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26° Taça

SALVEEEEEEEEE

⚠️CONTAGEM REGRESSIVA!!! Tirando esse, faltam 5 capítulos para a história acabar

A narração desse capítulo em específico é um pouquinho diferente dos anteriores e vocês vão entender o porquê logo logo

E eu espero mesmo que gostem do capítulo de hoje, deixem ase isso acontecer e boa leitura 💕

🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Quanto eu tinha dezesseis anos, parti meu primeiro coração.

Foi a minha mãe.

— SAI DO MEU QUARTO, PORRA! SAI DA MINHA VIDA! EU ODEIO VOCÊ, AMÉLIA! SERÁ QUE SÓ MORRENDO VOCÊ ME DEIXA EM PAZ?!

Eu me senti aliviado quando explodi e a direcionei tais palavras, olhando nos olhos magoados dela. Principalmente porque ela não me olhou mais depois que bati a porta do quarto. Não falou mais comigo. Amélia saía de perto quando eu entrava em algum cômodo em que estava. Meu pai também. E a minha irmã pequenininha.

A minha família não falou comigo por anos depois disso e eu me senti bem. Porque eu enfim tive paz.

Minha mãe foi o primeiro de muitos corações que parti. Uns com intenção, como o dela, outros sem intenção alguma, porém inevitáveis.

Nesse processo eu entendi que tinha coisas que machucavam as pessoas de tal maneira que poderia mudar a vida delas, mas que nunca faria sentido na minha cabeça porque eu jamais sentiria essas dores. Então eu tentava evitar erguer a voz ou soltar meus pensamentos odiosos para Amares.

Cupiditatens eu estava pouco me fodendo, para falar a verdade.

Entretanto, Jungkook apareceu.

Eu não sei o que aconteceu. Não sei o que nele era diferente. Ou o que eu fiz de diferente. Em um instante ele estava entrando no meu escritório para ser avaliado, noutro estava conseguindo provocar sensações que em nenhum outro momento senti.

Me incomodava olhá-lo. Me incomodava ficar em sua presença. Me incomodava tocá-lo. Ao mesmo tempo que eu me pegava fazendo um tremendo esforço para evitar todas essas coisas.

Porque me incomodava, mas eu queria.

E eu tentei. Eu evitei. Eu me segurei o máximo que deu. Porque ele era meu funcionário e era um Amare, eu não queria partir seu coração. Não por saber que o magoaria, e sim porque já havia me acostumado com seus serviços – e ele também já havia pegado o jeito – e todo aquele processo de avaliação me irritava, não queria ter que passar por toda a adaptação de novo, com um funcionário novo.

Porém, Jungkook não colaborava. Tem algo de errado com ele. Ele não é como todos os outros Amares que conheci. Suas atitudes são incoerentes as de um Amare legítimo.

Jungkook não é Amare.

Percebi isso quando confessou que queria me beijar em Miami. Porque Amares não desejam. Amares não ambicionam. Amares não querem.

Mas eu o beijei porque, porra, eu queria. Eu ambicionava. Eu desejava. Naquela noite eu o faria meu.

Eu só não queria quebrar mais um coração tão cedo, por isso o neguei quando me contou que nunca havia sido tocado por ninguém.

Tive mais certeza ainda quando notei a reação dele depois daquela viagem. Ele me afastou. Ele se sentiu pessoalmente atacado, quando na verdade eu só não queria causar uma tensão maior do que a que já estava acontecendo entre nós ao simplesmente transar com ele.

Porque ia ser pior se tivesse acontecido.

Eu só não achei que seria tão turbulento até de fato acontecer.

Não vou dizer que foi a melhor transa que tive na vida, mas foi a mais gostosa. Só não foi a melhor porque algo dentro de mim ainda me incomodava. E quando pediu para que eu mentisse e fingisse, usei tal desculpa como oportunidade para deixar aquilo livre. Deixei aquilo correr sem controle dentro de mim enquanto tocava e acariciava seu corpo e via sua alma através dos olhos vermelhos ao amá-lo em cima da minha cama.

Merda.

