29° Taça
SALVEEEEEEEE
Faltam 2
Espero mesmo que gostem do capítulo de hoje, deixem a ⭐ se isso acontecer e boa leitura 💕
🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈
— Que houve? — Acho que é a segunda vez que Jimin quesitona. E perde a paciência, porque toma o celular da minha mão.
A reação dele é mais silenciosa que a minha, mas o pavor fica escancarado nos traços do rosto bonito. Park fica pálido tal qual uma parede de gesso.
De acordo com a matéria, a origem da foto é desconhecida. Deixaram o link de uma conta anônima numa rede social, onde a foto foi postada.
O rodopio que meu estômago dá me faz agarrar a quina da mesa com força numa desesperada tentativa de ter algo que me deixa estável. Não funciona. Jimin ergue os olhos medrosos para mim e meu estômago roda para o outro lado, a contração no abdômen é involuntária.
Eu vou vomitar.
— Ei! — Jimin sorri grande e levanta, dando a volta até estar perto o suficiente para segurar meu rosto com as duas mãos. — Tá tudo bem, delírio. Não é nada demais, nada que Bulgo não possa resolver.
A calma e a expressão tranquila que adquire de repente, só para se mostrar forte diante de mim, dá certo. Não que o enjoo ou a tremedeira passem por completo, tampouco o pavor. Entretanto, consigo pensar e externar uma parte do meu caos de maneira que seja audível e entendível.
— Sua advogada não detém de todo o poder do mundo, sabia? — soa engessado, travado e até rude, mas Jimin mantém a calmaria e o sorriso reconfortante no rosto.
— Ah, ela detém sim, Jungkook. Emma Bulgo está dentro da lei, porém depende. No fim, ela sempre ganha. — Por um momento, vejo raiva nos olhos caramelados. — Ela vai acabar com a vida de quem quer que esteja por trás dessa foto.
O homem pisca e o olhar de mel volta a ser doce, assim como a voz. A mão contorna minha testa e tira o excesso de suor gelado, beijando minha bochecha de maneira suave.
— Vou pegar um copo de água para você, tente se acalmar. Está tudo bem.
Jimin não percebe quando o olho por cima do ombro, já eu vejo como suas mãos tremem ao pegar a garrafa de água dentro da geladeira. Por mais que tente parecer inabalável, como foi por muito tempo, Park é medroso. Ele sabe que não está nada bem, e talvez essa seja uma estratégia para se acalmar também.
— Segure com as duas mãos, vou ligar para Bulgo — diz quando se aproxima e me estende o copo longo de vidro, cheio até a metade.
Ele não vai longe, resolve tudo da sala de estar. Eu, sentado na mesa de jantar, observo o enólogo andar em círculos em cima do tapete branco enquanto conversa com a advogada pelo celular. Depois que explica o que aconteceu, fica a maior parte da ligação em silêncio. Só concorda e nega vez ou outra, quando necessário.
Em algum momento Park me pede para acessar a matéria outra vez.
— Não abre... — digo ao tentar algumas vezes e a página não carregar, aparece um aviso de erro em todas.
— Positivo, Drª. Bulgo, já está fora do ar. — Tão rápido? — Isso, leve todos os documentos que preciso assinar amanhã. Estarei na Wine a sua espera.
Ele afasta o celular e desliga a chamada no segundo seguinte, sem dizer mais nada a ela. — Viu, delírio? Não escolhi Bulgo à toa. Já derrubou a página, amanhã entrará com processo e investigação. Não precisa se preocupar.
Confesso que me acalma, relaxo os músculos do corpo que nem percebi que estavam tensos. Park deixa o celular em cima da mesa e estende a mão. A vontade de terminar a janta foi embora há tempos, por isso aceito e a seguro.
No quarto, Jimin me abraça. O enjoo vai embora junto da sensação de estar suando frio, a voz doce do loiro dizendo que tudo ficará bem me faz pegar no sono em algum momento. A imagem do leão de olhos bicolores é a última coisa que vejo antes de adormecer em meio a pouca luz.
Jimin estava levando na brincadeira quando falei sobre reforçar a segurança, agora não mais. Quando o dia seguinte amanhece e durante o decorrer dele, enquanto tento focar nas demandas da Wine, o empresário resolve toda a situação com Emma Bulgo e mais alguns investidores. Ficam horas na sala de reunião ao lado da minha mesa, eu vez ou outra solicitando que levem água e comida para eles.
