Único - Gogonoel
Oi oi! Passando somente para avisar que essa é a quinta e última história que escrevi para o Ficstmas2024 do @FTU. (Cadê a quarta? Um dia isso se resolve...)
O plot foi solicitado pela @Loren-a. Eu só peguei loucuras nesse evento, e o que eu fiz a Lorena escrever não foi nem um pouco decente 😂, por isso peço perdão, mas ao menos nos divertimos muito! (E sofremos também... 😅)
A capa e a leitura crítica foram feitas pela @Evv e a betagem foi feita pela caprihorn_.
Obrigada por deixarem essa história melhor! ❤️
Sem mais enrolações, boa leitura! 🌟
◇◇◇
Ansiosa, era assim que Erza estava. Faltava menos de um dia para que ela e Jellal se casassem, e tudo seria perfeito!
Depois de oito anos juntos, finalmente seu namorado a pediu em casamento. Sinceramente, ela não esperou muito, um mês após o pedido perfeito, as coisas já estavam prontas, tinha o vestido perfeito, as alianças perfeitas, as luvas perfeitas, o véu perfeito e o buquê perfeito, e tudo isso para combinar com o dia perfeito.
Suas tias insistiam que tudo estava acontecendo rápido demais, mas ela e Jellal estavam juntos a tanto tempo que quando ele a pediu em casamento ela não esperou muito para começar os preparativos para o grande dia.
O único problema era a data em que tudo aconteceria, mas até isso estava perfeito para ela.
Ela seria uma noiva em pleno verão e tudo porque a festa seria no dia 21 de dezembro.
— Me arrependo de trazer tantas roupas para o frio... — Seu irmão mais novo reclamou enquanto procurava por mais uma camisa limpa em sua mala.
— Eu avisei que aqui em Buenos Aires ficaria quente. — repreendeu fechando as janelas do quarto para ligar o ar condicionado.
— Mas em Shibuya está frio! — refilou.
— Droga, Natsu, não estamos no Japão! — rebateu.
Erza conheceu Jellal quando seus pais se divorciaram. Seu pai era muito tradicionalista, ao contrário de sua mãe que era um espírito livre. Com a separação, ela ficou com a mãe, enquanto seu irmão mais novo ficou com o pai. As duas passaram a morar na Argentina, enquanto seu pai e seu irmão viviam no Japão.
— Sim, eu sei... — Revirou os olhos. — Deveria ter ficado no bar com aquela gata.
— Qual gata? — Erza perguntou chocada. Sabia que seu irmão queria se libertar dos ensinamentos do próprio pai, mas não estava indo rápido demais? — Você não chegou há quatro dias? — O choque na voz da ruiva era notável.
— Diz a mulher que vai se casar um mês após o pedido de casamento... — levantou tirando a camisa que usava para por outra, enquanto ele estivesse lá, dividiriam o quarto dela.
— Não jogue sua camisa cheia de suor na minha cama! — gritou, logo em seguida a porta do quarto abriu.
— Não é tarde demais para gritar de desespero? — Duas mulheres, uma de cabelos azuis e outra de cabelos loiros se revelaram.
Natsu olhou para as duas figuras que ele provavelmente conhecia por fotos ou por videochamadas.
— Eu tinha razão, aqui está quente. — Olhou interessado para as duas.
— É... aqui está bem quente... — Erza revirou os olhos, provavelmente dos quatro presentes no cômodo, ela era a única que conseguia manter um relacionamento sério, duradouro e saudável com uma única pessoa, ou isso, ou ela era a única que sabia o que era amar de verdade.
◇◇◇
— Vocês o quê?! — Erza questionou pela quarta vez naquela noite.
Ela não esperava estar naquela situação quando suas amigas invadiram o seu quarto, mas elas se dedicaram tanto para preparar aquela noite que acabou aceitando o convite.
Resumindo, toda a noite de descanso que ela programou antes do dia D foi interrompida por uma despedida de solteira preparada por suas madrinhas de casamento.