Acho que foi aí, exatamente depois desse dia, que coisas começaram a fazer algum sentido na minha cabeça, mesmo que parecessem irreais e impossíveis. Mas eu sabia que não deveria, por isso me deitei com outro Amare virgem e o amei como queria ser amado.

Eu entrei em pânico. Bebi. Não muito, mas me deixou alto. Alto o suficiente para fazer mais besteiras, como ligar para o motivo de eu ter falhado.

— Cupiditatens não são assim.

E agora, nesse exato instante, tem dois pares de olhos vermelhos na minha direção. Expressões de espanto e estranheza. Meus pais. Só há nós três na sala médica, eu ainda deitado sobre a cama. Porque acabei de despertar, com uma sensação pesada no corpo de como se tivesse acordado de um sono longo e horroroso.

— Mãe... — sussurro, sem saber o que fazer para acabar com esse clima. O cheiro, o ar e toda a composição pálida do quarto hospitalar não ajuda nada.

Amélia não diz nada, ela só vem e me abraça. Muito, muito forte. Ela chora, diz coisas que não consigo entender.

Acho que nunca, em toda a minha vida, um abraço foi tão receptivo por mim. Tão reconfortante. Tão acolhedor. Por isso a agarro também, abraçando-a do jeito que dá naquela cama.

— Como está se sentindo? — pergunta quando se afasta um pouco, segurando meu rosto com as duas mãos. — Os seus olhos...

— Estão vermelhos de novo, né? Sobre isso–

Eu tento explicar, mas sou interrompido.

— Estão... laranjas? — Prendo a respiração. Ela me encara nos olhos, consigo me ver no reflexo vermelho das íris dela. Meu olhos não estão nem ametista, a cor da minha natureza, nem rubi. — Eu nunca vi algo assim...

Laranjas?

— Eu me sinto bem... — sussurro, sentindo medo. Pavor. — Mãe...

— Tá tudo bem, meu amor. — Faz carinho, e aí olha para o meu pai. — Chama alguém.

Meu pai está estático até então, contudo, se move para fora do quarto quando ela pede. E quando a médica aparece, fica explícito na cara dela que não faz ideia do que fazer. Ela chama mais dois outros e eles parecem estar da mesma forma.

Pela primeira vez, vejo médicos perdidos.

— Está tudo normal... — a doutora que está me atendendo desde o primeiro episódio diz ao analisar todas as máquinas. — Sente alguma coisa?

— Muitas. — Minha resposta é sincera, porém, tento ser menos abrangente e mais específico. — Mas nenhum desconforto no corpo, fisicamente falando.

Ela balança a cabeça.

— Vou pedir para um enfermeiro vir recolher o seu sangue para uma nova bateria de exames.

— Só quero ir para casa. — Não há mais ninguém além de nós dois. Os outros médicos levaram meus pais quando saíram.

— Senhor, seu caso é incomum. O senhor precisa continuar aqui, precisa ser observado. — Nego com a cabeça.

— Não quero.

— Posso chamar o psicólogo do hospital? — É como se eu não tivesse dito nada. — Converse com ele, poderá compartilhar tudo o que está sentindo. Vai ajudar a entender você.

— Só... Depois que eu conversar com a minha advogada, decido. — Ela parece se contentar com a minha resposta. Antes de sair, reforça que o enfermeiro virá. Eu peço que chame meus pais.

Quando o enfermeiro chega, arranca da dobra do meu braço seis tubinhos de sangue. Questiono porque tanto, ele diz que são muitos exames.

— Está com fome? Posso trazer algo para comer.

— Por enquanto não. Só chame meus pais, por favor. — Ele assente antes de sair com o carrinho de metal.

Quando sai e meu pai é o primeiro a aparecer, me sinto mais calmo e seguro mesmo que não sejamos tão próximos — com certeza somos mais que todos aqueles médicos. O homem mais velho, cujo meus traços se assemelham aos deles, chega perto da cama e coloca a mão no bolso.

Hyunwoo sempre teve medo de me tocar e eu gostava disso, agora, entretanto, me causa agonia.

— Como se sente? — pergunta. Minhas mãos agarram o lençol que me cobre até a cintura.