A empresa está com a segurança reforçada, a partir deste dia até mesmo na casa de Jimin. Mesmo que a advogada tenha mandado derrubar a matéria e a imagem na conta anônima, a notícia se espalhou como bolinhas de gude jogadas no chão de azulejo. O fato de Park Jimin ser alguém influente no país ajuda na rapidez da proliferação, ao mesmo tempo que atrasa e dificulta o trabalho de toda a equipe.
Eu começo a ficar aflito ao perceber que, em algum momento do dia, as ligações que recebo começam a ser invasivas e constantes, assim como as mensagens chegando aos montes no correio eletrônico. Jornais independentes e grandes, supostos médicos e hospitais, pessoas aleatórias, mas todos entrando em contato com um interesse em comum: saber mais sobre Park Jimin.
Namjoon manda mais um monte de mensagem com novas matérias, serve apenas para me deixar mais nervoso. Agora, além de quererem saber o que aconteceu com o empresário, a teoria da mudança de natureza começa a ganhar uma visibilidade que talvez não seja do interesse de quem está no... no comando.
Temo que a segurança de Jimin esteja mais em perigo do que imagino.
Bulgo ordena divulgar uma notícia falsa de que a foto vazada não passa de uma edição mal feita, onde a "original" nada mais é que Jimin com os olhos violetas e o motivo de estar no hospital seja por se sentir mal após comer algo, como uma intoxicação alimentar. É isso que sou orientado a passar para os jornais e médicos que estejam entrando em contato com a Wine J'M Company.
Stacy Bacelar aparece em algum momento. A incerteza estampa os traços belos, está hesitante e até mesmo assustada. Quer saber o que está acontecendo, porque todos têm estado estranhos e distantes ultimamente. Eu gostaria de contar tudo, porque é alguém que se doa quase que por completo para resolver as pendências da Wine, de Jimin e até minhas quando algo acontece, porém, peço desculpas.
— Vai ficar tudo bem, Stacy, não se preocupe — é somente o que digo a ela.
No fim do dia, impressionando não apenas a mim, mas Park e Bulgo também, o pronunciamento de uma figura que ocupa uma cadeira relevante na política do país sobre a "foto editada" do enólogo passa na televisão.
Inesperado e pavoroso.
O governo se meteu, eu não sei até que ponto isso é bom.
Ou ruim.
Porque, com o passar dos dias... surtos acontecem.
Surtos de notícias falsas de pessoas com olhos atípicos. De repente, um número considerável de pessoas com olhos fora do padrão vermelho e violeta começa a circular através de contas anônimas. Contas criadas há pouco tempo, sem qualquer outro post além de fotos distraídas de alguém — seja famoso ou não.
O que passa no jornal e repercute é a explicação do governo, por meio de investigação policial, de que não passa de uma quadrilha, um grupo terrorista, os Hereges, querendo acabar com a tranquilidade.
A questão é que esse "grupo terrorista" possui infiltrados pelo mundo todo, porque as fotos vêm de todas as partes do planeta.
"Eu me comprometo com a população, acabarei com todos os malfeitores, enviados do diabo para amaldiçoar a paz da nossa nação. Preciso que mantenham a calma e confiem nos planos de Deus, pois Ele sabe de todas as coisas, Ele iluminará nosso caminho", é o que diz o discurso da primeira ministra do país. O vermelho rubi nos orbes brilhantes mostra que ela é Amare. Deveria, pelo menos. Porque não sinto nada além de frieza no olhar, mesmo com a cor do amor nele.
Tenho evitado assistir aos noticiários nos últimos dias.
Também tenho me mantido atento a tudo ao meu redor. Não acho que corro risco, mas Jimin e Bulgo me mandaram ficar alerta constante. Por isso saio de casa tomando todo o cuidado do mundo, lembrando a Namjoon diariamente para que tranque a casa direito sempre que entrar e sair dela. A empresa e a casa de Jimin são, com toda a certeza, os lugares mais seguros agora, porque é onde os novos seguranças contratados fazem ronda 24 horas por dia. Park diz que se sente um fugitivo às vezes, me contou que está com medo do que pode acontecer nos próximos dias.
