutileza.

Então eu o faço. Levo até a boca e fecho os olhos antes de provar. E quando o líquido enfim escorrega pelos meus lábios e toca a minha língua, sinto como se tivesse passado a minha vida toda tomando os piores vinhos do mundo. Eu só não sei se Jimin sabe mesmo o que está fazendo como ele mesmo diz saber, ou se é pelo fato de eu nunca ter parado para apreciar, mas sim embebedar-me.

Abro os olhos a tempo de ver um sorriso delicado atrás da taça antes de beber também, cobrindo os olhos roxos ao abaixar lentamente as pálpebras.

O vento ainda sopra leve os cabelos de Park e o sol reflete na bebida, deixando-a mais clara. É uma cena que vai ficar rondando a minha cabeça por muito tempo, disso eu tenho certeza.

— Acho que é o melhor vinho que eu já provei — confesso, vendo-o arquear uma das sobrancelhas.

— Você acha? — O tom dele é convencido. — Qual é... Isso está sensacional, Jeon.

— Oh, então não serão milhões de litros jogados fora. — Ele sorri e nega.

Acho que nunca vou conseguir me acostumar em vê-lo sorrindo. A forma como os olhos se fecham minimamente e sorriem juntos ou as leves covinhas que aparecem nas bochechas é realmente encantadora.

— Eu disse que nunca erro.

Mantenho os olhos nele, mas ele não faz o mesmo. Em segundos desvia para a taça que segura. Minha boca coça para perguntar porque sempre faz isso, mas não o faço.

— O beijo combina com a bebida — em vez disso, provoco, e sorrio vitorioso quando consigo os olhos em mim de novo.

— Beijo? — Assinto, esticando o braço. Jimin não recua quando aproximo, tampouco quando toco o canto dos lábios volumosos com o polegar; exatamente em cima da marca do batom.

— Hmm... É daqueles que não sai com facilidade — concluo depois de alisar meu dedo na pele lisa, mas pouco alterou no formato da boca da mulher de mais cedo.

— Eu me viro depois. — Segura meu pulso com firmeza e afasta meu toque.

Mordisco o lábio inferior e olho para o vidro na minha mão, tomando mais um gole da doce bebida com um suave amargor no final.

— Acho que já devemos ir — diz, também tomando o restante do líquido da taça dele. — Já fiz o que vim fazer.

— Você... — Pigarreio. — O senhor precisa que eu anote ou marque alguma coisa?

Passa por mim, caminhando em direção aos armazéns.

— Lembre-me apenas que devo contatar Tália assim que terminar a reunião com a equipe de design. Os outros ficarão encarregados de mandar para a gráfica e que tudo fique pronto até sábado.

— Certo...

Depois disso nós voltamos pelo caminho verde e frutífero em silêncio. Entramos novamente no último armazém e deixamos as taças, nos despedindo de algumas pessoas da equipe que trabalha na vinícola antes de ir até o carro luxuoso.

— Não é tão difícil — ele resmunga quando me vê parado encarando a porta ainda sem saber como abre. E é ele quem abre para mim.

Ok, tem maçaneta sim.

— Eu tenho um Uno que abre as portas para frente, Park. Nunca vou me acostumar com um... — tento encontrar o nome do carro na lataria, mas sem sucesso.

Lykan Hypersport — responde por mim, dando a volta e abrindo o lado do motorista.

— Isso. A nave que abre as portas para cima e para trás. É demais para a minha vida classe média — dramatizo propositalmente, entrando antes mesmo do CEO.

Jimin não demora tanto para entrar. Ele apenas sopra uma risada e nega com a cabeça, ligando o carro. Entretanto, antes de começar a dirigir, sou surpreendido quando coloca uma garrafa em meu colo. Está rotulada, diferente da que tomamos há minutos.

— Esse foi o primeiro que eu fiz — conta, sem me olhar.

Pego a garrafa e leio o que está no rótulo.

Wine J'M. Tinto. Meio seco. 2041.

Faz dez anos que está engarrafado. É impressionante como algo pode durar tanto tempo e que, independente de quantos anos você abra para tomar, vai se surpreender com o sabor. Porque – de acordo com Park – quanto mais antigo, se bem conservado, melhor.

— O primeiro de todos? — pergunto, curioso.

— O primeiro que deu certo — me corrige, arrancando com o carro. — É um presente. — Ergo o olhar para o enólogo, que mantém a atenção na pista quando começa a dirigir pela mesma entrada que viemos. — Aprecie, Jeon. Não é para ficar bêbado. — Me olha de maneira breve. — Toma vodca pura de ponta cabeça se quer ficar doidão.

Gargalho alto.

— Apreciarei, Sr. Park. Prometo. — Vejo o lado da boca alheia, do qual está manchado de batom, ergue-se num sorriso satisfeito. — Eu falei sério quando disse sobre você ter um sorriso bonito. E que deveria sorrir mais.

O homem demora para responder, como sempre demora quando faço perguntas. Entretanto, ele responde em algum momento.

— Pensarei sobre, Sr. Jeon. — Eu já estava satisfeito em escutar isso, mas então ele completa segundos depois, tão baixo quanto um sussurro: — Prometo.


🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈


E aí, anjos! Como vocês estão?

Sim, a fic se passa em 2051. Porque a intenção era fazer uma parada futurística, principalmente por causa das categorias Amare e Cupiditatem.

E o bom dessa fic é que eu aprendi mais sobre produção de vinhos nas pesquisas que fiz antes de começar a escrever kkkkkkk amo

Bom, tiveram MUITOS avanços, não? Eles conversaram por mais de dois segundos, como sempre o JK soltou as gracinhas dele kkkkkkk e o Jimin sendo cirúrgico também é padrão, mas eles conversaram

O Jimin até compartilhou uma parada pessoal (que pra ele é meio irrelevante, na real), mas que o Jungkook gostou de saber. Gostou de conhecer um pouco sobre o chefinho

E ele ganhou um vinho! O primeiro que deu certo... Aposta quanto que o Jungkook vai dormir abraçado com essa garrafa? 🤡 KKKKKKKKKK

Brincadeira. Mas será que ele dá pro Nam (que pediu uma)? ou vai ficar pra ele? Isso é cenas pros próximos capítulos hahahaha

SPOILER: no próximo capítulo o Jungkook vai dar uma leve trupicada no coração por causa do Jimin. Talvez porque eles vão comer juntos? Num sei... Aguardem!

Enfim, é isto por hoje

Minha conta no twitter é @DanKyunsoo

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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