— Assustado. Quero ir embora. — Quando ergo o olhar e fito o rosto de meu pai, esse desvia a atenção para qualquer lugar que não seja eu.

Também nunca foi de me olhar. Para falar a verdade, meu pai sempre tentou se manter afastado ao máximo. Enquanto Amélia procurava saber como eu estava pelo menos uma vez na semana, ligando para a Wine ou para o meu telefone pessoal, Hyunwoo fazia esforço para se manter longe.

Eu não fui muito gentil com ele, também quebrei seu coração algumas vezes. Minha mãe perdoou, meu pai ainda está magoado.

Ou com medo.

— Sua mãe ligou para aquele rapaz. Está conversando com ele — diz, os olhos rubi na parede. Antes que eu possa pensar em Jungkook, ele fala: — Posso te pedir uma coisa?

Pela primeira vez em muito tempo, alinha o olhar ao meu.

— Claro.

— Amélia passou as últimas horas em claro. A ansiedade indo e vindo. — Engulo em seco. — Eu não sei o que está acontecendo, mas tenta não magoar ela. Só dessa vez. Descarrega sua raiva só em mim se for preciso, mas não estresse a sua mãe.

Não é a primeira vez que me pede algo semelhante. Das vezes que aceitava ir jantar ou almoçar na casa deles, só porque queria que ela parasse de me procurar com tanta frequência, Hyunwoo me pedia a mesma coisa.

Como da última vez com Jungkook, onde me puxou para o canto da copa sem que os outros vissem.

— Pai... — Minha voz treme. Eu quero dizer que sinto muito, porque sinto mesmo muito, todavia, minha mãe entra no quarto.

— Jungkook está vindo. — Amélia sorri e acaricia meu cabelo quando chega perto. Meu pai se afasta. — O que está acontecendo, Jimin?

Abro a boca. Contudo, a fecho sem dizer nada.

— Jungkook me ligou no meio da madrugada dizendo que você estava no hospital de novo. Que você...

— Eu não sei, mãe. — Olho para ela com as vistas turvas, não consigo controlar o choro. — Eu dei errado. Está tudo errado. Não era para ser assim.

— Não deu errado, não, amor. — Tenta me acalmar, só que me ver aos prantos assustam eles.

— Dei! Dei sim! Eu não sei o que eu sou mais. E machuca tanto... Dói tanto... — Soluço, me causa dor.

E aí, não consigo mais. Não consigo. Vem um soluço atrás do outro, uma lágrima atrás da outra. É doloroso, é sufocante. Sinto falta de ar, sinto impotência e medo. Quero abraçar minha mãe e dizer que a amo. Quero olhar nos olhos de meu pai e implorar perdão por todas as dores que causei. Quero voltar no tempo e ensinar tudo o que sei sobre as uvas para Hanna. Entretanto, ao invés disso, choro.

Não consigo formar uma palavra.

Minhas lágrimas assustam os dois e mesmo assim minha mãe vem me acalmar. Ela me abraça, me faz carinho. Em meio ao choro, a dor, a falta de visibilidade das minhas vistas embaçadas, vejo meu pai parado. Apavorado, não se aproxima.

Só fica olhando.

Talvez seja o medo, ou a surpresa. Ou então, esteja devolvendo toda a dor que o causei. Porque estico a mão, chamando-o, mas ele não vem até mim.

Ele sai do quarto, me deixa sozinho com ela.

Desculpa, m-mãe.

Me agarro mais a ela, aproveitando o conforto e a segurança de seu abraço. Ela se empenha em me acalmar. Me aperta, me faz carinho e até mesmo canta.

— Filho... — ouço a voz de meu pai me chamar. Em meio às lágrimas, abro os olhos. Hyunwoo, agora, está parado ao lado da cama. Ele segura um copo d'água e um montinho de papel.

Me faz chorar mil vezes mais.

🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Batidas na porta ecoam baixo pelo quarto. Abro uma fresta nos olhos, o suficiente para ver meu pai indo até ela. Quando abre, os olhões rubi me caçam pelo cômodo.

Ele.

É ele.