Eu reforço que não há com o que se preocupar porque tudo o que temos feito é para mantê-lo seguro.
E vai funcionar.
— Por quanto tempo, Jungkook? — indaga, os olhos brilhando pelo marejar. — Vai ser assim para sempre?
Sua pergunta me deixa pensativo, tampouco dou uma resposta para ele. Porque não sei, porque temo que ela seja sim.
— Tenho medo de que respingue em quem não tem nada a ver — continua, agora a voz mais baixa e falha. — Não quero que você ou meus pais ou Hanna se machuquem por minha causa.
Nego com a cabeça. — Não tem como isso acontecer, Jimin.
— Não tem?! — Se exalta, aflorado. — Jungkook, eu acho que é só questão de tempo. Você acha que eles não sabem onde eu moro? Onde eu trabalho? Com quem eu ando? Eles sabem de tudo.
Meu corpo gela, trava por um instante. Taehyung me vem à mente.
— Você viu alguma coisa, não viu? — pergunto e ele desvia os olhos. — Jimin...
Ele ergue os ombros de leve. — Pode só ser uma van qualquer... — De repente, sua imagem fica embaçada para mim, turva. — Me seguiu até a Wine hoje de manhã, não sei em que momento começou mas eu percebi no meio do caminho.
Volta a me olhar e ergue mais os ombros.
— Pode ser uma van qualquer — repete.
Pode ser.
Pode?
— Mesmo que for alguém, eles não podem fazer nada com você. Você é uma figura de relevância, não vão sumir com você assim.
Jimin sopra um arzinho pelo nariz.
— Não seja tolo, é fácil associar a "intoxicação alimentar" que eu inventei à causa da minha morte. Sumir comigo não é difícil... — Esfrega as mãos no rosto. — Só seja cauteloso, está bem? E me diga se ver alguma coisa suspeita, falarei o mesmo com meus pais, Hanna e até mesmo Taehyung. Eu vou continuar tomando cuidado. Talvez evitar ir na sua casa.
Solto um suspiro denso e largo meu corpo sobre o sofá
— Sei como tudo isso está te deixando preocupado, delírio, por isso estou disposto a... a me afastar de você caso essa seja a tua vontade.
— Fique quieto...
— Não é brincadeira, Jungkook — Me faz olhar para ele. — Talvez seja seguro me manter afastado.
— Tudo bem, mas não quero que faça isso. Não de mim, pelo menos. — Seguro o rosto dele e alinho nossos olhos. — Quero estar ao teu lado e quero que fique ao meu. Por favor.
Em algum momento, me olhando nos olhos, Park Jimin enfim relaxa. Com um sorriso ameno e um beijo na boca, o desejo boa noite. Ele dorme com tanta facilidade e rapidez que me questiono como tem sido sua rotina de sono nas últimas noites.
Depois dessa conversa, Jimin afirma e me garante que não viu mais nenhum sinal de veículo preto ou algo que fosse suspeito, seus seguranças muito menos. Eu, antes de ir para mais um dia na Wine, dou um pulo em casa apenas para ter certeza de que está tudo bem. Durante o caminho, não reparo em nada estranho também.
— É só impressão — sussurro para mim mesmo ao descer do carro no estacionamento da empresa, me convencendo que de essas sensações de estar sendo observado e seguido são frutos da nossa imaginação assustada.
Que não passa de delírios.
Porque não tem ninguém nos olhando, tampouco nos seguindo.
Meu dia é tão caótico quanto os anteriores já que ainda recebo inúmeros e-mails e ligações de jornais e revistas, mas fora isso não há nada que distoe do que já estou acostumado a fazer. Park fica a maior parte da manhã numa reunião com o administrativo. Ele parece tranquilo, descansado. O beijo longo que me dá antes de voltar ao escritório após a reunião me tira um pouco do ar.
Confesso que não costumamos demonstrar tanto carinho na Wine, muito menos nos agarramos pelos cômodos da cobertura mesmo passando a maior parte do tempo sozinhos. E, pensando agora, é irrelevante estar fazendo tal observação.
Porque, de fato, não devemos nos agarrar na empresa.
É claro, a iniciativa nunca seria minha. Porque não tem motivos para eu querer me agarrar com Jimin em cima da minha mesa. Ou da mesa dele.