— Vai fazer essas perguntas por mais quantas vezes? — Juvia perguntou com a expressão neutra de sempre.
— Me diz que estão brincando... — implorou.
— Estamos brincando! — Lucy respondeu alegremente e conhecendo como a conhecia, a loira já estava bêbada. — Mentira, não estamos não! — Virou mais um copo de tequila.
Lucy seria sua madrinha de casamento e seu irmão, Natsu, seria seu padrinho. Enquanto isso, a Lockser, em companhia de seu namorado, seria madrinha de Jellal. Erza sabia que combinar as duas no mesmo ambiente nunca era boa ideia, principalmente porque desde o dia que as apresentou elas causam problemas.
— Isso vai ser incrível! — Cana comentou igualmente alegre.
— Não! — Bisca negou com a cabeça. — Eu não quero trair o Alzack! — E sim, Erza sabia que naquele momento ela e Juvia eram as únicas sóbrias. E isso porque Juvia não consumia bebidas alcoólicas.
— Meu Deus! — falou bebendo mais um gole de seu martini, não tinha por onde escapar mas daria um jeito de o fazer.
— Calma. — Lucy passou a mão nos cabelos de Bisca. — Eu posso ficar com dois. — Tentou tranquilizar a amiga. — Depois de ver o gostoso do irmão da Erza, eu preciso.
— Hum... ele é assim tão gostoso? — para a infelicidade da noiva, Cana perguntou.
— Oh, se é! — A loira continuou. — Só de pensar sinto calor, viu, preciso urgente de dar um jeito de esquecer aqueles músculos! — Erza quis aproveitar a conversa perturbadora para sair de lá, mas Juvia segurou o cinto que rodeava sua cintura.
Percebendo que não poderia mais escapar, ela terminou sua bebida enquanto mentalmente fazia suas orações.
◇◇◇
Na hora da verdade, Bisca e Cana adormeceram, e Erza estava tão nervosa que bebeu ainda mais. Ela já não se considerava sóbria ao ponto de ter pleno controle de suas ações, mas sabia muito bem o que estava acontecendo ali.
Suas adoradas madrinhas, não satisfeitas em embebedá-la, também fizeram o favor de contratar gogoboys.
De início ela queria fugir, mas assim que os quatro homens chegaram vestidos de papai noel, ela quis rir. Na verdade, ela riu, assim como suas únicas amigas acordadas.
Os homens vestiam uma calça túnica vermelha com cinto preto e suspensórios listrados com as cores vermelha e verde. Na cabeça eles carregavam um gorro de natal e uma máscara estranha para cobrir o rosto.
Não diria muito, ela poderia não saber pelo porte físico quem era o terceiro homem, mas esse poderia muito bem ser o Gray, ou seja, namorado da Juvia e melhor amigo de Jellal. Para afirmar sua teoria, a mulher de cabelos azuis cobriu o rosto envergonhada com a atitude do moreno antes de o levar para longe.
O quarto homem segurou Bisca com cuidado para não acordá-la e a levou em seu colo no estilo noiva, obviamente era Alzack, aquele estilo não a enganava.
O segundo e o primeiro começaram a dançar na frente das únicas que sobraram e estavam acordadas.
Lucy batia palmas se divertindo com a situação, e a Scarlet percebeu o quanto ela realmente havia gostado de seu irmão, pois faltava babar em cima dele, sabia que a amiga não era idiota ao ponto de não perceber o óbvio mesmo estando bêbada, mas os dois eram adultos, então deixaria se conhecerem mesmo que fosse na cama, desde que isso não estragasse o seu casamento também, claro.
Mas agora estava na hora de analisar o primeiro homem, ela não sabia o que o denunciou mais, se era o porte físico que ela conhecia a cada detalhe, se eram os cabelos azuis inconfundíveis ou os passos de dança desajeitados.
Sério, eles tiveram que frequentar aulas de dança durante uma semana somente para a dança nupcial não ser um desastre total, então não era fácil enganá-la.