É irreal pensar que o Amare ousado que perguntou se eu queria que ele babasse o meu ovo durante uma imbecil entrevista de emprego provocaria tudo isso. Pela fresta dos olhos, vejo seu sorriso tímido enquanto caminha até a cama. Tento prestar atenção em todas as sensações que passam pelo meu corpo, porém, me confundem. São sentimentos desconhecidos pelas minhas terminações nervosas, são fortes e em abundância.

Jungkook mexe comigo. Me causa instabilidade. Tanta que me fez ir contra a minha natureza, me fez desejá-lo e amá-lo na mesma intensidade.

— Meu bem... — Ele não está sozinho. Eu nunca tive um contato tão direto com Namjoon, apesar das histórias que Jungkook me relatou. O mais próximo que estive dele foi quando estive na Êxtase. — Você assustou a gente?

Jungkook me toca, eu estremeço.

— Vamos deixar vocês à vontade, estaremos lá fora. — Amélia anuncia. Eu me agarro a Jungkook até ele quase deitar sobre a cama.

— Obrigado, Amélia — ele diz, todo educado, mesmo comigo preso no pescoço dele. — Amor...

— Não vai embora mais. — Eu iria dizer outra coisa, mas é isso que sai da minha boca. Ouço a porta se fechando e Jungkook também esconde o rosto no meu pescoço.

— Não fui embora, Sr. Park. Só... precisei respirar um pouco. — Beija minha pele. — Estou aqui. Não vou te deixar.

Jungkook não desgruda nem quando se afasta um pouco para prestar mais atenção. Percebo como os olhos vermelhos me encaram com fascínio e surpresa, enquanto o carinho continua sendo depositado em mim. Segundos sem dizer nada, entretanto, começo a me sentir desconfortável. Desvio os olhos e fito Namjoon.

Ele também me olha.

— Namjoon me trouxe — fala. — Queria te ver também.

— Espero que fique tudo bem logo, você parece bem. E forte — Namjoon diz.

— Obrigado.

— Acho que seus pais precisam ir, meu bem. Sua mãe está muito cansada, acho que não dormiu nada. — Volto a atenção para ele. — Vou lá falar como eles, tá? Já volto pra passar o dia com você.

Balanço a cabeça e recebo um beijo no topo dela. Jungkook sai prometendo voltar logo. E aí fica apenas eu e Namjoon no quarto, ele sentado na poltrona bege perto da cama.

Balança as pernas distraído com a falta de decoração no quarto.

— Jungkook estava assustado. É bom ver que está mais tranquilo agora. — A voz rouca quebra o silêncio. — Ele gosta mesmo de você.

Franzo o cenho.

— Por quê? — indago. Os olhos violetas estão nas paredes do quarto, a expressão expõe sua breve confusão. — Por que faz isso?

— Isso o quê?

Me olha.

— Finge que gosta dele.

Suaviza as tensões no rosto ao entender o que quero dizer.

— Jungkook? — Assinto, ele dá de ombros. — Porque ele precisa que alguém goste dele.

— Mas por que você? — insisto.

Namjoon demora um pouco para dizer algo, mas diz em algum momento.

— Eu tinha dezessete anos. — Ele desvia a atenção de mim, eu mantenho a minha nele. — Jungkook vivia suspirando por alguém diferente toda semana, coisa de Amare na adolescência. Até então eu nem sabia da existência dele. Só que teve um trabalho em dupla que eu tive que ir na casa dele pra fazer.

Sorri, batucando os dedos no braço de couro da poltrona.

— Eu também conheci os pais dele nesse dia. Era um ambiente sufocante porque parecia que toda a atenção dos três estava em mim, mas eu sobrevivi. — Sopra uma risada como se tivesse feito uma piada engraçada. — Acho que depois disso Jungkook não parou de falar de mim.

Pisca e volta a me olhar.

— E sei disso porque recebi uma ligação do Yoongi. Do pai dele.

Eu engulo em seco com a encarada sombria, tentando não acreditar na hipótese que me surge na cabeça.

— Ele me ofereceu uma grana. — Namjoon ri. Ri mesmo. — Era muita grana para um moleque de dezessete anos que queria sair do aluguel e ficar rico e construir um império do qual as pessoas lembrariam sempre que quisessem se divertir. E eu só precisava ser um amor como filho dele. Só.