Irrelevante.
Solto um suspiro denso e mordo de leve o lábio inferior, esperando que termine de assinar as páginas do documento que trouxe na sala dele. O terno cinza cobre até o punho, o relógio analógico entre a mão tatuada e o começo da manga do paletó, os dedos seguram a caneta elegante com firmeza enquanto rubrica e assina onde pedi.
A testa e o maxilar tensionados denunciam sua concentração. Enquanto isso, eu babo em cima da mesa do escritório do Sr. Park.
— Aqui. — Estende o monte de papeis grampeados para mim quando chega na última folha. — Como vou precisar ir no vinhedo hoje, achei que seria legal chamar Hanna. Então liguei para ela...
Eu pego o documento tentando prestar atenção apenas nas informações que saem de sua boca e não nela propriamente dita.
— Ela aceitou? — indago.
— Sim! Receba ela, por favor. Ela virá para cá após o almoço. — Park parece bobo.
Parece contente.
— Eu vou ficar desta vez — digo, ele enruga a testa. — Não só para deixar vocês à vontade, estou cheio de coisas para organizar aqui. Depois você só me passa tudo.
— Mesmo?
Balanço a cabeça em confirmação, sorrindo para a graciosidade alheia. Jimin tem dado atenção para a irmã e os pais, é adorável a maneira que tem se aproximado dos três nos últimos dias. Claro, com um ritmo menos intenso com os pais, mas até mesmo eles parecem estar aceitando o enólogo de volta.
Não que tivessem o abandonado, mas Jimin ainda sente que estão receosos com toda a aproximação dele, por isso tenta ser o mais paciente possível.
— Obrigado — diz de atrás da mesa do escritório. Eu pisco de um olho só e dou um passo para trás.
— Vou voltar. — Mais um passo. — Vamos almoçar juntos?
— Com certeza.
Eu o lanço um último sorriso antes de abrir a porta e sair da sala, deixando o enólogo voltar ao trabalho. Com um suspiro de alívio quando sento na cadeira da minha mesa na recepção, volto ao meu também.
Depois do almoço, do qual Park e eu tentamos evitar um lugar movimentado e exposto, voltamos para a Wine. Jimin sairia por volta das quinze horas rumo ao vinhedo, como de costume, e mesmo que fosse de costume eu ir, deixei minha vaga para Hanna. Porque gosto de como os dois têm se aproximado, porque tenho coisas a fazer, porque não quero ficar sozinho com Jimin num carro apertado.
Até o perfume dele tem me deixado zonzo.
— Aqui é enorme! — Hanna exclama ao chegar na recepção da cobertura. Eu sorrio para a admiração estampada nos olhos rubi da garota.
— É a primeira vez que vem? — É uma pergunta boba, a resposta pisca no rosto dela.
— É. — Chega mais perto, olhando tudo em volta mesmo que não tenha nada de mais.
— Qualquer dia desses, quando tiver mais tempo, posso te apresentar todo o prédio. Se quiser, é claro.
— Eu iria amar! — Ela falta sair pulando.
Eu pego o ramal no gancho para avisar Jimin que sua irmã chegou, entretanto, paro com o dedo sobre o número. Enrugo a testa e olho para Hanna, devolvendo o telefone. — Hanna...
Me olha com atenção, está parada perto da mesa.
— Talvez seja um momento inoportuno para perguntar isso, e eu vou entender se não quiser me responder agora ou em qualquer outra situação, mas... me corroi. Eu preciso perguntar.
— Sim?
Me ajeito na cadeira de rodinhas, apoiando os dois braços sobre a mesa. — Naquele dia, quando me ligou, você disse que sabia o que acontecia... Que eu deveria ficar com Jimin antes que fosse tarde... — A expressão muda devagar. O sorriso animado se desmancha aos poucos. — Você já...?
Hanna abaixa o olhar para o grampeador sobre uma pilha de papeis, a testa tensionando vez ou outra. Sei que fui inconveniente — não apenas na pergunta, como no momento e no lugar em que ela está sendo feita —, entretanto, eu preciso saber.
— Só me responda se quiser. Eu só quero entender melhor — reforço.
