Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

22° Taça

SALVEEEEEEEEEEEE

Vocês não estão preparados para isso

‼️Ah e contém cenas de sexo explícito‼️

Espero que curtam o capítulo. Boa leitura! 💕

🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈

O amor é quente. Me traz segurança e paz. Tem cheiro bom de algum perfume importado.

O amor envolve meu corpo com força, mas não ao ponto de me machucar. Apenas deixa claro que está pertinho de mim.

O amor alisa as minhas costas com delicadeza e beija a minha testa com carinho e sutileza.

Park Jimin.

Essa é uma das incontáveis definições de amor para mim.

— Meu bem — chamo. — Seus pais estavam preocupados. — Aperto a camisa floral entre os dedos. — Estão esperando para te ver.

Ele suspira.

Não sei quanto tempo estamos aqui, abraçados em cima dessa cama de hospital, mas sei que já deveríamos ter saído. Pelo que a médica disse quando apareceu brevemente na porta, Jimin está liberado.

Não há o que fazer. Não é uma doença, tampouco tem tratamento. Jimin vai continuar sentindo dores, palpitações, tonturas, fraquezas. Até... Não sei. Até o fim.

E esse fim pode ser amanhã ou daqui algumas semanas. Não é algo preciso.

— Tudo bem — ele diz, deixando um último beijo em minha testa antes de afrouxar os braços ao meu redor.

Saio da cama e Park se livra do lençol antes de fazer o mesmo, ficando de pé. Ele parece bem.

— É engraçado. Acordei hoje preocupado em agradar meus pais e vou sair daqui sabendo que posso morrer a qualquer momento. — Sopra uma risada nasal, passando as mãos na cabeça.

— Não é engraçado — resmungo. — Como pode estar achando graça disso?

— Eu estou surtando, Jungkook. — Engulo em seco. — Mas o que posso fazer?

Eu fico quieto. Abaixo o olhar para a cama desarrumada e sinto vontade de chorar de novo. Jimin só tem trinta e cinco anos. Tem pais e uma irmã que o amam muito. Tem uma empresa enorme. E um cara que está completamente maluco por ele.

— Desculpa — peço. — Se eu soubesse que era possível acontecer algo como isso, eu–

— O quê? — me interrompe. — Faria diferente?

— É óbvio! — Ergo o olhar.

Ele sorri e abana negativamente a cabeça, mordendo o lábio inferior com força antes de me dar as costas e sair do quarto.

Fecho os olhos com força, esfrego o rosto com as duas mãos e, por fim, saio também.

Enquanto Jimin conversa com os pais dele, provavelmente contando alguma versão distorcida da história original, eu vou até a recepção para ver se é preciso mais alguma coisa. A médica diz que gostaria de acompanhar o caso dele. Basicamente, querem estudar Jimin já que não poderão fazer nada mais por ele.

Digo a ela que falarei com ele sobre e, antes de ir, assino um termo sobre a liberação.

No lado de fora do hospital, Park e eu nos despedimos dos dois mais velhos e da mais nova. Ele disse que iria para casa descansar e eles entenderam. Entretanto, fizeram o filho prometer que manteria contato.

— Eu gostei de te conhecer, não mudaria nada.

É a primeira coisa que Jimin diz para mim desde que saímos do quarto, e quando escuto isso já estamos quase chegando em frente à minha casa. Ele está dirigindo.

— Talvez machucasse menos — digo, tentando me explicar. — Você não passaria por isso. Nem seus pais. Preferia quando a gente tinha certeza que eu seria o único a sair machucado.

O carro para em frente a minha casa, rente ao meio-fio. Minha testa está encostada na janela e a atenção lá fora, mas sei que Park desligou o motor quando não sinto mais a cabeça vibrar em contato com o vidro.

A mão de Jimin toca meu queixo e me puxa com gentileza para olhá-lo.

— Quando vai entender que você não teve culpa de nada? — pergunta, alisando minha mandíbula. — Não foi você que disse que não dá pra escolher essas coisas?

— Sim, mas... — Desisto de falar ao não encontrar argumentos.

— Não foi culpa sua, tá? Só... Só não se preocupe muito com isso. Está tudo bem. Ele sabe que não está, e nem vai ficar, tudo bem.

— Entra — peço, colocando a mão por cima da dele. — Fica comigo.

Ele sorri fraco, se inclina e sela com cuidado nossos lábios um no outro.