Não sabia se era tudo um plano de suas madrinhas ou se era um plano de seu noivo, tudo indicava que nenhuma das opções estava correta, mas decidiu entrar no jogo. Então levantou-se e começou a dança desajeitada com o "gogoboy". Ela emanava sensualidade, rebolava, provocava e tocava sem medo, e isso somente irritava seu noivo. Quando Erza recuperasse, eles teriam uma conversa.
— Ei, o que está fazendo? — A loira reclamou quando Natsu a segurou para levá-la para longe.
— Vai dizer que não quer, loirinha? — A voz rouca a causou arrepios. Erza que a perdoasse, mas hoje ela pegaria o irmão da amiga.
Percebendo o jogo da irmã, Natsu preferiu "sequestrar" a loira e deixar o casal em paz.
Finalmente a sós, Erza conseguiu jogá-lo calmamente na cadeira e sentou no seu colo, ela parecia tão provocativa que Jellal ofegou. Não era para as coisas seguirem aquele rumo!
A ruiva ameaçava beijá-lo, mas não o fazia, muito pelo contrário, ela se preocupava em causar tensão entre eles o tempo todo até que nenhum dos dois aguentava mais.
— Acho que estou gostando da festa. — Entrelaçou os braços à volta do pescoço dele. — Você está, Jellal? — revelou a informação para o noivo que relaxou automaticamente.
— Você descobriu? — Segurou a cintura da noiva.
— Desde o segundo que entrou nesse traje ridículo. — Riu.
— Pois é, ele é bem ridículo... — Riu também. — Sinto muito. — Pediu. — Fiquei com ciúmes por motivo nenhum. — Erza tirou a máscara que cobria o rosto do noivo com cuidado.
— Sim, você ficou. — Riu ainda mais. — Isso foi uma loucura , você sabia?
— Sim, eu sei. — Acompanhou-a. — Eu não deveria me deixar levar pelos medos dos outros, eu não sou desse jeito — repreendeu-se. — Vamos nos casar amanhã e eu fiquei com medo de te perder para um stripper, que coisa horrível... — Dessa vez para não rir, ela mordeu os lábios.
— É gogoboy — explicou.
— Tanto faz. — Deu de ombros.
Quando Alzack chegou em sua casa desesperado dizendo que perderia sua mulher para um homem qualquer que ela conheceria na despedida de solteira, Jellal não entendeu nada. Erza não tinha comentado nada sobre uma festa antes do casamento, então ligou para ela, e ao perceber que ela não atenderia, ligou para o Gray. Se era para ter uma festa, Juvia estaria envolvida, e se ela estivesse envolvida, Gray saberia, certo?
Errado, Gray não sabia de nada e quando perceberam, os três estavam na casa da Erza, com o irmão mais novo dela os explicando toda fofoca. Decididos a não perder suas mulheres, eles procuraram por elas e chegaram a tempo de pagar os homens que atenderiam as amigas naquela noite.
Foi difícil convencê-los, mas quando Gray mostrou seu distintivo eles recuaram. Natsu achou que seria divertido e pagou pelas fantasias também. Honestamente, nenhum dos três sabiam o que ele fazia ali, mas conhecendo a irmã como conhecia, sabia que ela precisava ser resgatada das garras daquelas malucas e se estivesse errado, poderia aproveitar um pouco toda aquela situação.
Erza não conseguia entender como seu noivo chegou ali, ele provavelmente contaria depois, mas agora, estava com muita vontade de beijá-lo, então o fez sem pensar muito.
— Espera... — Recuperando um pouco a consciência e levantando exausta do canto onde adormeceu, Cana piscou várias vezes enquanto o casal a encarava surpresa. — Você gosta de gogoboys, Erza? — Os dois se encararam antes de voltar a encarar a morena.
— É... eu gosto. — Jellal se segurou para não rir outra vez. — Principalmente dos que se vestem de papai noel.
◇◇◇
Espero que tenham se divertido lendo tanto quanto eu me diverti escrevendo, até a próxima!
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