— Tudo bem — diz, sorrindo meio de lado. — Já esperava que me perguntasse sobre isso em alguma ocasião, acho que até demorou... Eu só... — Ergue os olhos para o letreiro com o nome da empresa que fica na parede atrás de mim, um pouco acima da minha cabeça. — Tem um tempo já. Uns dois anos. Era... era uma amiga minha. Tínhamos um laço muito forte, mesmo... mesmo que ela fosse Cupiditatem.
Nega devagar.
— Quando a conheci, ela era rude e arrogante, a gente se esbarrava vez ou outra na faculdade. Com o tempo, nos aproximamos por... por motivo nenhum. Éramos tão diferentes. Só que... alguma coisa foi mudando. Ela passou de rude a gentil em pouco tempo. Ela implicava comigo, de repente começou a andar comigo, e almoçar comigo. Fazia piadas e sorria. — Ela sorri de lado, viajando no passado. Contudo, o sorriso some de novo. — Ela começou a se sentir mal. Fraqueza, momentos de melancolia e demonstrações de afeto. Quase como se... se fosse Amare.
Pela primeira vez que entramos nesse assunto, Hanna me olha diretamente.
— Ela estava enfraquecendo porque estava desenvolvendo afeto por mim. Não no sentido romântico, ela era mesmo uma amiga. Era uma situação curiosa e, ao mesmo tempo, irreal e desesperadora. — Ergue os ombros. — E quando ela morreu, tudo me pareceu tão vago. Seja o motivo ou como as coisas chegaram naquele ponto. Eu contei para algumas pessoas e fui chamada de louca. Que eu tinha inventado coisas na minha cabeça, que ela nunca sentiu nem demonstrou nada por mim. Mas eu sabia o que eu tinha visto.
Hanna faz uma breve pausa, segurando e ajeitando a alça da mochila bege nos ombros.
— Eu fui em busca de respostas sozinha. Foi difícil, mas tem pesquisas inconclusas, porque misteriosamente todos que se atrevem a mergulhar nesse assunto somem, e eu li tudinho. Foi um choque no começo, só que... as coisas fazem sentido agora. — Dá de ombros outra vez. — Antes eu achava tudo tão perfeito e equilibrado... Hoje eu... eu prefiro me abster de comportamentos e de opiniões ditas em voz alta. As consequências me assustam um pouco, prefiro fingir que vivo nesse mundo maravilhoso.
Gelo da cabeça aos pés.
— Você também é? — Minha afobação me impede de ser cauteloso, Hanna sopra um riso breve. — Como ele?
A única resposta que a garota me dá é colocar o indicador sobre os próprios lábios. — Meu irmão está ocupado?
Hanna não é Amare, assim como Taehyung.
Hanna é como Taehyung.
Eu demoro para conseguir me mover, e puxo o telefone do gancho outra vez quando consigo. Jimin me atende no primeiro toque. — Sua irmã chegou...
— Maravilha! Já estou indo. — Parece animado, mas logo desliga. Há um delay da minha parte ao devolver o telefone, Park sai da sala no final do corredor segundos depois.
— Chim! — A iniciativa de um abraço entre os dois veio de Jimin, o sorriso no rosto dele sobre o ombro dela relaxa algumas das tensões do meu corpo.
Eles trocam algumas palavras, Park se aproxima da minha mesa para dizer que volta antes das seis da noite para voltarmos para casa juntos. Por mim, se inclina para me dar um beijo na boca.
— Aproveitem — digo, sorrindo para ele e a garota. Quando pegam o elevador, solto um suspiro pesado e escorrego na cadeira grande.
Merda.
Eu nunca achei que o mundo fosse perfeito, acredito que deixei isso bem claro desde o começo, contudo, agora acho muito menos. Na verdade, acho ele irreal.
Fantasioso e mentiroso.
🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈
E aí, anjos! Como vocês estão?
Caos
Viram como as pessoas só veem aquilo que quem detém o poder quer que vejam? É impressionante como tudo é tão facilmente manipulável, seja a informação ou as pessoas que a consomem
Isso não se limita apenas a essa ficção, mas na nossa vida real também
SPOILER: no próximo capítulo vai ter momentos Jikook e momentos Namkook. O Ji vai perguntar pro Jungkook porque ele não deixa o Namjoon ir. Tá polêmico. Aguardem
Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam. Amo vocês muito 💜
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