— Desculpa. Quero ficar um pouco sozinho. Tudo bem?

Não sei. Não sei se está tudo bem. Entretanto, em vez disso, eu digo:

— Tudo bem. — Lhe ofereço um sorriso. — Me liga se precisar de alguma coisa?

— Ligo. — Beija a minha testa. — Nos vemos amanhã.

Ele se afasta e eu abro a porta, mas deixo um último beijo no rosto dele antes de sair do carro. Quando estou perto da porta da minha casa, o veículo dá partida e sai pela minha rua cantando pneu e deslizando pelo asfalto.

Suspiro e entro, deixando as costas irem de encontro a porta atrás de mim depois de fechá-la.

E choro.

Choro muito. Derramo todas as lágrimas que nunca pensei derramar algum dia. De dor. De tristeza. De falta. De culpa. De amor.

Tudo isso machuca. Quebra meu coração em vários pedacinhos. E, de alguma forma, sei que Jimin não está tão diferente de mim.

— Que foi?

— P-preciso de você, Nam.

🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈

Eu só vejo e falo com Jimin no dia seguinte. No trabalho.

Ele, como de costume, chega antes de mim, e apenas falo, de fato, com ele quando encaminho a primeira chamada do dia. Diferente dos outros dias em que somente me dava um bom dia seco, ele pede para que eu vá até a sala dele. Diz que eu não preciso bater para entrar.

Depois de confirmar e encaminhar a chamada, levanto da minha cadeira e ando com extrema calma até o final do corredor. Quando entro no escritório, Park ainda fala ao telefone.

Enquanto isso, caminho pelo escritório em silêncio, esperando-o terminar. Paro em frente à parede de vidro e corro os olhos pela ensolarada manhã. A cidade está acordada e a todo vapor lá embaixo. Há muitos carros na rua e pessoas na calçada.

Acabo me perdendo em pensamentos e sou tirado deles quando sinto o corpo alheio colar bem atrás do meu; o peitoral nas minhas costas, o quadril na minha bunda, a boca na curva do meu pescoço, me arrepiando inteiro.

— Como está se sentindo? — pergunto, acariciando os braços que enlaçam minha cintura.

— Ótimo. — Não parece estar mentindo. — Realmente me sinto ótimo hoje.

Beija minha bochecha.

— É bom escutar isso — digo, sincero. Fecho os olhos para aproveitar o corpo alheio tão colado ao meu.

— E você? Como está se sentindo?

Penso na resposta e isso toma alguns segundos de mim.

— Não sei como me sinto.

Cola a bochecha na minha e passa a olhar a paisagem comigo.

— Quer jantar lá em casa essa noite? Não gosto mais da ideia de ficar sozinho. É bizarro. — O tom dele é baixo, mas não ao ponto de ser um sussurro. — Na verdade é uma sensação que me toma há tempos, mas agora posso admitir já que tem justificativa.

— Eu não sei se isso é bom ou ruim — murmuro. — E eu aceito o convite.

— Também não sei se é bom ou ruim — devolve. — Peça para Emma vir me ver. O mais breve possível.

Fecho brevemente os olhos. — O que quer que eu diga a ela?

— Testamento. — Estremeço de cima a baixo. Jimin me aperta mais nos braços como se pudesse me proteger. — Ei, fique calmo, delírio. — Beija meu rosto de novo. — Se ela perguntar o motivo disso, diz que é apenas precaução.

Murmuro em concordância.

— Se ela vir hoje, marque uma visita ao vinhedo amanhã na minha agenda. Vou levar a minha irmã. — Deixo um sorriso pequeno escapar. — Se ela vir amanhã, marque para o dia seguinte.

— Tudo bem. — Forço o corpo e consigo me virar até ficar de frente para Jimin. Aproveito a posição e enrosco os braços em volta do pescoço dele. — Você não dormiu nada, não é?

Há discretas olheiras embaixo dos olhos alheios. Nada muito alarmante, mas com certeza fora do comum.

As íris de Jimin são roxas – cor do desejo, do luxo, do poder –, mas é possível ver pequenos fragmentos avermelhados entre o roxo. Não era assim antes. É encantador, mas assustador ao mesmo tempo.

— Talvez. — Acaricia minha cintura. — Mas eu juro que estou bem.

— Vou confiar em você. — Sorri.

— Obrigado.

Se inclina e cola os lábios macios nos meus, me beijando de forma lenta, longa e carinhosa; como sempre foi desde o nosso primeiro beijo.