Dá de ombros de novo, como se estivesse falando banalidades.

— No fim, todo mundo ganhava — e conclui.

Desvio os olhos de Namjoon para as mãos juntas sobre o lençol branco do hospital.

— Até hoje? — A minha voz sai lenta, baixa e hesitante.

— Até hoje.

A resposta veio mais rápido do que achei que viria.

— Ele... — De repente minha garganta está seca, arranha conforme as palavras saem. — Ele sabe?

Então Namjoon não diz nada, mas escuto a risada soprada. Quando volto a atenção para ele, vejo a maneira sutil que a cabeça sobe e desce.

Ele sabe?

Estou pronto para repetir a pergunta, porque não me convenci do que disse, quando a porta do quarto é aberta. É Jungkook, e ele sorri quando bate os olhos em mim.

— Eles estavam tão cansados... — diz, soltando um suspiro.

Encaro Namjoon. Ele está sorrindo para Jungkook.

— Querido, acho melhor eu ir. — Levanta da cadeira. Eu o observo. E observo Jungkook, que faz uma expressão de chateação para ele. — Vai ficar bem?

— Fica mais — pede, chegando perto do Cupidi.

— Acho que... — Namjoon me olha por cima do ombro. — Que vocês precisam conversar.

Namjoon não espera uma resposta, apenas beija o moreno na testa e sai do quarto. Jungkook encara a porta por poucos segundos depois de fechada antes de se virar para mim.

E aí sorri de novo.

— Que cara é essa? — Vem até mim. — Está sentindo dor?

Nego, vendo-o erguer a mão e tocar meu rosto.

É tão diferente... — Encara o fundo dos meus olhos. — O que está sentindo?

Nego de novo.

— O Namjoon... — É o que sai da minha boca.

— O que tem ele?

Seguro a mão que toca meu rosto.

— Você sabe que ele... — Vejo as sobrancelhas tensionarem em confusão. — Que seus pais...

Eu não continuo. E não é preciso. Jungkook suaviza a expressão e solta um "a" de entendimento, então sorri sem força.

— Que meus pais pagam ele? — Não me movo, nem falo nada. — Descobri uns meses depois que começou.

— Por dez anos?

Balança os ombros, chegando mais perto.

— As pessoas mentem. E fingem. E a gente vive assim. E tá tudo bem. — Senta na beirinha da cama. — Namjoon me faz bem.

Desvia os olhos por uns segundos.

— Acho que eu teria entrado em depressão se meus pais não tivessem feito isso. Ou parado de fazer em algum momento — confessa baixo, voltando a me olhar. E aí sorri, disfarçando e escondendo a dor. — Tá com fome? O enfermeiro disse que você pode comer, mas só a comida do hospital. Eu posso buscar pra você.

Eu assinto fraco com a cabeça, mas o puxo pelo ombro para que cole em mim. Então o abraço forte, beijando a cabeça quando afunda o rosto no meu pescoço.

— Eu sinto muito — sussurro.

Jungkook não diz nada. Não se move. Todavia, em segundos, sinto seu soluçar fraquinho, um fungar dolorido. O choro baixo e discreto me machuca, porque foi assim por anos.

Por dez longos anos.

Me pergunto como conseguiu. Como aguentou mesmo sabendo que era fingimento, que Namjoon só estava presente porque estava recebendo dinheiro.

Jungkook esconde mais uma vez quando se distancia de mim, limpando o rosto com pressa e sorrindo largo. E então diz que vai pegar algo para eu comer.

Ele me deixa sozinho outra vez.

Desta, entretanto, eu desmonto. Choro. Choro muito. Tanto que tenho que cobrir a boca para tentar abafar. Não familiarizado com todas essas lágrimas, com todas essas dores, me causa pânico.

Me faz querer não estar sozinho agora.

🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Eu só tenho uma pergunta: me contem suas opiniões sobre essas novas informações?

SPOILER: no próximo capítulo vamos ver o Jungkook lidando com tudo isso; com ele mesmo e as novas informações.

Minha conta no Instagram é @dan_kyunsoo, compartilhe seus surtos comigo!

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam 💜

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