Eu o abraço forte quando o ósculo chega ao fim.

— Seus vinhos chegam nos mercados hoje — murmuro. — Ouvi dizer que vão rodar o mundo todo.

Ele solta uma risadinha.

— Eu disse que nunca erro.

— Besta.

Em algum momento depois disso eu saio do escritório para voltar ao trabalho. Ligo para Emma e até mesmo acho que vai questionar o motivo quando falo sobre o testamento, entretanto em vez disso ela diz:

— Até que enfim, cacete! Eu achei que ele nunca iria fazer. Já passou da hora!

Eu acabo rindo ao escutar.

Ela não irá conseguir vir ainda naquela manhã, mas prometeu aparecer durante à tarde.

Quando finalizo aquela ligação, incio outra, agora com dona Amélia. Como não sei o número da irmã de Jimin, tive que ligar para a mãe e descobrir. Por fim, Hanna aceita ir para o vinhedo amanhã pela tarde com o irmão. Fica muito feliz, aliás.

Não permito que Park pule o almoço quando se aproxima do meio-dia. Nós saímos para comer juntos. Ele fica tonto outra vez e eu acabo tomando a direção do carro.

Jimin já era um perigo dirigindo, agora nem se fala.

Na parte da tarde Emma Bulgo e ele ficam horas no escritório dele. Eu não sei bem como é o processo de um testamento, mas parece demorado só pelo tempo em que ficaram lá dentro. Quando saem já está quase no fim do meu expediente.

Jimin ignora os recados e o amontoado de papéis que se acomulou enquanto estava com a advogada e diz que quer apenas ir embora logo. E quer que eu vá com ele.

Aviso Namjoon, é claro. Digo que estarei com Park. Ele... Eu não contei para ele sobre o que está acontecendo com o enólogo. Eu chorei no ombro dele por horas ontem, mas sem saber o motivo. Nam não perguntou e eu não falei.

E não sei se vou contar.

Entretanto, no fundo meu amigo sabe que tem a ver com meu chefe.

Sou eu quem dirige até a casa luxuosa. Jimin vem quietinho ao meu lado, mas sempre que paro no sinal vermelho e olho para ele, o pego me olhando. Me deixa sem jeito.

— Você está dirigindo a nave melhor do que eu, Sr. Jeon.

Sopro uma risada.

— É que eu não tento decolar, diferente de você, Chim. — O uso do apelido é proposital, e gosto da forma como as bochechas alheias ficaram rubras no segundo seguinte.

Sempre uma gracinha.

Quando chegamos na casa do empresário, somos recebidos por Taehyung. Oh... Há velas em cima da mesinha de centro, além do banquete lindo feito unicamente para duas pessoas ali mesmo, na sala. Até mesmo a lareira está acesa, ardendo em chamas.

— Era para eu sair antes de vocês chegarem... — ele choraminga, eu acho graça. — Enfim. Divirtam-se e tenham uma excelente noite.

— Obrigado pela força — Park diz, arrancando um sorriso enorme do rapaz.

Ele, com certeza, é uns bons anos mais novo que Jimin e eu.

— Eu vou deixar vocês sozinhos e... — Aponta para a mesa na sala. — Eu deixei um monte de camisinha no–

— É melhor você ir antes que eu meta o pé na sua bunda, Tae — Jimin ameaça.

— É, eu também acho, Sr. Park — rebate com rapidez, passando por nós. Eu acabo não conseguindo segurar o riso e gargalho alto. — Boa noite!

E aí ele some. Escuto a porta abrir e fechar segundos depois.

Estamos sozinhos.

— Ele é engraçadinho — digo entre risadas.

— É abusado, isso sim — corrige, tirando o paletó. — Bom, vamos comer então.

Me livro dos sapatos e sento no tapete branquinho, perto da mesinha baixa, de costas para o rak embaixo da televisão e de frente para o sofá de couro. Jimin, quando também fica descalço, senta de frente para mim e apoia as costas no estofado.

— Você mandou preparar? — Recebo um aceno positivo de cabeça. — E... é um jantar romântico?

Ele me olha com uma das sobrancelhas arqueadas por um tempo antes de pegar a garrafa de vinho.

— Acho que sim, não sei. Qual é a diferença de um jantar romântico para qualquer outra refeição que tenhamos feito juntos? — Boa pergunta.

— Eu também não sei — murmuro, fazendo bico. — Talvez a intenção...

Então eu o vejo apanhar para tirar o fino plástico que cobre a boca da garrafa. Algo que deveria ser idiota para ele se tornou seu pior pesadelo.

Jimin está fraco.

— É melhor você abrir. — Me estende a garrafa.

Suspiro e pego, tirando o lacre com facilidade e enfiando o saca-rolhas em seguida. Ele levanta do chão e caminha até o corredor, abaixando o interruptor. As luzes em cima de nós e a da cozinha se apagam.

Não fica escuro. As velas e a lareira iluminam bem o lugar em que estamos sentados.

— Foda-se, vai ser romântico sim — diz antes de voltar a sentar à minha frente. A forma que fala me faz rir.

— Ah, eu amo esse vinho — comento, despejando dois dedos da bebida em uma das taças.

— Obrigado. — Nego minimamente a cabeça ao notar seu tom convencido e despejo a bebida com delicadeza na outra taça. — Definitivamente é nosso vinho.

Eu sorrio, deixando a garrafa de lado.

— Gosto da possessividade desse título. — Pego a taça e ele faz o mesmo. — Um brinde?

— A nós? — sugere e dou de ombros. — A nós.

— Perfeito.

Os vidros se tocam com delicadeza e o tinir entre elas ecoa pela sala juntamente com o som das madeiras estalando na lareira. É uma sensação boa. A pouca luz ilumina o rosto bonito de Jimin, e nosso jantar também, e eu sinto algo bom tomar meu corpo; meu peito.

Mas em instantes, quando provo mais uma vez a doçura daquela bebida, meu coração pesa. E então eu lembro de todos os nossos momentos até agora. Lembro, com clareza, de Park caminhando entre as vinhas, e nós bebendo esse vinho pela primeira vez juntos. Ou então, dele segurando a minha mão pela primeira vez quando me senti sufocado dentro do elevador. E nossos passeios de carro. Nossos almoços juntos. O elogio que me fez no comitê, em Miami. Nossos beijos. Nossos abraços. Nossos momentos.

Oh... Eu me sinto triste, com medo. Porque todas aquelas lembranças lindas e felizes, com esse homem, poderão, a qualquer momento, se tornarem tristes. Fúnebres.

— No que está pensando? — pergunta. — Seu rosto mudou de repente.

— Não é nada. — Forço um sorriso. — Vamos comer?

Não estou com fome, mas como mesmo assim. Pouca coisa, mas como. Está uma delícia, porém nem isso é o suficiente para abrir meu apetite. Jimin também não parece muito a fim e deve ser por isso que não questiona o porquê de eu não ter comido direito.

Porque ele também não come.

Não trocamos muitas palavras. Contrariamente, nos olhamos bastante. Os olhos cor de desejo, mesclado com um pouco de amor, sempre param em mim. Assim como os meus vão para ele.

Em algum momento saio de onde estou e me sento ao lado do homem, deitando a cabeça no ombro dele. Caímos em outro silêncio. Não sei o que ele está pensando ou sentindo agora. Para falar a verdade, minha cabeça está vazia e não faço ideia do que eu mesmo estou sentindo, então não tem muita diferença entre mim e ele.

— Meu bem — chamo baixinho. Apoio a base da taça na coxa e ergo o olhar para ele, mantendo o cabeça no ombro alheio. Park me olha e nossos rostos ficam próximos. — Eu te amo.

Acho que não é um segredo. Amares amam com muita facilidade. Quando criam vínculo com alguém, é difícil quebrar depois. Somos apegados e amorosos demais.

Jimin me causa coisas que nunca senti com ninguém. Nem nunca vou sentir. Porque eu o amo. Talvez seja minha maldita alma gêmea, aquela que eu comecei essa história reclamando, aquela que estou esperando há anos.

— Eu estava errado. Não mudaria nada. Eu amei te conhecer. — Deixo que meus olhos mapeiem outra vez todos os traços já bem conhecidos por mim do rosto bonito. — Eu só... — Umedeço os lábios, não me importando com a única grossa lágrima que escorre pela minha bochecha. — Só queria ter mais tempo com você, sabe? Isso é injusto.

O Jungkook precisa do Jimin perto para não morrer. O Jimin precisa do Jungkook longe para não morrer. Para falar a verdade, no final dessa história, todos morrem.

Entretanto, o final dessa história não é hoje.

Ele não diz nada a princípio. Em vez disso, cola a boca na minha.

— Faz amor comigo?

Por incrível que pareça é Jimin quem pede, em forma de sussurro, contra os meus lábios. É uma súplica.

Afasto nossos rostos e me inclino para deixar nossas taças sobre a mesa. Me ponho de joelhos quando volto a atenção para o homem.

— Faço — sussurro, vendo o olhar alheio cair quando começo a desabotoar a camisa que visto.

A mão tatuada toca a minha cintura no segundo em que tiro a peça do corpo.

— Você é tão bonito — elogia, correndo os olhos pelo meu tronco despido.

Volto a me sentar e seguro o rosto bonito quando inicio um beijo. É necessitado, mais agitado do que qualquer outro que tenhamos trocado até então. Mas não quer dizer que seja bruto. Definitivamente não.

Jimin joga o corpo dele por cima do meu com cuidado, como um cobertor pronto para me aquecer num dia frio, e me faz deitar para trás. As minhas costas nuas vão de encontro ao tapete macio e branco esticado no chão da sala.

Aos poucos, sem pressa e com muita paciência, nossas roupas deixam nossos corpos. Uma peça de cada vez.

A pele quente e despida entra em contato direto com a minha, e aí ferve. A sensação é surreal. Me enlouquece, ao mesmo tempo que me traz conforto.

Jimin me olha. Me toca. Me beija. Os lábios, língua e mãos percorrem cada pequeno centímetro do meu corpo. Temos todo o tempo do mundo nesse momento e Park não poupa nenhum segundo para me amar.

Diferente do que aconteceu na nossa primeira vez.

Eu aliso as costas quentes e musculosas, bagunço os cabelos claros durante nossos beijos longos ou quando desliza a boca por outras partes do meu corpo. Não me importo em beijá-lo em outros lugares também. A pele dele já está cheia de marquinhas vermelhas.

Quando Jimin faz a conexão entre nós eu estou tão relaxado e entregue que não consigo segurar o gemido alto. O corpo suado cobre o meu e sinto beijos pertinho da orelha, me arrepiando todo.

— Amor — gemo, arqueando as costas e as desencostando minimamente do tapete. A boca dele desce para o meu pescoço; beijando.

O ritmo do quadril encaixado entre as minhas pernas é lento. É uma ondulação gostosa. Esquenta meu corpo de um jeito prazeroso, do qual nunca senti antes. Me faz delirar. Me faz querer mais. Querer continuar.

Puta que pariu...

Ele afasta o rosto da curvatura do meu pescoço e sustenta o corpo, me olhando sem parar os movimentos.

Nossos corpos nus indo e vindo numa dança lenta sobre o tapete estão sendo iluminados pela luz alaranjada da lareira. O calor dela nos envolve também. Mas quero deixar registrado o quão belo é o homem que me ama nesse instante. Que ama meu corpo. E eu sei que ele está me amando agora, que a forma que me olha nesse momento é diferente de qualquer outra que tenha me olhado antes, porque os olhos dele não estão roxos.

— Estão vermelhos — digo, a voz falhando enquanto encaro as íris que me admiram. — Seus olhos estão vermelhos, amor.

Ele bate os cílios e morde a boca, e esconde o vermelho rubi ao abaixar definitivamente as pálpebras.

— Não — imploro, tocando o rosto úmido. — Me olha, por favor. São lindos, Jimin. Não esconde.

Ele não abre. Nem diz nada. Apenas esconde o rosto no meu pescoço.

A respiração de Jimin está agitada. Sinto o peito dele expandir e contrair contra o meu, principalmente quando solta quase todo o seu peso em cima de mim bruscamente.

— Estou cansado — sussurra, ofegante, bem pertinho do meu ouvido.

— Quer parar? — O beijo no ombro, deslizando a palma da mão pelo meio das costas suadas.

— Não. — Se afasta e me olha de novo, e me arrepio com as íris cor do amor vidradas em mim. — Fica por cima?

Lhe ofereço um sorriso e sou retribuído com o outro.

— Fico.

Ele sai de cima de mim e deita ao meu lado. O tapete branco cobre quase todo o chão da sala, inclusive por baixo do sofá e do rak. E quase chega perto da lareira.

Fico de joelhos e apoio no abdômen musculoso quando passo a perna esquerda por cima do quadril dele, sentando em cima.

Jimin me olha. Os olhos vermelhos, e não mais violetas, deslizam pelo meu corpo nu. É diferente de qualquer outra vez que eu tenha sido olhado por ele, disso eu tenho certeza.

Apoio as mãos no tapete, uma em cada lado da cabeça do homem embaixo de mim, e aproximo minha boca da semelhante. Jimin se conecta a mim no instante em que a minha língua toca a dele.

Quando o beijo finda, me empenho em dar o meu melhor. As mãos alheias percorrem meu corpo enquanto concentro a força que tenho no quadril.

Jimin prende o próprio lábio inferior nos dentes dianteiros e alisa as minhas coxas. E então eu o vejo fechar brutalmente os olhos. As mãos escorregam para a minha bunda e cada uma aperta um lado com muita força. Dói em mim, mas é ele quem grunhe dolorido. Quando abre os olhos, voltam a ser violetas. Mas então pisca rápido e eles ficam vermelho rubi de novo.

Ele está lutando. Está resistindo. Jimin não quer o amor que o machuca nesse momento.

— Quer parar? — faço a mesma pergunta de outrora.

Meu amor nega de prontidão.

Então eu continuo. Os olhos dele mudam de cor tantas vezes que chega num momento em que o amor e o desejo se igualam. A íris esquerda fica completamente vermelha. A direita completamente roxa. Semelhante ao leão tatuado no braço. Eu tento não prestar muita atenção, e é por isso que fecho os olhos.

Parece uma tortura, para falar a verdade. Eu fico aliviado quando Jimin alcança o ápice. Porque só assim sei que a dor que está sentindo, nesse momento, vai enfim parar.

Em nossa primeira transa, eu senti dor. Do começo ao fim. Porque, a todo instante que olhava para ele e notava o quão distante estava, lembrava que eu estava fazendo amor, já ele não.

Agora que nós enfim fizemos amor, foi ele quem sentiu dor. Eu não sei onde dói, não sei o tamanho da dor, mas sei que é algo que nunca sentiu antes. E que machuca.

É por isso que fico aliviado quando acaba.

— Esquece o que eu disse aquela vez no hotel. Vocês não são privilegiados. — Jimin quebra o silêncio. O tom é baixo. Os olhos estão fechados, o rosto suado, os cabelos úmidos esparramados no tapete, e o peitoral sobe e desce com intensidade. — Por que ter um coração, metaforicamente falando, dói tanto?

Sopro uma risada.

— Tento descobrir isso faz anos. — Beijo a bochecha dele. — Você não viu nada.

— Não sei se quero — murmura. — Você nem gozou, delírio...

— Não tem problema — garanto. — Foi bom, eu juro. — E estou sendo sincero.

— Tem certeza? — Ele não parece muito satisfeito. Eu sorrio e assinto, mapeando todos os traços graciosos do rostinho bonito.

Tiro os poucos fios que grudam na testa e selo a boca dele com a minha.

— Eu não sei o que você está sentindo, Jimin. Não sei o quanto dói. — Aproximo a boca da orelha dele. — Mas a dor de perder alguém querido é insuportável. — Franzo a testa, controlando – ou tentando, pelo menos – a vontade de chorar. — E eu não quero te perder, meu amor. — Amasso o tapete macio entre os dedos com força. — A-arrancar meu coração parece menos doloroso.

Jimin me aperta. Os braços dele rodearam minhas costelas e se encontraram nas minhas costas, e então me aperta com toda a força que tem neste momento.

Não é apenas ele. Eu também sinto dor.

Muita dor.

🍷ི꙰͝꧖๋໋༉◈

E aí, anjos! Como vocês estão?

Já fez o teste para saber qual seria a sua natureza se tivesse dentro de VME? Compartilhe comigo no Insta (@dan_kyunsoo) ou no Twitter (dankyunsoo)

IN SA NO o capítulo de hoje

O zóio dele ficou vermelho...

O que isso significa? Boa pergunta. Mas uma coisas vocês têm certeza: ele não usa lentes como Taehyung

O JK tá lidando com tudo isso da maneira que pode, mas não vai aguentar por muito tempo. Logo logo e surta

O Nam... Coisas sobre o Nam se relevarão nos próximos capítulos

SPOILER: no próximo capítulo vai ter um momento tenso entre o JK e o Nam. Até elevar a voz para o Namjoon o Jungkook vai. Aguardem

Se amem. Se cuidem. Se hidratem. Se protejam. Amo vocês 💜 

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro